quarta-feira, 19 de novembro de 2014

UM MINUTO DE CÓLERA


Um minuto de cólera pode ser uma invocação às forças tenebrosas do crime, operando a ruptura de largas e abençoadas tarefas que vínhamos efetuando na sementeira do sacrifício.
Por esse momento impensado, muitas vezes, esposamos escuros compromissos, descendo da harmonia à perturbação e vagueando dos labirintos da prova por tempo indeterminado à procura da necessária reconciliação com a vida em nós mesmos.
Pela brecha da irritação, caímos sem perceber nos mais baixos padrões vibratórios, arremessando, infelizes e incontroláveis, os raios da destruição e da morte que, partindo de nós para os outros, volvem dos outros para nós, em forma de angústia e miséria, perseguição e sofrimento.
Em muitos lances da luta evolutiva, semelhante minuto é o fator de longa expiação, na qual, no corpo de carne ou fora dele, somos fantasmas da aflição, exibindo na alma desorientada e enfermiça as chagas da loucura, acorrentados às consequências de nossos erros a reagirem sobre nós, à feição de arrasadora tormenta.
Se te dispões, desse modo, à jornada com Jesus em busca da própria sublimação, aprende a dominar os próprios impulsos e elege a serenidade por clima de cada hora.
Ama e serve, perdoa e auxilia sempre, recordando que cada semente deve germinar no instante próprio e que cada fruto amadurece na ocasião adequada.
Toda violência é explosão de energia, cujos resultados ninguém pode prever.
Guardemos o ensinamento do Cristo no coração, para que o Cristo nos sustente as almas na luta salvadora em que nos cabe atingir a redenção, dia a dia.

Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
DO LIVRO: Semeador em Tempos Novos

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