É
natural que nas nossas escolhas, nas nossas andanças, encontremos essa ou
aquela filosofia de vida que mais nos pareça adequada.
É
compreensível que a escolha religiosa de cada um de nós tenha um caráter
próprio e pessoal, que mais concorde com nossa visão de mundo e de Deus.
Assim
também escolhemos o partido político, o time de futebol, o esporte preferido
para praticar, o hobby para os momentos de lazer, que nos pareça o melhor, e
que tenha mais significado para nós.
Como
temos histórias de vida diferentes, percepções de mundo, valores, capacidades
intelectuais e emocionais muito pessoais e individualizadas, cada um de nós faz
suas escolhas externas em coerência com aquilo que já conquistou intimamente.
Dessa
forma, mesmo que não concordemos com a opção de vida de outrem, mesmo que tal
ou qual situação jamais possa ser nossa escolha, para alguém isso pode ser o
melhor.
Portanto,
compreender que não serão todos que aceitarão a nossa religião como a melhor,
que verão nossa profissão como a mais acertada escolha ou que conseguirão
entender nossas opções, tudo isso faz parte da vida.
Todas
as vezes que tentarmos forçar alguém a pensar como nós, entraremos em campo perigoso.
Quando
somos intolerantes com as opções distintas das nossas, quando não vemos com naturalidade
outros caminhos trilhados por tantos, estamos demonstrando nossa
inflexibilidade com a diversidade do pensar e do agir alheios.
O
próximo passo, seguido à intolerância, será certamente o do fanatismo.
Quando
não conseguimos aceitar as opções alheias, não conseguimos ver outros caminhos
para trilhar, tendemos a impor nossas escolhas como a única verdade e a única
opção lícita e saudável.
Seremos
aqueles que tentaremos impor nossa religião, nossa filosofia de vida, nosso
esporte ou nosso hobby aos que nos cercam, para que eles se convençam da nossa
certeza, esquecendo-nos de que ela é nossa e de mais ninguém.
Disso
concluímos que não nos cabe impor a ninguém nossa crença, seja religiosa, seja
de vida, ou de qualquer matiz.
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Se convidados a opinar sobre o que seja, que possamos expor nosso ponto de vista com naturalidade e tranquilidade, mas sem pretensão ou arrogância, como se o nosso caminho fosse o único que conduz para a felicidade, para o bem-estar.
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Se convidados a opinar sobre o que seja, que possamos expor nosso ponto de vista com naturalidade e tranquilidade, mas sem pretensão ou arrogância, como se o nosso caminho fosse o único que conduz para a felicidade, para o bem-estar.
Quando
temos necessidade de impor o que pensamos, mostramos não só a fragilidade e
incertezas que carregamos, como a necessidade constante de autoafirmar nossas
crenças.
Numa
sociedade tão diversificada como a nossa, pratiquemos a tolerância e a compreensão
para com o próximo.
Mesmo
as opções errôneas que o outro, porventura, tenha feito, serão lições preciosas
para seu aprendizado, que talvez não ocorressem se não fosse de tal maneira.
Permitamos
a cada um a liberdade do pensar e do agir, fazendo, de nossa parte, as opções
que nos levem à felicidade, à paz e à consciência tranquila.
Redação do Momento Espírita.
Redação do Momento Espírita.
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