Considerando a insensatez que comanda as paixões humanas inferiores, ressalta a
loucura do sexo, na condição de produto exposto à clientela alucinada, que se
posta à entrada dos supermercados da vida.
Desnaturado, na sua função essencial, torna-se,
a cada dia, produto de exagerado consumo, tal a liberalidade que recebe e à má
informação de que desfruta a respeito das suas finalidades.
Por isso mesmo, diante da exorbitante aquisição
dos ingredientes para o seu abuso, multiplicam-se os usuários frustrados e
desiludidos, descambando para os tóxicos, o alcoolismo, a sandice, a depressão
e a morte prematura.
*
Confunde-se o sexo com a civilização, qual se
esta, a fim de caracterizar-se como progressiva, devesse assentar os seus
alicerces no lodaçal da promiscuidade ora estabelecida.
Licenças morais, em detrimento de consciência
para a ação, abrem os precedentes do abuso sexual, tornando os indivíduos
cansados e ansiosos, que buscam prazeres nas sensações estafantes, enquanto
abandonam as emoções agradáveis da alegria e da plenitude.
... E o sexo governa as aspirações humanas,
apresentando-se como o fator principal a viver e a meta maior a ser lograda a
qualquer preço, não raro, responsabilizando-se por crimes inomináveis, que se
tornam ou não conhecidos, algemando o algoz à corrente do remorso que atravessa
o túmulo e ressurge em funestas reencarnações futuras.
*
Dando amplitude genésica ao sexo, que é a sua
função primeira, encontramo-lo na força de atração mantida pela vida.
No micro-organismo, ei-lo na corrente de
energia que une os cristais, tanto quanto no macrocosmo, fazendo-se presente na
energia de equilíbrio que fixa os astros nas suas órbitas.
No homem, ele é também o agente da inspiração e
da beleza, da coragem e do amor, devendo ter as suas expressões canalizadas
para os ideais de sustentação da cultura, na filosofia, na ciência, na
religião, na sociedade de libertação dos seres.
Bem conduzida, a força sexual é vida, enquanto
que, deixada ao desrespeito, torna-se veneno e pantanal que vitimam sem piedade
quem o execra através do mau uso.
*
Doenças geradas pelo psiquismo desequilibrado
do homem, que fortalece vírus de rápida proliferação e acelerada mutação de
estrutura, convidam a sociedade contemporânea a uma mudança de comportamento
moral, na área sexual, assim readquirindo consciência dos seus deveres de
criaturas inteligentes, cujas funções estão colocadas para o serviço da vida e
não esta para aquelas.
*
Educa a mente, disciplina a vontade, corrige os
hábitos e utiliza-te do sexo como fonte de inspiração e reprodução, de
criatividade e ação enobrecida, sob o comando do amor, que é a força apropriada
para dirigi-lo e dignificá-lo.
Sexo e vida são termos da mesma realidade
corporal. Conforme te utilizares, serás senhor ou escravo de um como de outra.
Tem cuidado!
Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco
Momentos de Alegria
Nenhum comentário:
Postar um comentário