sábado, 30 de janeiro de 2016

Ovoides


No espiritismo vez ou outra nos deparamos com a palavra “Ovóides”, geralmente ligada a comentários sobre obsessões; mas o que são esses tais “ovoides”?
Para poder abordar esse assunto deve-se antes ter noção de o que é obsessão, onde podemos definir como espíritos que através de influencias telepáticas nos impulsionam para o mal e/ou nos causa danos físicos ou mentais, sobre esses espíritos Kardec afirma: “Os Espíritos exercem incessante ação sobre o mundo moral e mesmo sobre o mundo físico. Atuam sobre a matéria e sobre o pensamento e constituem uma das potências da Natureza, causa eficiente de uma multidão de fenômenos até então Inexplicados ou mal explicados e que não encontram explicação racional se não no Espiritismo.
”[...] “As relações dos Espíritos com os homens são constantes. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os Maus nos impelem para o mal: é-lhes um gozo ver-nos “sucumbir e assemelhar-nos a eles.”[1]

Sobre essa ótica, Emmanuel comenta que obsessão é: “[...] o equilíbrio de forças inferiores, retratando-se entre si” [2]

Os “ovoides”, são uma tipo de obsessor, onde seu nome foi definido devido a seu formato (ovo), André Luiz na obra “Evolução em dois mundos” nos diz que: “os órgãos do períspirito se voltam, instintivamente, para a sede do governo mental, onde se localizam, ocultos e definhados, no fulcro dos pensamentos em circuito fechado sobre si mesmos, quais implementos potenciais do germe vivo entre as paredes do ovo”. Diz-se então que o “desencarnado perdeu o seu corpo espiritual, transubstanciando-se num corpo ovoide”

“A forma ovoide guarda consigo todos os órgãos de exteriorização da alma, tanto nos planos espirituais quanto nos terrestres, tal qual o ovo ou a semente, que trazem em si a ave ou a árvore do futuro.”[3]

Suely Caldas Schubert nos revela no livro “Obsessão e desobsessão” que após o desencarne, espíritos desejosos de vingança ou ainda presos a vícios, envolvem e influenciam aqueles que lhes são objeto de perseguição ou atenção e auto hipnotizam-se com as próprias ideias, que se repetem indefinidamente. Em consequência, os órgãos do perispírito se retraem, por falta de função, assemelhando-se então a ovóides. “vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam, mecanicamente, a influenciação”, por trazerem os fatores predisponentes, quais sejam a culpa, o remorso, o ódio, o egoísmo, que externam em vibrações incessantes, sob o comando da mente. Configurasse, neste caso, a parasitose espiritual. ”[4]

André Luiz explica que esses ovóides são como grandes amebas, do tamanho de um crânio humano. Mesmo em repouso, elas estão ligadas ao halo vital de outras personalidades. [5]

Todavia, devemos tomar alguns cuidados sobre as informações que são passadas a respeito desse tema, J. Herculano Pires nos lembra em seu livro “Vampirismo” que a ação vampiresca desses ovóides é aceita por muitos espíritas amantes de novidades. Mas essa novidade não tem condições científicas nem respaldo metodológico para ser integrada na doutrina. Nenhuma pesquisa séria, por pesquisadores competentes, provou a realidade dessa teoria.
“Não basta o conceito do médium para validá-la. As exigências doutrinárias são muito mais rigorosas no, tocante. à aceitação de novidades. O Espiritismo estaria sujeito a mais completa deformação, se os espíritas se entregassem ao delírio dos caçadores de novidades.”[6]

Essa afirmação de Herculano é enfatizada no tocante aos cuidados com as mensagens/informações que recebemos a respeito desses parasitas, e deixa claro isso quando afirma:
“No caso do parasitismo e do vampirismo todo rigor é pouco, pois os erros e os enganos de interpretação podem levar os trabalhos de cura a descaminhos perigosos.
Se não encararmos o parasitismo e o vampirismo em termos rigorosamente doutrinários, no devido respeito ao método kardequiano, estaremos sujeitos a ser enganados por espíritos mistificadores que passarão a nos vampirizar. Porque o vampirismo é um fenômeno típico das relações interpessoais. Na vida material como na vida espiritual o vampirismo é um processo comum e universal do relacionamento afetivo e mental das criaturas. ”[7]

Os ovoides parasitam sobre suas vitimas na maioria das vezes por afinidade e/ou vingança; isso ocorre porque como em tudo na Natureza, ocorre à busca do equilíbrio pelas trocas energéticas. As trocas se fazem ao nível do períspirito, do corpo físico e da mente. Fluídos mentais, perispirituais, e fisiológicos são assimilados ou eliminados, alterando-se o estado mental, perispiritual e fisiológico.
Destas trocas, pode resultar aquilo que André Luiz chamou de “Infecções Fluídicas”. Quando desencarnados atuam sobre encarnados, empolgando-lhes a imaginação com formas mentais monstruosas, determinando o colapso cerebral com arrasadora loucura.
“A dependência em que o homem se acha, algumas vezes, em relação aos Espíritos inferiores, provém de sua entrega aos maus pensamentos que estes lhe sugerem, e não de quaisquer acordos feitos entre eles. O pacto, no sentido vulgar do termo, é uma alegoria que simboliza uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos.”[8]

Emmanuel complementa:
“Em verdade, os Espíritos são atraídos pelos pensamentos e não pelas coisas materiais, que são utilizadas como “bengalas” psicológicas para alcançar seu objetivo”[9]

Para evitar e/ou afastar esses seres é necessário conhecimento da doutrina…, reforma intima e acima de tudo compreensão tanto de o que é seu obsessor quanto os motivos que ele o vampiriza, na maioria das vezes os fatores sexuais e viciosos são o de maior pertinência.

“[...] nos centros e grupos espíritas bem orientados, as perturbações espirituais de ordem sexual são tratadas de maneira especial, em pequenas reuniões privativas, com médiuns que disponham de condições para enfrentar o problema. Como no caso das obsessões alcoólicas, toxicômanas e outras do mesmo gênero, é necessário o máximo cuidado na seleção das pessoas que vão tratar do assunto e o maior sigilo e respeito, a fim de evitar-se o prejuízo dos comentários negativos, que influem fatalmente sobre o caso, provocando agravamentos inesperados da situação das vítimas”.[10]

[1] Allan Kardec. “O Livro dos Espíritos”, Introdução.
[2] Trecho retirado do livro: “Pensamento e vida” de Francisco C. Xavier pelo espírito de Emmanuel.
[3] Evolução em dois Mundos, André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, capítulo 12, 5ª edição FEB.
[4] Trecho do Livro “Obsessão e Desobsessão” de Suely Caldas Schubert.
[5] Afirmação feita no livro “Libertação”, p.84.
[6] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. II Parasitas e Vampiros p.08; de J. Herculano Pires.
[7] Trecho retirado do livro “Vampirismo” Cap. II Parasitas e Vampiros p.08; de J. Herculano Pires.

[8] Trecho retirado do comentário deAllan Kardec à q. 549, no “O livro dos espíritos”.
[9] XAVIER, Francisco C. - O consolador. Pelo Espírito Emmanuel. Q. 214. Ed: FEB, Rio de Janeiro: 2009.
[10] Retirado do capítulo VIII do livro: “Mediunidade Vida e Comunicação” de J. Herculano Pires.
Por: Marcos Paterra

FONTE: http://www.redeamigoespirita.com.br/group/artigosespiritas/forum/topics/ovoides?xg_source=activity

Ajuda-te, que o céu te ajudará


Narra-se que um sábio caminhava com os discípulos por uma estrada tortuosa, quando encontraram um homem piedoso que, ajoelhado, rogava a Deus que o auxiliasse a tirar seu carro do atoleiro.
Todos olharam o devoto, sensibilizaram-se e prosseguiram.
Alguns quilômetros à frente, havia outro homem que tinha, igualmente, o carro atolado num lodaçal. Esse, porém, esbravejava reclamando, mas tentava com todo empenho liberar o veículo.
Comovido, o sábio propôs aos discípulos ajudá-lo.
Reuniram todas as forças e conseguiram retirar o transporte do atoleiro. Após os agradecimentos, o viajante se foi feliz.
Os aprendizes surpresos, indagaram ao mestre: Senhor, o primeiro homem orava, era piedoso e não o ajudamos. Este, que era rebelde e até praguejava, recebeu nosso apoio. Por quê?
Sem perturbar-se, o nobre professor respondeu: Aquele que orava, aguardava que Deus viesse fazer a tarefa que a ele competia. O outro, embora desesperado por ignorância, empenhava-se, merecendo auxílio.
*   *   *
Muitos de nós costumamos agir como o primeiro viajante. Diante das dificuldades, que nos parecem insolúveis, acomodamo-nos, esperando que Deus faça a parte que nos cabe para a solução do problema.
Nós podemos e devemos empregar esforços para melhorar a situação em que nos encontramos.
Há pessoas que desejam ver os obstáculos retirados do caminho por mãos invisíveis, esquecidas de que esses obstáculos, em sua maioria, foram ali colocados por nós mesmos, cabendo-nos agora, a responsabilidade de retirá-los.
Alguns se deixam cair no amolentamento, alegando que a situação está difícil e que não adianta lutar.
Outros não dispõem de perseverança, abandonando a luta após ligeiros esforços.
Com propriedade afirma a sabedoria popular que pedra que rola não cria limo, sugerindo alteração de rota, movimento, dinamismo, realização.
Não basta pedir ajuda a Deus, é preciso buscar, conforme o ensino de Jesus: Buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á.
Devemos, portanto, fazer a nossa parte que Deus nos ajudará no que não estiver ao nosso alcance resolver.
*   *   *
Seria ideal que, sem reclamar e pensando corretamente, fizéssemos esforços para retirar do atoleiro o carro da nossa existência, a fim de seguirmos adiante felizes, com coragem e disposição. Confiantes de que Deus sustentará as nossas forças para que possamos triunfar.
Pensemos nisso!

Redação do Momento Espírita.

AS NOVAS FORMAÇÕES FAMILIARES


Há cerca de 20 anos, ocorreu numa casa espírita fluminense o seguinte episódio: um expositor fazia uma palestra sobre família. Em dado momento, ele disse que se há só a mãe e o filho, não é uma família. Faltava um elemento: o pai. Por isso, mãe e filho não bastavam para formar uma família. No momento em que ele dizia isso, uma moça, mãe solteira que ia a um centro espírita pela primeira vez, entrava para assistir à palestra e ficou em pé, olhando para ele, extremamente incomodada com o que ouvira. E com toda razão. Afinal, ela e o filho, se não eram uma família, seriam o que, então? 
Semanas depois, num treinamento interno, esse e todos os outros expositores foram devidamente orientados a não fazer esse tipo de comentário. Afinal, a ausência da figura paterna não desqualifica uma família. O tempo passou, e pesquisas recentes traduzem em dados o que todos já sabem: o perfil da família mudou.  
O educador e expositor espírita Álvaro Chrispino, em um seminário intitulado “O Espírita do século 21”, chama atenção, entre outros tópicos, para a necessidade de o espírita estar cada vez mais preparado para receber famílias comandadas por mães solteiras e pais solteiros, crianças criadas por avós, casais homossexuais que levam uma vida digna e resolveram adotar uma criança... 
Durante muito tempo, nos acostumamos a crer que família são pai, mãe, filhos e demais parentes. Quando muitos casais começaram a se separar e outras tantas pessoas (mulheres e homens) optaram por ter filhos sozinhas, pensou-se: – Meu Deus, a família acabou! Ledo engano. O conceito de família é que está se ampliando. 
A “Revista O Globo”, de 12 de outubro de 2008, traz, em reportagem de capa, a história do médico Sérgio D’Agostini, um bem-sucedido homem solteiro de 43 anos, morador da Zona Sul carioca. Sérgio adotou um menino recém-nascido, filho de uma moradora de rua, portador de várias doenças herdadas dos pais. Em três tempos, pôs a vida do garoto em dia, mas pôs a sua de cabeça para baixo e descobriu a saudável rotina de ser pai solteiro. A reportagem cita, ainda, que já havia 80 homens solteiros na fila da adoção. Homens que têm todo o direito de serem chamados de família quando estiverem cuidando de seus filhos adotivos. 
A pergunta 775, de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, diz: “Qual seria, para a sociedade, o resultado do relaxamento dos laços de família?”. Resposta: “Um agravamento do egoísmo.” Veja bem, laços de família. Há mais de uma forma de dar esse laço firme. E achar que só existe um tipo de família (pai, mãe e filhos) e torcer o nariz para quem não se enquadra nesse padrão é contribuir para o agravamento do egoísmo.   
Casamentos entre homem e mulher com nascimento de filhos sempre haverá. E fazemos votos que sejam casamentos felizes. Mas o andar da carruagem humana está mostrando que há outros modelos de família. E se há, é porque pessoas que não se enquadram naquilo que se convencionou como padrão querem ser solidárias, dar amor, conduzir uma criança pela vida... 
Como fazemos parte da grande família humana, ajudemos para que essas novas formações familiares sejam bem acolhidas na casa espírita. 


Marcelo Teixeira é expositor espírita, dirigente do departamento de divulgação da União Municipal Espírita de Petrópolis (Umep), jornalista e publicitário.


FONTE: http://www.oconsolador.com.br/ano3/131/marcelo_teixeira.html

Mediunidade de cura é fenômeno físico



A faculdade de cura é por assim dizer curioso fenômeno de efeitos físicos tal como a faculdade que gera formas opacas, ectoplásmicas, como a materialização de Espíritos, de objetos e outros fatos que dela decorrem. Mestre Allan Kardec afirmou que todo aquele que sente num grau qualquer a influência dos Espíritos é médium, cada qual segundo a sua tendência para diversos gêneros mediúnicos.
A mediunidade de cura, no conceito de mestre Kardec, consiste no dom que certas pessoas possuem de curar doenças.
Esse fenômeno, no meu entender, é mais que um “simples toque”, ou “olhar”, ou “gesto”, de acordo com expressões de Kardec. Ele o é, tanto que o próprio codificador do Espiritismo preferiu referir-se-lhe de modo sucinto e genérico, pois, consoante deduziu, o assunto exigiria desenvolvimento excessivo para os limites de que dispunha naquele ensejo. Médiuns de cura são ectoplastas por emitirem como os médiuns físicos o mesmo fluido observável sob diferentes aspectos a respeito do qual aqui trataremos.
Podemos incluir os médiuns de cura na categoria dos de efeitos físicos em face de certas características. Em substância, os fluidos comuns procedem de um princípio que preferimos continuar chamando de Fluido Cósmico Universal, a despeito de opiniões e nomenclaturas de físicos da atualidade. O fluido emitido por médiuns de efeitos físicos, ou seja, o ectoplasma, também chamado de fluido psíquico, é aquele emitido pelos que possuem essa tendência inata. O jeito específico quanto a propriedades, o produto da fonte geradora e a sua vibração é o que faz a diferença.
Há outros atributos que torna distinta, referente à sua sensibilidade, essa disposição. Pela instintiva tendência para curar enfermidades ou de, ao menos, fazer com que as doenças sejam amenizadas, o médium curador pode debelar moléstias, restituir tecidos e órgãos lesados do corpo físico de quem a ele recorra, estimulado pela piedade nele despertada, o sofrimento, a doença do próximo, incluindo-se doenças de influenciação espiritual, consciente ou inconscientemente.
Esses fluidos são por ele irradiados sobre o doente, revigorando-lhe órgãos, normalizando funções e destruindo até placas e tumores de caráter fluídico, produzidos por auto-obsessão ou por influenciação externa. Por considerarmos certos médiuns de cura médiuns de efeitos físicos, afora o magnetismo que possui, ele é sensível fonte geradora de ectoplasma, cujo seu desempenho o faz naturalmente captar fluidos mais leves, mais sutilizados.
Por intermédio dele se verificam verdadeiros milagres, bem entendido, milagres, algo admirável, os quais se processam através da concentração, da oração impulsionada pelo sublime desejo de sinceramente praticar aquele amoroso pedido de Jesus Cristo: “Restituí a saúde aos doentes”. E como a Lei de Caridade e Amor preside a todos os atos das esferas superiores, os bondosos e esclarecidos Espíritos, que se ligam a ele por simpatia, vêm em seu auxílio por causa do sentimento em benefício do próximo.
Sempre que o médium de cura se destina a exercer o seu ofício de modo desinteressado, ou seja, sem profissionalismo, já que Jesus também recomendou “dar de graça o que de graça se recebeu”, Espíritos benéficos, especialistas em química e operadores atuantes nesse campo, incumbem-se do uso dos fluidos. Eles submetem os fluidos irradiados pelo organismo do médium para esse fim a um transcendente processo químico, aprimorado em laboratórios da dimensão imponderável, menos grosseira que a nossa.
No que o médium se concentra pelo meio já referido, ele se ergue à maior altura. À medida que se exalça, capta além de tudo, os fluidos leves e benignos provindos das fontes da Natureza: irradia-os sobre a pessoa necessitada; interpenetra-lhe o corpo físico; bombardeia os átomos, além de atingir o campo celular. Ao fazer penetrar intensamente o fluido, as células revitalizam as funções do corpo físico, elevam a vibração íntima do paciente e restituem-lhe o equilíbrio mental.

Quando assim sucede, é porque houve uma combinação do fluido espiritual com o humano. Há casos em que se pode empregar a força magnética, particularidade intrínseca mais ou menos ativa em cada um de nós. Neste caso, é prática espontânea os Espíritos perfazerem as qualidades que faltem no fluido humano, consoante explicou Kardec.
Como já percebemos, “ninguém faz absolutamente nada sem nada” (assim disse o Espírito Emmanuel). E recapitulando, o médium curador não se completa sem a atuação dos que o assistem, ou seja, os verdadeiros autores dos fenômenos: os Espíritos. Inicialmente, dissemos que o médium de cura é sensível fonte geradora de ectoplasma, esse curioso fluido de efeitos diversos e de aspectos particulares; todavia, sem o imprescindível vínculo com Entidades atuantes, do domínio da cura, sobretudo, sem a “ideia iluminada pela fé e pela boa vontade”, nenhum médium logrará êxito através desse recurso concedido por Deus.
Mas, em se tratando de doação pelo meio e propósito do que até aqui interpretamos, preciso se torna levar em conta outra particularidade. Apesar de o fluido emitido pelos médiuns de efeitos físicos serem idêntico ao emitido pelos médiuns de cura, conforme o professor Edvaldo Kulcheski, ambos os ectoplasmas ainda assim diferem. Kulcheski, profundo conhecedor e pesquisador de fenômenos mediúnicos, disse existir uma dissimilitude entre os dois processos de desprendimento ectoplasmático que convém saber.
Por exemplo: a técnica de emprego do ectoplasma para se obter manifestações físicas, tais como: transporte, tiptologia, voz e escrita direta, materialização de Espíritos, etc., difere da empregada para fins de cura. Por se constituir de fluidos próprios para a prática de efeitos tangíveis ele é denso, ao passo que os aplicados para finalidade de cura são constituídos de uma sutileza admirável, cujo primor é vibratoriamente favorável. Há um outro aspecto do fenômeno de cura que não podemos deixar de registrar, as operações cirúrgicas, assunto de que trataremos na próxima vez.
Em conclusão, a terapia mediúnica acontece pelo emprego da energia fluídica, engendrada por Espíritos incumbidos desse procedimento. Ainda que as curas se realizem pela força magnética, mesmo assim, podem ser acrescidas de fluidos manipulados por técnicos e operadores do âmbito espiritual, Entidades felizes e bondosas que, em nome de Cristo, sempre atentas e dispostas, ajudam a quem sinceramente deseja ajudar o próximo; por isso, ser médium de cura é possuir um nobre e grandioso compromisso.
A mediunidade de cura é um meio de resgate de débitos morais de existências passadas, resume-se numa tarefa de incansável esforço pela conquista do maior grau possível de virtudes. E para quem busca a cura espiritual, aqui temos precioso lembrete dos bons Espíritos: jamais a obteremos sem o necessário reajustamento íntimo. E que reajustamento é esse, senão o de nos tornarmos melhores, dia a dia, conforme os preceitos de Jesus que propõem uma conduta saudável e exemplar como a que Ele teve?! 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

AS MÃOS


E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: quero, fica limpo!
E no mesmo instante lhe desapareceu a lepra. Lucas 5:13

O Cristo, como espírito de alta envergadura, dotado de todos os dons espirituais que nós outros procuramos desenvolver, conhecia e conhece onde se iniciam as enfermidades, e quais os canais por onde poderão transitar as energias para restabelecer a saúde. E foi o que o Mestre fez nos seus três anos de mestrado no mundo.
Lucas, sendo médico, sentia-se confundido na medida que tomava conhecimento das maravilhas que Jesus praticava por onde passava, levantando paralíticos, curando leprosos e ressuscitando mortos, como no caso de Lázaro, que já cheirava mal. Curava o Mestre o corpo, orientando que a alma na segurança espiritual, no sentido de não tornar o espírito a se enfermar. Eis porque nos legou o melhor das receitas, o Evangelho, bastando-nos viver seus preceitos.
Jesus tocava as mãos no doente e delas fluía grande quantidade de magnetismo espiritual, de conformidade com quem solicitava a cura. O tempero energético era feito pelo Senhor no Seu campo mental, onde a força cósmica recebia o calor espiritual do Seu incomparável amor, e Suas santas mãos, recebendo ordens da mente, despejavam todo o manancial de luzes, recuperando todas as enfermidades no ensejo feliz de criar mais fé nos corações sofredores, apontando sempre o Grande Doador, Deus, como único Criador de todas as coisas.
Jesus Cristo curou esse leproso, ordenando-lhe que a ninguém dissesse, por humildade, mas que falasse aos sacerdotes, para que eles sentissem o poder de Deus através do Seu Filho, anunciado pelos profetas de todos os tempos.
Meus irmãos, a lepra do corpo é, na verdade, estado desagradável presente na feição. Todavia, é terapia para a alma quando o enfermo aprendeu a suportar os vexames.
A lepra do espírito representa um corrosivo mais perigoso, e é invertendo os argumentos de Lucas que te escrevemos, tencionando tocar na área espiritual, sobre o modo como deveremos proceder diante de todas as circunstâncias.
Poderemos dividir os hansenianos espirituais em vários ângulos, como sejam: a lepra do ódio, da mentira, da falta de caráter, da infidelidade, da inércia, da indisciplina, da falta de higiene, da brutalidade, e enfim, da ignorância. Eis algumas faces da lepra da alma! Deveremos tomar todas as providências cabíveis para nos curarmos dela, ao toque das mãos do Divino Amigo. Pelo ambiente da nossa própria vontade, ser-nos-á dado tudo, se quisermos entender os processos de cura de todos os males que nos afligem. Toda doença é falta de harmonia mental, é incapacidade de gerar fluídos curativos, dos quais o pensamento é a chave e o coração a porta.
Quando estiveres em paz contigo mesmo, poderás fazer o mesmo que Jesus, restabelecendo corpos danificados e ensinando, na teoria e na prática, como proceder em meio às leis que nos circundam, para garantia de uma saúde duradoura.
Enquanto existirem homens indisciplinados frente às leis naturais, estabelecidas por Deus, existirão doenças.
Todas elas se ramificam na mente, entrelaçando-se em todos os centros de força, como agentes desequilibradores da energia orgânica e vital.
E o amor, dividido - como conceito de Cristo - em variadas virtudes, representa o bálsamo divino para todas as enfermidades. O Evangelho coloca essas virtudes ao alcance de todas as mãos, para que toques a ti mesmo.
E ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo-lhe: quero, fica limpo! E no mesmo instante lhe desapareceu a lepra.

Pelo espírito de Miramez
Amigos de Chico Xavier

Alcoolismo e obsessão, consequências, implicações espirituais e tratamento


O alcoolismo e a Medicina - Esteve em agosto de 1999 no Rio de Janeiro, para participar do 13o Congresso Brasileiro de Alcoolismo, o psiquiatra americano George Vaillant, autor do livro A História Natural do Alcoolismo Revisitada, fruto da maior pesquisa feita até hoje sobre o alcoolismo, em que pesquisadores da Universidade de Harvard acompanharam a vida de 600 homens.
Em sua obra e na entrevista que concedeu à revista VEJA de 18/8/99, Dr. Vaillant afirma que, ao contrário do que muitos pensam, não existe o gene do alcoolismo, mas sim um conjunto de genes que tornam o indivíduo vulnerável à dependência do álcool.
O alcoolismo é, na verdade, uma doença provocada por múltiplos fatores e condições sociais e que, segundo a Organização Mundial de Saúde, é incurável, progressiva e quase sempre fatal. Eis, de forma sintética, as principais informações e esclarecimentos dados por George Vaillant na referida entrevista:
O alcoolismo é um problema de dimensões trágicas ainda subdimensionadas e seu maior dano é a destruição de famílias inteiras.
Metade de todas as crianças atendidas nos serviços psiquiátricos vem de famílias de alcoólatras e boa parte dos abusos cometidos contra crianças tem raiz no alcoolismo.
Sem qualquer sombra de dúvida, o alcoolismo é uma doença. É o resultado de um cérebro que perdeu a capacidade de decidir quando começar a beber e quando parar.
Não é possível detectar numa criança ou num pré-adolescente traço algum que permita antever que eles se tornarão alcoólatras. “Alcoolismo cria distúrbios da personalidade, mas distúrbios da personalidade não levam necessariamente ao alcoolismo.”
A principal diferença entre alcoolismo e outras dependências diz respeito ao tipo de droga. Opiláceos são tranquilizantes, mas o álcool é um mau tranquilizante, tende a fazer as pessoas infelizes ficarem mais infelizes e piora a depressão. A pequena euforia que o álcool proporciona é sintoma do início da depressão do sistema nervoso central.
Do ponto de vista da sociedade, o álcool é um problema muito grave. O alcoólatra provoca não somente acidentes de trânsito, mas problemas graves à sua volta, a começar por sua família.
As únicas pessoas que estão sob o risco de alcoolismo são as que bebem regularmente, mas, se nunca passar de dois drinques por dia, o indivíduo pode usufruir socialmente da bebida em festas, casamentos, carnaval, e não se tornar alcoólatra.
Há pouco a fazer para ajudar um alcoólatra, mas uma coisa é essencial: não se deve tentar proteger alguém de seu alcoolismo. Se uma mulher encontra seu marido caído no chão, desmaiado sobre seu próprio vômito, não deve dar banho e levá-lo para a cama. O único caminho para sair do alcoolismo é descobrir que o álcool é seu inimigo. Proteger uma pessoa nessa situação não ajuda.
Não é papel da família tentar convencer o alcoólatra de que o álcool é um mal para ele. Na verdade, em tal situação, a família precisa de ajuda, como a oferecida pelo Al-Anon, a divisão dos Alcoólicos Anônimos voltada ao apoio a famílias de alcoólatras.
A abstinência é fundamental no tratamento do alcoolismo. Um alcoólatra até pode beber socialmente, da mesma forma que um carro pode andar sem estepe, ou seja, é uma situação precária e um acidente é questão de tempo.
Num horizonte de seis meses, muitos alcoólatras conseguem manter seu consumo de álcool dentro de padrões socialmente aceitos, mas, se observarmos um intervalo maior de tempo, vamos verificar que a tendência é ir aumentando gradualmente o consumo, até voltar ao padrão antigo. Em períodos mais longos, normalmente, só quem para de beber não sucumbe ao vício.
Em 1995, uma substância, a naltrexona, foi saudada como a pílula antialcoolismo. Vendida no Brasil com o nome de Revia, não se conhece ainda seu efeito a longo prazo. Mas, em linhas gerais, drogas podem funcionar como apoio por, no máximo, um ano, visto que é muito difícil tirar algo de alguém sem oferecer alternativas de comportamento. Usar essas drogas equivale a tirar o brinquedo de uma criança e não dar nada no lugar.
A terapia oferecida pelos Alcoólicos Anônimos é parecida com as terapias behavioristas, que pretendem obter uma determinada mudança de comportamento. Mas, além de ser um tratamento barato e que dura para sempre, a terapia dos A.A. tem um componente espiritual importante. Terapias ajudam a não beber, mas os Alcoólicos Anônimos dão ao indivíduo um círculo de amigos sóbrios, dão-lhe significados, amigos, espiritualidade. “É o melhor tratamento que temos.”
Embora as estatísticas nesse campo não sejam precisas, sabe-se que cerca de 40% das abstinências estáveis são intermediadas pelos Alcoólicos Anônimos.

Consequências do alcoolismo – Os efeitos do alcoolismo atingem não apenas a saúde do alcoólatra, mas igualmente a comunidade em que ele vive e, especialmente, sua família.

A) Seus efeitos na saúde:
Físicos – afecções como a cirrose hepática e cânceres diversos.
Mentais – perda da concentração e da memória.
Neurológicos – prejuízos na coordenação motora e o caminhar cambaleante.
Psicológicos – apatia, tédio, depressão.

B) Seus efeitos sociais:
Crimes – o número de homicídios detonados pelo álcool é surpreendente: em 1996, 41% em São Paulo e 54% nos Estados Unidos.
Acidentes de trânsito – em 1995, 30% de todos os acidentes com vítimas ocorridos no Brasil foram motivados pelo álcool. Dados mais recentes divulgados por Veja em 13/10/99 informam que 30.000 pessoas morrem em acidentes de trânsito por ano no Brasil: metade é vítima de motoristas bêbados ou drogados.
Má produtividade no trabalho – além dos danos produzidos à empresa que paga o salário ao alcoólatra, o fato geralmente redunda na demissão e muitos não conseguem um novo emprego devido a isso.
Perda do senso do dever e dos bons costumes – falta ao trabalho, desemprego.

C) Seus efeitos na família:
Comprometimento dos filhos – 80% dos filhos aprendem a beber em casa, diz a psicóloga Denise de Micheli.
Desestruturação do lar – o desemprego gera as dificuldades financeiras e as discussões inevitáveis.
As separações conjugais – a mulher não aguenta as conhecidas fases da euforia: momice (macaco), a valentia (leão) e a indolência (porco).
A violência doméstica – 2/3 dos casos de violência infantil ocorrem quando o agressor está alcoolizado.

O alcoolismo na visão espírita - A exemplo de André Luiz (Espírito), que nos mostra em seu livro Sexo e Destino, capítulo VI, págs. 51 a 55, como os Espíritos conseguem levar um indivíduo a beber e, ao mesmo tempo, usufruir das emanações alcoólicas, José Herculano Pires também associa alcoolismo e obsessão.
No capítulo de abertura do livro Diálogo dos Vivos, obra publicada dez anos após o referido livro de André Luiz, Herculano assevera, depois de transcrever a visão do Espírito de Cornélio Pires sobre o uso do álcool:
“A obsessão mundial pelo álcool, no plano humano, corresponde a um quadro apavorante de vampirismo no plano espiritual. A medicina atual ainda reluta – e infelizmente nos seus setores mais ligados ao assunto, que são os da psicoterapia – em aceitar a tese espírita da obsessão. Mas as pesquisas parapsicológicas já revelaram, nos maiores centros culturais do mundo, a realidade da obsessão. De Rhine, Wickland, Pratt, nos Estados Unidos, a Soal, Carrington, Price, na Inglaterra, até a outros parapsicólogos materialistas, a descoberta do vampirismo se processou em cadeia. Todos os parapsicólogos verdadeiros, de renome científico e não marcados pela obsessão do sectarismo religioso, proclamam hoje a realidade das influências mentais entre as criaturas humanas, e entre estas e as mentes desencarnadas”.
A dependência do álcool prossegue além-túmulo e, como o Espírito não pode obtê-lo no local em que agora reside, no chamado plano extrafísico, ele só consegue satisfazer a sua compulsão pela bebida associando-se a um encarnado que beba.

Um caso de enxertia fluídica - Eis como André Luiz relata, em sua obra citada, o caso Cláudio No­gueira:
Estando Cláudio sentado na sala de seu apartamento, aconteceu de repente o impre­visto. Os desencarnados vistos à entrada do apartamento penetraram a sala e, agindo sem-cerimônia, abordaram o chefe da casa. "Beber, meu caro, quero beber!", gritou um deles, tateando-lhe um dos ombros. Cláudio mantinha-se atento à leitura de um jornal e nada ouviu. Contudo, se não pos­suía tímpanos físicos para registrar a petição, trazia na cabeça a caixa acústica da mente sintonizada com o apelante. O Espírito repe­tiu, pois, a solicitação, algumas vezes, na atitude do hipnotizador que insufla o próprio desejo, reafirmando uma ordem. O resultado não demorou. Viu-se o paciente desviar-se do jornal e deixar-se envolver pelo desejo de beber um trago de uísque, convicto de que buscava a be­bida exclusivamente por si.
Abrigando a sugestão, o pensamento de Cláudio transmudou-se, rápido. "Beber, beber!..." e a sede de aguar­dente se lhe articulou na ideia, ganhando forma. A mucosa pituitária se lhe aguçou, como que mais fortemente impregnada do cheiro acre que vague­ava no ar. O Espírito malicioso coçou-lhe brandamente os gorgomi­los, e indefinível secura constringiu-lhe a laringe. O Espírito sagaz percebeu-lhe, então, a adesão tácita e colou-se a ele. De começo, a carícia leve; depois da carícia, o abraço envolvente; e depois do abraço, a associação recíproca. Integraram-se ambos em exótico sucesso de enxer­tia fluídica.
Produziu-se ali – refere André Luiz - algo seme­lhante ao encaixe perfeito. Cláudio-homem absorvia o desencarnado, a guisa de sapato que se ajusta ao pé. Fundiram-se os dois, como se mo­rassem num só corpo. Altura idêntica. Volume igual. Movimentos sincrô­nicos. Identificação positiva. Levantaram-se a um tempo e giraram in­tegralmente incorporados um ao outro, na área estreita, arrebatando o frasco de uísque. Não se podia dizer a quem atribuir o impulso ini­cial de semelhante gesto, se a Cláudio que admitia a instigação, ou se ao obsessor que a propunha. A talagada rolou através da garganta, que se exprimia por dualidade singular: ambos os dipsômanos estalaram a língua de prazer, em ação simultânea.
Desman­chou-se então a parelha e Cláudio se dispunha a sentar, quando o outro Espí­rito investiu sobre ele e protestou: "eu também, eu também quero!", reavivando-se no encarnado a sugestão que esmorecia. Absolu­tamente passivo diante da sugestão, Cláudio reconstituiu, mecanica­mente, a impressão de insaciedade. Bastou isso e o vampiro, sorri­dente, apossou-se dele, repetindo-se o fenômeno visto anteriormente.
André aproximou-se então de Cláudio, para avaliar até que ponto ele sofria mentalmente aquele processo de fusão. Mas ele continuava livre, no íntimo, e não experimentava qualquer espécie de tortura, a fim de render-se. Hospe­dava o outro simplesmente, aceitava-lhe a direção, entregava-se por deliberação própria.
Nenhuma simbiose em que fosse a vítima. A associação era implícita, a mistura era natural. Efetuava-se a ocorrência na base da percussão. Apelo e resposta. Eram cordas afi­nadas no mesmo tom. Após novo trago, o dono da casa estirou-se no divã e retomou a leitura, enquanto os Espíritos voltaram ao corredor de acesso, chas­queando, sarcásticos...

Tratamento do alcoolismo - Embora o alcoolismo tenha sido definido pela Organização Mundial de Saúde como uma doença incurável, progressiva e quase sempre fatal, o dependente do álcool pode ser tratado e obter expressiva vitória nessa luta, que jamais será fácil e ligeira.
Sintetizando aqui os passos recomendados pelos especialistas na matéria e as recomendações específicas do Espiritismo a respeito da obsessão, nove são os pontos do tratamento daquele que deseja, no âmbito espírita, livrar-se dessa dependência:

1. Conscientização de que é portador de uma doença e vontade firme de tratar-se.

2. Mudança de hábitos para assim evitar os ambientes e os amigos que com ele bebiam anteriormente.

3. Abstinência de qualquer bebida alcoólica, convicto de que não bebendo o primeiro gole não haverá o segundo nem os demais.

4. Buscar apoio indefinidamente num grupo de natureza idêntica à dos Alcoólicos Anônimos, que proporcionam, segundo o Dr. George Vaillant, o melhor tratamento que se conhece.

5. Cultivar a oração e a vigilância contínua, como elementos de apoio à decisão de manter a abstinência.

6. Utilizar os recursos oferecidos pela fluidoterapia, a exemplo dos passes magnéticos, da água fluidificada e das radiações.

7. Leitura de páginas espíritas, mensagens ou livros de conteúdo elevado, que possibilitem a assimilação de ideias superiores e a renovação dos pensamentos.

8. A ação no bem, adotando a laborterapia como recurso precioso à saúde da alma.

9. Realizar pelo menos uma vez na semana, na intimidade do lar, o estudo do Evangelho, prática que é conhecida no Espiritismo pelo nome de culto cristão no lar. A família que lê o Evangelho e ora em conjunto beneficia a si e a todos os que a rodeiam.

O recado de Cornélio Pires –  No capítulo 1 do livro Diálogo dos Vivos, José Herculano Pires transcreve a resposta em versos que Cornélio Pires (Espírito) enviou a um amigo que o interpelou, através de Chico Xavier, sobre o problema do alcoolismo na visão dos Espíritos. Intitulada Informações do Além, a mensagem diz o seguinte:
“Recebi o seu bilhete, Meu amigo João da Graça, Você deseja do Além Notícias sobre a cachaça.

O assunto não é difícil. Cachaça, meu caro João,
Recorda simples tomada,

Que liga na obsessão.
Você sabe. Aí na Terra,
Nas mais diversas estradas,
Todos temos inimigos
Das existências passadas.
Muitos deles se aproximam
E usando a ideia sem voz
Propõem cousas malucas
Escarnecendo de nós.
Nas tentações manejamos
Nossa fé por luz acesa,
Mas se tomamos cachaça
Lá se vai nossa firmeza.
Olhe o caso de Antoninha.
Não queria desertar,
Encafuou-se na pinga,
Hoje é mulher sem lar.
Titino, homem honesto,
Servidor de tempo curto,
Passou a viver no copo,
Agora vive de furto.
Rapaz de brio e saúde
Era Juca de João Dório,
Enveredou na garrafa,
Passou para o sanatório.
Era amigo dos mais sérios
Silorico da Água Rasa,
Começou de pinga em pinga,
Acabou largando a casa.
Companheiro certo e bom
Era Neco de Tião,
Afundou-se na garrafa,
Aleijou o próprio irmão.
Cachaça será remédio,
É o que tanta gente ensina...
Mas álcool, para ajudar,
É cousa de Medicina.
Eis no Além o que se vê.
Seja a pinga como for,
Enfeitada ou caipira,
É laço de obsessor.
Nas velhas perturbações,
Das que vejo e que já vi,
Fuja sempre da cachaça,
Que cachaça é isso aí.”

ASTOLFO OLEGÁRIO DE OLIVEIRA FILHO – Londrina, PR

O duplo etérico



Sua função primordial é servir de ligação entre o perispírito e o corpo carnal, funcionando como um filtro das energias que chegam e saem do físico, protegendo o ser de cargas negativas.
Quando os elementos espirituais, perispiritual e físico se contactaram, observou-se a necessidade de haver um filtro que absorvesse e reciclasse as energias vitalizadoras que passariam a percorrer essas três entidades. Assim, criou-se o filtro conhecido como "DUPLO ETÉRICO", que é a sede dos centros de captação de energia, o elo mais tênue, que liga o corpo ao seu perispírito, ou o mais denso, que une o perispírito e o espírito ao seu corpo físico momentâneo.
O DUPLO ETÉRICO, composto por energias bastante densas, quase materiais, mas ainda ocultas da visão humana, é o responsável pela repercussão vibratória direta do perispírito sobre o corpo carnal. Sua atividade principal é filtrar, captar e, por isso mesmo, canalizar para o corpo físico todas as energias que deverão alimentá-lo. Esta comunicação é realizada por meio dos chacras, que captam as vibrações do espírito e as transferem para as regiões correspondentes na matéria física.
As obras complementares, sobretudo as de autoria de André Luiz, trouxeram mais dados sobre a especificação dos invólucros dos espíritos. Ele afirma que o corpo mental é o envoltório sutil da mente e que o corpo vital ou duplo etérico é a duplicata energética que reveste o corpo físico do homem. Diz ainda que o corpo mental preside a formação do corpo espiritual, que, por sua vez, comanda a formação do corpo físico juntamente com o corpo vital.

NATUREZA E CARACTERÍSTICAS

O duplo etérico é permanentemente acoplado ao corpo físico, sendo responsável por sua vitalização. Portanto, morrendo o corpo físico, imediatamente morrerá o correspondente corpo etérico. É constituído por éter físico emanado do próprio planeta Terra e funciona com êxito tanto no limiar do plano espiritual como do plano físico. Sua textura varia conforme o tipo biológico humano, ou seja, será mais sutil e delicado nos seres superiores e mais denso nas criaturas primitivas.
Ele funciona como um mediador na ligação entre o corpo físico e o perispírito, não sendo, portanto, um veículo separado da consciência. É um campo mais denso que o perispiritual, condensando as energias espirituais que seguem para o físico, mas, ao mesmo tempo, recebe os impulsos físicos, converte-os e direciona-os aos arquivos perispiríticos, mentais, inconscientes e espirituais. Atua como uma proteção natural contra intensas investidas de habitantes menos esclarecidos do plano espiritual, defendendo-o também do ataque de bactérias e larvas que podem invadir não só a organização física na encarnação, mas a própria constituição perispiritual.
No entanto, o duplo etérico é a reprodução exata do corpo físico do homem e se distancia ligeiramente da epiderme, formando uma cópia vital e de idênticos contornos. Apesar dele ser um corpo invisível aos olhos carnais, apresenta-se aos videntes e aos desencarnados como uma capa densa e algo física. De aparência violeta-pálida ou cinza-azulada, o duplo etérico, em condições normais, estende-se cerca de 6 mm além da superfície do corpo denso correspondente.
As energias que entram no organismo físico, como o fluido vital, passam pelas regiões do duplo etérico responsáveis pela absorção e circulação destas: os centros de força conhecidos como chacras. Os chacras do duplo etérico são temporários, durando o tempo que este existir, ao contrário dos chacras perispirituais, que são permanentes. Cada chacra conta com uma localização e função principal, correspondente a uma região de plexos nervosos do corpo físico. São sete os principais chacras, ligados entre si por condutos conhecidos como meridianos, por onde flui a energia vital modificada pelo duplo etérico.

SENSIBILIDADE DO DUPLO ETÉRICO

O duplo etérico acusa de imediato qualquer tipo de hostilidade ao corpo físico e ao perispírito, através dos centros sensoriais correspondentes na consciência perispiritual e física. Por sua vez, o perispírito, como um equipamento de atuação nos planos sutilíssimos do espírito imortal, ao manifestar seu pensamento, seus desejos ou sentimentos em direção à consciência física, também obriga o duplo etérico a sofrer os impulsos bons e maus, tais quais os espíritos desencarnados quando atuam no mundo oculto, inclusive acusando aos sentidos físicos os ataques dos espíritos malfeitores.
Algumas criaturas que sofreram mutilação de um ou mais membros de seu corpo se queixam de dores nesses órgãos físicos amputados. Essa sensibilidade ocorre porque a operação cirúrgica não foi exercida sobre o duplo etérico, que é inacessível às ferramentas do mundo material. Assim, é comum as pessoas sem pernas ou braços ainda conservarem certa sensibilidade reflexa por algum tempo, transmitida para sua consciência através de seus correspondentes membros etéricos.
Apesar de o duplo etérico ser desprovido de inteligência e não apresentar sensibilidade consciente, ele não é apenas um intermediário passivo entre o perispírito e o organismo carnal, reagindo de forma instintiva às emoções e aos pensamentos daninhos que perturbam o perispírito e, depois, causam efeitos enfermiços no corpo carnal.
Este automatismo instintivo lhe possibilita deter a carga deletéria dos aturdimentos mentais que baixam do perispírito para o corpo físico, pois, do contrário, bastaria o primeiro impacto de cólera para desintegrar o organismo carnal e romper sua ligação com o perispírito, resultando no desencarne do ser. Deve-se considerar que os pensamentos desatinados provocam emoções indisciplinadas, gerando ondas, raios ou dardos violentos que se lançam da mente incontrolada para o cérebro físico por meio do duplo etérico, destrambelhando o sistema nervoso do homem nesse mar revolto de vibrações antagônicas.
Em seguida, perturba-se a função delicada dos sistemas endócrino, linfático e sanguíneo, podendo gerar consequências físicas na forma de patologias, como apoplexia, decorrente do derrame de sangue vertido em excesso pela cólera, síncope cardíaca, em virtude da contenção súbita da corrente sanguínea alterada pelos impactos do ódio, ou a repressão violenta da vesícula, devido a uma explosão de ciúme. Algumas emoções afetam o duplo etérico em sua tarefa de mediador entre o perispírito e o corpo físico. No entanto, quando ele é submetido a impactos agressivos do perispírito perturbado, baixa seu tom vibratório, impedindo que os raios emocionais que partem da consciência perispiritual afetem o corpo carnal, promovendo uma espécie de barreira vibratória. Assim, o duplo etérico faz com que haja uma imunização contra a frequência vibratória violenta do perispírito, contraindo sua densidade no sentido de evitar o fluxo dessas toxinas mortíferas, deixando o impacto psíquico de ódio, cólera ou ciúme impossibilitado de fluir livremente e atingir o sistema fisiológico do corpo físico. A

AFASTAMENTO COMPULSÓRIO

Entretanto, quando o duplo etérico não consegue reagir com seus recursos instintivos de modo a proteger o corpo físico contra uma explosão emocional do perispírito, ele recebe um impulso de afastamento compulsório. Neste caso, a vitalidade orgânica do homem cai instantaneamente, fazendo com que desmaie ou tenha o que chamamos de "ataques".            Diante dos impactos súbitos e violentos do perispírito, o chacra cardíaco é o centro de forças etéricas que mais sofre os efeitos dessa descarga, por ser responsável pelo equilíbrio vital e fisiológico do coração. É por isso que, nestes casos, há o risco de enfartes cardíacos de consequências fatais. No entanto, o duplo etérico, com seu instinto de defesa, mobiliza todos os recursos no sentido de evitar que os centros de força etérica se desintegrem por completo.
Agora, caso a descarga violenta do perispírito não consiga atingir o corpo físico devido à reação defensiva do duplo etérico, as toxinas emocionais sofrem um choque de retorno e voltam a se fixar no perispírito, ficando nele instaladas até que sejam expurgadas na atual ou em uma futura encarnação. Isto porque a única válvula de escape para esses venenos psíquicos é o corpo físico, que, para propiciar essa "limpeza", sofre o traumatismo das moléstias específicas inerentes às causas que lhes dão origem.
Aliás, os desajustes morais são uma fonte crescente de distúrbios psíquicos, gerando um número cada vez maior de pessoas neuróticas, esquizofrênicas e desesperadas, tudo isso como consequência da intensa explosão de emoções alucinantes que destrambelham o sistema nervoso. Isto resulta em um aumento cotidiano do índice de vítimas, uma vez que o duplo etérico se torna impotente para resistir ao bombardeio incessante das emoções tóxicas e agudas vertidas pela alma e alojadas no perispírito até que sejam transferidas ao corpo físico. Se a carga deletéria acumulada em vidas anteriores for aumentada com desatinos da existência atual, essa saturação pode gerar afecções mórbidas mais rudes e cruciantes, como o câncer e outras enfermidades.
O transe mediúnico, a anestesia total, os passes, os ataques epilépticos, a hipnose, a catalepsia e os acidentes bruscos são fatores que afastam o perispírito do duplo etérico. Quando este se separa do corpo carnal, provoca uma redução de vitalidade física e queda de temperatura no homem, pois o corpo físico se mantém com uma reduzida cota de fluido vital para se nutrir, esteja adormecido ou em transe.

EPILEPSIA E HIPNOSE

O epiléptico é uma pessoa cujo duplo etérico se afasta com frequência de seu corpo físico. O ataque epiléptico e o transe mediúnico do médium de fenômenos físicos apresentam certa semelhança entre si, com a diferença de que o médium ingressa no transe de forma espontânea, enquanto o epiléptico é atirado ao solo assim que seu duplo etérico fica saturado dos venenos expurgados pelo perispírito e se afasta violentamente, a fim de escoá-los no meio ambiente sob absoluta imprevisão de seu portador.
Em certos casos, verifica-se que o epiléptico também é um médium de fenômenos físicos em potencial, já que a incessante saída de seu duplo etérico pode lhe abrir uma brecha pela qual fica sensibilizado para a fenomenologia mediúnica.            Todo ataque epiléptico é um estado de defesa do corpo físico, que expulsa o duplo etérico e o perispírito para que estes se recomponham energeticamente, trocando energias negativas por positivas. Os epilépticos são pessoas que tiveram ação com energias muito densas em encarnações passadas. Assim, os psicotrópicos utilizados pelos médicos dificultam o desprendimento do duplo etérico, evitando os ataques.
Já o hipnotizador atua pela sugestão na mente do hipnotizado, induzindo-o ao estado de transe hipnótico. Resulta daí o afastamento parcial do duplo etérico, que fica à deriva, permitindo a imersão no subconsciente. Com isso, o hipnotizado abre uma fresta no plano espiritual que lhe permite até mesmo manifestar e dar vivência aos estágios de sua infância e juventude ou mesmo de alguns acontecimentos e fatos de suas vidas pretéritas.
Quando o duplo etérico se afasta por alguns centímetros do corpo físico, a ação física diminui e se amplia a abertura para a atuação do perispírito, tornando-se um catalizador de energias espirituais. Por isso, favorece o despertar de seu subconsciente e a imersão ou exteriorização dos acontecimentos arquivados nas camadas mais profundas do ser.            As anestesias operatórias, os antiespasmódicos, os gases voláteis, as drogas e sedativos hipnóticos, o óxido de carbono, o fumo, os barbitúricos, os entorpecentes, o ácido lisérgico e certos alcaloides como a mescalina são substâncias que operam violentamente nos interstícios do duplo etérico.
Embora a necessidade obrigue o médium a se utilizar, por vezes, de algumas destas substâncias em momentos imprescindíveis, é sempre imprudente exagerar sob qualquer pretexto ou motivo. O médium que abusa de entorpecentes que atuam com demasiada frequência em seu duplo etérico se transforma em um alvo muito mais acessível ao assédio do mundo inferior.

ROMPIMENTOS DO DUPLO ETÉRICO

A estrutura íntima do duplo etérico fica seriamente afetada quando, por meio de desregramentos e vícios, a pessoa utiliza substâncias corrosivas como álcool, fumo, drogas em geral e medicamentos cujos componentes químicos sejam inegavelmente tóxicos. Neste caso, ocorre um bombardeio à constituição do duplo etérico, que queima e envenena as células etéricas e forma buracos semelhantes às bordas queimadas de um papel, criando brechas por onde penetram as várias comunidades de larvas e vírus do subplano espiritual, normalmente utilizados por inteligências sombrias como uma maneira de facilitar seu domínio sobre o homem.
Acontece que, sem a proteção dessa tela, que os mantém naturalmente afastados dos habitantes dos subplanos espirituais, os médiuns começam a perceber formas horripilantes, criadas e mantidas pelos seres infelizes que estagiam nas regiões mais densas do plano umbralino, ocorrendo os mais diversos distúrbios que comprometem o equilíbrio físico-psíquico do ser humano.
Falta aos médiuns a proteção etérica que violentaram pelo uso de substâncias químicas tóxicas, as quais lhes destruíram parte do escudo que a natureza os dotou para sua segurança, a fim de impedir a abertura prematura da comunicação entre o plano espiritual e o físico. Embora a destruição não seja completa, criando apenas rasgos ou brechas, sua falta é verdadeiramente nociva, já que o duplo etérico é de suma importância para o equilíbrio do ser humano.
As lesões do duplo etérico são difíceis de recompor. Para restabelecer seu equilíbrio em tais situações, deve-se lançar mão, além dos recursos terapêuticos utilizados com frequência nos centros espíritas, da doação e da transfusão de fluido vital ectoplasmático, suprindo a falta ou revitalizando as partes afetadas do duplo etérico.

O QUE DIZ O LIVRO NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE CAP. 11 - DESDOBRAMENTO EM SERVIÇO

(...) Era, agora, bem ele mesmo, sem qualquer deformidade, leve e ágil, embora prosseguisse encadeado ao envoltório físico através do laço aeriforme, que parecia mais adelgaçado e mais luminoso à medida que Castro-espírito se movimentava em nosso meio.
Enquanto Clementino o encorajava com palavras amigas, nosso orientador, certamente assinalando-nos a curiosidade, teve pressa em esclarecer:- Com o auxílio do supervisor, o médium foi convenientemente exteriorizado. A princípio, seu perispírito ou "corpo astral" estava revestido com os eflúvios vitais que asseguram o equilíbrio entre a alma e o corpo de carne, conhecidos em seu conjunto como sendo o "duplo etérico", formado por emanações neuropsíquicas que pertencem ao campo fisiológico e que, por isso mesmo, não conseguem maior afastamento da organização terrestre, destinando-se à desintegração tanto quanto ocorre ao instrumento carnal por ocasião da morte renovadora. Para se ajustar melhor ao nosso ambiente, Castro devolveu essas energias ao corpo inerme, garantindo o calor indispensável à colmeia celular. (...)


FONTE:

Decisão e Vontade



Incerteza parece coisa de pouca monta, mas é assunto de importância fundamental no caminho de cada um.
As criaturas entram na instabilidade moral, habituam-se a ela, e passam ao domínio das forças negativas sem perceber.
Dizem-se confiantes pela manhã e acabam indecisas à noite.
Frequentemente rogam em prece:
- Senhor! Eis-me diante de tua vontade!...
Mostra-me o que devo fazer!...
E quando o Senhor lhes revela, através das circunstâncias, o quadro de serviço a expressar-se, conforme as necessidades a que se ajustam, exclamam em desconsolo:
- Quem sou eu para realizar semelhante tarefa?
Não tenho forças.
Ai de mim que sou inútil!...
Sabem que é preciso servir para se renovarem, mas paradoxalmente esperam renovar-se sem servir.
Dispõem de verbo fácil e muitas vezes se proclamam inabilitadas para falar auxiliando a alguém nas construções do Espírito.
Possuem dedos ágeis, quais filtros inteligentes engastados nas mãos; entretanto, costumam asseverar-se inseguras na execução das boas obras.
Ouvem preleções edificantes ou mergulham-se na assimilação de livros nobres, prometendo heroísmo para o dia seguinte, mas, passada a emoção, volvem à estaca zero, à maneira de viajante que desiste de avançar nos primeiros passos de qualquer jornada.
Louvam na rua o equilíbrio e a serenidade e, às vezes, dentro de casa, disputam campeonatos de irritação.
O dever jaz à frente, a oportunidade de elevação surge brilhando, os recursos enfileiram-se para o êxito e realizações chamam urgentes, mas preferem a fuga da obrigação sob o pretexto de que é preciso cautela para evitar o mal, quando o bem francamente lhes bate à porta.

*
Trabalho, ação, aprendizado, melhoria!...
Não te ponhas à espera deles sob a imaginária incapacidade de procurá-los, à vista de imperfeições e defeitos que te marcaram ontem.
Realização pede apoio da fé.
Mãos à obra.
Tudo o que serve para corrigir, elevar, educar e construir, nasce primeiramente no esforço da vontade unida à decisão.


 Emmanuel
Francisco Cândido Xavier