quinta-feira, 22 de outubro de 2015

DIVALDO PEREIRA FRANCO


 

Pessoa simples, profundamente culta, com mais de cinquenta anos dedicados à mediunidade. É figura de destaque mundial, tanto no meio espírita como fora dele, pois sua cultura, o seu saber, bem como a sua mediunidade são cartões-de-visita que lhe granjearam respeito e credibilidade, mesmo pelos céticos que se curvam perante a cultura deste homem invulgar.
Mais de 40 anos a serviço do próximo, especialmente dedicados aos meninos de rua, no Brasil, fizeram dele um foco de atenção.
De origem humilde, aos 20 anos, fundou a Mansão do Caminho, enorme obra assistencial, em Salvador, na Bahia, pela qual já passaram mais de 40 mil meninos de rua, que ali encontraram orientação para um futuro digno.
Conferencista de renome mundial, é Doutor Honoris Cause pela Faculdade e Governo de Montreal (Província do Quebec-Canadá) e pela Universidade de Viena. Já palestrou por seis vezes na ONU, bem como em Sorbonne, entre outros lugares de destaque.

Origem humilde

De origem humilde, Divaldo Pereira Franco nasceu em 5 de maio de 1927, na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Filho de Francisco Pereira Franco e Ana Alves Franco (desencarnados), desde a infância, comunica-se com os Espíritos. Cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, recebendo o diploma de professor primário, em 1943.
Ainda jovem, foi abalado pela morte de seu irmão mais velho, o que o deixou traumatizado e enfermo. Foram consultados diversos médicos especialistas, sem obter nenhum resultado satisfatório. Foi à mão amiga de dona Ana Ribeiro Borges que o conduziu à Doutrina Espírita, libertando-o do trauma e trazendo a consolação tanto para ele, como para toda a família.

Infância e juventude

Quando criança, a amizade sincera de um pequeno Espírito alegrou ainda mais os seus dias. Era o índio Jaguaraçu, que quer dizer: "Onça Grande". Ele vinha brincar com Divaldo no quintal de sua casa todos os dias. O índio aparentava ter uns cinco anos. Os dois amiguinhos brincavam sem perceber as horas passarem. Subiam em árvores, corriam pelo quintal, armavam lindos presépios na época de Natal. Colhiam musgos e folhagens para enfeitar as lapinhas, como eram chamados os presépios.
Aos 18 anos, em 1945, Divaldo mudou-se para Salvador, sendo aprovado no concurso para o IPASE (Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado), onde ingressou em 5 de novembro de 1945.

Mediunidade e obra

Espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção em 7 de setembro, de 1947. Dois anos depois iniciou a sua tarefa de psicografia. Diversas mensagens foram escritas por seu intermédio. Sob a orientação dos Benfeitores Espirituais guardou o que escreveu, até que um dia recebeu a recomendação de que queimasse tudo o que escrevera até ali, pois não passava de simples exercício.
Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos Espíritos, dentre eles, Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como "um Espírito Amigo", ocultando-se no anonimato à espera do instante oportuno para se apresentar. Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta as pessoas necessitadas de diretriz espiritual.

Em 1964, Joanna de Ângelis selecionou várias mensagens de sua autoria e enfeixou-as no livro Messe de Amor, que se tornou o primeiro livro psicografado por Divaldo. Atualmente, o médium é recordista e conta com 175 títulos publicados, incluindo os biográficos que retratam a sua vida e obra.

Médium escritor

− Mais de 170 obras e cerca de 5 milhões de exemplares vendidos.
− 219 Autores e Missivistas Espirituais, em vários gêneros literários, como poesia, conto, romance, dissertação, narração crônica e temas filosóficos, psicológicos, psiquiátricos, infantis, comportamentais, religiosos etc.
− Aproximadamente 100 livros traduzidos para 15 idiomas (albanês, alemão, esperanto, espanhol, francês, holandês, húngaro, inglês, italiano, norueguês, polonês, russo, sueco, tcheco, turco).
− Escreveu mensagens por xenoglossia (xenos= estrangeiro, glossa= língua), isto é, em idiomas que não conhecia, como alemão, francês, italiano, castelhano, inglês invertido e africans.
− Psicografou o livro Hacia las Estrelas, psicografado inteiramente em espanhol, sendo o primeiro livro escrito em um idioma que não o do médium. Traduzido para o português com o título Rumo às Estrelas.

Médium educador

− Desde 1952, mais de 600 filhos, educados sob o regime de Lares Substitutos.
− Três mil crianças e jovens carentes são atendidos todos os dias, gratuitamente, numa área de 77 mil metros quadrados, com 43 edificações, em 22 atividades socioeducacionais na Mansão do Caminho: atendimento à gestante, pré-natal, creche, jardim de infância, duas escolas de ensino fundamental (até a 8ª série), uma escola de educação infantil, escola de informática, cursos profissionalizantes diversos, Caravana Auta de Souza (atendimento a idosos e doentes irreversíveis), Centro de Saúde, Laboratório de Análises Clínicas, Casa da Cordialidade, bibliotecas, museu...
− Mais de 30 mil crianças passaram até hoje pelos vários cursos e oficinas da Mansão do Caminho, desde 1952.

Médium conferencista

− Desde 1947 realizou mais de 10 mil conferências, em mais de 300 cidades do Exterior e 700 cidades do Brasil, em 25 Estados.
− Esteve em 53 países, sendo 21 países das Américas, 20 da Europa, cinco da África, seis da Ásia e um da Oceania.
− Fez seis conferências na ONU, Departamento de Nova Iorque, EUA e Departamento de Viena, Áustria.
− Falou em quase 40 Universidades, sendo mais da metade do Exterior, da América, Europa e África.
− Suas palestras tratam de assuntos de grande importância para a criatura humana e seu autoconhecimento.

Presença na Mídia Nacional e do Exterior

− Concedeu mais de 200 entrevistas a rádios e TVs no Exterior, esteve três vezes na Voz da América, uma das maiores cadeias de rádio em língua hispânica.

− No Brasil já concedeu aproximadamente 800 entrevistas para mais de 250 emissoras de TV e 174 emissoras de rádio.

Presença na ONU

A convite da ONU, Divaldo Franco participou do I Encontro Mundial pela Paz, no período de 28 a 31 de agosto de 2000, em uma reunião de cúpula com líderes religiosos de todo o mundo, fato inédito na história da Humanidade, para debater e produzir uma proposta de paz.
A maioria das guerras, na história da humanidade, foi causada por religiosos, sedentos pela supremacia e poder sectário, já que os políticos falharam na tarefa de construir a paz entre as nações. Um encontro de religiosos desarmados poderia produzir uma proposta de paz para a Humanidade, por meio de uma unidade de pensamento.
Se existir unidade de pensamento entre os 4 bilhões e 800 milhões de religiosos em todo o mundo, poderemos acabar com as guerras, já que elas são provocadas por intolerantes e psicopatas, que estimulam a vingança e o ódio.
O Encontro Mundial pela Paz já produziu resultados:
1. Criação do segmento Religiosos para a paz, na cúpula da ONU, que trabalharão junto aos delegados políticos objetivando a consecução da paz no Planeta até 2021.
2. Elaboração de um documento com sugestões e propostas encaminhado a todos os governos da Terra, no qual se destaca a importância do desarmamento universal de todos os artefatos, inclusive os bacteriológicos e químicos.
Compareceram, para o aludido Encontro, 749 delegados de 73 países, num total de 3.000 representantes, incluindo do Budismo, Hinduísmo, Xintoísmo, Masdeísmo e da alta hierarquia das Igrejas Católica e Ortodoxa Russa.

As propostas em prol da paz

Podemos trabalhar pela paz se enfrentarmos os quatro temas escolhidos, que Divaldo Franco compara e complementa com os ensinamentos de Allan Kardec, contidos em O Livro dos Espíritos.

1ª − A paz em si mesma

Quando souber aproveitar todos os recursos de sua inteligência e quando souber cuidar de sua conservação pessoal, que alia o sentimento de uma verdadeira caridade por seus semelhantes.

2ª − Trabalhar para acabarmos com a pobreza

Em uma sociedade em que alguém passa fome, deveríamos ter vergonha de viver nela.

3ª − Respeito ao meio ambiente

A Terra é nossa mãe e este mundo, hoje de provas e expiações, cederá lugar ao mundo de regeneração.

4ª − O perdão e a reconciliação

O homem pacífico não é vingativo. A exemplo de Jesus, perdoa as ofensas para não se recordar senão dos benefícios, porque sabe que lhe será perdoado como ele próprio tiver perdoado.

Considerações de Divaldo

Divaldo Franco considerou a reunião emocionante, principalmente porque foi um significativo encontro mundial de líderes religiosos que, pela primeira vez na História, não estavam brigando. Budistas ao lado de hinduístas, islamitas, indígenas da África, da América do Norte, índios brasileiros pataxós e caetés, guatemaltecos etc. Participaram as 15 religiões mais representativas da Terra e também o Espiritismo, catalogado como uma religião com os mesmos direitos das outras, num universo de 1 bilhão de hinduístas, 1 bilhão e 200 milhões de cristãos e 600 milhões de islamitas e muçulmanos.

A simplicidade

Divaldo Franco se reconhece apenas como servidor da Causa Espírita, apesar de ter-lhe sido conferido pelos promotores do evento o título de líder religioso. Na condição de divulgador da Doutrina Espírita e médium, ali esteve discreto, conforme recomenda o pensamento kardequiano.
Considerações de Joanna de Ângelis
Ao abordar sua religião, um líder judeu afirmou que para ser respeitada sua crença, ele deveria respeitar as outras religiões, já que não era a única. Nesse momento, Joanna de Ângelis, parafraseando uma parábola, disse ao médium: Deus tomou de um imenso espelho no qual Ele estava refletido e atirou-o a Terra. Ao bater no solo, fragmentou-se em mil pedaços. Cada criatura da Terra, ao pegar-lhe um pedaço, ficou com um fragmento que reflete Deus, mas ninguém conseguiu a posse total, razão porque Deus se revela proporcionalmente ao nível de consciência e inteligência de cada um. Assim são as religiões: se encarregam de revelar parcialmente Deus, sem o fazer em sua totalidade.

A escolha do tema

Divaldo Franco escolheu a pobreza por desejar conhecer as soluções para as propostas. Fez uso da tribuna, explicou as bases do Espiritismo e ressaltou: Este encontro comprova que a Doutrina Espírita possui as mesmas propostas aqui apresentadas e que o grande inimigo do homem ainda é o egoísmo. O filho predileto do egoísmo é a ignorância, que envolve as criaturas em sombras. Citou Allan Kardec, que defendeu a educação moral para pôr fim à miséria no mundo e não apenas a educação convencional.

Países onde visita e atua


América do Sul: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai, Venezuela.

América do Norte: México, Estados Unidos, Canadá.

América Central: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Porto Rico, República Dominicana.

África: África do Sul, Angola, Bophutatswana, Moçambique, Suazilândia.

Europa: Alemanha, Andorra (Principado), Áustria, Bélgica, Dinamarca, Escócia, Espanha, França, Grécia, Holanda, Hungria, Inglaterra, Irlanda, Itália, Noruega, Portugal, República Eslava, República Tcheca, Suécia, Suíça, Polônia, República Checa.

Ásia: Índia, Israel, Japão, Malásia, Cingapura, Tailândia, China.

Oceania: Austrália e Havaí (Estado independente dos Estados Unidos), na Polinésia, Nova Zelândia.

O Consolador
Revista Espírita

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