(...)
“Chama-me a atenção, porém, na atualidade, a
alta estatística de portadores do mal de Alzheimer, padecendo de
lamentável degeneração neuronal, em processo expiatório aflitivo para eles
mesmos e para os familiares, nem sempre preparados para essa injunção dolorosa.
Incompreendido o processo degenerativo, a irritação e a revolta tomam conta da
família que maltrata o enfermo, quando este necessita de mais carinho, em face
do processo irreversível. A segurança dos diagnósticos já contribui para que,
no início, se possa atenuar e retardar os efeitos progressivos dessa demência
assustadora. Sem dúvida, trata-se de um veículo expiatório para o paciente e o
seu grupo familiar. Embora a gravidade de que se reveste essa degenerescência,
adversários desencarnados pioram o quadro, afligindo a vítima em tormentosos
processos de agressão Espírito a Espírito, em razão do paciente encontrar-se em
parcial desdobramento, pela impossibilidade de utilizar-se do cérebro, então
alucinando-o pelo medo que alcança as vascas do terror...”
(…)
Página 110
“… os pacientes têm afetada inicialmente a
memória, sofrem distúrbios cognitivos, especialmente aqueles que respondem pela
fala, pela capacidade de concentração, ampliando-se o desequilíbrio no
raciocínio, na perda da orientação espacial, da habilidade para calcular,
enfim, dos processos normais de lógica e de comportamento...”
“... Ainda hoje continua sem grande esperança
de cura, em face dos danos graves produzidos ao cérebro, que se atrofia
expressivamente, mas que, detectada precocemente, pode ter diminuídos os
efeitos desastrosos... Então constato que, em se tratando de uma expiação, num
processo terminal, não tem como ser estacionada, e menos, recuperada. O
curioso, nesse quadro, é a hereditariedade, que exerce um papel fundamental na
sua manifestação, comprovando que esses pacientes são Espíritos incursos em
delitos idênticos e praticados juntos, não lhe parece? Pesquisadores atenciosos
identificaram uma base hereditária através da descoberta de um marcador
genético no cromossoma 21 em determinado grupo familiar, enquanto que, noutro,
a evidência induz à ação do cromossoma 19...”
“- Exatamente – conclui, Petitinga – Graças a
essa ocorrência infeliz, os Espíritos acumpliciados retornam no mesmo grupo
biológico, a fim de encontrarem os fatores predisponentes e preponderantes para
a ação do perispírito na elaboração do corpo que propiciará o aparecimento da
enfermidade moralizadora do indivíduo. Aquele, porém, que não consegue a dádiva
da reencarnação, permanece na erraticidade em aflição, vinculando-se ao
antagonista quando as circunstâncias se fazem propiciatórias.”
Página 111
(…)
“- Em face dessas degenerações,
o parkinsonismo, cujas raízes profundas estão no Espírito endividado, ao
manifestar-se, enseja também a vinculação morbígena com os adversários vigilantes
que lhe pioram o quadro, ensejando, desse modo, a recuperação moral do
enfermo... Eis, portanto, como se inicia o tormento obsessivo que nem sempre
culmina com a desencarnação do paciente.”
“... - Conforme dados estatísticos confiáveis,
a população de portadores da doença de Parkinson na Terra, alcança na
atualidade 1% das pessoas de mais de 50 anos, o que não deixa de ser quase alarmante.
Surgem os primeiros sinais em forma de leves tremores que se tornam mais
graves, aumentando progressivamente e consumindo a vítima. Graças à
identificação dos neuropeptídeos, a dopamina especialmente, produzida na região
denominada substantia nigra, no cérebro, que é
encarregada de conduzir as correntes nervosas por todo o corpo, responde por
essa cruel problemática da área da saúde. A sua ausência causa o desequilíbrio
neurotransmissor, afetando os movimentos e dando lugar a outros distúrbios
orgânicos sempre graves, porque irreversíveis.”
“Como se encaixa aí a vinculação obsessiva”?
Petitinga refletiu calmamente, e respondeu:
- Algumas vezes, desde o berço, os litigantes
permanecem mais ou menos vinculados psiquicamente. Aquele que reencarnou sofre
a presença doentia do inimigo que o aflige, levando-a a uma infância
atormentada, hiperativa ou molesta. Através dos anos, o sitiante aguarda que
ocorra algum fator orgânico que lhe proporcione o desforço, instalando o seu
pensamento nos delicados tecidos mentais, passando a desestabilizar as sinapses
e a gerar perturbações nos diferentes sistemas nervoso simpático e autônomo...
Lentamente tem início os distúrbios em relação á vida vegetativa, à pressão
arterial, aos fenômenos respiratórios, facultando a instalação de doenças
orgânicas.”
“Nos processos degenerativos parkinsonianos,
esse procedimento vibratório mais inibe a produção de dopamina e afeta
igualmente as musculaturas vinculadas ao sistema nervoso autônomo, dando lugar
à perda de equilíbrio. Compreendemos, porém, que nem todos os casos tenham
influenciação obsessiva, porque há muitos Espíritos em recuperação dos seus
delitos, mas portadores de outros valores que os resguardam da interferência
malsã dos inimigos desencarnados.”
“Quando os investigadores científicos puderem
dedicar maior atenção às pesquisas parapsíquicas, especialmente aquelas de
natureza mediúnica – pois que, na base da ocorrência, sempre se está diante de
um fenômeno mediúnico de longo porte – serão encontradas respostas para muitas
incógnitas defrontadas nas terapêuticas aplicadas às enfermidades.”
POR
MANOEL PHILOMENO DE MIRANDA
Livro:
TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS E OBSESSIVOS
DIVALDO
P. FRANDO,
Fonte: JORNAL ESPÍRITA
GARIMPEIROS DE LUZ
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