Uma Porta para
a Loucura :::
Costuma-se dizer que a linha que separa a lucidez da loucura é muito tênue. Que acossado por sentimentos avassaladores, qualquer um adquire velocidade descomunal e a ultrapassa permanecendo durante alguns minutos sem a posse da razão. Quando volta à normalidade, pode trazer pesada carga de arrependimento e de remorso.
É assim que assassinatos são cometidos, roubos e furtos praticados, que se lança ao monturo a boa reputação, as amizades, as oportunidades,os esforços de uma encarnação inteira.
O desejo sexual, que desgovernado pode levar à loucura, deve ser objeto de demorada análise e de redobrados cuidados na sua utilização. Força a ser domada, quando inculta, pode ser responsável por ferimentos profundos, pois profundas são as feridas na alma.
Atingindo a intimidade do ser não afeito a disciplina, aturde-lhe os sentimentos, formando um quadro patológico gerado pela ausência da afetividade, do compromisso e do respeito pelo outro.
Entre os vampiros que perseguem os encarnado terrenos, muitos são viciados ou enlouquecidos pelo sexo desregrado. Buscam em motéis, onde se hospedam, em qualquer lugar onde o sexo é exercido em as devidas reservas morais de seus praticantes, vítimas para delas extrair energias vitais, compartilhando com elas do ato, e a elas se acoplando, dividindo emoções e energias.
Por trás de uma compulsa sexual há quase sempre um ou mais indutores, que não se satisfazem com uma aventura esporádica. Querem repetência, variedade, degenerescência, dominação, humilhação, permanência no clímax do orgasmo, que acaba por enlouquecê-los.
Como muitos deles são hábeis hipnotizadores, conseguem dominar mentes frágeis com suas induções e fazê-las transgredir as leis naturais que devem orientar o exercício no que se fragilizam e se sexual saudável, empurrando-as para os excessos de toda ordem, no que se fragilizam e se tornam escravas de seus desejos.
O ato sexual, sob a gerência do amor, é uma afável troca de energias indutoras de calma e bem-estar. Ao final dele só restará algo de benéfico e de produtivo, sereno e belo, sob esta supervisão. Ao contrário, será apenas um ato mecânico, do qual pouco ficou de concreto para guardar ou recuperar.
Explico melhor através de um exemplo. Certa feita um velho amigo professor ficou desempregado e veio até a casa do meu vizinho, também professor, pedir ajuda. Meu vizinho o atendeu gentilmente e lhe disse: - Amigo, tudo quanto tenho é esta quantia. É sua. Se quando estiver bem, quiser devolvê-la a aceitarei. Se não quiser pagar é sua da mesma maneira.
Meu vizinho jamais se arrependeu de tê-lo ajudado e sempre eu relembra este fato, revive a mesma alegria, recuperável, daquele momento.
O ato sexual é diferente. Seu prazer é irrecuperável diante das recordações. É fugaz, rápido, restando dele, se tiver sido orientado pelo amor, a boa lembrança, não o clímax do orgasmo.
Por isso os vampiros, querendo eternizar esse momento, enlouquecem, pois jamais conseguem. O cérebro é como um instrumento de uma orquestra. Com apenas sete notas musicais pode tocar milhões de melodias, pois foi feito para diversidade, e quando tentam reduzi-lo à unidade, ou seja, a abrigar uma única ideia, ele adoece.
O atormentado pelo sexo tem sempre uma exagerada exigência de desejos e de fantasias sexuais que o impedem de controlar seus impulsos e sentimentos. Ao tentar assumir, sem sucesso, o controle de sua libido, é tomado por ansiedade ou depressão, fragilizando-se pela impotência em gerir sua vontade.
Ocorre que o Espírito tem caminhos diversos nos quais seus valores são construídos e aferidos, sendo um caso patológico situar-se ou paralisar-se em apenas uma viela, a desaguar na loucura ou na obsessão.
Quando o relacionamento sexual é embasado apenas no ato mecânico que gera o prazer fugaz, sem envolvimento afetivo e sem respeito ao parceiro, forma um plugue no qual os vampiros facilmente se acoplam. Ligando-se ao chacra coronário, responsável pela vitalidade das células do pensamento, nele penetram através de ligação clandestina, semelhante a que determinados indivíduos fazem para roubar energia da rede elétrica, passando a sentir as mesmas sensações que parasitado experimenta.
Com a hospedagem do invasor mental sempre haverá dreno de energia a seu favor, pois estará formado um campo ectoplásmico entre ambos no qual a energia se deslocará com grande facilidade, como que sugada pela mente que dirige o processo.
O homem ou mulher com compulsão sexual, sempre que emite seu pensamento carregado de prazeres vulgares lança no ar um chamado para vampiros sexuais. O procedimento é semelhante ao de uma cadela no cio que espalha um cheiro peculiar, cujo aviso pode ser interpretado pelos maços como: sexo à vista! Esse odor é detectado a longas distâncias atraindo parceiros que encontram quem o emitiu, de maneira certeira.
A única maneira de afastar visitante inoportunos na vivência sexual é praticá-la sob a orientação do amor. Assim o lar estará protegido pela armadura fluídica que os sentimentos dos amantes constroem ao externá-los. Que o sexo seja utilizado como porta para reencarnações, troca de energias que acalmam corpos e Espíritos, suporte da afetividade, liga para construção se sonhos familiares, enfim, para unir e fortalecer o casal, mas que seja presidido pelo amor. Fora dele pode até parecer prazeroso, mas acabará enredado no tédio quando não na obsessão.
Este livro traz a história de Isabelle, jovem reencarnada no Ceará, que aos vinte anos de idade já é vítima de severa obsessão sexual. Dona de um bordel na França no século XIX, época em que Kardec lançava a primeira edição de O Livro dos Espíritos, fez inúmeros inimigos ao escravizar adolescentes e jovens mulheres obrigando-as ao exercício sexual, com o objetivo de acumular riquezas.
Sem escrúpulos, adotava ou comprava meninas, enganando os pais ao dizer que suas filhas seriam bem tratadas em sua casa; a outras aliciava com promessas de riquezas e a terceiras induzia descrevendo uma vida fácil e cheia de prazeres a serem vividos em sua companhia. Todavia o que as aguardavam era a escravidão sexual, o aborto, a agressão praticada por sádicos e loucos que se satisfaziam com a dor e a humilhação de suas vítimas.
Como tudo era feito para obtenção de posses materiais e de poder, acabou por gerar profunda dor em corações dilacerados, pois os abortos frequentes, as mortes prematuras por hemorragias e por doenças venéreas, a desonra das famílias que tinham suas filhas prostituídas ainda meninas, levaram luto e revolta a muitos espíritos.
O desespero que acometia as mulheres abandonadas e sem recursos, logo que adoeciam; o ódio dos espíritos que não lograram encarnar devido aos abortos; a loucura que se entranhou nos encarnados que ali adquiriram o hábito de praticar o sexo animalesco; a quantidade enorme de vampiros sexuais que aos poucos se avolumou ao redor do bordel nos trinta anos de comércio carnal e a sede de vingança das mulheres que se sentiam prejudicadas, a encontraram depois do desencarne.
Paralelamente, as lágrimas das doentes de sífilis, mulheres honestas que se viram enfermas através dos desvios dos seus maridos, também a atingiram. As crianças sem pais, as enfermas sem assistência médica, a tristeza e a lágrima de quantos tiveram a infelicidade de um encontro com ela marcaram severamente seu rosto com profunda tristeza.
O pai desencarnado de Rose, personagem central desse drama iniciado na França, em sua primeira comunicação mediúnica disse-nos que o atendimento a ser ministrado a ela, tornar-se-ia possível graças à bondade de uma missionária chamada Joana de Angelis. Que a seu pedido, algumas freiras nos auxiliariam no processo desobsessivo, já iniciado com sua aprovação e participação.
A história começa com Isabelle, antiga Rose, tentando desesperadamente explicar ao dirigente mediúnico que não está louca. O desenrolar do drama se segue nas páginas seguintes.
(Livro de Luiz Gonzaga Pinheiro)
Costuma-se dizer que a linha que separa a lucidez da loucura é muito tênue. Que acossado por sentimentos avassaladores, qualquer um adquire velocidade descomunal e a ultrapassa permanecendo durante alguns minutos sem a posse da razão. Quando volta à normalidade, pode trazer pesada carga de arrependimento e de remorso.
É assim que assassinatos são cometidos, roubos e furtos praticados, que se lança ao monturo a boa reputação, as amizades, as oportunidades,os esforços de uma encarnação inteira.
O desejo sexual, que desgovernado pode levar à loucura, deve ser objeto de demorada análise e de redobrados cuidados na sua utilização. Força a ser domada, quando inculta, pode ser responsável por ferimentos profundos, pois profundas são as feridas na alma.
Atingindo a intimidade do ser não afeito a disciplina, aturde-lhe os sentimentos, formando um quadro patológico gerado pela ausência da afetividade, do compromisso e do respeito pelo outro.
Entre os vampiros que perseguem os encarnado terrenos, muitos são viciados ou enlouquecidos pelo sexo desregrado. Buscam em motéis, onde se hospedam, em qualquer lugar onde o sexo é exercido em as devidas reservas morais de seus praticantes, vítimas para delas extrair energias vitais, compartilhando com elas do ato, e a elas se acoplando, dividindo emoções e energias.
Por trás de uma compulsa sexual há quase sempre um ou mais indutores, que não se satisfazem com uma aventura esporádica. Querem repetência, variedade, degenerescência, dominação, humilhação, permanência no clímax do orgasmo, que acaba por enlouquecê-los.
Como muitos deles são hábeis hipnotizadores, conseguem dominar mentes frágeis com suas induções e fazê-las transgredir as leis naturais que devem orientar o exercício no que se fragilizam e se sexual saudável, empurrando-as para os excessos de toda ordem, no que se fragilizam e se tornam escravas de seus desejos.
O ato sexual, sob a gerência do amor, é uma afável troca de energias indutoras de calma e bem-estar. Ao final dele só restará algo de benéfico e de produtivo, sereno e belo, sob esta supervisão. Ao contrário, será apenas um ato mecânico, do qual pouco ficou de concreto para guardar ou recuperar.
Explico melhor através de um exemplo. Certa feita um velho amigo professor ficou desempregado e veio até a casa do meu vizinho, também professor, pedir ajuda. Meu vizinho o atendeu gentilmente e lhe disse: - Amigo, tudo quanto tenho é esta quantia. É sua. Se quando estiver bem, quiser devolvê-la a aceitarei. Se não quiser pagar é sua da mesma maneira.
Meu vizinho jamais se arrependeu de tê-lo ajudado e sempre eu relembra este fato, revive a mesma alegria, recuperável, daquele momento.
O ato sexual é diferente. Seu prazer é irrecuperável diante das recordações. É fugaz, rápido, restando dele, se tiver sido orientado pelo amor, a boa lembrança, não o clímax do orgasmo.
Por isso os vampiros, querendo eternizar esse momento, enlouquecem, pois jamais conseguem. O cérebro é como um instrumento de uma orquestra. Com apenas sete notas musicais pode tocar milhões de melodias, pois foi feito para diversidade, e quando tentam reduzi-lo à unidade, ou seja, a abrigar uma única ideia, ele adoece.
O atormentado pelo sexo tem sempre uma exagerada exigência de desejos e de fantasias sexuais que o impedem de controlar seus impulsos e sentimentos. Ao tentar assumir, sem sucesso, o controle de sua libido, é tomado por ansiedade ou depressão, fragilizando-se pela impotência em gerir sua vontade.
Ocorre que o Espírito tem caminhos diversos nos quais seus valores são construídos e aferidos, sendo um caso patológico situar-se ou paralisar-se em apenas uma viela, a desaguar na loucura ou na obsessão.
Quando o relacionamento sexual é embasado apenas no ato mecânico que gera o prazer fugaz, sem envolvimento afetivo e sem respeito ao parceiro, forma um plugue no qual os vampiros facilmente se acoplam. Ligando-se ao chacra coronário, responsável pela vitalidade das células do pensamento, nele penetram através de ligação clandestina, semelhante a que determinados indivíduos fazem para roubar energia da rede elétrica, passando a sentir as mesmas sensações que parasitado experimenta.
Com a hospedagem do invasor mental sempre haverá dreno de energia a seu favor, pois estará formado um campo ectoplásmico entre ambos no qual a energia se deslocará com grande facilidade, como que sugada pela mente que dirige o processo.
O homem ou mulher com compulsão sexual, sempre que emite seu pensamento carregado de prazeres vulgares lança no ar um chamado para vampiros sexuais. O procedimento é semelhante ao de uma cadela no cio que espalha um cheiro peculiar, cujo aviso pode ser interpretado pelos maços como: sexo à vista! Esse odor é detectado a longas distâncias atraindo parceiros que encontram quem o emitiu, de maneira certeira.
A única maneira de afastar visitante inoportunos na vivência sexual é praticá-la sob a orientação do amor. Assim o lar estará protegido pela armadura fluídica que os sentimentos dos amantes constroem ao externá-los. Que o sexo seja utilizado como porta para reencarnações, troca de energias que acalmam corpos e Espíritos, suporte da afetividade, liga para construção se sonhos familiares, enfim, para unir e fortalecer o casal, mas que seja presidido pelo amor. Fora dele pode até parecer prazeroso, mas acabará enredado no tédio quando não na obsessão.
Este livro traz a história de Isabelle, jovem reencarnada no Ceará, que aos vinte anos de idade já é vítima de severa obsessão sexual. Dona de um bordel na França no século XIX, época em que Kardec lançava a primeira edição de O Livro dos Espíritos, fez inúmeros inimigos ao escravizar adolescentes e jovens mulheres obrigando-as ao exercício sexual, com o objetivo de acumular riquezas.
Sem escrúpulos, adotava ou comprava meninas, enganando os pais ao dizer que suas filhas seriam bem tratadas em sua casa; a outras aliciava com promessas de riquezas e a terceiras induzia descrevendo uma vida fácil e cheia de prazeres a serem vividos em sua companhia. Todavia o que as aguardavam era a escravidão sexual, o aborto, a agressão praticada por sádicos e loucos que se satisfaziam com a dor e a humilhação de suas vítimas.
Como tudo era feito para obtenção de posses materiais e de poder, acabou por gerar profunda dor em corações dilacerados, pois os abortos frequentes, as mortes prematuras por hemorragias e por doenças venéreas, a desonra das famílias que tinham suas filhas prostituídas ainda meninas, levaram luto e revolta a muitos espíritos.
O desespero que acometia as mulheres abandonadas e sem recursos, logo que adoeciam; o ódio dos espíritos que não lograram encarnar devido aos abortos; a loucura que se entranhou nos encarnados que ali adquiriram o hábito de praticar o sexo animalesco; a quantidade enorme de vampiros sexuais que aos poucos se avolumou ao redor do bordel nos trinta anos de comércio carnal e a sede de vingança das mulheres que se sentiam prejudicadas, a encontraram depois do desencarne.
Paralelamente, as lágrimas das doentes de sífilis, mulheres honestas que se viram enfermas através dos desvios dos seus maridos, também a atingiram. As crianças sem pais, as enfermas sem assistência médica, a tristeza e a lágrima de quantos tiveram a infelicidade de um encontro com ela marcaram severamente seu rosto com profunda tristeza.
O pai desencarnado de Rose, personagem central desse drama iniciado na França, em sua primeira comunicação mediúnica disse-nos que o atendimento a ser ministrado a ela, tornar-se-ia possível graças à bondade de uma missionária chamada Joana de Angelis. Que a seu pedido, algumas freiras nos auxiliariam no processo desobsessivo, já iniciado com sua aprovação e participação.
A história começa com Isabelle, antiga Rose, tentando desesperadamente explicar ao dirigente mediúnico que não está louca. O desenrolar do drama se segue nas páginas seguintes.
(Livro de Luiz Gonzaga Pinheiro)
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