Um minuto de cólera pode ser uma invocação às
forças tenebrosas do crime, operando a ruptura de largas e abençoadas tarefas
que vínhamos efetuando na sementeira do sacrifício.
Por esse momento impensado, muitas vezes, esposamos
escuros compromissos, descendo da harmonia à perturbação e vagueando dos
labirintos da prova por tempo indeterminado à procura da necessária
reconciliação com a vida em nós mesmos.
Pela brecha da irritação, caímos sem perceber nos
mais baixos padrões vibratórios, arremessando, infelizes e incontroláveis, os
raios da destruição e da morte que, partindo de nós para os outros, volvem dos
outros para nós, em forma de angústia e miséria, perseguição e sofrimento.
Em muitos lances da luta evolutiva, semelhante
minuto é o fator de longa expiação, na qual, no corpo de carne ou fora dele,
somos fantasmas da aflição, exibindo na alma desorientada e enfermiça as chagas
da loucura, acorrentados às consequências de nossos erros a reagirem sobre nós,
à feição de arrasadora tormenta.
Se te dispões, desse modo, à jornada com Jesus em
busca da própria sublimação, aprende a dominar os próprios impulsos e elege a
serenidade por clima de cada hora.
Ama e serve, perdoa e auxilia sempre, recordando
que cada semente deve germinar no instante próprio e que cada fruto amadurece
na ocasião adequada.
Toda violência é explosão de energia, cujos
resultados ninguém pode prever.
Guardemos o ensinamento do Cristo no coração, para
que o Cristo nos sustente as almas na luta salvadora em que nos cabe atingir a
redenção, dia a dia.
Pelo Espírito: Emmanuel
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
DO LIVRO: Semeador em Tempos Novos
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