A queixa nunca resolveu problemas de ordem
evolutiva, entretanto, se os aprendizes do Evangelho somassem os minutos
perdidos nesse falso sistema de desabafo, admirar-se-iam do volume de tempo
perdido.
Realmente, muitos trabalhadores valiosos não se
referem a sofrimento e serviço, com espírito de repulsa à tarefa que lhes foi
cometida.
A amizade e a confiança sempre autorizam
confidências; mesmo nesse particular, contudo, vale disciplinar a conversação.
A palavra lamentosa desfigura muitos quadros
nobres do caminho, além de anular grandes cotas de energia, improficuamente.
O discípulo do Evangelho deveria, antes de
qualquer alusão amargosa, tranquilizar o mundo interno e perguntar a si mesmo:
"Queixar por quê? não será a esfera de luta o campo de aprendizado? acaso,
não é a sombra que pede luz, a dor que reclama alívio? não é o mal que
requisita o concurso do bem?"
A queixa é um vício imperceptível que distrai
pessoas bem-intencionadas da execução do dever justo.
Existem obrigações pequeninas e milagrosas que,
levadas a efeito, beneficiariam grupos inteiros; todavia, basta um momento de
queixa para que sejam irremediavelmente esquecidas.
Se alguém ou algum acontecimento te oferece
ocasião ao concurso fraterno, faze o bem que puderes sem reparar a gratidão
alheia e, por mais duro te pareça o serviço comum, aprende a cooperar com o
Cristo, na solução das dificuldades.
A queixa não atende à realização cristã, em
parte alguma, e complica todos os problemas. Lembra-te de que se lhe deres a
língua, conduzir-te-á à ociosidade, e, se lhe deres os ouvidos, te encaminhará
à perturbação.
Pelo Espírito Emmanuel,
Em "Vinha de Luz", Editora FEB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário