CARMA
AINDA LEI DE CAUSA E EFEITO
1 – Nossos sofrimentos estão sempre associados ao pagamento de dívidas
contraídas em vidas anteriores?
Estão mais relacionados com nosso estilo de vida no presente: o que comemos, o
que fazemos, como pensamos… A gordura excessiva, que sobrecarrega o organismo,
é mera consequência de um regime alimentar desregrado sem nenhuma vinculação
com existências passadas.
2 – O indivíduo obeso sabe que está pagando pela indisciplina na alimentação e
o sedentarismo, o que o ajudará a superá-los. Quando se trate de débitos de
vidas anteriores, não seria interessante ter consciência deles para suportar
melhor suas consequências e ter um estímulo para não incorrer nos mesmos
enganos?
O esquecimento do passado funciona em nosso benefício. Favorece abençoado
recomeço, sem as lembranças do pretérito, a fim de que superemos paixões e
fixações que determinaram nossos fracassos. Nem por isso deixamos de aprender
as lições da mestra dor. Por reflexo condicionado, o criminoso que mata alguém
e sofre as consequências, incorporará o sentimento de que a agressividade que o
induziu ao crime lhe é danosa.
3 – Como saber se nossos males têm sua origem em vidas anteriores ou se são
resultantes de nosso comportamento na vida atual?
Os males cármicos são mais entranhados e, não raro, nos acompanham pela vida
toda. A perda de um membro, a doença crônica, a esterilidade, a grave limitação
física ou mental… Os resultantes dos maus cuidados com nossa vida e nosso corpo
desaparecem na medida em que nos tornamos mais disciplinados.
4 – É possível amenizar os rigores da Lei de Causa e Efeito?
Deus nos concede duas moedas para resgate de nossas dívidas – a dor e o amor.
Se não há amor, aumenta a dor. Quanto mais amor, menos dor.
5 – Que amor é esse?
O amor evangélico preconizado por Jesus, que se exprime em fazer ao próximo o
bem que gostaríamos nos fizessem. É ele que “cobre a multidão dos pecados”,
como dizia o apóstolo Pedro em sua primeira epístola (4:8).
6 – Os sofrimentos e o exercício do amor promovem a quitação de nossos débitos
perante a Justiça Divina?
A quitação definitiva, que exprime a tranquilidade de consciência, será
alcançada na medida em que repararmos nossas faltas, compensando nossas vítimas
pelos prejuízos que lhes causamos.
7 – Se alguém mata seu próprio irmão para entrar na posse de sua fortuna, como
irá compensá-lo pelo mal que lhe fez?
Como se trata de alguém de seu círculo familiar poderá recebê-lo como filho,
com o que estará lhe restituindo a vida e os bens roubados. Evidentemente,
estamos no terreno das possibilidades. Se a vítima for um Espírito mais
amadurecido, seguirá seus próprios caminhos, sem necessidade do concurso
daquele que o agrediu. O ofensor também encontrará caminhos alternativos,
envolvendo o esforço do Bem.
8 – As dificuldades de relacionamento no lar podem ter sua origem na
convivência de inimigos do passado, ligados pela consanguinidade, visando uma
harmonização?
Os problemas de relacionamento estão associados à inferioridade humana. Deus
não reúne desafetos do passado no lar para se amassarem, mas para se amarem, a
partir do exercício das virtudes evangélicas. Perdão, tolerância, caridade,
paciência, são remédios infalíveis no presente para neutralizar a animosidade
do passado.
Richard Simonetti
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