quinta-feira, 24 de setembro de 2015

VIVER COM SERENIDADE



    No tumulto, que ruge desenfreado, precata-te na serenidade.
    Ante o clamor das mil vozes da anarquia, que engrossa as fileiras da alucinação, mantém-te em serenidade.
    Sob as tempestades da dor generalizada ou a coerção de aflições que pressionam, preserva a serenidade.
    No meio do vozerio, que reclama e blasfema sob falso fundamento de justiça ou não, vive com serenidade.
    Na conjuntura de expectativas malsãs, ante o desalinho que se faz lugar comum, insiste na serenidade.
    Porque todos se descontrolem, ameaçando a harmonia geral, não percas a serenidade.
    Serenidade em qualquer situação. Serenidade com Deus.
    Certamente não é fácil uma atitude pacifista quando se enfrenta a agressão asselvajada.
    Sem dúvida é um desafio sustentar o equilíbrio sob o açodar da violência primitiva.
    Ninguém nega a dificuldade em permanecer com nobreza em meio às viciações que grassam, dominadores.
    Quem, no entanto, conhece Jesus, tem um compromisso com a serenidade de que Ele deu mostras em todos os transes da Sua vida.
    A identificação com o Mestre impõe a consciência do discernimento em meio à malversação dos valores que se desatinam, em desconcerto.
    A afinidade com o Cristo reveste o indivíduo de fortaleza moral para permanecer no posto fiel da paz.
    Ninguém se justifique em face das armadilhas em que tomba.
    Ninguém se escuse do esforço que deve envidar, preservando a integridade.
    Ninguém procure desculpas para tombar no redemoinho das paixões dissolventes.
    Os mecanismos de evasão fazem-se uma atitude cômoda, amolentada, diante das dissonantes composturas morais que se estabelecem na Terra com o beneplácito dos cristãos...
    A serenidade em tudo caracteriza o amadurecimento do Espírito na forja dos testemunhos, disposto, realmente, a atingir o ponto final da sua difícil trajetória.
    Só uma decisão finalista e argamassada no desejo honesto de não cair, de não desistir, de não asselvajar-se, leva o homem ao planalto da serenidade, em que o Mestre aguarda todos quantos se candidatam ao Reino.
    Considerando a gravidade do momento que se vive no planeta angustiado, a serenidade é uma eficiente medicação de emergência para evitar o contágio dos males que predominam nos corações.
    Com ela, todos teremos forças para os cometimentos elevados que a vida nos propõe em forma de testes para o nosso aprimoramento íntimo. E quando esta serenidade parecer desequilibrar-se, busca a oração que imana o homem ao Senhor numa sublime osmose, e absorverás o fluido pacificador que verte do Pai, recompondo-te, para prosseguir.


Joanna de Ângelis

Divaldo P. Franco 

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