A
cultura moderna imediatista e o comportamento humano apressado são responsáveis
pela falta de lealdade em nossa sociedade. As redes sociais e outros veículos
de notícias, com as exceções compreensíveis, têm contribuído para o
exibicionismo narcisista, as fugas psicológicas dos conflitos para as
apresentações fantasiosas, num insensato disputar pela fama, mesmo que se
utilizando de recursos inadequados, quando não agressivos e vulgares.
Faz-se
de tudo para tornar-se notícia, ser comentado, invejado… Em consequência, os
relacionamentos sociais são ligeiros, sem profundidade nem significado, numa
coisificação que se torna tormentosa, especialmente no que diz respeito ao
prazer: fumo, álcool, sexo em desvario e drogas ilícitas. A correria
desenfreada para as novidades não permite os relacionamentos afetivos que
tenham significado e contribuam para a lídima união das criaturas, deixando-as
sempre em suspeição, angústia e medo de serem descartadas quando menos esperam.
A lealdade desaparece sob o véu da mentira e da malversação de valores éticos,
produzindo insegurança e mal-estar.
Os
sentimentos saudáveis, que constituem base de sustentação dos afetos,
apresentam-se conflitivos, e suspeitas, fundamentadas ou não, passam a
perturbar o equilíbrio mental, instalando desconfianças que terminam em
lamentáveis discussões, separações e crimes lamentáveis… O culto ao ego e ao
prazer substitui todas as outras formas de aquisição elevada, por
proporcionarem resposta imediata, enquanto os deveres em relação ao Espírito
que se é são postergados para a quadra da velhice, ou para os dias severos das
enfermidades, quando se esperam milagres inexistentes.
Jesus
proclamou o amor como solução para todos os problemas, no entanto, eis que esse
nobre desafio foi transformado em interesse subalterno. Aja sempre com
dignidade mesmo quando aparentemente enganado, descartado, tendo a honra de ser
você aquele que é vítima, aquele que ama.
Divaldo
Franco
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