segunda-feira, 31 de março de 2014

SEJAMOS FELIZES


Dizer que a vida encarnada é isenta de problemas é viver fora da realidade.
Sem otimismo exagerado, devemos resolver nossas dificuldades e não chorar 
por elas. Tudo de ruim que acontece conosco não é injusto. O que nos sucede 
deve ajudar em nosso desenvolvimento e, se o aceitarmos da maneira correta, 
aprenderemos a lição.
Devemos nos opor às nossas infelicidades com a força do nosso conhecimento 
e da razão, mudando o que pode ser mudado e aceitando com amor o que não
podemos mudar.
Temos de evitar as queixas principalmente sobre as doenças, pensar na saúde e 
desejá-la. Não devemos nos preocupar com o que poderá acontecer no futuro, se 
algo irá se concretizar ou não. Devemos substituir o egoísmo pelo altruísmo,
pensar no bem do próximo e não em nosso próprio bem somente.
Devemos nos empenhar para não ficarmos tristes. Quando cedemos à tristeza 
e ao sofrimento, irradiamos melancolia.
Se ficarmos sempre alegres, irradiaremos alegria, que se estenderá a todos 
aqueles que de nós se aproximarem.
Precisamos estar em paz. A falta de paz traz uma perturbável inquietação que
nos faz infelizes.
Nossa felicidade deve ser ativa no bem e repartida com os outros, para que 
possa assim ser multiplicada.
Deus quer que sejamos felizes e contribuamos para a felicidade de nossos 
irmãos, cultivando a alegria, espantando a tristeza. Ele quer que sintamos a 
alegria no bem realizado, na dor amenizada.

Sejamos felizes!

Pelo Espírito: ANTÔNIO CARLOS
Psicografia: VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO
Do livro: SEJAMOS FELIZES

UMA BOA PALAVRA



No teu relacionamento diário com as pessoas, não te esqueças de endereçar-lhes sempre uma boa palavra.
A palavra de esperança é uma luz que se acende no caminho dos companheiros que se revelam vacilantes na luta.
A palavra de coragem é um apoio para os que necessitam seguir adiante no desempenho das próprias obrigações.
A palavra de compreensão não raro, é mais eficaz que o medicamento prescrito pela medicina convencional aos que se queixam de amargura e desalento.
A palavra de incentivo aos que se dedicam às boas obras pode ser comparada a preciosa alavanca que guarda consigo o poder de remover as pedras de tropeço.
Não olvides, assim, os prodígios de amor que podes realizar através de uma boa palavra e promova, desde agora, rigorosa triagem nos assuntos ventilados por teu verbo.
Falando, construirás a felicidade ou, ainda falando, arrasarás com os ideais de muita gente.
Fala como se trouxesses Jesus no entendimento e no coração e a tua palavra, em todas as ocasiões, brilhará em teus lábios à feição de uma estrela engastada no céu de tua boca.

Pelo Espírito Irmão José
Carlos A. Bacelli

Brilhe Vossa Luz. 4 ed. Araras, SP: IDE. 1987.

UM QUARTO DE HORA



Quando tiveres um quarto de hora à disposição, reflete nos benefícios que podes espalhar.
Recorda:

• o diálogo afetivo com que refaças o bom-ânimo de algum familiar, dentro da própria casa;
• das palavras de paz e amor que o amigo enfermo espera de tua presença;
• de auxiliar em alguma tarefa que te aguarde o esforço para a limpeza ou o reconforto do próprio lar;
• da conversação edificante com uma criança desprotegida que te conduzirá para a frente às sugestões de boa vontade;
• de estender algum adubo a essa ou aquela planta que se te faz útil;
• do encontro amistoso, em que a tua opinião generosa consiga favorecer a solução do problema de alguém.

Quinze minutos sem compromisso são quinze opções na construção do bem.
Não nos esqueçamos de que a floresta se levantou de sementes quase invisíveis, de que o rio se forma das fontes pequeninas e de que a luz do Céu, em nós mesmos, começa de pequeninos raios de amor a se nos irradiarem do coração.

Meimei
XAVIER, Francisco Cândido. Caridade.

Por Espíritos Diversos. 5.ed. Araras, SP, IDE, 1984, cap. 23.

Temos data e hora certa para desencarnar?

 


Quando encarnamos, recebemos uma carga de fluidos vital (fluido da vida).
Quando este fluido acaba, morremos. Somos como a pilha que com o tempo vai descarregando.
Chegamos ao ponto que os remédios já não fazem mais efeito. Daí não resta outra alternativa senão trocar de “roupa” e voltar para a escola planetária.
Mas a quantidade de fluido vital não é igual em todos seres orgânicos. Isso dependerá da necessidade reencarnatória de cada um de nós.
Quando chegamos á Terra cada um tem uma estimativa de vida. Vai depender do que viemos fazer aqui. 
André Luiz, através da psicografia de Chico Xavier, explica que poucos são completistas, ou seja, nascemos com uma estimativa de vida e, com os abusos, desencarnamos antes do previsto, não completamos o tempo estimado, isso chama-se suicídio indireto.
Se viemos acertar as pendências biológicas por mau uso do corpo, como o suicídio direto ou indireto, nós vamos ficar aqui pouco tempo. É só para cobrir aquele buraco que nós deixamos. Exemplo: Se nossa estimativa de vida é 60 anos e nós, por abusos, desencarnamos aos 40 anos, ficamos devendo 20 anos. Então, na próxima encarnação viveremos somente 20 anos. 
Mas há outros indivíduos que vem para uma tarefa prisional. E daí vai ficar, 70, 80, 90, 100 anos. Imaginamos que quem vira os 100 anos está resgatando débitos. Porque vê as diversas gerações que já não são as suas. E o indivíduo vai se sentindo cada vez mais um estranho no ninho. Os jovens o olham como se ele fosse um dinossauro. Os da sua idade já não se entendem mais porque já faltam certos estímulos (visuais, auditivos, etc.). Já não podem visitar reciprocamente, com raras exceções. Tornam-se pessoas dependentes dos parentes, dos descendentes para levar aqui e acolá. Até para cuidar-se e tratar-se. Então, só pode ser resgate para dobrar o orgulho, para ficar nas mãos de pessoas que nem sempre gostam dela. Alguns velhos apanham, outros são explorados na sua aposentadoria, outros são colocados em asilos onde nunca recebem visitas. 
Em compensação, outros vêm, cuidam da família, educam os filhos em condição de caminhar, fecham os olhos e voltam para a casa com a missão cumprida com aqueles que se comprometeu em orientar, impulsionar, a ajudar.
Por isso, precisamos conversar com os jovens. Dizer a eles que é na juventude que a gente estabelece o que quer na velhice, se chegar lá. E que vamos colher na velhice do corpo o que tivermos plantado na juventude. Se ele quiser ter um ídolo, que escolha alguém que esteja envolvido com a paz, com a saúde, a ética, ao invés de achar ídolos da droga, do crime, das sombras. 
E aqueles que não tem jovens para orientar e que estão curtindo a própria maturidade, avaliar o que fizeram da vida até agora. Se a morte chegasse hoje, o que teriam para levar? Se chegarem a conclusão que não tem nada para levar lembrem que: HÁ TEMPO.
Enquanto Deus nos permitir ficar na Terra, HÁ TEMPO, para fazermos algum serviço no Bem seja ao próximo ou a nós mesmos: estudar, aprender uma língua, uma arte, praticar um esporte. Enquanto respirarmos no corpo perguntemos: “O QUE DEUS QUER QUE EU FAÇA?” Usemos bem o fluido que nos foi disponibilizado. A vida bem vivida pela causa do Bem pode nos dar “moratória”, ou seja, uma sobrevida, uma dilatação do tempo de permanência do Espírito no corpo de carne.
Então, há idosos em caráter expiatório e em caráter de moratória.


José Raul Teixeira
FONTE: 
http://grupoallankardec.blogspot.com.br/

SER OTIMISTA



Deus, meu Pai!
Quero ver a vida com otimismo, preencher-me de esperanças, estar atento para o que é belo e positivo, frear as tristezas e negatividades, ser inteligente o mais que possa.
Como fruto dessa intenção, certamente me resultará a compreensão de mim mesmo, dos outros e do por que do meu existir. Mercê de Tuas bênçãos, Pai, todos aqui estamos para amar, progredir e ser feliz.
As vicissitudes que agora enfrento, vejo-as com razão de ser, ligadas que estão aos meus hábitos antigos. Mas, quero reiniciar, colocar no meu peito uma chama de amor que não se apague, que ilumine o meu íntimo e o dos outros. Com o entendimento de mim mesmo e uma visão positiva de mundo, mais fácil me será caminhar para a felicidade.
Agradeço-Te, Pai, a compreensão e as esperanças que agora adquiro.
Obrigado, Deus, muito obrigado!

Assim seja!

Do livro: Fala com Deus
Autor: Lourival Adenilson Bauer Sergio Lopes

UM MOMENTO



Antes de negar-se aos apelos da caridade, medite um momento nas aflições dos outros.
Imagine você no lugar de quem sofre.
Observe os irmãos relegados aos padecimentos da rua e suponha-se constrangido a semelhante situação.
Repare o doente desamparado e considere que amanhã provavelmente seremos nós candidatos ao socorro na via pública.
Examine o ancião fatigado e reflita que, se a desencarnação não chegar em breve, não escapará você da velhice.
Contemple as crianças necessitadas, lembrando os próprios filhos.
Quando a ambulância deslize rente ao seu passo, conduzindo o enfermo anônimo, pondere que, talvez um parente nosso extremamente querido, se encontre a gemer dentro dela.
Escute pacientemente os companheiros entregues à sombra do grande infortúnio e recorde que em futuro próximo, é possível estejamos na travessia das mesmas dificuldades.
Fite a multidão dos ignorantes e fracos, cansados e infelizes, julgando-se entre eles e mentalize a gratidão que você sentiria perante a migalha de amor que alguém lhe ofertasse.
Pense um momento em tudo isso e você reconhecerá que a caridade para nós todos é simples obrigação.

André Luiz
Francisco Cândido Xavier, "Mãos marcadas".

Por Espíritos Diversos. 13ª ed. Araras, SP: IDE, 1990. Cap. 18.

VIDA PLENA



A energia divina dá origem à vida em toda parte e domina-me.
Indefinível, o ato de viver e pensar, sentir e amar alcança o clímax no ser humano. 
Essa energia poderosa em mim induz-me à captação de novos recursos para o crescimento e a autorrealização.
Escolho a opção da felicidade.
Não cederei ao marasmo, às injunções perturbantes a que me acostumei.
Sou vida em desdobramento.
Reergo-me e adquiro novos padrões de pensamento, de ação, para tornar-me pleno.

Joanna de Ângelis 
FRANCO, Divaldo P. Momentos de Saúde. Salvador, BA: LEAL, 2001. p. 89

 

Pai Nosso...



Pai Nosso, que estás nos Céus,
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos
Deste mundo de escarcéus.

Santificado, Senhor,
Seja o teu nome sublime,
Que em todo o Universo exprime
Concórdia, ternura e amor.

Venha ao nosso coração
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada da redenção.

Cumpra-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra,
Nos Céus, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento.

Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho,
Feito na luz, no carinho

Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniquidade e de dor.

Auxilia-nos, também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar nossos irmãos
Que vivem longe do bem.

Com a proteção de Jesus,
Livra a nossa alma do erro,
Sobre o mundo de desterro,
Distante da vossa luz.

Que a nossa ideal igreja
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor… Assim seja.

 Francisco Cândido Xavier

REVELE-SE



Nas lutas habituais, não exija a educação do companheiro. Demonstre a sua.
Nas tarefas do bem, não aguarde colaboração. Colabore, por sua vez, antes de tudo.
Nos trabalhos comuns, não clame pelo esforço alheio. Mostre sua boa-vontade.
Nos serviços de compreensão, não peça para que seu vizinho suba até você. Aprenda a descer até ele e ajude-o.
No desempenho dos deveres cristãos, não aguarde recursos externos para cumpri-los. O melhor patrimônio que você pode dar às boas obras é o seu próprio coração.
No trato vulgar da vida, não espere que seu irmão revele qualidades excelentes. Expresse os dons elevados que você já possui.
Em toda criatura terrestre, há luz e sombra. Destaque sua nobreza
para que a nobreza do próximo venha ao seu encontro.

Pelo Espírito André Luiz
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

Da Obra Agenda Cristã

O desafio das doenças espirituais



Medicina e Espiritualidade

medicina humana nãoadmite a existência do Espírito, não reconhecendo, consequentemente, as doenças espirituais. No passado, porém, durante séculos, o Espírito era considerado causa de doença, principalmente na loucura onde parecia evidente seu parentesco com o mal. Quando a Medicina começou a descobrir a fisiologia mecanicista dos fenômenos biológicos, excluiu dos meios acadêmicos a participação da alma, inclusive na criação dos pensamentos, que passaram a ser vistos como "secreção" do cérebro, e as doenças mentais, como distúrbios da química dos neurônios.
O médico espírita que pretender retomar, nos dias de hoje, a discussão sobre as doenças espirituais precisa expurgar, em primeiro lugar, a “demonização" das doenças, um ranço medieval que ainda contamina igrejas e repugna o pensamento médico atual.
A medicina moderna aprendeu a ajuizar os sintomas e os desvios anatômicos, usando sinais clínicos para fazer as classificações das doenças que conseguiu identificar. Para as doenças espirituais, porém, fica faltando conhecer "o lado de lá" de cada paciente para podermos dar um diagnóstico correto para cada necessitado. Já no século XVII, Paracelso atribuía causas exteriores ou perturbações internas aos doentes mentais, destacando os lunáticos (pela interferência das fases e movimentos da Lua), os insanos (pela hereditariedade), os vesanos (pelo abuso de bebida ou  mau us ode alimentos) e os melancólicos (por um vício de natureza interna).
Para as doenças espirituais também percebemos causas externas e internas. Por enquanto, nossa visão parcial nos permite apenas uma proposta onde constem as possíveis causas da doença  espiritual, sem o rigor que uma avaliação individual completa exigiria, adotando-se para tanto a seguinte classificação: doenças espirituais autoinduzidas (por desequilíbrio vibratório e auto-obsessão), doenças espirituais compartilhadas (por vampirismo e obsessão), mediunismo e doenças cármicas.

As Doenças Espirituais autoinduzidas

Por desequilíbrio vibratório

O perispírito é um corpo intermediário que permite ao espírito encarnado exercer suas ações sobre o corpo físico. Sua ligação é feita célula a célula, atingindo a mais profunda intimidade dos átomos que constitui a matéria orgânica do corpo físico. Esta ligação se processa pelas vibrações de cada um dos dois corpos - físico e espiritual -cujo "ajuste" exige uma determinada sintonia vibratória. Comoo perispírito não é prisioneiro das dimensões físicas do corpo de carne, podendo manifestar suas ações além dos limites do corpo físico pela projeção dos seus fluidos, a sintonia e a irradiação do perispírito são dependentes unicamente das projeções mentais que o espírito elabora, do fluxo de ideias que construímos. De maneira geral, o ser humano ainda perde muito dos seus dias comprometido com a crítica aos semelhantes, o ódio, a maledicência, as exigências descabidas, a ociosidade, a cólera e o azedume entre tantas outras reclamações levianas contra a vida e contra todos. Como o vigiai e orai ainda está distante da nossa rotina, desajustamos a sintonia entre o corpo físico e o perispírito, causando um "desequilíbrio vibratório". Essa desarmonia desencadeia sensações de mal-estar, como a estafa desproporcional e a fadiga sistemática, a enxaqueca, a digestão que nunca se acomoda o mau humor constante e inúmeras outras manifestações tidas como "doenças psicossomáticas". Ainda nos dedicamos pouco a uma reflexão sobre os prejuízos de nossas mesquinhas atitudes, principalmente em relação a um comportamento mental adequado.

Por auto-obsessão

O pensamento é energia que constrói imagens que se consolidam em torno de nós. Impressas no perispírito elas formam um campo de representações de nossas ideias. À custa dos elementos absorvidos do fluido cósmico universal, as ideias tomam formas, sustentadas pela intensidade com que pensamos nelas. A matéria mental constrói em torno de nós uma atmosfera psíquica (psicosfera) onde estão representados os nossos desejos. Neste cenário, estarão todos os personagens que nos aprisionam o pensamento pelo amor ou pelo ódio, pela indiferença ou pela proteção, etc. Medos, angústias, mágoas não resolvidas, ideias fixas, desejo de vingança, opiniões cristalizadas, objetos de sedução, poder ou títulos cobiçados, tudo se estrutura em "ideias formas” na psicosfera que alimentamos, tornando-nos prisioneiros dos nossos próprios fantasmas. A matéria mental produz a "imagem"ilusória que nos escraviza. Por capricho nosso, somos, assim, "obsedados"pelos nossos próprios desejos.

As doenças espirituais compartilhadas

Por vampirismo

O mundo espiritual é povoado por uma população numerosíssima de Espíritos, quatro a cinco vezes maior que os seis bilhões de almas encarnadas em nosso planeta. Como a maior parte desta população de Espíritos deve estar habitando as proximidades dos ambientes terrestres, onde flui toda a vida humana, não é de se estranhar que esses Espíritos estejam compartilhando das nossas condutas.Podemos atraí-los como guias e protetores, que constantemente nos inspiram, mas também a eles nos aprisionar pelos vícios - o álcool, o cigarro, as drogas ilícitas, os desregramentos alimentares e os abusos sexuais. Pare todas essas situações, as portas da invigilância estão escancaradas, permitindo o acesso de entidades desencarnadas afins. Nesses desvios da conduta humana, a mente do responsável agrega em torno de si elementos fluídicos com extrema capacidade corrosiva de seu organismo físico, construindo para si mesmo os germens que passam a lhe obstruir o funcionamento das células hepáticas, renais e pulmonares, cronificando lesões que a medicina considera incuráveis. As entidades espirituais viciadas compartilham dos prazeres do vício que o encarnado lhes favorece e ao seu tempo estimulam-no a nele permanecer. Nesta associação, há uma tremenda perda de energia por parte do encarnado. Daí a expressão vampirismo ser muito adequada para definir esta parceria.

Por obsessão

No decurso de cada encarnação, a misericórdia de Deus nos permite usufruir das oportunidades que melhor nos convém para estimular nosso progresso espiritual. Os reencontros ou desencontros são de certa maneira planejados ou atraídos por nós para os devidos resgates ou para facilitar o cumprimento das promessas que desenhamos no plano espiritual. É assim que, pais e filhos, reencontram-se como irmãos, como amigos, como parceiros de uma sociedade. Marido e mulher que se desrespeitaram, agora se reajustam como pai e filha, chefe e subalterno ou como parentes distantes, que a vida dificulta a aproximação. As dificuldades da vida de uma maneira ou de outra vão reeducando a todos. Os obstáculos que à primeira vista parecem castigo ou punição trazem no seu emaranhado de provas à possibilidade de recuperar danos físicos ou morais que produzimos no passado.
No decorrer de nossas vidas, seremos sempre  ganhadores ou perdedores na grande luta da sobrevivência humana. Nenhum de nós percorrerá essa jornada sem ter que tomar decisões, sem deixar de expressar seus desejos e sem fazer suas escolhas. É aí que muitas e muitas vezes contrariamos as decisões, os desejos e as escolhas daqueles que convivem próximo a nós. Nos rastros das mazelas humanas, nós todos, sem exceção, estamos endividados e altamente comprometidos com outras criaturas, também exigentes como nós, que como obsessores vão nos cobrar noutros comportamentos, exigindo-nos a quitação de dívidas que nos furtamos em outras épocas. Persistem como dominadores implacáveis, procurando nos dificultar a subida mais rápida para os mais elevados estágios da espiritualidade. Embora a ciência médica de hoje ainda não a traga em seus registros, a obsessão espiritual, na qual uma criatura exerce seu domínio sobre a outra, é, de longe, o maior dos males da patologia humana.

Por mediunismo

 São os quadros de manifestações sintomáticas apresentadas por aqueles que, incipientemente, inauguram suas manifestações mediúnicas. Com muita frequência, a mediunidade se manifesta de forma tranquila e é tida como tão natural que, o médium, quase sempre ainda muito jovem, mal se dá conta de que o que vê, o que percebe e o que escuta de diferente. Outras vezes, os fenômenos são apresentados de forma abundante e o principiante é tomado de medos e inseguranças, principalmente, por não saber do que se trata. Em outras ocasiões, a mediunidade é atormentada por espíritos perturbadores e o médium se vê às voltas com uma série de quadros da psicopatologia humana, ocorrendo crises do tipo pânico, histeria ou outras manifestações que se expressam em dores, paralisias, anestesias, "inchaço" dos membros, insônia rebelde, sonolência incontrolável, etc. Uma grande maioria tem pequenos sintomas psicossomáticos e se sente influenciada ou acompanhada por entidades espirituais. São médiuns com aptidões ainda muito acanhadas, em fase de aprendizado e domínio de suas potencialidades, uma tenra semente que ainda precisa ser cultivada para se desabrochar.

Por "doenças cármicas" (compromissos adquiridos)

     
A “doença cármica" é antes de mais nada uma oportunidade de resgate e redenção espiritual. Sempre que pelas nossas intemperanças desconsideramos os cuidados com o nosso corpo e atingimos o equilíbrio físico ou psíquico do nosso próximo, estamos imprimindo estes desajustes nas células do nosso corpo espiritual. É assim que, na patologia humana, ficam registrados os quadros de “lúpus" que nos compromete as artérias, do "pênfigo" que nos queima a pele, das "malformações" de coração ou do cérebro, da “esclerose múltipla" que nos imobiliza no leito ou das demências que nos compromete a lucidez e nos afasta da sociedade.
Precisamos compreender que estas e todas as outras manifestações de doença nãodevem ser vistas como castigos ou punições. O Espiritismo ensina que as dificuldades que enfrentamos são oportunidades de resgate, as quais, com frequência, fomos nós mesmos quem as escolhemos para acelerar nosso progresso e nos alavancar da retaguarda, que às vezes nos mantém distantes daqueles que nos esperam adiante de nós. Mais do que a cura das doenças, a medicina tibetana, há milênios atrás, ensinava que médicos e pacientes devem buscar a oportunidade da iluminação. Os padecimentos pela dor e as limitações que as doenças nos trazem sempre possibilitam esclarecimento, se nos predispormos a buscá-lo. Mais importante do que aceitar o sofrimento numa resignação passiva e pouco produtiva é tentar superar qualquer limitação ou revolta, para promovermos o crescimento espiritual, através desta descoberta interior e individual.

(Dr. Nubor Orlando Facure - Neurologista- Artigo inserido no Jornal Espírita de julho de 2004 - www.feesp.com.br)

Fonte: Página Espírita

VOZES DO EVANGELHO



Página referente ao item 2 do Capítulo XI de O Evangelho Segundo o Espiritismo.


Destaque o lado bom dos seres e das coisas.
 “Examine tudo e retenha o melhor.”
*
Não valorize o erro.
 “Vença o mal com o bem.”
*
Auxilie sem exigência.
 “Perdoe setenta vezes sete vezes.”
*
Fuja à impertinência.
 “Não se queixem uns contra os outros, para que não sejam condenados.”
*
Não se irrite.
 “Faça todas as coisas sem murmurações nem contendas.”
*
Não se imponha.
 “Os discípulos do Senhor se conhecem por muito se amarem.”
*
Não pressione a ninguém.
 “Atente bem para a lei da liberdade.”
*
Olvide a falta alheia.
 “Lance mão do arado sem olhar para trás.”
*
Renuncie em silêncio.
 “O cristão existe para servir e não para ser servido.”
*
Use a bondade incansável.

 “Todas as suas ações sejam feitas com caridade.”

André Luiz

XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. "O Espírito da Verdade". Por Diversos Espíritos. Rio de Janeiro, RJ: FEB: 1982, cap. 60.

DIANTE DA INDECISÃO



Diante da indecisão, auxilia-nos, Senhor, a tomar a atitude correta, para nós e para os outros.
Não nos permitas vacilar no bem que devemos aos nossos irmãos em Humanidade.
Que renunciemos ao que não é correto, nem tampouco justo.
Encoraja-nos a seguir adiante ou a retroceder no caminho, segundo o que melhor nos convier.
Que hoje seja o nosso dia e agora, o nosso instante de começar a empreender a necessária mudança em nossas vidas.
Inspira-nos, Senhor!
Como agirias se estivesses em nosso lugar?
Que não inventariemos prejuízos materiais e, sobretudo, morais, em detrimento dos ganhos da alma.
Os dividendos do espírito não se calculam pela aritmética comum.
Que não hesitemos por mais tempo em decidir pela nossa paz interior!

Pelo Espírito: Irmão José
Do livro: Preces e Orações
Psicografia: Carlos A. Baccelli

ROTEIRO JUVENIL



Meu jovem amigo,
A mocidade cristã é primavera bendita de luz, anunciando o aperfeiçoamento da Terra.
Aceita, com ânimo firme, o roteiro que o Mestre Divino nos oferece:
Coração terno.
Consciência limpa.
Mente pura.
Sentimento nobre.
Conduta reta.
Atitude valorosa.
Disposição fraternal.
O coração aberto às sugestões do bem aclara a consciência, dilatando-lhe a grandeza.
A consciência sem mancha ilumina a mente, renovando-lhe o poder.
A mente purificada sublima o sentimento, elevando-lhe as manifestações.
O sentimento enobrecido orienta a conduta, mantendo-a nos caminhos retos.
A conduta irrepreensível determina a atitude valorosa no desempenho do próprio dever e no trabalho edificante.
O gesto louvável conduz à fraternidade, em cujo clima conquistamos a compreensão, o progresso e o mérito.
Coração aberto à influência de Jesus para enriquecer a vida...
Disposição fraternal de servir incessantemente às criaturas, para que o amor reine, soberano...
Eis, meu amigo, em suma, o roteiro juvenil com que a mocidade cristã colaborará no aprimoramento do mundo.

Que o Senhor nos abençoe !

Emmanuel
Francisco Cândido Xavier

O Sublime Triângulo

 

Elucidações Espíritas 

A Ciência, a Filosofia e a Religião constituem o triângulo sublime sobre o qual a Doutrina do Espiritismo assenta as próprias bases, preparando a Humanidade do presente para a vitória suprema do Amor e da Sabedoria no grande futuro.
Recorramos, assim, a três vigorosas sínteses da Codificação Kardequiana, para comentar, com mais segurança o tríplice aspecto de nossos princípios redentores.
Com a Ciência, asseverou o grande missionário “A fé sólida é aquela que pode encarar a razão, face a face."
Com a Filosofia, afirmou: “Nascer, viver, morrer e renascer de novo, progredindo sempre, tal é a lei."
Com a Religião, disse bem alto: “Fora da Caridade não há salvação."
Não será justo assim, em nosso movimento libertador da vida espiritual prescindir da Ciência que estuda, da Filosofia que esclarece e da Religião que sublima.
Buscando a verdade, colheremos o conhecimento superior; conquistando o conhecimento superior penetraremos as faixas da evolução; e absorvendo-lhes a claridade divina, compreenderemos que somente pela caridade, que é o amor puro, é que viveremos em harmonia com a justiça imutável, erguendo-nos, enfim, à gloriosa ascensão.
Abracemos, pois, em nossa fé santificante o trabalho paciente da pesquisa honesta e a construção do entendimento para que a fraternidade cristã possa insculpir em nós mesmos a viva pregação do ideal que esposamos, no serviço aos outros, e que significa serviço a nós mesmos.
Em suma, instruamo-nos e amemo-nos, uns aos outros, descerrando o coração ao sol da bondade infatigável e incessante, e o Espírito da Verdade nos tomará na Terra por instrumentos preciosos na edificação do Reino de Deus.


Emmanuel

Questionamentos Espíritas


Quem somos?

Como ainda somos orgulhosos!
Sempre que surge um determinado tema, nós temos a resposta pronta, ou então, uma ideia pré-concebida sobre o assunto.
Nem analisamos essa ideia. Pra nós ela é verdadeira e legítima. Não precisa se acrescentar nada e é dispensável outros pontos de vista.
O orgulho e a vaidade nos movem a isso.
Quando o assunto em pauta é Deus, aí então, damos aulas e mais aulas, colocamos pontos de vista meramente particulares e nos fechamos neles, acrisolando-nos para não receber outras ideias que venham a ofuscar a nossa limitada visão.
É inerente ao ser humano, cada um em seu grau de desenvolvimento evolutivo, conceber Deus à sua maneira e entendimento. Isso é natural e sadio. Cada um trás consigo suas limitações e vão se livrando delas assim que a luz do conhecimento começa a adentrar as portas do seu saber.
Por isso a doutrina dos espíritos orienta para que todos estudem, aprendam, aumentem seu conhecimento, exercitem o pensamento, para não incorrerem em erros primários que nada mais faz do que nos estacionar no tempo, perdendo oportunidades grandiosas de elevação moral e intelectual.
Como a matéria nos atrai ainda! Ela nos ofusca os sentidos, nos inebria totalmente e, para acordarmos, a vida se utiliza de nossas próprias desilusões para nos ensinar que tudo é temporário neste mundo e que devemos dar mais valor às coisas do espírito.
Materialismo, orgulho e vaidade. Estão aí três questões que haveremos de estudar e conhecer bem, no decorrer de nossa existência. Precisamos compreender que as coisas materiais devem ser utilizadas para nos servir e ao próximo e não para sermos escravos delas. Precisamos compreender que o orgulho é o nosso instinto primitivo tomando novas formas, modificando-se, burilando-se para a criação de um novo ser. Que a vaidade é uma derivação do amor, uma autoafeição exacerbada pelo orgulho, mas que deverá ser drenada para se transformar em amor próprio e consequentemente se estender para o amor ao próximo.
Somos seres em constante transformação e aprendizado, ansiosos por buscar o “Reino de Deus”. Para que essa busca não seja tão longa e penosa, cabe a cada um de nós reconhecer sua particular limitação, travar contato com a realidade que nos cerca, definir metas de engrandecimento intelectual e moral, praticar esse conhecimento no relacionamento diário, na prática da caridade e na demonstração de fraternidade e colaborar intensamente para a melhoria do meio em que vive e as relações sociais.
Viver em paz, ser útil, agradável, servir e compartilhar. Eis algumas metas do homem de paz. Para alcançá-las, devemos modificar aquele homem belicoso e primitivo e dar asas a um novo ser angelical. Esforço, discernimento, tolerância e boa vontade são essenciais para se alcançar esses objetivos.
Esse novo milênio está se iniciando com o planeta em modificação. Esforcemo-nos para fazer parte desse mundo melhor.

O Que Somos?

Fomos criados, logo, não somos eternos. Eterno é o que nunca foi criado, sempre existiu. Somos imortais, jamais desapareceremos. Se um dia deixássemos de existir, haveria um questionamento sobre as obras de Deus: “Se teremos um fim, de que vale todo esforço, todo estudo, todo trabalho, todo sofrimento que tivemos em nossas existências?”
O fato é que fomos criados simples e ignorantes. O que quer dizer isso? – Isso quer dizer que somos todos iguais na essência, porém, fomos criados livres e subordinados às Leis do Criador. Livres porque temos o direito de fazer nossas escolhas, subordinados às Leis porque existem Leis Universais e Naturais que devemos respeitar.
Essas Leis Naturais praticamente nos obrigam a evoluir. Para que a “centelha divina” que somos nós possa ir adquirindo formas, imprescindível é ter um corpo para se manifestar neste mundo. Em palavras simples, quando saímos diretinho da forma de Deus, estamos “zerados”, ou seja, sem conhecimento algum, mas com todas as matrizes da perfeição gravadas em nossa essência. Para alcançá-la é necessário esforço... muito esforço.
Iniciamos nosso desenvolvimento nas formas minerais, onde a centelha divina começa a moldar sua parte semimaterial. Uma vez “aprendido” tudo o que fora possível neste reino, muda-se para outro para se adquirir novas conquistas. Passa-se ao reino vegetal, onde a centelha divina estagia por enormes classes de vegetais. Ao sair desse reino, estagia-se no reino animal e por último chega-se a classe hominal a qual pertencemos.
Neste roteiro, milhões de anos se passaram.
Muitos, ao lerem esse texto, vão rir ou achar ridículo. Isso não importa. Quando se falou que a Terra era redonda a repercussão foi à mesma. Hoje ninguém mais contesta que ela seja redonda. Muitos irão dizer: “Comprove então a veracidade disto”. Tudo bem, desde que o leitor esteja disposto a estudar inúmeros livros que tratam do assunto, fica fácil comprovar. Só que a grande maioria tem preguiça de estudar, assim como tem preguiça de pensar, de analisar o que está à sua frente. Muitos ainda estão cegos pelo seu orgulho e vaidade e não se livram do seu mundo fictício de jeito nenhum, pois ali eles podem fazer o que quiserem sem responderem por seus atos.
Não é o intuito deste texto julgar linhas de pensamento de ninguém e nem atitudes. O intuito é dar uma “claridade” para que os leitores possam ver as coisas por outro ângulo, se interessarem em obter as respostas ou comprovação dos fatos aqui abordados.
A maior questão, que mais “machuca” aqueles que são contrários à visão de que evoluímos através de estágios em todos os reinos conhecidos é o seguinte: “Quer dizer que ao nos alimentarmos de carne de animal, estamos nos alimentando de seres que um dia serão iguais a nós?” – A resposta é sim, mas não devemos analisar tudo ao pé da letra. Vivemos num mundo primitivo ainda. Vejam bem, para se viver, os seres precisam se alimentar. Existe um processo evolutivo de dependência do “próximo” desde o reino vegetal. O que nos é aconselhado na doutrina é que venhamos gradativamente nos livrando da dependência alimentar da carne animal, inicialmente substituindo pela de aves, depois pela de peixes e quando adaptados, pelos vegetais. Todo esse processo de desapego leva muitos séculos e não é prudente que ninguém abandone de uma vez os hábitos antigos, pois seu corpo vai se ressentir.
Deus não cria nada inutilmente. Tudo o que fora criado possui uma finalidade. Perecível somente é a matéria, o corpo material transitório, mas a centelha que habita o ser material é imortal e vive em constante progresso. A complexidade do assunto nos leva até as fronteiras do que o ser humano pode atualmente compreender. Ainda não temos condições intelecto/morais para sermos sabedores de conhecimentos mais avançados. Se o básico é difícil de entender em todos seus detalhes, imaginem o avançado.
Somos obra-prima da Criação ou somos o resultado atual que a evolução natural nos legou? - As duas coisas, mas, a meu ver, para se obter a obra-prima foram necessário milênios de trabalho evolutivo. 
Levando-se em conta que somos eternos, podemos supor que estamos ainda nos primeiros degraus da escala da evolução. Talvez estejamos a caminho da reta final para concluir nosso estágio na escola Terra. Talvez somente mais alguns milênios e estejamos já dando tchau ao planeta azul e embarcando viagem para novos planos. Mas isso vai depender do esforço no aperfeiçoamento de cada um. Muitos partirão para planos inferiores, para estagiarem em planetas mais primitivos ainda, muitos ficarão aqui repetindo as lições até verdadeiramente aprender, outros ficarão aqui, mas no mundo espiritual, ajudando os retardatários e muitos outros partirão para novas jornadas em mundos mais evoluídos.
O que somos? Somos uma centelha de Deus, criada por ele, que estagia nos reinos desse planeta, que luta por se iluminar e aspira brilhar como as estrelas. Somos a criatura que busca o Pai.
  


 Fonte: Centro Espírita Vinhas do Senhor

PERANTE JESUS




Em todos os instantes, reconhecer-se na presença invisível de Jesus, que nos ampara nas obras do Bem Eterno.
Aceitou-nos o Cristo de Deus desde os primórdios da Terra.
Nos menores cometimentos, identificar a Vontade Superior, promovendo em toda parte a segurança e a felicidade das criaturas.
Cada coração humano é uma peça de luz potencial e Jesus é o Sublime Artífice.
Lembrar-se de que o Senhor trabalha por nós sem descanso. 
Repouso indébito, deserção do dever.
Sem exclusão de hora ou local, precaver-se contra o reproche e a irreverência para com a Divina Orientação.
O acatamento é prece silenciosa.
Negar-se a interpretar o Eterno Amigo por vulgar revolucionário terreno.
Reconheçamo-lo como a Luz do Mundo.
Renunciar às comemorações natalinas que traduzam excessos de qualquer ordem, preferindo a alegria da ajuda fraterna aos irmãos menos felizes, como louvor ideal ao Sublime Natalício.
Os verdadeiros amigos do Cristo reverenciam-no em Espírito.
Identificar a posição que lhe cabe em relação a Jesus, o Emissário de Deus, evitando confrontos inaceitáveis.
O homem que exige seja o Cristo igual a ele, pretende, vaidosamente, nivelar-se com o Cristo.
Em todas as circunstâncias, eleger, no Senhor Jesus, o Mestre invariável de cada dia.
Somos o rebanho, Jesus é o Divino Pastor.

 “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens”
Paulo. (Colossenses, capítulo 3, versículo 23.)

Pelo Espírito André Luiz
Waldo Vieira

Conduta Espírita 

DIANTE DA MORTE


Diante da morte, Senhor, ensina-nos a louvar e glorificar a Vida, que não termina no túmulo.
Mostraste-nos, com a Tua própria ressurreição, que o homem não se resume à matéria que se desfaz...
Viveremos para sempre!
O corpo volta a ser pó, mas o espírito prossegue na jornada que não se interrompe.
Que não vejamos, pois, na morte mais do que indispensável processo de renovação.
Um dia, todos haveremos de nos reunir no Grande Lar e não mais conheceremos o adeus.
Tudo que é pertinente ao mundo físico é transitória ilusão...
Os que amamos não desaparecem do nosso amor.
Redivivos, simplesmente prosseguiremos trilhando outra estrada, ansiando pelo definitivo encontro Contigo.
Senhor, encoraja-nos a abrir os braços à cruz que se nos destina!

Pelo Espírito: Irmão José
Do livro: Preces e Orações
Psicografia: Carlos A. Baccelli

Uma Busca Interior



Desde que o mundo é mundo, a Humanidade tem lutado contra as enfermidades mais variadas.
Quando consegue controlar uma delas, outras surgem mais cruéis e ameaçadoras. Tem-se lutado com ardor para extirpar as doenças da face da Terra. Mas por que não se consegue, já que a ciência moderna tem recursos fantásticos? 
A resposta é simples: tem-se buscado curar os efeitos e não as causas. Ou seja, temos envidado esforços para curar os corpos, esquecidos de que o enfermo é o Espírito imortal e não o corpo que perece. O corpo é como um mata-borrão, que absorve e exterioriza as chagas que trazemos na alma. A mente elabora os conflitos, os ressentimentos, os ódios que desatrelam as células dos seus automatismos, degenerando-as e possibilitando a origem de tumores de vários tipos, especialmente cancerígenos, em razão da carga mortífera de energia que as agride. A sede de vingança volta-se contra o organismo físico e mental daquele que a acalenta, facilitando a instalação de úlceras cruéis e distonias emocionais perniciosas que empurram o ser para estados desoladores. As angústias cultivadas podem ocasionar as crises nervosas, as enxaquecas, entre outros males.
A inveja, a cólera, a competição malsã provocam indigestões, hepatites, diabetes, artrite, hipertensão, entre outros distúrbios. O desamor pessoal, o complexo de inferioridade, as mágoas, a autopiedade, favorecem os cânceres de mama, na mulher, e de próstata, no homem, além das disfunções cardíacas, dos infartos brutais e outras doenças. A impetuosidade, a violência, as queixas sistemáticas,os desejos insaciáveis dão ocasião aos derrames cerebrais, aos estados neuróticos, psicoses de perseguição, etc. Como podemos perceber, a ação do pensamento sobre o corpo é poderosa. O pensamento salutar e edificante flui pela corrente sanguínea como tônus revigorante das células, passando por todas elas e mantendo-as em harmonia. O contrário ocorre com o pensamento desequilibrado. O homem é o que acalenta em seu íntimo. 
O que surge no corpo é a exteriorização dos males que cultiva na alma. Não é outro o motivo pelo qual Jesus alertava àqueles a quem curava dizendo: Vá, e não tornes a pecar para que mal maior não te aconteça. O que quer dizer que a saúde está condicionada ao modo de vida de cada criatura.
E que não há doenças, mas doentes, que, em maior ou menor intensidade, somos todos nós.
Jesus, que foi o exemplo máximo do Amor, jamais adoeceu, porque era são em Espírito, o que proporcionava saúde ao corpo. Desta forma, se quisermos a saúde efetiva, enquanto buscamos a cura do corpo, tratemos também o verdadeiro enfermo, que é o Espírito. 

Pelo: Espírito Joanna de Ângelis
Psicografia de: Divaldo Pereira Franco

Livro: Autodescobrimento 

Suicídio Inconsciente



A cortina fúnebre, à porta, anuncia o velório. Sobre a mesa, em sala de regulares proporções, está a urna funerária em que um homem dorme seu último sono. Não terá mais de 45 anos… 
Ao lado, a viúva, inconsolável, recebe condolências. Muitos repetem a guisa de conforto, as clássicas palavras: “Chegou sua hora... Deus o levou!...” 
Piedosa mentira! Aquele homem foi um suicida! Aniquilou-se, lentamente, fazendo uso desse terrível corrosivo que se chama irritação. Incapaz de sofrer impulsos violentos, eterno repetente nos exames de compreensão, favoreceu a evolução de distúrbios circulatórios, culminando com a trombose coronária fulminante que lhe abreviou os dias! 
A máquina física possuía vitalidade para mais vinte anos, no mínimo. Duas décadas perdidas na Escola da Reencarnação! Regressa ao plano espiritual enquadrado no suicídio inconsciente, que lhe imporá longo período de perturbação e sofrimento nas regiões umbralinas. 
Raros, segundo André Luiz, os que atingem a condição de completistas, isto é, que aproveitam, integralmente, experiências humanas, estagiando na carne pelo tempo que lhes fora concedido. E há muitas maneiras de auto aniquilar-se em prestações. 
A atualidade terrestre é de pleno domínio das sensações, em que a criatura humana pretende, com a satisfação dos senti¬dos, compensar suas frustrações ou libertar-se da tensão, males próprios de uma sociedade que atinge culminâncias no campo material, mas permanece subdesenvolvida moralmente. 
Sob a orientação da propaganda mercenária, multidões buscam a maneira mais agradável de minar as defesas orgânicas com álcool, cigarro, excessos à mesa. Muitos resvalam para as drogas, ante as perspectivas da tranquilidade artificial ou da euforia ilusória, sempre seguidos pelo inferno da dependência e comprometedores desajustes físicos.
E há os vícios mentais: hipocondríacos, que tanto imaginam enfermidades que acabam vitimados por elas; melancólicos, que recusam às células físicas o indispensável suprimento de energias psíquicas; maledicentes, que se envenenam com o mal que julgam identificar nos outros; rebeldes que rompem as próprias entranhas com os ácidos da inconformação e do pessimismo; apegados aos bens terrenos, que sobrecarregam o veículo carnal com preocupações injustificáveis... 
Para que o Espírito reencarnado transite em segurança na Terra, movimentam-se, no plano espiritual, familiares, amigos, instrutores, médicos e enfermeiros que o amparam e protegem, orientam e socorrem em todas as circunstâncias. 
No entanto, apesar de tantos cuidados, seus pupilos, com raras exceções, são expulsos do vaso físico, depois de o haverem destruído de fora para dentro, com a intemperança, e de dentro para fora, com a má direção que imprimem à vida mental. 
Haverá sempre quem proclame que semelhantes observações estão impregnadas do ranço de puritanismo retrógrado, sem considerar que são 
inevitáveis conclusões a que não se pode furtar quem estima a lógica. 
Se a roupagem carnal é concessão divina que nos permite abençoado aprendizado nas asperezas do mundo, por que não preservá-la, observando disciplinas que a própria Medicina demonstra serem indispensáveis à estabilidade orgânica? 
Cercado por dezenas de visitantes, após a reunião mediúnica, na Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, dizia Chico Xavier: 
– Meus irmãos, quando eu psicografava o livro Nosso Lar, tive, muitas vezes, a visão de milhares de Espíritos que aguardavam, há longo tempo, a oportunidade de reencarnar, ansiosos pelo reajuste. Respeitemos o corpo que o Senhor nos concedeu, porque não será fácil uma nova oportunidade. Tenhamos cuidado com os enganos do mundo e, sobretudo, estimemos a serenidade. Se alguém nos der uma alfinetada, digamos: Obrigado por me espetar com um alfinete novo! Eu merecia um enferrujado! 
A visão do querido médium é um convite a sérias reflexões, e a singela alegoria do alfinete consagra a Humildade. O homem verdadeiramente humilde, que conhece suas fragilidades e reconhece a grandeza de Deus, faz-se, espontaneamente, servo da compreensão e da tolerância, da simplicidade e da fraternidade, sobrepondo-se aos lamentáveis desvios que conduzem multidões desvairadas aos precipícios do suicídio inconsciente.

Richard Simonetti
Fonte:http://www.institutochicoxavier.com/informativo/atualidades/1445-doencas-e-doentes.html

AMOR



O amor puro é o reflexo do Criador em todas as criaturas.
Brilha em tudo e em tudo palpita na mesma vibração de sabedoria e beleza. É fundamento da vida e justiça de toda a Lei.
Surge sublime, no equilíbrio dos mundos erguidos à glória da imensidade, quanto nas flores anônimas esquecidas no campo.
Nele fulgura, generosa, a alma de todas as grandes religiões que aparecem, no curso das civilizações, por sistemas de fé à procura da comunhão com a Bondade Celeste, e nele se enraíza todo o impulso de solidariedade entre os homens.
Plasma divino com que Deus envolve tudo o que é criado, o amor é o hálito dEle mesmo, penetrando o Universo.
Vemo-lo, assim, como silenciosa esperança do Céu, aguardando a evolução de todos os princípios e respeitando a decisão de todas as consciências.
Mercê de semelhante bênção, cada ser é acalentado no degrau da vida em que se encontra.
O verme é amado pelo Senhor, que lhe concede milhares e milhares de séculos para levantar-se da viscosidade do abismo, tanto quanto o anjo que O representa junto do verme. A seiva que nutre a rosa é a mesma que alimenta o espinho dilacerante. Na árvore em que se aninha o pássaro indefeso, pode acolher-se a serpente com as suas armas de morte. No espaço de uma penitenciária, respira, com a mesma segurança, o criminoso que lhe padece as grades de sofrimento e o correto administrador que lhe garante a ordem.
O amor, repetimos, é o reflexo de Deus, Nosso Pai, que se compadece de todos e que a ninguém violenta, embora, em razão do mesmo amor infinito com que nos ama, determine estejamos sempre sob a lei da responsabilidade que se manifesta para cada consciência, de acordo com as suas próprias obras.
E, amando-nos, permite o Senhor perlustrarmos sem prazo o caminho de ascensão para Ele, concedendo-nos, quando impensadamente nos consagramos ao mal, a própria eternidade para reconciliar-nos com o Bem, que é a Sua Regra Imutável.
Herdeiros dEle que somos, raios de Sua Inteligência Infinita e sendo Ele Mesmo o Amor Eterno de Toda a Criação, em tudo e em toda parte, é da legislação por Ele estatuída que cada espírito reflita livremente aquilo que mais ame, transformando-se, aqui e ali, na luz ou na treva, na alegria ou na dor a que empenhe o coração.
Eis porque Jesus, o Modelo Divino, enviado por Ele a Terra para clarear-nos a senda, em cada passo de seu Ministério tomou o amor ao Pai por inspiração de toda a vida, amando sem a preocupação de ser amado e auxiliando sem qualquer ideia de recompensa.
Descendo à esfera dos homens por amor, humilhando-se por amor, ajudando e sofrendo por amor, passa no mundo, de sentimento erguido ao Pai Excelso, refletindo-Lhe a vontade sábia e misericordiosa. E, para que a vida e o pensamento de todos nós lhe retratem as pegadas de luz, legou-nos, em nome de Deus, a sua fórmula inesquecível:
- "Amai-vos uns aos outros como eu vos amei."


Emmanuel

Chico Xavier
Do livro: Pensamento e Vida – FEB