quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CÉLULAS TRONCO


1 – O que são células-tronco?

Digamos que são coringas celulares. Podem se transformar em qualquer tipo de célula. Há um futuro promissor envolvendo as pesquisas sobre o assunto. Concebe-se que poderão substituir tecidos lesionados ou doentes (Alzheimer, Parkinson e doenças neuromusculares), produzir células que o organismo deixou de produzir (diabetes), ou tratar lesões ou disfunções de órgãos como o cérebro, coração, ossos, músculos e pele.

2 – Onde se localizam?

Há em vários tecidos humanos (sangue e medula, dentre outros), mas em quantidade mínima. No cordão umbilical e na placenta há quantidades maiores. As mais promissoras, em melhores condições para finalidades terapêuticas, são as existentes nos embriões humanos.

3 – Que embriões seriam usados para a retirada das células-tronco?

Na inseminação em laboratório, em favor de mulheres com dificuldade de engravidar, o médico retira vários óvulos da paciente que são fecundados pelos espermatozoides do marido. Introduzem em seu útero os que apresentam melhores possibilidades de êxito. Os demais permanecem congelados. A ideia seria usar as células-tronco desses embriões quando descartados.

4 – Há uma polêmica em torno do assunto, envolvendo cientistas e religiosos. Por quê?

Algumas lideranças religiosas argumentam que esses embriões constituem uma vida em desenvolvimento e que utilizá-los seria o mesmo que promover um aborto, contrariando as leis divinas.

5 – Qual a posição espírita?

Só podemos considerar posição espírita o que está na Codificação. Como na época de Kardec nem a mais fértil imaginação poderia conceber semelhante realização, temos que nos contentar com o ponto de vista dos espíritas.

6 – Há quem seja contra, no meio espírita. Qual o argumento?

Defende-se a ideia de que esses embriões têm um Espírito em reencarnação suspensa, atendendo a problemas cármicos. Com todo o respeito que nos merecem confrades que concebem essa situação, tenho dificuldade para imaginar Espíritos literalmente na geladeira, por tempo indeterminado.

7 – Na sua opinião esses embriões não têm Espírito?

Entendo que nesses procedimentos de laboratório um reencarnante só será ligado ao embrião, com o concurso da Espiritualidade, a partir do momento em que ele seja introduzido no útero materno. Eu não teria, portanto, nenhuma restrição à utilização dos embriões descartados.

8 – Não é prejudicial ao movimento espírita essa controvérsia?

Como se costuma dizer é da discussão que nasce a luz. Entendo que a troca de ideias em torno do assunto é salutar, desde que não descambe para a pancadaria verbal ou tenhamos a pretensão de que somos os donos da verdade. Quando assentar a poeira, e se avolumarem as informações transmitidas por médiuns confiáveis, atendendo ao que Kardec chamava universalidade dos ensinos, chegaremos a uma conclusão acertada. Diga-se de passagem, respeitáveis confrades nossos perguntaram a Chico Xavier, pouco antes de sua desencarnação, se os embriões em laboratório asilam Espíritos. O médium, já bastante enfraquecido, com dificuldade para falar, fez um sinal negativo.


Richard Simonett
Fonte: Portal das Mocidades Espíritas 

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