segunda-feira, 24 de março de 2014

GESTAÇÃO


PRIMEIRO TRIMESTRE DE GESTAÇÃO - (ATÉ 12 SEMANAS) 

Dra. Cristiane Ribeiro Assis (AME-SP) é ginecologista e obstetra, com especialização em Medicina Fetal.
Diferente do que muitos possam pensar, quando contam o tempo de gravidez em semanas,os médicos não têm por objetivo confundir a cabeça dos pais. Ao contrário, assim podem calcular o tempo de gravidez de uma forma precisa, baseando-se na data da última menstruação ou, em alguns casos, no exame de ultrassonografia. Para o pequeno ser em formação, uma semana de vida faz muita diferença, principalmente nesse primeiro período que analisaremos agora.
É de conhecimento geral a importância dos primeiros três meses de gestação. Sabemos que os médicos orientam às gestantes muita cautela para evitar substâncias nocivas (ex: álcool, nicotina, tintura de cabelo, raios-X, entre outras), infecções e qualquer coisa que possa comprometer o desenvolvimento do bebê. Veremos a seguir, os aspectos orgânicos envolvidos nesse período.
Como calculamos a gestação a partir da data da última menstruação, as duas primeiras semanas abrangem o tempo necessário ao corpo da mulher para liberar o óvulo a ser fecundado. O encontro entre óvulo e espermatozoide ocorre no início da 3ª semana, formando o zigoto, que originará todas as células do embrião. Lembramos que nesse momento, o espírito reencarnante já é um participante ativo deste processo. Através do seu perispírito, que funcionará tal como um imã para a limalha de ferro, atraindo para si os elementos necessários à constituição de seu corpo físico. Ao final dessa semana, inicia-se a implantação do novo ser no útero materno.
Durante a 4ª semana, finaliza-se o processo de implantação e ocorre a separação das células embrionárias em três camadas importantes, que formarão todas as estruturas do feto. 
Então, no início da 5ª semana, a mulher percebe que sua menstruação não veio e somente ao término dessa semana será possível visualizar ao ultrassom uma pequena vesícula medindo entre 2 a 4 mm, que nos apresenta pela primeira vez o espírito reencarnante.
Na 6ª semana, o coração já inicia seu incessante trabalho, podendo-se ouvir seus batimentos no exame de ultrassonografia, assim como também já é possível enxergar o embrião. Inicialmente alongado, ao final dessa semana ele apresenta aspecto semicircular, podendo medir até 4mm.
Durante a 7ª semana, ao atingir 8 mm, visualizamos ao ultrassom a distinção entre cabeça e tronco. Porém as mudanças para o embrião são muito mais significativas. Surgem os primeiros indícios do que serão olhos, boca, nariz, mãos e pés do bebê. 
Na 8ª semana, além de observarmos os brotos dos membros, podemos constatar os primeiros movimentos do embrião. Seu tamanho já atinge 13 mm. 
Durante a 9ª semana o embrião vai cada vez mais adquirindo a forma humana, chegando ao seu final com 18 mm e tendo iniciado o processo de diferenciação sexual.
A 10ª semana é a última no período de embriogênese. Ao seu término, o molde do ser reencarnante estará completo, possuindo até suas impressões digitais. Deixa de ser um embrião e recebe o nome de feto. A partir de agora, cada parte de seu corpo deverá crescer e "aprender" a funcionar adequadamente. Foi vencida mais uma importante etapa.
Os aspectos descritos acima se devem aos avanços da Ciência nos últimos tempos, porém muito ainda existe a se desvendar. Os espíritos superiores ensinam que a constituição da forma orgânica do ser reencarnante vai muita além dos conflitos biológicos. Ao abordar a reencarnação de Segismundo em Missionários da Luz, André Luiz destaca os fatores envolvidos dizendo: "A forma física futura do nosso amigo Segismundo dependerá dos cromossomos paternos e maternos; adicione, porém, a esse fator primordial, a influência dos moldes mentais de Raquel, a atuação do próprio interessado, o concurso dos Espíritos Construtores, que agirão como funcionários da natureza divina, invisíveis ao olhar terrestre (...)".

Felizmente, apesar de grande resistência dos cientistas materialistas, é cada vez maior a quantidade de trabalhos confirmando tais informações que nos foram dadas há tanto tempo. Vários são os estudos que demonstram a necessidade de um Planejamento Inteligente na organização da vida terrestre. Nunca estivemos tão próximos da comprovação científica da existência dos espíritos e de suas influenciações em nossas vidas.
Paralelamente, muitos centros de pesquisa, entre eles a Universidade Federal de São Paulo através da orientação do Dr. Ysao Yamamura, realizam estudos que buscam comprovar a influência das emoções maternas sobre o feto e sua personalidade. Em alguns casos foram descritos níveis de estresse maternos tão intensos, podendo ser o fator etiológico de alterações orgânicas no bebê, reforçando assim as orientações de André Luiz.
Assim, novamente observamos o quanto à realização do Evangelho no Lar pode ser importante instrumento no processo reencarnatório. Além de manter o ambiente doméstico em sintonia com a espiritualidade, ele auxiliará a gestante na manutenção de padrão mental que permita a colheita de grandes benefícios ao ser que regressa à escola terrestre.



(matéria publicada na Folha Espírita em maio de 2006)

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