segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Sexo e vida


Considerando a insensatez que comanda as paixões humanas inferiores, ressalta a loucura do sexo, na condição de produto exposto à clientela alucinada, que se posta à entrada dos supermercados da vida.
Desnaturado, na sua função essencial, torna-se, a cada dia, produto de exagerado consumo, tal a liberalidade que recebe e à má informação de que desfruta a respeito das suas finalidades.
Por isso mesmo, diante da exorbitante aquisição dos ingredientes para o seu abuso, multiplicam-se os usuários frustrados e desiludidos, descambando para os tóxicos, o alcoolismo, a sandice, a depressão e a morte prematura.
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Confunde-se o sexo com a civilização, qual se esta, a fim de caracterizar-se como progressiva, devesse assentar os seus alicerces no lodaçal da promiscuidade ora estabelecida.
Licenças morais, em detrimento de consciência para a ação, abrem os precedentes do abuso sexual, tornando os indivíduos cansados e ansiosos, que buscam prazeres nas sensações estafantes, enquanto abandonam as emoções agradáveis da alegria e da plenitude.
... E o sexo governa as aspirações humanas, apresentando-se como o fator principal a viver e a meta maior a ser lograda a qualquer preço, não raro, responsabilizando-se por crimes inomináveis, que se tornam ou não conhecidos, algemando o algoz à corrente do remorso que atravessa o túmulo e ressurge em funestas reencarnações futuras.
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Dando amplitude genésica ao sexo, que é a sua função primeira, encontramo-lo na força de atração mantida pela vida.
No micro-organismo, ei-lo na corrente de energia que une os cristais, tanto quanto no macrocosmo, fazendo-se presente na energia de equilíbrio que fixa os astros nas suas órbitas.
No homem, ele é também o agente da inspiração e da beleza, da coragem e do amor, devendo ter as suas expressões canalizadas para os ideais de sustentação da cultura, na filosofia, na ciência, na religião, na sociedade de libertação dos seres.
Bem conduzida, a força sexual é vida, enquanto que, deixada ao desrespeito, torna-se veneno e pantanal que vitimam sem piedade quem o execra através do mau uso.
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Doenças geradas pelo psiquismo desequilibrado do homem, que fortalece vírus de rápida proliferação e acelerada mutação de estrutura, convidam a sociedade contemporânea a uma mudança de comportamento moral, na área sexual, assim readquirindo consciência dos seus deveres de criaturas inteligentes, cujas funções estão colocadas para o serviço da vida e não esta para aquelas.
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Educa a mente, disciplina a vontade, corrige os hábitos e utiliza-te do sexo como fonte de inspiração e reprodução, de criatividade e ação enobrecida, sob o comando do amor, que é a força apropriada para dirigi-lo e dignificá-lo.
Sexo e vida são termos da mesma realidade corporal. Conforme te utilizares, serás senhor ou escravo de um como de outra.
Tem cuidado!

Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco

Momentos de Alegria

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