O umbral localiza-se em um universo paralelo que
ocupa um espaço invisível aos nossos sentidos, que vai do solo terrestre até a
algumas dezenas de metros de altura na nossa atmosfera.
O tempo, e as condições climáticas do Umbral
seguem um ritmo equivalente ao local terrestre onde se encontra. Quando é noite
sobre uma cidade, é noite em sua equivalência no Umbral. A névoa densa que
cobre toda atmosfera dificulta a penetração da luz solar e da lua. A impressão
que se tem é que o dia é formado por um longo e sombrio fim de tarde. À noite
não é possível ver as estrelas e a lua aparece com a cor avermelhada entre
grossas nuvens. Sua maior concentração populacional está junto às regiões mais
populosas do globo. Encontramos cidades de todos os portes, grupos de nômades e
espíritos solitários que habitam pântanos, florestas e abismos.
É descrito por quem já esteve lá como sendo um
ambiente depressivo, angustiante, de vegetação feia, ambientes sujos,
fedorentos, de clima e ar pesado e sufocante. Para alguns espíritos é uma
região terrível e horripilante. Para outros é o local onde optaram viver. A vegetação
varia de acordo com a região do Umbral. Muitas vezes constituída por pouca
variedade de plantas. As árvores são normalmente de baixa estatura, com troncos
grossos e retorcidos, de pouca folhagem.
Existem também áreas desertas, locais rochosos, e
lugares de vegetação rasteira composta de ervas e capim.
É possível encontrar alguns tipos de animais e
aves desprovidos de beleza. No Umbral se encontram montanhas, vales, rios,
grutas, cavernas, penhascos, planícies, regiões de pântano e todas as formas
que podem ser encontradas na Terra. Como os espíritos sempre se agrupam por
afinidade (igual a todos nós aqui na Terra), ou seja, se unem de acordo com seu
nível vibracional, existem inúmeras cidades habitadas por espíritos
semelhantes. Algumas cidades se apresentam mais organizadas e limpas do que
outras.
Todas possuem espíritos lideres que são chamados
de diversos nomes:
Chefes, governadores, mestres, presidentes,
imperadores, reis etc. São espíritos inteligentes, mas que usam sua
inteligência para a prática consciente do mal. São estudiosos de magia, conhecem
muito bem a natureza e adoram o poder, quase sempre odeiam o bem e os bons que
podem por em risco sua posição de liderança.
Há grupos de pessoas nas cidades que trabalham
para os chefes.
Acreditam ter liberdade e muitas vezes gostam de
servirem seu chefe na ansiedade pelo poder e status. Consideram-se livres, mas
na verdade não o são, ao menor erro ou na tentativa de fugir são duramente
punidos. Existem os espíritos escravos que vivem nas cidades realizando
trabalho e mantendo sua estrutura sem receberem nada em troca além da possibilidade
de lá morarem. São duramente castigados quando desobedecem e vivem cercados
pelo medo imposto pelo chefe da cidade.
As cidades possuem construções semelhantes às que
encontramos nas cidades da Terra:
As maiores construções são de propriedade do chefe
e de seus protegidos. Sempre existem locais grandiosos para festas, e local
para realização de julgamentos dos que lá habitam. Em cada cidade existem leis
diferentes especificadas pelos seus lideres. Lá também encontramos bibliotecas
recheadas de livros dedicados a tudo que de mal e negativo possa existir.
Muitos livros e revistas publicados na Terra são encontrado lá, principalmente
os de conteúdo pornográfico.
Pode-se se perguntar:
Porque é permitido que existam estes chefes e esta
estrutura negativa de tanto sofrimento?
Deus nos permite tudo, ele nos deu o livre
arbítrio. O homem tem total liberdade para fazer tudo de ruim ou tudo de bom.
Quando faz ou constrói algo de ruim acaba se prejudicando com isso e aos poucos,
com o passar de anos ou de séculos vai aprendendo que o único caminho para a
libertação do sofrimento e da felicidade plena é a prática do bem. A vida na
Terra e no Umbral funcionam como grandes escolas onde aprendemos no amor ou na
dor.
Ninguém vai para o Umbral por castigo.
A pessoa vai para o lugar que melhor se adapta à
sua vibração espiritual. Quando deseja melhorar existe quem ajude. Quando não
deseja melhorar fica no lugar em que escolheu. Todos que sofrem no Umbral um
dia são resgatados por espíritos do bem e levados para tratamento para que
melhorem e possam viver em planos de vibrações superiores. Existem muitos que
ficam no Umbral por livre e espontânea vontade se aproveitando do poder e dos
benefícios que acreditam ter em seus mundos.
Além das cidades encontramos o que é chamado de
Núcleos:
Não constitui uma cidade organizada como
conhecemos, mas se trata de um agrupamento de espíritos semelhantes. Os
grupamentos maiores e mais conhecidos são os dos suicidas. Estes núcleos são
encontrados nas regiões montanhosas, nos abismos e vales. Por serem espíritos
perturbados são considerados inúteis pelos habitantes do Umbral e por isto não
são aceitos e nem levados para as cidades em volta.
Os vales dos suicidas são muito visitados por
espíritos bons e ruins:
Os bons tentam resgatar aqueles que desejam sair
dali por terem se arrependido com sinceridade do que fizeram. Os espíritos
ruins fazem suas visitas para se divertirem, para zombarem ou para maltratarem
inimigos que lá se encontram em desespero. Não é difícil imaginar um local com
centenas de milhares de pessoas que cometeram suicídio, todas ali unidas, sem entender
o que está acontecendo, já que não estão mortas como desejariam estar.
Existem os núcleos de drogados onde também existem
pequenas cidades:
Existem algumas poucas cidades de drogados de
porte grande no Umbral. Realizam-se grandes festas e são cidades movimentadas.
Existem relatos psicografados sobre uma região de drogados chamada de Vale das
Bonecas e cidades como a de Tongo que é liderada por um Rei. Para todo tipo de
vício da carne existem cidades e núcleos de viciados. Por exemplo, existem
cidades de alcoólatras ou de compulsivos sexuais. Todos os viciados costumam
visitar o planeta Terra em bandos para sugarem as energias prazerosas dos vivos
que possuem os mesmos vícios.
É comum a existência de núcleos de marginais.
Locais onde estão reunidos assaltantes,
assassinos, ladrões, traficantes e outros tipos de criminosos em sintonia
mútua. Nas regiões fora das cidades e longe dos núcleos encontramos andarilhos
solitários, espíritos considerados inúteis até pelos povos de cidades e núcleos
do Umbral. Grandes tempestades de chuva e raios ocorrem em todo Umbral. Tem
importante função de limpar os excessos de energias negativas acumuladas no
solo e no ar, tornando o ambiente menos insuportável aos seus habitantes.
As cidades, tribos e vilarejos do Umbral
normalmente possuem chefes ou lideres:
São pessoas inteligentes com capacidade de
liderança que costumam controlar, dominar e explorar as almas que nestas
cidades residem. Como se pode ver não é muito diferente da vida aqui na Terra,
onde temos exploradores e explorados. Exercem seu controle a partir do medo,
das mentiras, da escravidão, de regras rígidas e violência. Algumas sabem que
estão no Umbral e sabem que trabalham pelo mal das pessoas. Seu reinado não
dura muito tempo já que espíritos superiores trabalham para convencer sobre o
mal que faz a si mesmo fazendo o mal aos outros. É comum que estes “chefes”
desapareçam inesperadamente destas cidades por terem sido resgatados por bons
Samaritanos em suas missões. Em pouco tempo uma nova liderança acaba assumindo
o posto de chefe nestas cidades.
As regiões umbralinas são as que mais se parecem
com a Terra:
Os espíritos, por estarem ainda muito atrelados à
vida material, por lhe faltarem informação e conhecimento, acabam vivendo suas
vidas como se realmente estivessem vivos. As necessidades básicas do corpo
acabam se manifestando nestes espíritos. Sofrem por sentirem dores, sono, fome,
sede, desejos diversos.
No Umbral encontramos grupos de pessoas que se
consideram justiceiras. Coletam espíritos desorientados em hospitais,
cemitérios, e no próprio umbral. Pessoas que fizeram muito mal a outras durante
a vida ou em outras vidas, e pessoas que fizeram poucos amigos e por isto não
tem quem as possa ajudar. Estes espíritos sedentos de vingança e de justiça
feita pelas próprias mãos conseguem aprisionar e escravizar as pessoas que
capturam.
Acreditam que as pessoas que estão no Umbral só estão
lá por merecimento:
E isto não deixa de ser verdade. Mas no lugar de
ajudar estas pessoas, eles a maltratam por vingança e ódio pelo mal que
cometeram enquanto estavam vivas. Somente quando estas pessoas se arrependem
dos erros que cometem na Terra e esquecem os sentimentos negativos que ainda
nutrem é que os espíritos mais elevados conseguem se aproximar para seu resgate.
Postos de Socorro:
Os postos de socorro se encontram espalhados pelas
regiões sombrias do Umbral. Este local de ajuda, semelhante a um complexo
hospitalar, normalmente é vinculado a uma colônia de nível superior. Nele
encontramos espíritos missionários vindos de regiões mais elevadas que
trabalham na ajuda aos espíritos que vivem nas cidades e regiões do Umbral e
que estão à procura de tratamento ou orientação.
Quando o espírito ajudado desperta para a
necessidade de melhorar, crescer e evoluir é levado para uma colônia onde será
tratado e passará seu tempo estudando e realizando tarefas úteis para seu
próximo. Quando se sentem incomodados e mergulhados em sentimentos como o ódio,
vingança, revolta acabam retornando espontaneamente para os lugares de onde
saíram. Continuamos sempre com nosso livre arbítrio.
Os postos de socorro não são cidades, mas alguns
deles possuem grande dimensão, se assemelhando a uma pequena cidade no meio do
Umbral. Muitos ficam nas regiões periféricas do Umbral. Alguns se encontram
dentro das cidades do Umbral. Vistos à distância são pontos de luz e de beleza
no meio da paisagem triste, escura, fria, nebulosa que compõe as paisagens
naturais do Umbral. Os postos de socorro são locais bonitos, iluminados, com
grandes jardins, em meio a um cenário desolador e triste. Os postos de socorro
são constantemente procurados por pessoas desesperadas e perdidas no Umbral
querendo abrigo e ajuda.
Também é um local alvo de espíritos maldosos que
desejam continuar mantendo o controle e o poder sobre as pessoas que moram nas
regiões do Umbral. Com isto realizam constantes ataques às instalações dos
postos. Todos os postos possuem sofisticados sistemas de segurança que
monitoram as regiões ao redor do posto. Sensores detectam a presença de vibrações
a um raio de 3 km do posto. Sistemas de defesa que emitem descargas elétricas
são utilizados para afastar os atacantes. Os choques gerados pela força os
fazem recuar, já que lhe fazem sentir dores insuportáveis.
Os espíritos que vivem no Umbral ainda estão
ligados ao mundo material.
Muitos sequer compreendem que estão mortos e isto
lhes gera grande agonia e sofrimento. Por acreditarem estar vivos continuam
sentindo seus corpos e suas necessidades físicas. Sentem dor, sentem fome,
sentem sede, sono etc. Muitos sofrem de doenças, ferimentos, mutilações
ocorridas na morte ou em situações sinistras vividas no Umbral. A visão interna
de um posto de socorro lembra um grande hospital. Os espíritos atendidos
lembram monstros de um filme de terror. Se parecem realmente com mortos-vivos.
Sofrem movidos pelos sentimentos humanos que ainda
cultivam:
O ódio, a vingança, egoísmo e outros sentimentos
negativos. Vinculados à matéria, ainda sofrem como se possuíssem um corpo. E
isto acaba se refletindo em sua aparência monstruosa, que só pode ser
modificada a partir da sua conscientização sobre sua realidade. As enfermarias
dos postos estão sempre repletos de espíritos necessitados de orientação,
alimento, limpeza e cuidados. É como ver mortos-vivos agonizando por ajuda em
seus leitos.
Equipes chamadas de Samaritanos realizam incursões
no Umbral em busca de espíritos que procuram ajuda. Ao retornarem com dezenas
de espíritos que mais parecem farrapos humanos são recebidos pelas equipes de
socorro que iniciam o trabalho de acolhimento, alimentação, limpeza e
orientação destes espíritos. Ao serem internados podem se recuperar para serem
enviados para colônias no plano mais elevado, fora do Umbral. Também é comum
que espíritos cheguem às muralhas dos postos à procura de ajuda e ali são
socorridos.
Também existem postos de socorro na Terra:
São destinados a socorrer e orientar espíritos
recém-desencarnados. Pessoas que acabam de morrer costumam ficar totalmente
desorientadas. Muitas não sabem que estão mortas. É fácil imaginar o sentimento
horrível e a loucura que uma pessoa nesta situação pode passar. Estes postos
estão localizados no mundo invisível exatamente no mesmo local onde estão
hospitais, cemitérios, sanatórios, presídios, igrejas, centros espíritas etc.
São nestes locais onde se pode encontrar o espírito de pessoas que acabam de
desencarnar ou que estão procurando algum tipo de ajuda.
Os Samaritanos
Os samaritanos, que também são chamados de
missionários, socorristas e emissários, são trabalhadores dos postos de socorro
que saem em caravanas pelo Umbral e pela crosta do Planeta Terra à procura de
pessoas e socorrem os que pedem auxílio. Se vestem com capas e gorros de cor
bege ou marrom-claro e botas altas. Desta forma peregrinam pelo Umbral sem
serem percebidos. Muitas vezes são invisíveis aos sentidos de espíritos de
baixa vibração. Existem relatos onde os samaritanos contam com a ajuda de cavalos
para percorrer distâncias maiores e cães que são utilizados como proteção.
Outros relatos falam sobre a existência de
veículos especiais chamados de Aeróbus*.
Raras são as excursões em que não ocorrem ataques
aos samaritanos. São atacados por espíritos maldosos que podem se transfigurar
em criaturas horrendas com o intuito de intimidar e amedrontar as caravanas. Os
que atacam jogam pedras, paus, lama, matéria podre e alguns chegam a construir
armas que não fazem qualquer efeito aos samaritanos. Para defesa utiliza-se
ainda redes de proteção e armas que emitem eletricidade. Ao serem atingidos por
este tipo de raio o espírito entra em um processo semelhante ao da morte, pois
lhe faz relembrar todo sofrimento que passou em sua mais recente desencarnação.
Com medo, muitos espíritos só tentam intimidar, e muitas vezes se afastam em
desespero.
Existem situações em que os Samaritanos precisam
resgatar pessoas dentro das populosas cidades do Umbral.
A forma como fazem isto depende do tipo de cidade.
Existem casos em que pedem autorização aos lideres da região. Em outros a
pessoa a ser resgatada não é de interesse dos moradores da cidade e neste caso
não existe problema algum em entrar e levar estas pessoas. Existem ainda
situações em que precisam utilizar disfarces ou entrarem sem serem vistos pelos
habitantes do local. Em situações de perigo podem mudar de vibração, se
tornando invisíveis. Desta forma não podem ser capturados pelos espíritos
trevosos do Umbral. Muitos habitantes do Umbral sabem quem são e o que podem
fazer e mantêm um ar de respeito quando estão presentes.
Ao resgatarem algumas dezenas de espíritos, os
samaritanos retornam ao seu posto de socorro.
São verdadeiros farrapos humanos, alguns seminus,
outros com suas roupas em trapos e o corpo imundo e ferido. No posto os
espíritos são tratados e orientados. O tratamento pode levar alguns dias ou
alguns meses. Continuam livres e podem optar por retornar ao Umbral ou seguir
para uma Colônia, onde terminarão seu tratamento e passarão a frequentar aulas
e cursos para que se informem sobre sua atual situação após a morte. Um
espírito só pode ser ajudado pelos samaritanos quando deseja com sinceridade
ser ajudado. Não se pode ajudar ninguém à força. Não se perde tempo resgatando
espíritos revoltados, pois se não querem mudar, não poderão mudar à força. Sua
revolta ainda poderá atrapalhar os trabalhos e a recuperação de outros
espíritos dentro dos postos e hospitais.
Existem casos em que os espíritos se encontram em
níveis tão baixos de vibração que não conseguem ver e se comunicar com os
samaritanos.
Desta forma não podem ser ajudados. Relatos
mostram que em determinados casos os samaritanos podem convencer o espírito a
ter vontade de melhorar, de ser socorrido e ajudado. É possível mostrar a estes
espíritos imagens das colônias e da felicidade e paz que poderá ter. Este
trabalho de convencimento pode passar pelo uso da força. É o caso de fazer o
espírito se recordar do sofrimento, dor e angústia que passou no passado,
fazendo o mesmo desejar sair daquela situação.
São muitos os espíritos que, mesmo em estado
deplorável no Umbral, preferem continuar na vida em que estão.
Isto não é muito diferente do que existem aqui na
Terra. Uma parcela dos moradores de rua, mendigos, idosos e crianças continuam
nas ruas por opção. Não suportam os abrigos, a limpeza, a organização, a
necessidade de obedecer a alguém. Preferem viver livres de qualquer lei, norma,
organização, junto da miséria. Infelizmente só se pode ajudar alguém quando
este alguém quer realmente ser ajudado.
Fonte: Fórum Espírita
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