Herança evidente de nossa antiga
animalidade, por toda a parte, ainda vemos o egoísmo a repontar em toda
extensão do mundo. . .
O egoísmo! . . .
Em
família, é o exclusivismo do sangue. No lar, é o narcisismo doméstico. Na
oficina de trabalho, é o despeito. Na propriedade transitória, é a ambição de
posse desnecessária. Na cultura da inteligência, é a vaidade intelectual. Na
ignorância, é a agressividade. Na riqueza amoedada, é o espírito de usura. Na pobreza,
é a inveja destrutiva. Na madureza, é o azedume. Na mocidade, é a ingratidão.
No ateísmo, é a impiedade. Na fé religiosa, é a intolerância. Na alegria, é o
excesso. Na tristeza, é o isolamento. Nos fortes, é a tirania. Nos fracos, é a
astúcia. Na afetividade, é o ciúme. Na dor, é o desespero. No mimetismo que lhe
é próprio, usa em todos os setores as mais diversas máscaras e qual o joio que
abafa o trigo, comparece igualmente nos corações que a luz já felicite, em
forma de cólera e irritação, desânimo e secura. . .
Se
desejarmos dar combate à praga do egoísmo na gleba da alma, saibamos estender,
cada dia, as nossas disposições de mais amplo serviço ao próximo, e, aprendendo
a ceder de nós mesmos, entre a humildade e o sacrifício, no bem de todos,
conquistaremos com o Cristo a plenitude do amor que lhe converteu a própria
cruz em ressurreição para a Vida Eterna.
Emmanuel
Chico
Xavier
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