Este blog tem o objetivo de estudar e divulgar a Doutrina Espírita: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim." Chico Xavier
sábado, 7 de junho de 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
ENERGIAS NEGATICAS, COMO SE LIBERTAR?
EXISTEM DUAS VIBRAÇÕES NEGATIVAS QUE PRENDEM
MAIS AS PESSOAS, DO QUE QUALQUER FORÇA, ENERGIA OU SITUAÇÃO.
ELA NOS MANTÉM AMARRADOS A RODA DA VIDA, FORÇANDO-NOS A VIVENCIAR JUSTAMENTE
AQUILO QUE QUEREMOS EVITAR. ELAS NOS IMPEDEM DE ELEVAR NOSSA CONSCIÊNCIA, A
NÍVEIS MAIS ELEVADOS DE PROSPERIDADE. UMA DESSAS VIBRAÇÕES NEGATIVAS É A
HOSTILIDADE EM RELAÇÃO AOS OUTROS. E A OUTRA VIBRAÇÃO NEGATIVA É A AUTOPIEDADE.
Todos nós desejamos nos ver livres das energias negativas, sentimos muitas vezes que, estamos envoltos em vibrações pesadas demais, que nos causam mal-estar e amarram nossos caminhos. É preciso compreender, porém que a energia negativa, que entrou em nossa vida encontrou alguma porta aberta, dentro de nós. À benção do Padre, do Pastor ou do Médium Espírita, pode nos limpar momentaneamente das vibrações prejudiciais, porém não impedem que elas retornem, imediatamente a nós pelas vias da afinidade vibratória. A pessoa não adquire o chamado corpo fechado, simplesmente por usar um determinado objeto místico de proteção. Somente nos fechamos verdadeiramente às energias negativas, quando nos fechamos ao mal que ronda diuturnamente a nossa mente e o nosso coração. Quando entramos em preces e orações, pedimos ao Pai, que nos livre de todo o mal, devemos nos lembrar sobre tudo do mal que, ainda há dentro de nós. Porque ele é a causa do mal que está em nossa vida. No campo profundo da Doutrina Espírita, identifica-se muitas formas de energias ruins, e que as duas vibrações negativas, que mais nos fazem sofrer são:
1ª)- HOSTILIDADE EM RELAÇÃO AOS OUTROS.
2ª)- E À AUTOPIEDADE.
Enquanto estivermos alimentando essas vibrações, através de pensamentos, palavras e atitudes, estaremos presos à roda do sofrimento. Ser hostil é opor-se claramente a alguém, agir como inimigo, com agressividade, mover guerra. Por isso que JESUS CRISTO, manda-nos que devemos de amar os nossos inimigos e nos pede mais que ainda assim temos que orar por aqueles que nos perseguem. Bendizer aqueles que nos maldizem. Cristo está nos propondo que, não entremos nas vibrações maldosas e prejudiciais a nós, porque ao contrário o mal também nos atingirá. Eu tenho o direito de não concordar com um determinado comportamento, ou ponto de vista, tratar a pessoa como inimiga, desejar o mal para ela porque se assim o fizer, o mal ficará comigo mesmo. Uns dos princípios fundamentais da felicidade é vivermos em harmonia com todos e com tudo a nossa volta. A hostilidade impede que a harmonia, e assim passamos a atrair situações desarmônicas em nosso caminho. Parece óbvio que assim seja. A solução para a cura de nossos problemas é voltarmos ao estado de harmonia, através da reconciliação com tudo e com todos.
PARA ENTENDERMOS MELHOR ESSE PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA FELICIDADE PRECISAMOS?
2ª)- E À AUTOPIEDADE.
Enquanto estivermos alimentando essas vibrações, através de pensamentos, palavras e atitudes, estaremos presos à roda do sofrimento. Ser hostil é opor-se claramente a alguém, agir como inimigo, com agressividade, mover guerra. Por isso que JESUS CRISTO, manda-nos que devemos de amar os nossos inimigos e nos pede mais que ainda assim temos que orar por aqueles que nos perseguem. Bendizer aqueles que nos maldizem. Cristo está nos propondo que, não entremos nas vibrações maldosas e prejudiciais a nós, porque ao contrário o mal também nos atingirá. Eu tenho o direito de não concordar com um determinado comportamento, ou ponto de vista, tratar a pessoa como inimiga, desejar o mal para ela porque se assim o fizer, o mal ficará comigo mesmo. Uns dos princípios fundamentais da felicidade é vivermos em harmonia com todos e com tudo a nossa volta. A hostilidade impede que a harmonia, e assim passamos a atrair situações desarmônicas em nosso caminho. Parece óbvio que assim seja. A solução para a cura de nossos problemas é voltarmos ao estado de harmonia, através da reconciliação com tudo e com todos.
PARA ENTENDERMOS MELHOR ESSE PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA FELICIDADE PRECISAMOS?
Meditar que ai descobriremos os caminhos melhores...
“Reconcilia-te com todas as coisas do Céu e da Terra. quando se efetivar a reconciliação com todas as coisas do Céu e da Terra, tudo será teu amigo. Quando todo o Universo se tornar teu amigo. Coisa alguma do Universo poderá causar-te dano ou mal. Se és ferido por algo, ou se és atingido por micróbios ou por Espíritos Baixos, é prova de que não está reconciliado com todas as coisas, do Céu e da Terra. Reflexiona e Reconcilia-te."
Certa vez perguntaram a Chico Xavier, se ele tinha amigos, ao que o Médium respondeu: Que não, que apenas tinha amigos momentaneamente distantes. Quanta sabedoria em sua resposta.
A OUTRA VIBRAÇÃO NEGATIVA QUE NOS ARRASA É NADA MAIS DO QUE: À AUTOPIEDADE QUE NOS DIZ QUE:
Ainda aqui tem mais a ver com o sentimento, do ser vítima desse mundo, tendo dó ou pena de si mesmo. Essa vibração se manifesta no momento em que nos sentimos “COITADOS", Indefesos como se não tivéssemos qualquer responsabilidade, sobre o que nos acontece e nenhum poder para alterar a situação que nos aflige. A vibração da Autopiedade é negativa, porque ela é paralisante, deixa-nos imobilizados como se estivéssemos atolados na lama, esperando que alguém faça por nós o esforço de autossuperação, que compete somente a nós mesmos. Deus até joga cordas para nos resgatar, mas ainda assim nos sobra esforço de segurar a corda e sair do fundo do poço. JESUS se dirigiu a um paralítico, vítima de autopiedade, ordenando a ele. Levanta-te, toma tua cama e anda. Agora já sabemos como de fato podemos nos libertar das energias negativas, através de duas práticas poderosas, que são:
1ª)- Elevar as nossas vibrações através do Amor que cura a hostilidade e traz a harmonia de volta a nossa vida. Para tanto vamos usar as ferramentas do PERDÃO, DA RECONCILIAÇÃO E DA CARIDADE, a fim de nos tornarmos amigos do Universo.
2ª)- Reconhecer que a cada um de nós, foi dado o poder de construir a própria FELICIDADE, e que ninguém mais tem obrigação de fazer isso por nós. Portanto o melhor que temos a fazer agora mesmo é trazer a responsabilidade da vida de volta a nós mesmo. E vamos ai vencendo os nossos MEDOS E BLOQUEIOS.
Precisamos de não nos esquecer deste precioso pensamento, que se encontra na letra de uma canção que diz que devemos nos espelhar mais e vivenciar. “TOCANDO EM FRENTE". Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si, carrega o dom de ser capaz, de ser feliz!!!!!!
MEDITE... PENSE... REFLITA!!!!
O QUE LHE FALTA??
O QUE PODE CONSEGUIR???
O QUE LHE FALTA??
O QUE PODE CONSEGUIR???
QUE TENDES?
"Quantos pães tendes? E disseram-lhe: - Sete." - Marcos, 8:5.
Quando Jesus, à frente da multidão faminta. Indagou das possibilidades dos discípulos para atendê-la, decerto procurava uma base, a fim de materializar o socorro preciso.
“Quantos pães tendes?”
A pergunta denuncia a necessidade de algum concurso para o serviço da multiplicação.
Conta-nos o evangelista Marcos que os companheiros apresentaram-lhe sete pãezinhos, dos quais se alimentaram mais de quatro mil pessoas, sobrando apreciável quantidade.
Teria o Mestre conseguido tanto se não pudesse contar com recurso algum?
A imagem compele-nos a meditar quanto ao impositivo de nossa cooperação, para que o Celeste Benfeitor nos felicite com os seus dons de vida abundante.
Poderá o Cristo edificar o santuário da felicidade em nós e para nós, se não puder contar com os alicerces da boa-vontade em nosso coração?
A usina mais poderosa não prescinde da tomada humilde para iluminar um aposento.
Muitos esperam o milagre da manifestação do Senhor, a fim de que se lhes sacie a fome de paz e reconforto, mas a voz do Mestre, no monte, continua ressoando, inesquecível:
- Que tendes?
Infinita é a Bondade de Deus, todavia, algo deve surgir de nosso "eu", em nosso favor.
Em qualquer terreno de nossas realizações para a vida mais alta, apresentemos a Jesus algumas reduzidas migalhas de esforço próprio e estejamos convictos de que o Senhor fará o resto.
Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier
SENTIMENTOS E EMOÇÕES NOS ESPÍRITOS DESENCARNADOS
Os diversos sentimentos e emoções, positivos ou
negativos, cultivados pela humanidade terrena se transferem para o Mundo dos
Espíritos. Isso já se deduz de tudo quanto vimos em temas aqui tratados
anteriormente. O ódio, o orgulho, a inveja, a avareza, a luxúria, a dedicação,
a tristeza, a fraternidade, a alegria entre outros. Até mesmo lágrimas os desencarnados
derramam para manifestar o que lhes vai no íntimo.
Os Espíritos comunicantes insistem em
esclarecer aos que ainda permanecem na Terra sobre a situação dos desencarnados
no Mundo Espiritual. Já Foi dito que a diversidade de caracteres é infinita, a
depender de cada indivíduo, de suas vidas anteriores, das atitudes e hábitos
que conservou. Encontramos, na Revista Espírita, de Allan Kardec, em seu n° 4,
de abril de 1859 os seguintes esclarecimentos:
Há sensações que têm por fonte o próprio estado
dos nossos órgãos. Ora, as necessidades inerentes ao corpo não e podem
verificar desde que não exista mais corpo. Assim, pois, o Espírito não experimenta
nenhuma fadiga, como nenhuma das nossas enfermidades. As necessidades o corpo
determinam necessidades sociais, que para eles não existem. Assim não mais
existem as preocupações dos negócios, as discórdias, as mil e umas tribulações
do mundo e os tormentos a que nos entregamos para nos proporcionarmos às
necessidades ou as superfluidades da vida. Eles têm pena do esforço que fazemos
por causa de futilidades. Entretanto, quanto mais felizes são os Espíritos
elevados, tanto mais sofrem os inferiores.
Mas esses sofrimentos são angústias; e, embora
nada tenham de físico, nem por isso são menos pungentes: eles têm todas as
paixões e todos os desejos que tinham em vida (referimo-nos aos Espíritos
inferiores) e seu castigo é o de não poder satisfazê-los. Isto é para eles uma
tortura que julgam eterna, porque sua própria inferioridade não lhes permite
ver o término, o que é para eles um castigo.
Faz parte do aprendizado dos estudantes
desencarnados a observação de comportamento dos Espíritos na erraticidade. Há os
que alcançaram um equilíbrio e se dedicam à obras beneficentes, como, também,
os apegados aos locais de opróbrio e de vícios. Os que abusam do álcool rondam
as tabernas terrenas, imantados a encarnados que abusam da bebida. Outros arrastam,
durante longos períodos, sofrimentos intoleráveis, criados pela própria mente
dementada. Conservam sentimentos vis; continuam a mentir e a instigar conflitos
entre os encarnados.
Suas feições, assim como todo o corpo, tomam
características hediondas que, segundo informações do Mundo Espiritual, causam
pavor. São Espíritos malignos que espalham a sua perversidade, contaminando os
desavisados que se encontram, de qualquer forma, impregnados de sentimentos
inferiores e paixões repugnantes. Alimentam-se eles de emanações venenosas
desprendidas da excitação colérica e dos fluidos animalizados dos seus
semelhantes. Esses Espíritos necessitam, quase sempre, de um tratamento nos
dois planos — espiritual e terreno — através de uma doutrinação segura e constante.
Yvonne A. Pereira, em Recordações da
Mediunidade, dedica o capítulo 10 ao problema das obsessões resultantes do
assédio dos Espíritos sobre os encarnados e alerta para a importância do
trabalho e esclarecimento e reabilitação que deve ser realizado por
especialistas no assunto. Diz ela que:
Um dos mais belos estudos que o Espiritismo
faculta aos seus adeptos é, certamente, aquele a que os casos de obsessão nos
arrastam. Temos para nós que esse difícil aprendizado, essa importante ciência
de averiguar obsessões, obsessores e obsidiados deveria constituir especialidade
entre os praticantes do Espiritismo, isto é, médiuns, residentes de mesa,
médiuns denominados passistas, etc. assim como existem médicos pediatras, oculistas,
neurologistas, etc., etc., também deveriam existir espíritas especializados nos
casos de tratamento de obsessões, visto que a estes será necessária uma
dedicação absoluta a tal peculiaridade da Doutrina, para levar a bom termo o
mandato.
Tal ciência, porém, não se poderá limitar à
teoria, e querendo antes paciente e acurada observação em torno dos casos de
obsessão que se apresentem no limite de Ação de cada um, pois é sabido que a
observação pessoal, a prática no exercício do sublime mandato espírita enriquece
de tal forma os nossos conhecimentos em torno de cada caso com que nos
defrontamos que, cada um deles, ou seja, cada obsidiado que se nos depare em nossa
jornada de espíritas, constituirá um tratado de ricas possibilidades de
instrução e aprendizado, visando à cura, quando a cura seja possível.
O Espírito David Hacht, em Cartas de um Morto
Vivo, apresenta um caso de avareza; espetáculo repulsivo que presenciara de um
desencarnado. Narra o fato e analisa as consequências da ambição no Mundo
Espiritual. Assistiu ele a um... (...) avarento a contar o seu dinheiro, e vi
os olhares terríveis dos Espíritos espreitando avidamente o seu menor
movimento. O ouro possui uma influência especial além do seu poder de aquisição
e de tudo que se lhe acha ligado. Há Espíritos que amam o ouro como o avarento,
com a mesma paixão avassalante, ambiciosa, que nada satisfaz.
Entretanto, no Além-Túmulo há, também, aqueles
que dedicam seu tempo ao auxílio e ao progresso geral, pois já cultivam bons
sentimentos, como o Amor, a Caridade e a Fraternidade. Entre eles não há lugar
para a inércia e a preguiça. A prece, o trabalho, a alegria e os ideais
superiores fazem parte do seu cotidiano. São os benfeitores do Espaço, aliados
das Esferas Superiores, que recebem a tarefa de instruir Espíritos mais
atrasados e aspiram à dignidade do Mestre Jesus.
Lúcia Loureiro
Fonte: A Casa do Espiritismo
Fonte: A Casa do Espiritismo
A MORTE DO CORPO
A morte do corpo físico apavora muitas pessoas.
Deixa sem consolo e desesperados os seguidores das muitas religiões que não dão
uma ideia raciocinada sobre ela. É comum vermos pessoas chorarem e sofrerem com
a morte de parentes e amigos. É frequente escutarmos que aquele que se foi era
necessário ao mundo e que lhes fará falta.
O Espiritismo, com discernimento, ensina-nos
que a vida continua; que estamos encarnados temporariamente e que quem é amado
é útil em qualquer lugar.
Nota-se muita diferença num enterro entre
aqueles que têm essa crença e a entendem e os que não a têm. Os que não
entendem exprimem medo e depressão; aqueles que crêem demonstram compreensão.
Nós, espíritas, desejamos aos desencarnados paz e que se acostumem logo ao novo
plano onde estão.
O entendimento que a Doutrina Espírita nos dá
muda nossa atitude perante a morte do corpo. Ela não é o fim; é somente uma
passagem desta vida à outra, mostrando como é enganoso o modo de pensar de
muitos: que os desencarnados estão separados para sempre dos que ficam. Não há
separação com a desencarnação, apenas há uma ausência física.
O Espiritismo ensina que não devemos de modo
algum esquecer os desencarnados que amamos, mas que devemos ser cuidadosos só
pensar neles, porque as vibrações de desespero e sofrimento dos encarnados
chegam àqueles que mudaram do plano físico para o espiritual afligindo-os.
Devemos tomar uma atitude isenta de egoísmo, esforçando-nos para não deixar a
dor da aparente separação nos entristecer ou desesperar. Não devemos nos
lembrar deles com tristeza e sofrimento. Oremos desejando-lhes paz, harmonia e
felicidade. Assim, estaremos ajudando os que nos são caros, os que deixaram o
corpo carnal e continuam vivos!
Pelo Espírito: ANTÔNIO CARLOS
Psicografia: VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO
Do livro: SEJAMOS FELIZES
Psicografia: VERA LÚCIA MARINZECK DE CARVALHO
Do livro: SEJAMOS FELIZES
A prece
Ao iniciarmos uma reunião doutrinária fazemos uma
prece, ao encerrarmos fazemos uma prece, para os trabalhos de passe fazemos uma
prece, ao deitarmos fazemos uma prece, ao levantarmos fazemos uma prece,
fazemos uma prece nos momentos alegres; e oramos também nos momentos de
aflição.
Muito se tem dito a respeito da prece, mas muito
pouco ainda conhecemos do seu mecanismo de funcionamento, Por isso mesmo, pouco
a valorizamos, e por vezes até a esquecemos.
Já o dissemos em outras ocasiões, que o Espiritismo
é uma Doutrina de Tríplice aspecto, Ciência – Filosofia – Religião, mas é comum
vermos trabalhos, palestras, cursos e etc, enfocarem quase que essencialmente
as partes filosóficas e religiosas, deixando um pouco de lado o seu aspecto
científico. É até um procedimento normal, uma vez que o Espiritismo é uma
Doutrina relativamente jovem com aproximadamente 150 anos, e a análise de seus
aspectos científicos requer conhecimentos básicos, sem os quais não
entenderíamos as suas explicações, precisaríamos então ter noções de física,
ciências, biologia, fluidos, magnetismo, eletromagnetismo, eletricidade,
telecomunicações, etc. Mas nesse trabalho, passaremos uma pequena noção do seu
aspecto científico.
Mas afinal, o que é a prece?
·
Poderíamos dizer
que a prece é uma projeção do pensamento, a partir do qual irá se estabelecer
uma corrente fluídica cuja intensidade dependerá do teor vibratório de quem
ora, e nisto reside o seu poder e o seu alcance, pois nesta relação fluídica o
homem atrai para si a ajuda dos Espíritos Superiores a lhe inspirar bons
pensamentos. Por que pensamentos? Porque são a origem da quase totalidade de
nossas ações. (Primeiro pensamos depois agimos).
·
Poderíamos dizer
também que a prece é uma invocação e que por meio dela pomos o pensamento em
contato com o ente a quem nos dirigimos.
·
A prece é a
expressão de
um sentimento que sempre alcança a Deus, quando ditada pelo coração de quem
ora.
Pode-se orar para si ou para outrem.
O Espiritismo faz compreender a ação da prece
explicando o processo da transmissão do pensamento: quer o ser por quem se ora
venha ao nosso chamado, quer o nosso pensamento chegue até ele.
Para compreender o que se passa nessa
circunstância, convêm considerar todos os seres, encarnados e desencarnados,
mergulhados no mesmo fluido universal que ocupa o espaço, como neste planeta
estamos nós na atmosfera. O ar é o veículo do som com a diferença que as vibrações
do ar são circunscritas ao planeta Terra, ao passo que as do fluido universal
se estendem ao infinito.
Então, logo que o pensamento é dirigido para um ser
qualquer na Terra ou no espaço, de encarnado a desencarnado, ou vice-versa, uma
corrente fluídica se estabelece de um para o outro, transmitindo o pensamento,
como o ar transmite o som. A energia da corrente está na razão da energia do
pensamento e da vontade. É por esse meio que a prece é ouvida pelos espíritos
onde quer que estejam; que eles se comunicam entre si; que nos transmitem as
suas inspirações; que as relações se estabelecem a distância, etc.
Esta é sua visão científica.
Pela prece podemos fazer três coisas louvar, pedir e
agradecer (LE, 659).
Mas o que isso significa exatamente?
·
Louvar é enaltecer os desígnios de Deus sobre todas as
coisas, aceitando-O como Ser Supremo, causa primária de tudo o que existe,
bendizendo-Lhe o nome.
·
Pedir é recorrer ao Pai Todo-Poderoso em busca de luz,
equilíbrio, forças, paciência, discernimento e coragem para lutar contra as
forças do mal; enfim, tudo, desde que não se contrarie a lei de amor que rege e
sustenta a Harmonia Universal.
·
Agradecer é reconhecer as inúmeras bênçãos recebidas, ainda
que em diferentes graus de entendimento e aceitação: a alegria, a fé, a bênção
do trabalho, a oportunidade de servir, a esperança, a família, os amigos, a
dádiva da vida.
As preces devem ser feitas diretamente ao Criador,
mas também pode ser-lhe endereçada por intermédio dos bons Espíritos, que são
os Seus mensageiros e executores da Sua vontade. Quando se ora a outros seres
além de Deus, é simplesmente como a intermediários ou intercessores, pois nada
se pode obter sem a vontade de Deus.
A prece torna o homem melhor porque aquele que faz
preces com fervor e confiança se torna mais forte contra as tentações do mal, e
Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir (LE 660).
O essencial é orar com sinceridade e aceitar os próprios
defeitos, porque a prece não redime as faltas cometidas; aquele que pede a Deus
perdão pelos seus erros, só o obtêm mudando sua conduta na prática do bem.
Deste modo, as boas ações são a melhor prece, e por isso os atos valem mais do
que as palavras.
Através da prece pode-se ainda fazer o bem aos
semelhantes, porque o Espírito que ora, atuando pela vontade de praticar o bem,
atrai a influência de Espíritos mais evoluídos que se associam ao bem que se
deseja fazer.
Entretanto, a prece não pode mudar a natureza das
provas pelas quais o homem tem que passar, ou até mesmo desviar-lhe seu curso,
e isto porque elas (..) estão nas mãos de Deus e há as que devem ser
suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação.
Deve-se considerar, também, que nem sempre aquilo
que o homem implora corresponde ao que realmente lhe convém, tendo em vista sua
felicidade futura. Deus, em Sua onisciência e suprema bondade, deixa de atender
ao que lhe seria prejudicial.
Todavia, as súplicas justas são atendidas mais
vezes do que supomos, podendo a resposta a uma prece vir por meios indiretos ou
por meios de ideias com as quais saímos das dificuldades.
A prece em favor dos desencarnados não muda os
desígnios de Deus a seu respeito; contudo, o Espírito pelo qual se ora
experimenta alívio e conforto ao receber o influxo amoroso dos entes que
compartilham de suas dores. Além do mais, o efeito benéfico da prece sobre o
desencarnado é tal, que pode levá-lo à conscientização das faltas cometidas e
ao desejo de fazer o bem:
É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se
do seu lado ele contribui com a sua boa vontade. Esse desejo de melhora,
excitado pela prece, atrai para o Espírito sofredor os Espíritos melhores que
vêm esclarecê-lo, consolá-lo e dar-lhe esperanças (LE, 664).
Qual a importância da prece?
Lembremo-nos de um exemplo prático. Se não
limparmos periodicamente o nosso quintal, a sujeira se acumula, o mato cresce,
e há a proliferação de bichos. No campo espiritual, se não limparmos o nosso
psiquismo, os espíritos luminosos se afastam (mesmo que temporariamente), as
trevas tomam conta favorecendo a ação de espíritos endurecidos.
Deus atende àqueles que oram com fé e
fervor?
Deus envia-lhes sempre bons Espíritos para os
auxiliarem. Não existem fórmulas especiais de orações. A bondade de Deus não
está voltada para as fórmulas e o número de palavras, mas sim para as intenções
de quem ora.
O que dizer das orações repetidas inúmeras
vezes?
As intermináveis ladainhas e “PAI NOSSOS”,
repetidos algumas vezes, as rezas pronunciadas com os lábios apenas, que o
coração não sente e a inteligência não compreende, não têm valor perante Deus.
Jesus disse: “Não vos assemelheis aos hipócritas que pensam que pelo muito
falar serão ouvidos” (Mateus C6: V7). O essencial é orar bem e não muito.
Por que existe então, mesmo no
espiritismo, orações ditadas por espíritos e publicadas em livros?
Para ensinar aos homens a raciocinar quando se
dirigem a Deus e fazê-lo não só por meio de palavras, como também pelo
sentimento e com inteligência. Estas orações não constituem rituais, uma vez
que, no espiritismo não existem rituais de nenhuma espécie, nem formalismo.
Por quem devemos orar?
Primeiramente por nós mesmos, por nossos parentes,
pelos nossos amigos e inimigos, deste e do outro mundo; devemos orar pelos que
sofrem e por aqueles por quem ninguém ora.
O que pedir?
Em Mateus C26: V39 há a passagem amarga do Cristo,
que antecedia as suas dores supremas no calvário, onde Ele nos diz: “Pai, se
quiserdes, afasta de mim este cálice, mas acima de tudo faça-se a Tua vontade e
não a minha”. Demonstrava-nos o Mestre que as Leis Naturais são sábias e justas
e que são aplicadas indistintamente. Assim, não peçamos “milagres ou prodígios”,
mas tão somente forças para suportar aquilo que não está ao nosso alcance
mudar, paciência, resignação, fé e coragem.
Formas da Prece
A prece deve ser curta e feita em segredo, no
recôndito da consciência e em profunda meditação. Preces prolongadas ou
repetidas tornam-se cansativas, sonolentas e, muitas vezes, delas não
participam o pensamento e o coração.
Assim, a condição da prece está no pensamento reto,
podendo-se orar em qualquer lugar, a qualquer hora, a sós ou em conjunto, em
pé, deitado, de luz acesa ou apagada, de olhos abertos ou fechado; desde que
haja o recolhimento íntimo necessário para se estabelecer a sintonia
harmoniosa. Por isto a importância do sentimento amoroso, humilde, piedoso,
livre de qualquer ressentimento ou mágoa, dessa maneira o homem irá absorver a
força moral necessária para vencer as dificuldades com seus próprios méritos.
Eficácia da Prece
Existem aqueles que contestam a eficácia da prece,
alegando que, pelo fato de Deus conhecer as necessidades humanas, torna-se
dispensável o ato de orar, pois sendo o Universo regido por leis sábias e
eternas, as súplicas jamais poderão alterar os desígnios do Criador. No entanto,
o ensinamento de Jesus vem esclarecer que a justiça divina não é inflexível a
ponto de não atender os que lhe fazem súplicas. Ocorre que existem determinadas
leis naturais e imutáveis que não se alteram segundo os caprichos de cada um.
Porém, isso não deve levar à crença de que tudo esteja submetido à fatalidade.
O homem desfruta do livre-arbítrio para compor a trajetória de sua encarnação,
pois Deus não lhe concedeu a inteligência e o entendimento para que não os
utilizasse.
Existem acontecimentos na vida atual aos quais o
homem não pode furtar-se; são consequências de falhas e deslizes de passado que
necessitam de reajustes; é a aplicação da Lei de Causa e Efeito e isto explica
porque alguns alegam que pedem benefícios a Deus, mas que nunca são concedidos;
o que parece, a princípio, contrariar o ensinamento de Jesus citado em Marcos C11:
V24 “O que quer que seja que pedirdes na prece, crede que obtereis, e vos
será concedido”.
Muitas coisas que na vida presente parecem úteis e
essenciais para a felicidade do homem, poderão ser-lhe prejudiciais e esta é a
razão por que elas não lhe são concedidas. Contudo, o egoísmo e o imediatismo
não permitem que ele perceba com exatidão a eficácia da prece.
Porém, seus efeitos ocorrem segundo os desígnios
divinos: A curto prazo na medida em que consola, alivia os sofrimentos, reanima
e encoraja; a médio e longo prazo porque pelo pensamento edificante dá-se a
aproximação das forças do bem a restaurar as energias de quem ora.
Àquele que pede, Deus está sempre pronto a
conceder-lhe a coragem, a paciência, a resignação para enfrentar as
dificuldades e os dissabores inerentes à natureza humana, com ideias que lhes
são sugeridas pelos Espíritos benfeitores, deixando-nos, contudo o mérito da
ação, e isto porque não se deve ficar ocioso à espera de um milagre, pois a
Providencia Divina sempre ampara os que se ajudam a si mesmos, como asseverou o
Mestre: “Ajuda-te e o céu te ajudará” (ESE, Cap. 27, item 7).
Portanto, de tudo o que foi dito anteriormente,
podemos concluir que a eficácia da prece está na dependência da renovação
íntima do homem, em que deve prevalecer a linguagem do amor, do perdão e da
humildade para que ele possa assim, de coração liberto de sentimentos
negativos, agradecer a Deus a dádiva da vida.
“Vigiai e Orai” nos recomendou o Mestre (Mateus C26:
V41).
Bibliografia:
·
Curso Básico do
Espiritismo 1º Ano – FEESP.
·
Curso Básico do
Espiritismo 2º Ano – FEESP.
·
O Evangelho
Segundo o Espiritismo – Allan Kardec.
Obsessores
Uma Batalha
de Luz e Trevas
Existe uma intensa atividade permeando o universo
físico e o espiritual. Forças e energias espirituais influenciam a vida dos
encarnados, muitas vezes de forma negativa, provocando comportamentos e
atitudes negativas, criando uma atmosfera densa de ódio e desespero. Esses
espíritos ligados aos vivos e distantes da grande Luz Divina, vivem só para
isso. Estamos falando dos obsessores.
Obsessão: substantivo feminino.
1 – Diacronismo: antigo.
2 – Suposta apresentação repetida do demônio ao
espírito.
3 – Apego exagerado a um sentimento ou a uma ideia
desarrazoada.
4 – Ação de molestar com pedidos insistentes;
impertinência, perseguição, vexação.
Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante: em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades, tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.
Na Terra, existe um sem-número de forças espirituais, e nem todas com “boas intenções”. Na verdade – segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos – o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas frequências.
Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, egoísmo, amor não correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram, afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.
Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.
A Obsessão Nasce
Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por que tudo começou.
Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.
É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor.
O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de autoestima), podem produzir obsessões.
A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.
Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.
De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.
A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à “vitória” do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.
O Ataque das Trevas
Se pudéssemos enxergar o mundo espiritual como vemos o universo físico, perceberíamos um grande número de espíritos passando por nós a todo instante: em nossas casas, no trabalho e nas mais diversas atividades, tanto interagindo como atuando junto ao mundo dos encarnados.
Na Terra, existe um sem-número de forças espirituais, e nem todas com “boas intenções”. Na verdade – segundo a literatura espírita obtida até os dias atuais por meio de psicografias, mensagens e contatos mediúnicos – o plano de evolução espiritual em que se encontra nosso planeta o leva a ser um local de expiação, no qual se concentra um grande número de espíritos vibrando nas baixas frequências.
Esses espíritos vivem imersos em correntes energéticas e emocionais de ódio, raiva, egoísmo, amor não correspondido, entre outras emoções, e estão de tal forma presos ao plano físico que muitos acreditam ainda estar em seus corpos carnais. Assim, vivem próximos das pessoas com as quais um dia conviveram, afastando-se dos planos espirituais mais elevados e atrasando sua reencarnação.
Entre esses espíritos, ainda existem aqueles que têm a consciência de que estão mortos e que não habitam mais um corpo físico; mas como ainda estão presos às vibrações mais baixas do mundo espiritual, realizam ações que visam prejudicar os vivos e atrapalhar ao máximo a vida e a evolução espiritual de suas vítimas encarnadas. Esses espíritos são os que chamamos de obsessores.
A Obsessão Nasce
Eles nascem de diversas formas. Sua sensibilidade à Luz Divina foi embrutecida pelo tempo e por sua natureza moral. Eles ficam estagnados num círculo vicioso e numa obstinação tão intensa que não é raro se esquecerem quando e por que tudo começou.
Na maioria das vezes, estão tão cansados e vivem há tanto tempo nessa condição que não sabem mais como caminhar em direção ao esclarecimento e à Luz de Deus, necessitando assim de toda ajuda que lhes possa ser fornecida.
É fácil para nós imaginarmos o surgimento de tais obsessões pelo caminho do ódio. Afinal, sabemos do que os homens são capazes quando tomados pela raiva descontrolada; mas também surgem obsessões, até mais graves, em virtude do amor.
O amor gera correntes que, unidas a outros sentimentos (egoísmo, apego, carência afetiva intensa, falta de autoestima), podem produzir obsessões.
A revolta, a dor, a raiva, podem mudar a energia do amor; basta que exista um grande apego alimentado por um forte egoísmo, gerado num coração que viva uma grande carência, e teremos um espírito que sentirá uma grande dificuldade de se separar dos entes queridos.
Como o amor e o ódio estão separados por uma barreira quase imperceptível, em algumas oportunidades, imaginamos que um espírito está com ódio, quando, na verdade, ele pode estar escondendo a dor de um amor não correspondido; ou até mesmo pode ser uma entidade que ainda quer manter o apego que tinha em vida, agindo de forma a manter a outra pessoa presa ao círculo de sentimentos que demonstrava quando o espírito estava encarnado.
De todas as formas de obsessão, a gerada pelo amor é a pior de todas, pois aquele que ama sequer pode imaginar ou aceitar que, na verdade, está atrapalhando seus entes queridos. Ele acredita estar ajudando-os, supondo que não poderiam viver sem sua presença e auxílio.
A relação entre o obsessor e suas vítimas é variada e segue por caminhos tortuosos, mas que inevitavelmente levam à degradação física e moral do obsedado, o que, por fim, pode levar à “vitória” do espírito obsessor. Entre as formas conhecidas de obsessão, vamos a seguir analisar as maneiras de ataque.
O Ataque das Trevas
Partindo do que observamos até o momento, percebemos que as obsessões são as ações que influenciam os vivos, estimulando reações e semeando a discórdia e o ódio, nascido da força exercida pelos espíritos inferiores. Eles influenciam maleficamente, como os demônios das histórias bíblicas, e assim como ocorre nessas histórias, às formas do obsessor atuar também são sutis e intangíveis, e só após muito tempo é que se tornam evidentes. Mas podemos dividi-las da seguinte forma:
Obsessão Simples
O espírito obsesso por meio da sua vontade, motivado pelos mais diversos sentimentos, exerce uma persistência férrea, tenaz, influenciando em todas as áreas da vida de sua vítima, provocando a ira de pessoas próximas, atrapalhando seus relacionamentos, atuando por meio de sugestões de pensamento que vão contra a forma habitual da vítima agir.
Na maior parte das vezes, com o auxílio da autoanálise e do bom-senso, a vítima afasta esses pensamentos “ruins” e retoma o controle da sua vida. E quando esse tipo de ataque é detectado, cabe ao obsedado confiar no caminho espiritual e fazer sua vida um exemplo de luz e de dedicação pessoal, pois dessa forma afasta a chance de novos ataques. Procurando praticar o bem, ele estará pautando sua vida de acordo com os ditames dos grandes mestres e livrando-se da ação do obsessor.
Fascinação
Esse tipo de obsessão é das mais difíceis de quebrar, isso porque a vítima não acredita que está sob efeito de qualquer força negativa. Na verdade, algumas vezes, ela julga que é a única que não está obsedada, enquanto todos à sua volta estariam.
Nesse caso, o espírito obsessor vai se inserindo discretamente e ganhando espaço na vida do obsedado; como uma planta daninha, vai se enraizando, plantando desconfianças e medos, manias e desejos, até o ponto em que se instala definitivamente. A pessoa estará de tal forma envolvida que quase se forma uma simbiose psíquica que, caso se concretize, tornará ainda mais complexa a situação.
Nesse caso, o bom senso e a autocrítica se esvaem e a pessoa precisa de uma intensa ajuda espiritual, do mais alto nível, para superar o assédio dessa força maligna. Às vezes, a obsessão leva a delírios nos quais o obsedado acredita ser uma pessoa com uma “missão divina”, e pode até perder a razão, tornando-se um esquizofrênico, afastando-se do convívio social e, com o tempo, precisando de ajuda psiquiátrica.
Subjugação
É uma forma de obsessão na qual a vítima encarnada está sob domínio completo de uma força desencarnada. Quando esse tipo de obsessão ocorre, vemos a pessoa apática como se estivesse sonâmbula, tendo vontades que estão em desacordo com sua personalidade, e até afastando pessoas próximas que a critiquem ou que questionem suas “novas” atitudes.
O espírito obsessor não toma o lugar do espírito encarnado no corpo do obsedado. O que ocorre é uma supressão da vontade da vítima, por meio da supremacia da vontade do obsessor. Embora seja facilmente detectável, a sua cura exige uma mudança vibracional no obsedado, o que envolve uma grande disciplina moral e a aproximação aos ensinamentos e dogmas da Doutrina Espírita, de forma que leve o espírito obsessor a compreender sua falta e buscar o caminho da Luz Divina.
Auto-Obsessão
Mas ainda existem aqueles que, mesmo desencarnados, estão obsedados; e o pior, por eles mesmos. Tais espíritos acreditam serem pessoas sem valor e não se perdoam pelos “erros” que acreditam terem cometido em vida.
Eles acham que jamais poderão receber a Luz Divina e reingressar na via reencarnatória, pois estão presos a uma neurose espiritual tão intensa que os cega a tudo à sua volta. Em grande parte das vezes, infligem a si mesmos os mais diversos castigos e, mesmo quando recebem a ajuda de outros espíritos e das almas iluminadas, eles argumentam que seus crimes são imperdoáveis e anseiam por “castigos” que possam “purificá-los”. Vivem acreditando que são indignos de qualquer perdão.
Mas a Luz Cura
Não existe como tratar a obsessão sem o apoio e o interesse de todas as pessoas envolvidas no caso. É necessário o envolvimento espiritual e pessoal para que tanto o obsessor quanto o obsedado se vejam livres das amarras que os prendem, de forma a alcançarem a luz e a liberdade.
Como a obsessão é um processo com profundas raízes espirituais, é preciso tomar cuidado e não agir solitariamente para debelar o problema. É sempre necessária à presença de um grupo considerável de médiuns, e o tratamento deve ser feito de preferência em um centro espírita ou outro local especializado nas práticas de curas espirituais.
A reunião para tratar tais casos tem características específicas, pois todos os esforços devem ser coordenados e deve-se agir com um grande senso de solidariedade e compaixão. Antes de começar o trabalho, é necessário definir o foco que será seguido, e todos deverão exercitar sua força de vontade de forma a que formem um só feixe de energia e de Luz Divina. O obsedado deverá ser assistido com práticas espirituais diárias, que sejam instrutivas e que lhe dêem um forte alicerce. Além disso, deverá praticar atos sadios e desenvolver novamente a sua força de vontade, quebrando as amarras e correntes que foram forjadas no universo espiritual.
A prece, mesmo que seja uma oração pessoal e singela, é de grande valor na prática da cura da obsessão. Ela deve ser acompanhada por meditações e pelo aprofundamento da vítima nos assuntos espirituais, pois isso lhe dará os recursos necessários para ir além e renascer para uma vida plena e livre das vontades obsessoras.
Deve ser dada igualmente uma especial atenção ao ambiente e ao lar do obsedado, o qual deve ser limpo das manifestações dos espíritos baixos, pois eles se manifestam com mais facilidade em ambientes sujos, malcuidados e com grande quantidade de energia negativa estagnada. Para melhorar esses ambientes é preciso livrar-se de plantas velhas e doentes, de coisas quebradas, e deixar o ar ventilar em todos os cômodos, além de sempre fazer orações e preces em todos os locais da casa onde se sinta a presença de forças obsessoras.
A família é uma grande chave para a cura da obsessão. É ela que torna possível a recuperação do obsedado, que fortalece a vítima por meio da infinita energia do amor e lhe dá a chance de recuperar o controle sobre sua vida. Recomenda-se a todos seguirem a prática espiritual da prece e a leitura de material espiritual inspirador. Dessa forma, cria-se uma corrente fluídica positiva em torno de todos, gerando a elevação da frequência vibracional dos espíritos em volta das pessoas que estão imersas na situação; assim, elas recebem cada vez mais força e energia desses espíritos iluminados, gerando um círculo virtuoso e próspero de amor e luz.
O processo obsessivo possui sempre raízes profundas, e a melhora do estado obsessivo varia em cada caso. Algumas vezes, não notamos sinais de melhora, pois cremos que tudo deve ser instantâneo, como se fosse um remédio engolido às pressas para uma dor de cabeça. Depois, quando se vê que a cura demandará semanas, e não dias, abandonam-se as práticas e surge a descrença quanto à eficácia da cura, buscando outros recursos para se ver livre do obsessor. Mas, não raro, tais caminhos apenas levam a mais dor e problemas.
A perseverança é a ferramenta principal para a libertação do obsedado, e ela é necessária para seguir o tratamento e atingir os objetivos e metas da plenitude, da paz e da liberdade. A Bondade Divina atende a todos mediante o empenho de cada pessoa, que e ela comunica ao universo, por meio de suas ações e dedicação, os caminhos e “atalhos” que lhe surgem à frente.
Além do que vimos anteriormente, existe uma ferramenta que é um dos recursos heroicos no combate à obsessão: é a chamada sessão de desobsessão. Essa sessão deve ser usada em casos extremos, quando tudo já foi tentado sem resultado e, pelos caminhos da humildade e da fé, mostra-se necessário ajudar alguém que sofre de tal mal.
Para tal é necessária à presença de um grupo de médiuns seguros, que exercitem a doutrina em todos os instantes de sua vida. Para o sucesso da sessão é preciso à tutela de um orientador que possua grande autoridade e uma intensa força de vontade, inabalável crença na Força Divina, a fim de se dirigir aos espíritos obsessores. Ele deve ser conhecedor do assunto, com prática e facilidade para expor a doutrina, e suas ações devem sempre ser o reflexo de suas palavras, não agindo com hipocrisia e tampouco se deixando levar pelo orgulho, pois ambas se tornam fissuras que prejudicam o trabalho espiritual da desobsessão.
Durante a sessão, ele deve agir procurando orientar, ensinar e esclarecer o obsessor quanto aos males que está praticando. Enquanto isso, todos os médiuns deverão se unir em um só coro espiritual de luz e oração.
Nessas reuniões – que devem ser feitas com um extremo cuidado e com preparo consciente por parte de todos – o obsedado não deverá estar presente, ficando em sua casa em meio a preces, leituras ou meditação, para auxiliar o trabalho. E a sessão deverá ser repetida ou retomada enquanto for necessário.
Concluída a conversão do obsessor, o ex-obsedado deve ser esclarecido quanto à necessidade de modificar os padrões de vida que o levaram àquela situação. Deve ser dito a ele tudo o que fez e que provocou tamanho caos. Não devemos poupar a pessoa, seja por sua sensibilidade ou por questões pessoais, pois assim estaríamos impedindo-a de crescer e evoluir espiritualmente.
Para evitar uma recaída, ele também deverá manter a disciplina desenvolvida durante a desobsessão, reforçando as suas defesas morais e espirituais, não deixando de tomar cuidado com suas ações e palavras, a fim de enriquecer sua vida espiritual e deixar as baixas vibrações para trás.
Por: Alex Alprim
FONTE: http://www.espirito.org.br/portal/publicacoes/esp-ciencia/005/obsessores.html
Assinar:
Postagens (Atom)