Na primeira fase da vida somos crianças. Não por acaso, ao nascer, nascemos pequenos, frágeis e lindinhos. Kardec explica no Livro dos Espíritos, que o esquecimento do passado ocorre de forma providencial na reencarnação da criança, uma vez que, se os pais reconhecem no bebê de colo o inimigo do passado todo o resgate estaria comprometido. A ciência explica que a fragilidade do bebê leva não apenas a mãe, mas todos que o rodeiam a ter cuidados especiais e uma maior atenção.
Conforme cresce, a criança aprende com os pais conceitos de como se portar em sociedade, moral e atitudes. Algumas dessas atitudes são trazidas como parte de sua memória de vidas passadas, necessitando da atenção dos pais para corrigi-las ou incentivá-las.
O tempo passa, e a criança ao entrar na adolescência inicia seu processo de experiências próprias, com base em ensinamentos transmitidos pelos pais e com os apreendidos do convívio social. Cabe mais uma vez a supervisão dos progenitores, para que tudo corra bem, mas agora não na posição de “sabemos o que é melhor para você” e sim de “acho que se você fizesse desse jeito poderia dar certo”.
Ok, e o papel da Doutrina Espírita nessa história?
A Doutrina Espírita não foi feita apenas para uma faixa etária, ou um tipo de cultura. Pelo contrário, seu caráter universal serve como norteador em qualquer momento da vida. Na infância, a Evangelização Infantil, aliada às instruções paternas, desempenham seu papel na formação da criança. O papel do Evangelizador durante a primeira infância é levar às crianças os primeiros sentidos de moralidade e regras de convívio social, segundo o espiritismo.
Dividir brinquedos e atenção com os colegas, o sentido da prece como forma de falar com Deus, a não existência da morte, boas maneiras, respeito aos mais velhos, preservação do meio ambiente, normas de bem estar social. Tudo isso é ensinado. Em um segundo estágio, a criança interage com a escola, e em outras situações com a sociedade. A Evangelização mais uma vez direciona aqueles primeiros aspectos de convívio social, e introduz os primeiros conceitos da reencarnação. Daí para frente caminha-se em direção da filosofia espírita, da reflexão dos ensinamentos da família e do centro comparados com os apresentados pela sociedade e pelas diversas experiências.
Por meio desta conscientização da Evangelização, da família e do contato com o espiritismo desde as primeiras fases da vida, a formação de um homem de bem se encontra a meio caminho andado. Basta então a vontade do indivíduo em fazer o bem. As sementes já estão lá, lançadas pelos pais e evangelizadores.
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