1 – Há algum componente espiritual em vícios como o álcool, o fumo,
as drogas?
Potencialmente, sim. Os viciados de lá sempre
procuram viciados de cá para se satisfazerem.
2 – O viciado desencarnado continua sob o domínio do vício?
O vício atinge também o corpo espiritual, o perispírito. Como no
Além não há as substâncias de que é dependente, o viciado desencarnado liga-se
aos viciados encarnados, a fim de que, por um processo de associação psíquica,
possa satisfazer-se.
3 - O encarnado atuaria como um médium para satisfazer o Espírito?
Exatamente. Seria um transe mediúnico às avessas. Ao invés de o
médium captar as impressões do Espírito, este capta as sensações do viciado. Em
perfeita simbiose, fumam, bebem, consomem drogas…
4 - Considerando essa pressão, podemos dizer que há indivíduos que
caem no vício em virtude de assédio espiritual?
Os Espíritos não impõem o vício. Apenas exploram o viciado.
5 - A experiência demonstra que poucos vencem o vício. Isso não
seria decorrente da pressão espiritual?
Ela é apenas um dos fatores. O problema maior é que raramente o
viciado reconhece que está se comprometendo. Engana a si próprio e acaba
regressando ao plano espiritual na condição de suicida inconsciente, alguém que
nunca tomou consciência de que estava se matando.
6 - Vai ser outro obsessor?
É possível. Isso apenas ampliará seus comprometimentos diante das
Leis Divinas, o que resultará em penosas experiências de resgate e
reajuste.
7 - Como será?
Poderá reencarnar com graves limitações físicas e mentais, reflexos
dos comprometimentos perispirituais provocados pelo vício. Atuarão como
elementos de reajuste e, ao mesmo tempo, o impedirão de reincidir nos mesmos
desvios.
8 - O que deve fazer um alcoólatra que deseja livrar-se do vício?
Em primeiro lugar, não se isolar. Reconhecer que precisa de ajuda.
No Centro Espírita há recursos importantes, em reuniões de atendimento
fraterno, fluidoterapia, esclarecimento, desobsessão... Participar de grupos de
apoio como os Alcoólicos Anônimos, benemérita organização internacional que oferece
inestimável ajuda aos dependentes do álcool. Evitar a ociosidade. A compulsão
para o vício chega mais forte na hora vazia. Trabalhar em favor do semelhante.
Quando nos empenhamos no Bem, as sugestões do mal não nos atingem. E dispor-se
a enfrentar com coragem e fé as primeiras semanas de abstenção, as mais difíceis
e decisivas.
Richard Simonetti
Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor
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