BEBIDAS ALCOÓLICAS
AOS ESCRAVOS DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS RECOMENDAMOS
JESUS
– “VINDE A MIM…” ( Mateus 11:28-30)
O consumo de alcoólicos pelo ser humano não é hábito
recente; é tão antigo quanto o próprio homem das cavernas. Seja qual for o
período histórico e em que sociedade com a qual se relacionou ou a cultura que
recebeu, o homem tem bebido. Há 3700 anos “Código de Hamurabi” já trazia
normativos sobre as situações, lugares e pessoas que podiam ou não fazer a
ingestão de bebida alcoólica. Há 2500 anos os chineses perdiam – literalmente –
a cabeça por causa da bebida alcoólica – a prática era punida com a
decapitação. Configura-se um costume extremamente antigo e que vem persistindo
por milhares de anos. Paulo escreveu para os cristãos de Efésio: “e não vos
embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito.”.(1)
O álcool é a droga “lícita” mais consumida no mundo contemporâneo, segundo a Organização
Mundial da Saúde (OMS). Ainda de acordo com a OMS, a bebida alcoólica é a droga
legalizada de escolha entre crianças e adolescentes. Estima-se que o uso desse
tóxico tenha início aos 10 a 12 anos.
Os males gerados pelo alcoolismo são a terceira causa
de morte no mundo. Estudos encontrados na literatura científica mostravam que
os homens bebiam mais que as mulheres em todas as faixas etárias, e que jovens
consumiam mais álcool do que idosos. Porém, outras pesquisas apontam para o
aumento anual, no Brasil e no mundo, do porcentual de mulheres dependentes. No
passado, pontuam os especialistas, para cada cinco usuários problemáticos de
álcool existia uma mulher na mesma condição. O estudo demonstra que atualmente
a razão comparativa é de 1 para 1. Elas já bebem tanto quanto eles, mas
concentradas em fases distintas. É mais recente a aceitação social do uso do
álcool pelas mulheres. Realmente, antes elas não bebiam tanto. Com isso, o foco
das campanhas preventivas ficou muito centrado nos homens. As mulheres ficaram
negligenciadas nessa abordagem. Raros são os ginecologistas, por exemplo, que
questionam se as suas pacientes bebem. As grandes vítimas são os filhos,
envolvidos numa rotina de restrições e constrangimentos. Filhos de mulheres que
consomem álcool em excesso durante a gravidez estão sujeitos à síndrome
alcoólica fetal, que pode provocar sequelas físicas e mentais no recém-nascido.
Crianças e adolescentes filhos de pais com o vício
estão mais sujeitos a desequilíbrios emocionais e psiquiátricos. Normalmente, o
primeiro problema identificado é um prejuízo severo na autoestima, com
repercussões negativas sobre o rendimento escolar e as demais áreas do funcionamento
mental. Esses adolescentes e crianças tendem a subestimar suas próprias capacidades
e qualidades. Os dados atuais sobre alcoolismo são devastadores. Segundo
pesquisa realizada pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas (HC)
de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, mais de 9% dos idosos
paulistanos consomem bebida alcoólica em excesso. O levantamento feito com
1.563 pessoas com 60 anos ou mais apontou que 9,1% dessa população abusa do
álcool, o equivalente a 88 mil idosos da capital paulista. Demonstrado
cientificamente que o álcool é pernicioso em qualquer faixa etária, seus danos
entre os adolescentes são patentes, sobretudo, durante a fase escolar, uma vez
que o uso sucessivo da substância impede o rendimento, além de provocar
desordem mental, falta de coordenação, problemas de memória e de aprendizado.
Consequentemente, esse processo resulta também em dores
de cabeça, alteração do ciclo natural do sono, da fala e do equilíbrio. A
dependência ao álcool pode ser hereditária, havendo uma predisposição orgânica
do indivíduo para o seu desdobramento, no qual o Espírito imortal traz em seu
DNA perispiritual as marcas e consequências do vício em outras experiências reencarnatórias,
sendo compreensível, então, que o alcoolismo seja transmissível de pais para filhos.
As matrizes dessas disfunções estão no passado, seja de forma hereditária ou
espiritualmente, em decorrência de experiências infelizes, remanescentes de
pregressas existências. Segundo André Luiz, “ao reencarnarmos trazemos conosco
os remanescentes de nossas faltas como raízes congênitas dos males que nós
mesmos plantamos, a exemplo, da Síndrome de Down, da hidrocefalia, da
paralisia, da cegueira, da epilepsia secundária, do idiotismo, do aleijão de
nascença desde o berço.” (2) “O corpo perispiritual, que dá forma aos elementos
celulares, está fortemente radicado no sangue. O sangue é elemento básico de
equilíbrio do corpo perispiritual”. (3) Em “Evolução em dois Mundos” o mesmo
autor espiritual revela-nos que “os neurônios guardam relação íntima com o
perispírito.”(4) Portanto, a ação do álcool no psicossoma é letal, criando
fuligens venenosas que saturam no corpo psicossomático, danificando tanto as
células perispirituais quanto as células físicas.
As substâncias dos alcoólicos ingeridos caem na
corrente sanguínea, daí chegam ao cérebro, atacam as células neuronais; estas
refletirão nas províncias correlatas do corpo perispiritual em configuração de
danos e deformações apreciáveis que, em alguns casos, podem chegar até a
desfigurar a própria feição humana do perispírito. Infelizmente a liberalidade
de muitas famílias com o álcool é um dos maiores problemas para a prevenção: é
mito considerar que maconha leva os jovens a outras drogas. São as bebidas
alcoólicas que fazem esse papel. Nefastamente é a azada família que estimula a
ingestão dos “inofensivos destilados e/ou fermentados”. Não são poucos que
começaram a beber quando o patriarca (pai), orgulhoso do filho que virava
homem, os atraía para os drinques dos “machões”. O vício de beber cria rotinas
que envolvem cúmplices encarnados e desencarnados que compartilham do mesmo
hábito e manias. Bares, restaurantes, lanchonetes, clubes sociais e avenidas
estão repletos de jovens que, displicentemente, fazem uso, em larga escala e
abertamente, das tragédias engarrafadas ou enlatadas. A instalação do
alcoolismo envolve três características: a base genética, o meio e o indivíduo.
Filhos de pais alcoólatras podem ser geneticamente
diferentes, porém só desenvolverão a doença se estiverem em um meio propício
e/ou características psicológicas favoráveis. Os infelizes “canecos carnais”
não só desfiguram e arrasam o corpo como agridem e violentam o caráter e
deterioram o psicossoma através das obsessões, acendidas por espíritos
beberrões que compartilham junto do bêbado os mesmos vícios e se alimentam
através dos vapores alcoólicos expelidos pelos poros e boca numa simbiose
mortificante. É precisamente esse vampirismo incorpóreo que ilustra o motivo de
o alcoolismo ser avaliado como moléstia progressiva e de certo modo incurável.
É verdade! Parar de beber, dizem membros do AA’s (Alcoólicos Anônimos), é a
vitória maior para o dependente, mas a doença não acaba. Se ele voltar a dar
uns goles, em pouco tempo recupera um ritmo igual ou até maior do que o mantido
antes da pausa. “Não existe ex-alcoolista nessa história”, sustentam os
frequentadores dos AA’s. Essas são razões suficientes para que nas celebrações
e festejos com amigos nos bares da vida, fugir do compromisso da vã tradição da
bebedeira a fim de divertir-se.
O oceano é constituído de pequenas moléculas de H2O, e
as praias se formam com incontáveis grânulos de areia. É indispensável,
portanto, desatar-se daquele clichê do “é só hoje”, e quando arrastados a
comportamentos para “distrair”, não se deve aceitar a perigosíssima escapadela
do “só um golinho”, até porque não se pode esquecer que uma miúda picada de
cobra peçonhenta, conquanto em acanhada porção, pode produzir a morte imediata,
portanto ao invés de se distrair vai se destruir. Sem dúvida que mais fácil é
evitar-lhes a instalação do que lutar depois pela supressão do vício (como
dizem os membros dos AA’s: não há ex-alcoólatra). A questão assenta raízes
densas na sociedade, provocando medidas curadoras e profiláticas nos círculos
religiosos, médicos, psicológicos e psiquiátricos, necessitando de imperiosa
assistência de todos os segmentos sociais para (quem sabe!) minimizar seus
efeitos flagelantes. Destarte, faz-se urgente assentar a questão da alcoolfilia
no foco dos debates públicos. Até porque o problema da consumação alcoólica
precisa ser atacado sem trégua, a fim de que sejam encontradas soluções para a
complexa epidemia do “tóxico legal”. Para todos jugulados pelos vícios
recomendamos Jesus. Sim! O Messias que prometeu: “vinde a mim, todos os que
estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e
aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso
para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.”(5)
Jorge Hessen http://jorgehessen.net/
Referências bibliográficas : (1) Efésios, 5:18. (2) Xavier, Francisco
Cândido. Nos domínios da mediunidade, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed
FEB, 2000, p.139-140 (3) Xavier, Francisco Cândido. Missionário da Luz, ditado
pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB, 2001 (4) Xavier, Francisco Cândido.
Evolução em, Dois Mundos, ditado pelo Espírito André Luiz, RJ: Ed. FEB, 2003
(5) Mateus 11:28-30
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