Inúmeros são os irmãos que rogam, em suas
vinculações com os Espíritos ou com os companheiros da luta humana um pouco
mais experimentados, orientação ou sugestões para a tarefa-missão de conduzir a
prole.
Muitos admitem seja a lide mais difícil da vida do
lar a formação dos rebentos para os trilhos do bem, da firmeza moral.
Indiscutivelmente, não constitui trabalho simples o
conduzimento dos filhos com vistas ao encontra com Deus, por meio da saúde
moral, por meio do amor.
Entretanto, diante das dificuldades que se
alevantam, descobrimos a acomodação ou a má vontade com que muitos progenitores
ou responsáveis outros por crianças e adolescentes demonstram, no que diz
respeito à necessidade de aprender, de esforçar-se por crescer, de ampliar as
próprias condições, de modo que acompanhe o progresso dos filhos, tanto quanto
lhes seja possível.
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Em muitos casos torna-se mais fácil aceitar o que
dizem parentes e vizinhos, nem sempre sintonizados com responsabilidades, com
as quais já tomamos contato.
Diversos preferem entregar ao deus-dará a educação
dos pequeninos, deixando-os a mercê dos vídeos, das amas e de outros
dispositivos. Eles, os pais, infelizmente, continuam espiritualmente ausentes.
A criança se assemelha a uma esponja, capaz de
absorver facilmente o que lhe entregamos à alma, seja conteúdo de nobreza ou de
perversão.
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Para uma equilibrada orientação dos filhos, sem
qualquer intenção de apostilar comportamentos ou de determinar isso ou aquilo,
será de validade atentarmos para alguns pontos importantes, tais como: a
consciência da presença de Deus em nossa vida; o respeito à vida atual, estendendo
ao corpo os cuidados necessários; o respeito a si mesmo como integrante e
atuante no processo social, conscientização que se esboça pouco a pouco;
desprezo às vacuidades, transformando o consumismo avassalador e indevido em
rota de assistência para com os que carecem mais ao nosso redor; o hábito
salutar de estudar serenamente, sem o olvido de que, para a criança, são
importantes o brinquedo, a descontração dos folguedos infantis e a convivência
no seu grupo, sadiamente.
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Enquanto substituirmos a presença nossa junto aos
filhos por dinheiro e presentes; enquanto encobrirmos nossos descuidos com
passeios caros, fingindo bem-querer; enquanto permitirmos que os ídolos
fabricados pelos veículos comunicadores ocupem, na mente infantil, o lugar que
não tenhamos tempo para ocupar, é natural que a sociedade siga de queda em
queda, antevendo os excessos do mal, ao que se reportam os Espíritos do Senhor,
a fim de que todos sintamos a necessidade do bem e das reformulações.
Entretanto, se já somos iluminados pelo conhecimento, por que esperamos o
sofrimento e a derrota?
Amemos as nossas crianças, impondo-nos regime de
progresso geral, a fim de que melhor possamos orientá-las, para que cumpram os
seus deveres na Terra, rumando como Espíritos imortais para os seus destinos de
luz.
Pelo Espírito Thereza de Brito
José Raul Teixeira
"Vereda Familiar". Cap. 15, pág. 96. 6ª
edição 2012. Ed. Fráter.
Amigos de Chico Xavier
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