segunda-feira, 23 de novembro de 2015

SUSTENTAÇÃO



Por maior que seja a prova,
Não te afastes de Deus.
Pode a estrada ser fria,
No entanto, Deus te aquece.
Sentes que há sombra em torno,
Deus, porém, te ilumina.
Se te notas sem força,
Eis que Deus te sustenta.
Nos piores conflitos,
Deus se te faz descanso.
Não desista do bem.
Deus não te faltará.

Emmanuel (espírito),
Psicografia de Chico Xavier.

Livro: Tocando o Barco

TENHAMOS PAZ


“Tende paz entre vós.” – Paulo. (I Tessalonicenses, 5:13).


Se não é possível respirar num clima de paz perfeita, entre as criaturas, em face da ignorância e da belicosidade que predominam na estrada humana, é razoável procure o aprendiz a serenidade interior, diante dos conflitos que buscam envolvê-lo a cada instante.
Cada mente encarnada constitui extenso núcleo de governo espiritual, subordinado agora a justas limitações, servido por várias potências, traduzidas nos sentidos e percepções.
Quando todos os centros individuais de poder estiverem dominados em si mesmos, com ampla movimentação no rumo do legítimo bem então a guerra será banida do Planeta.
Para isso, porém, é necessário que os irmãos em humanidade, mais velhos na experiência e no conhecimento, aprendam a ter paz consigo.
Educar a visão, a audição, o gosto e os ímpetos representa base primordial do pacifismo edificante.
Geralmente, ouvimos, vemos e sentimos, conforme nossas inclinações e não segundo a realidade essencial.
Registramos certas informações, longe da boa intenção em que foram inicialmente vazadas, e, sim, de acordo com as nossas perturbações internas. Anotamos situações e paisagens com a luz ou com a treva que nos absorvem a inteligência. Sentimos com a reflexão ou com o caos que instalamos no próprio entendimento.
Eis porque, quanto nos seja possível, façamos serenidade em torno de nossos passos, ante os conflitos da esfera em que nos achamos.
Sem calma, é impossível observar e trabalhar para o bem.
Sem paz, dentro de nós, jamais alcançaremos os círculos da paz verdadeira.

Emmanuel (espírito)
Psicografia de Chico Xavier.

Do livro: Pão Nosso

SOMENTE VOCÊ



Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores.
Eduque-se com o sofrimento.
Ninguém entenderá os problemas complexos de sua existência.
Exercite o silêncio.
Ninguém seguirá com você indefinidamente.
Acostume-se com a solidão.
Ninguém acreditará que suas aflições sejam maiores do que as do vizinho.
Liberte-se delas com o trabalho de autoiluminação.
Ninguém lhe atenderá todas as necessidades.
Subordine-se apenas ao que você tem.
Ninguém responderá por seus erros.
Tenha cuidado no proceder.
Ninguém suportará suas exigências.
Faça-se brando e simples.
Ninguém o libertará do arrependimento após o crime.
Medite na paciência e domine os impulsos.
Ninguém compreenderá seus sacrifícios e renúncias para a manutenção de uma vida modesta e honrada.
Persevere no dever bem cumprido.
Sábio é todo aquele que reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida. Embora ninguém possa servi-lo sempre, você encontrará um sublime Alguém, que tem para cada anseio de sua alma uma alternativa de amor.
Por você, Ele carregou o fardo do mundo...
Compreendeu os conflitos da vida...
Caminhou com todos...
Socorreu todos que O buscaram...
Matou a fome, saciou a sede e ouviu as multidões inquietas...
Atendeu à viúva de Naim, ao apelo materno em Caná...
Carregou a cruz da injustiça sem nenhuma reclamação...
Perdoou a traição de Judas, desculpou as negativas de Pedro e a ambos libertou do remorso com a concessão do trabalho em novos avatares...
Compreendeu as lutas da mulher atormentada, sedenta de paz; esclareceu o enfático doutor do Sinédrio, sedento de saber; arrancou das trevas o cego Bartimeu, sedento de claridade...
Ensinou que diante do amor todos os enigmas do Universo se aclaram, por ser o Pai Celeste a Suprema Fonte do Amor.
Não se imponha, pois, a ninguém.
Embora você dependa de todos, nada aguarde dos outros.
Receba e agradeça o que lhe chegue e como chegue, ajude e passe...
Aprenda que a luta é a lição de cada hora no abençoado livro da existência planetária, e siga adiante com Ele, que "jamais se escusava".


Marco Prisco (espírito)
Psicografia de Divaldo Franco. 
Livro: Ementário Espírita.

BIOGRAFIA DE CHICO XAVIER






APOSTILA COM HISTÓRIAS DE CHICO XAVIER


GRUPO DE ESTUDO “ALLAN KARDEC”


 
Francisco Cândido Xavier, conhecido como Chico Xavier, nasceu em Pedro Leopoldo, interior de Minas Gerais, no dia 2 de Abril de 1910 numa família humilde.

Foi um dos mais conhecidos espíritas do Brasil.
Foi educado na fé católica, mas teve seu primeiro contato com os Espíritos desencarnados aos 4 anos de idade.
Sua mãe desencarnou quando ele tinha 5 anos de idade.
O pai, sem ter condições de criar os 9 filhos, os distribuiu entre os familiares.
Chico ficou por 2 anos na casa da madrinha Rita de Cássia que logo se mostrou cruel ao aplicar-lhe torturas terríveis.
O espírito da mãe desencarnada aparecia para ele e recomendava "paciência, resignação e fé em Jesus".
O pai casou-se novamente e a madrasta Cidália exigiu reunir os 9 irmãos. O casal teve mais 6 filhos. Chico começou a vender legumes da horta da casa para ajudar na despesa.
Chico era motivo de chacota na escola por ver e falar com espíritos. O pai pensou em interná-lo, mas o padre Scarzelli disse que era apenas "fantasias de menino". Aconselhou que ele começasse a trabalhar. Então, ingressou como operário em uma fábrica de tecidos, onde foi submetido à rigorosa disciplina do trabalho fabril, que lhe deixou sequelas para o resto da vida; depois foi servente de cozinha no bar de Claudovino Rocha; caixeiro no armazém de Felizardo Sobrinho e aposentou como inspetor agrícola na Fazenda Modelo, onde trabalhou de 1930 até ao final dos anos 1950. Hoje, a Fazenda Modelo tornou-se o Espaço Cultural Chico Xavier.
Em 1924 terminou o curso primário e nunca mais voltou a estudar.
Quando ele estava com 17 anos sua madrasta desencarnou e ele começou a estudar o Espiritismo.
Sofria com doença complexa nas vistas: o deslocamento do cristalino e estrabismo. Sofreu crises de angina e dois enfartes.
Em 1931 teve o primeiro contato com Emmanuel e publicou o primeiro livro "Parnaso de Além Túmulo".
Psicografou mais de quatrocentos livros, e nunca admitiu ser o autor de nenhuma obra. Pois insistia dizer que reproduzia o que os espíritos ditavam.
Nunca aceitou o dinheiro lucrado com a venda de seus livros, doando os direitos autorais para instituições espíritas.
A venda dos livros ajudava e ainda ajuda pessoas necessitadas.
O seu nome foi muito conhecido no Brasil, por sua humanidade e assistência ao próximo.
Chico dizia que gostaria de desencarnar no dia em que o povo brasileiro estivesse feliz. Seu pedido foi atendido. Ele desencarnou em 2002 já com 92 anos de idade no dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo. Merecimento por tantos anos de dedicação a causa espírita cristã. Pensou até o último instante na dor alheia e mostrou mais um ato de humildade. Não queria a atenção só para si.

O ÓBVIO - Chico Xavier

Certa vez, um amigo abordou o médium Chico Xavier e lhe perguntou:
- Chico, em sua opinião, qual é o homem mais rico?
- Para mim, - respondeu ele, - o homem mais rico é o que tenha menos necessidades.
Arriscando nova pergunta, o companheiro quis saber:
- E o homem mais justo e sábio?
Com o fraterno sorriso de sempre, ele voltou a responder:
- O homem mais justo e sábio é o que cumpre com o dever.
- Mas – voltou a insistir o homem, certamente querendo uma resposta ou revelação diferente – o que você está me dizendo é o óbvio!
Sem parar o que estava fazendo e, com a espontaneidade de sempre, Chico terminou dizendo:
- Meu filho, tudo que está no Evangelho é o óbvio! Não existem segredos nem mistérios para a salvação da alma. Nada mais óbvio que a verdade! O nosso problema é justamente este: QUEREMOS ALCANÇAR O CÉU, VIVENDO FORA DO ÓBVIO NA TERRA! 



O querido médium da paz, na sua humildade de sempre, mostrou excelsa sabedoria ao apontar uma característica humana dos dias atuais: a de complicar o que é extremamente simples.
Assim criamos fórmulas, palavras mágicas, receitas e esquemas mil, para entender o que sempre esteve tão claro nas palavras do Evangelho.
Por vezes, parece que a fuga do óbvio é fuga da responsabilidade.
Responsabilidade de quem já sabe o que deve fazer, de quem já tem o conhecimento, mas deixa a ação, a mudança, a renovação sempre para amanhã.
Por que relutamos tanto em entender o óbvio? Será entendimento o que falta? Acreditamos que não. Nossa geração já tem entendimento e inteligência suficientes.
O que falta é o movimento interior da mudança, de deixar as paixões negativas para trás.
Viver de acordo com as lições de um mestre, como Jesus, não é ser fanático religioso, extremista e cego. Não, de forma alguma. O verdadeiro cristão é discreto, porém atuante e firme nas ações.
Não enxerguemos Jesus como um santo, inatingível, que serve apenas para ser adorado. Já passamos desse tempo.
Hoje é tempo de vê-lO como um exemplo, um referencial, num mundo onde as referências são tão pueris.
A lição do Evangelho é o óbvio. O óbvio tão necessário para acalmar nossas almas angustiadas com as incertezas do mundo.
É via segura à nossa frente, conduzindo à tão sonhada felicidade.

Redação do Momento Espírita

A SOPA - reflexão

Uma pessoa que, ao observar os necessitados tomando sopa, perguntou para Chico Xavier:
- O senhor acha que um prato de sopa vai resolver o problema da fome no mundo?
Chico, sem titubear respondeu:
- O banho também não resolve o problema da higiene no mundo, mas nem por isso podemos dispensá- lo.
Emmanuel aconselha na mensagem "Crítica e Serviço":

"Se muitos companheiros estão vigiando os teus gestos procurando o ponto fraco para criticarem, outros muitos estão fixando ansiosamente o caminho em que surgirás, conduzindo até eles a migalha do socorro de que necessitam para sobreviver.
É impossível não saibas quais deles formam o grupo de trabalho em que Jesus te espera."  

Observação de Rudymara: Uns vigiam nossos gestos para criticar, outros nos aguardam para receber a migalha que levamos para eles e que necessitam para sobreviver. Que grupo Jesus espera que façamos parte? O grupo que trabalha ou o que critica?

CHICO XAVIER E O HOMEM ASSALTADO

Certa vez, bateu na porta humilde da casa de Chico Xavier um sujeito pouco conhecido na cidade. Mas o nome do Chico já havia decolado, o sujeito descobriu onde ele morava e foi direto pra lá. Era três horas da madrugada e ele dando murros na porta acordando a casa inteira. Quando ele foi atender, deparou-se com um cara todo rasgado, machucado, cheio de hamatomas... Daí ele disse ao sujeito:
- Pois não!- O senhor é o Chico Xavier??
- Sim, sou...- Chico, aconteceu uma desgraça! Fui assaltado...
- Puxa, mas que bom...- Acho que o senhor não entendeu, eu estou dizendo que fui assaltado e ainda quebraram a minha cara.
- Meu Deus, que ótimo...- Escuta aqui senhor Chico Xavier, eu estou dizendo que fui assaltado, que quebraram a minha cara, levaram meus documentos e dinheiro, aliás levaram tudinho. E o senhor fica debochando???? Não esperava isso do senhor não...
- Eu não estou debochando! É que você não se deu conta de uma coisa: Agora quem vai ter que pagar o mal que fez é o ladrão espancador e não você!!! Você está isento de culpa. Deus sempre sabe o que faz...
Sabe-se que o cara, abaixou a cabeça em pose reflexiva e nunca mais apareceu.
Observação: Culpa de que? Todos temos débito com a lei divina. Talvez o homem assaltado tenha sido um assaltante no passado. E o ocorrido tenha quitado seu débito. O assaltante não nasceu para assaltar alguém, mas como ele resolveu cometer este ato, ou seja, usou mal seu livre arbítrio, o homem assaltado foi impelido a passar no local para que pudesse ressarcir o débito. No livro "E a vida continua . . ." de André Luiz,  o benfeitor Ribas esclareceu: "Somos mecanicamente impelidos para pessoas e circunstâncias que se afinem conosco ou com os nossos problemas." A Lei de Causa e Efeito é uma legislação criada por Deus, que tem a finalidade de manter a justiça perfeita no Universo. É infalível, justa e perfeita porque, não sendo de origem humana, mas sim divina, é isenta de falibilidade, imperfeição e corrupção. A execução dessa lei é administrada por espíritos das mais altas hierarquias, sabedorias e competência. E Jesus a ensinou, afirmando: "A cada um será dado segundo as suas obras." (Mt 16:27)
Aparecimento dos efeitos: O retorno de uma ação, boa ou má, o aparecimento dos seus efeitos pode se dar:
- de imediato: pratica-se um ato e, logo, a curto prazo ou um pouco mais tarde, recebe-se a conseqüência, a reação, mas ainda dentro desta encarnação;
- após a morte: às vezes, o efeito do que fizemos como encarnados somente aparece na vida espiritual;
- na reencarnação: o que fizemos numa existência pode vir a se refletir em outra de nossas vidas, em outra reencarnação.
Assim, certas falhas (que não parecem punidas nesta vida) e certas virtudes (que não parecem recompensadas) terão certamente os seus efeitos; se não for nesta vida, o será na vida espiritual ou em nova existência corpórea.

BATISMO E CHICO XAVIER

Cezar Carneiro de Souza, no seu livro “Encontros com Chico Xavier”, editado pela Editora e Livraria do Centro Espírita Aurélio Agostinho, de Uberaba, Minas Gerais conta que, muitas mães, agradecidas pela assistência recebida e pelo carinho que devotavam ao nosso estimado amigo Chico Xavier, pediam que este aceitasse ser padrinho de batismo de seus filhos. E numa dessas ocasiões, Cezar estava ao lado de Chico quando este explicou com muito respeito que no Espiritismo não existem tais cerimônias, e concluiu:
- Mas a senhora me dá o nome da criança e dos pais, que irei ao cartório para registrá-la. Ficarei, assim, sendo seu padrinho espiritual...

O QUE PRETENDIA JOÃO COM O BATISMO?
Além de anunciar a vindo do Cristo, João pretendia com o ato simbólico do batismo no rio Jordão, ressaltar ser indispensável o arrependimento, o reconhecimento dos deslizes do passado, para receber as bênçãos que o mensageiro divino traria. A imersão era precedida de uma confissão pública e da profissão de fé do iniciado, que se dispunha à renovação, combatendo as próprias fraquezas. É o que fica evidente, em passagens como estas: “Arrependei-vos, fazei penitência, porque é chegado o reino dos céus”; “Eu na verdade, vos batizo com água para vos trazer à penitência; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo e com o fogo”. Aqui, João deixa claro que, Jesus batizaria as pessoas não mais com água, mas com o Espírito Santo e com o Fogo.
MAS O QUE É O BATISMO COM FOGO E COM O ESPÍRITO SANTO?
Batismo de fogo é o esforço de vencermos nossos instintos e hábitos inferiores, procurando praticarmos o bem. Este esforço é uma luta dentro de nós e em meio a tudo e a todos. E o batismo com o Espírito Santo é a sintonia com os benfeitores do plano invisível, através de manifestações mediúnicas ostensivas (ver, ouvir, etc., os desencarnados) ou sutis (pressentir, intuir, etc.). Os discípulos receberam um magnífico Batismo do Espírito Santo, no dia de Pentecostes, quando os Espíritos do Senhor se manifestaram através deles, em diversos idiomas, aos habitantes e visitantes de Jerusalém (Atos, cap.2).
Então, para os espíritas, o batismo, foi tão somente um divisor de águas, o marco de uma vida nova. Disse Emmanuel que: "A renovação da alma pertence àqueles que ouviram os ensinamentos do Mestre Divino, e que exercitam através da prática. Pois, muitos recebem notícias do Evangelho, todos os dias, mas somente os que ouvem e praticam estarão transformados." E como disse Allan Kardec: “Reconhece-se o espírita, pelo esforço que ele faz para melhorar-se”; “O espírita deve ser hoje melhor do que foi ontem, e ser amanhã melhor do que foi hoje.” Este deve ser o batismo de fogo dos espíritas.



Compilação de Rudymara
PERGUNTAS INÚTEIS SOBRE JESUS - Chico Xavier
Certa vez, alguém perguntou a Chico Xavier, sobre o que os Espíritos dizem a respeito da natureza do corpo de Jesus, ele respondeu:

- Jesus é como o Sol num dia de céu azul, e nós somos apenas palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia. O que é importante saber, e discutir, é sobre os seus ensinamentos e sua Vivência Gloriosa.

De fato, a Humanidade tem deixado de lado os Ensinamentos Morais do Cristo, para discutir coisas que em nada nos modifica as disposições interiores. Exemplo: como é a natureza do corpo de Jesus, como Ele conseguiu ficar quarenta dias com os apóstolos, o que foi feito de seu corpo após a ressurreição, qual sua aparência física, etc. Somos ainda pequeninos “palitos de fósforo acesos, à hora do meio-dia”, e distantes nos encontramos de absorvermos todas as verdades contidas no Universo, para nos determos nestas questões que a muitos ainda confundem.
Certamente, vivenciando seus ensinamentos e crescendo em Espírito e Verdade, futuramente teremos condições de apreender todo este conhecimento por processos naturais(...)
(Maria T Compri no livro Evangelho no Lar, capítulo IV)

POR QUE CHICO XAVIER MUDOU DE NOME?

Uma influente autoridade religiosa de Belo Horizonte implicou com os Xavier, principalmente com o Chico Xavier, cujo nome começava a se projetar junto com as suas obras mediúnicas.
Escrevendo para o Sr. Rômulo Joviano, o chefe da Fazenda Modelo, onde Chico trabalhava, aquela autoridade exigia que o Chico fosse despedido do trabalho.
O assunto era sério e precisava ser solucionado. àquela época, por decreto do presidente
Getúlio Vargas, todo brasileiro que ainda não se houvesse registrado, poderia fazê-lo, gratuitamente, por um período de 5 anos.
Pensando no problema, o Sr. Rômulo propôs a Chico registrar-se novamente, porque assim ele forneceria à dita autoridade religiosa de Belo Horizonte uma nova relação dos funcionários da Fazenda Modelo, em Pedro Leopoldo, esclarecendo que não havia mais nenhum Xavier na repartição e que suas “ordens” tinham sido cumprida à risca.
Chico concordou e assim foi feito.
Olhando no calendário, o Sr. Rômulo observou que o dia 2 de abril, data de aniversário do Chico, era consagrado à São Francisco de Paula e sugeriu que, para Chico não deixar de ser Chico, ao invés de Francisco Cândido Xavier ele passasse a assinar Francisco de Paula Cândido. Assim ele continuaria a ser Chico e “Cândido”, como sempre o fora.
A providência inteligente do Sr. Rômulo, que era um homem enérgico, mas muito humano, evitou que Chico perdesse o emprego numa época em que ele tratava de 14 pessoas em sua casa, entre as quais um sobrinho paralítico de nome Emmanuel Luiz, filho de José.
A autoridade religiosa se acalmou, recebendo a merecida lição, e o Chico continuou a trabalhar recolhendo-se à paz de temporário anonimato.
Em 2 de abril de 1910 nascia Chico Xavier.
Um homem que passou muitas humilhações, mas nunca revidou uma agressão ou sentiu ódio e rancor.
Em seu coração só cabia perdão, humildade, caridade, tolerância, enfim, todo sentimento que deriva do AMOR.
Jesus profetizou dizendo aos seus apóstolos: "se me perseguiram, também perseguirão vocês. Se obedecerem a minha palavra, também obedecerão a de vocês."
Jesus sabia que depois de sua partida, seus discípulos seriam perseguidos. Mas, alertou dizendo que, se eles fizessem o que pregassem as pessoas os respeitariam. Foi o que aconteceu com o apóstolo Chico Xavier. O que ele pregava ele vivia. Ele não foi cristão só no rótulo, mas principalmente nas atitudes. Por isso, muitos o respeitavam e respeitam, até mesmo pessoas de outras religiões.
Esta é nossa singela homenagem nesta data onde lembramos seu nascimento.

O HOMEM DOS VINTE CONTOS
Um amigo de Belo Horizonte disse, um dia, ao Chico:
— Tenho ido ao Centro “LUIZ GONZAGA”, sempre que me é possível, e, nas preces, tenho rogado a Loteria.
E vendo a estranheza do Médium acentuou:
— Se eu ganhar,darei ao “LUIZ GONZAGA” vinte contos.
Os dias correram e o homem ganhou a sorte grande. Duzentos mil cruzeiros.
Quando isso aconteceu, sumiu de Pedro Leopoldo…
Se via o Chico por Belo Horizonte, evitava-lhe a presença.
— Imaginem! — costumava dizer na prosperidade crescente que o Céu lhe concedera — em minha ingenuidade, prometi uma dádiva a um Centro Espírita, se melhorasse de sorte! Quanta asneira falamos sem perceber!
Catorze anos rolaram e o homem da sorte grande morreu… Passados alguns dias, apareceu, em espírito, numa das sessões do “Centro Espírita LUIZ GONZAGA”.
— Chico! Chico! — disse ao Médium, buscando abraçá-lo, — preciso pagar a minha dívida! Estou devendo vinte contos ao “LUIZ GONZAGA” e vou trazer o dinheiro…
— Acalme-se, meu amigo, agora é tarde — respondeu o Médium, — o câmbio mudou para você. Não se preocupe. A sua fortuna está em outras mãos.
— Por que? Nada disso… O dinheiro é meu…
— Já foi, meu irmão! Você está desencarnado.
A entidade gritou… gritou… e acabou perguntando em lágrimas:
— E, agora, que fazer?
Mas o Chico lhe respondeu:
— Esqueça-se da Terra, meu amigo. Nós todos somos devedores de Jesus. Paguemos a Jesus nossas contas e tudo estará bem. Amparado pelos benfeitores espirituais da casa, o homem dos vinte contos, já desencarnado, retirou-se chorando.

CHICO XAVIER E O VERME

Um confrade entusiasta elogiava o Chico à queima-roupa, ao fim de movimentada sessão pública, e o Médium desapontado, exclamou:
— Não me elogie desta maneira. Isso é desconcertante. Não passo de um verme neste mundo.
Emmanuel, junto dele, ouvindo a afirmação, falou-lhe paternal:
— O verme é um excelente funcionário da Lei, preparando o êxito da sementeira pelo trabalho constante no solo e funciona, ativo, na transmutação dos detritos da terra, com extrema fidelidade ao papel de humilde e valioso servidor da natureza... Não insulte o verme, pois, comparando-se a ele, porquanto muito nos cabe ainda aprender para sermos fiéis a Deus, na posição evolutiva que já conseguimos alcançar...
O Médium transmitiu aos circunstantes o ensinamento que recebeu, ensinamento esse que tem sido igualmente assunto de interesse em nossas meditações.

Do livro: Lindos casos de Chico Xavier

CHICO E A MALEDICÊNCIA ESPÍRITA

No início da década de 30, quando Chico, em casa, efetuava a revisão de algumas páginas mediúnicas que seriam inseridas no livro “Parnaso de Além-Túmulo, ele começou a sentir, de inesperado, no olho esquerdo, o problema que haveria de acompanhá-lo a vida inteira.
Tendo ficado com a visão prejudicada e sofrendo muitas dores, inclusive acompanhadas de constantes hemorragias, o médium resolveu consultar um especialista, em Belo Horizonte, o qual, à época, diagnosticou uma espécie de catarata inoperável, com o prognóstico de que, muito provavelmente, ficaria cego daquele olho, ainda com o risco de que o direito também se comprometesse.
Então, por orientação do mesmo oftalmologista, Chico, periodicamente, passou a freqüentar o consultório em Belo Horizonte, com a finalidade de receber tratamento preventivo, consistindo na aplicação, diretamente no olho esquerdo, de injeções de corticóide.
As dores, segundo ele, eram terríveis! Repercutiam por toda a cabeça, e, quando se faziam acompanhar por crises hemorrágicas, ele praticamente ficava impedido de caminhar sozinho, quanto mais de pegar o trem na estação ferroviária de Pedro Leopoldo e dirigir-se à capital do Estado.
Então, uma de suas irmãs se ofereceu para acompanhá-lo ao consultório do médico, localizado numa das avenidas mais movimentadas de Belo Horizonte. Quando desciam do trem, Chico dava o braço à irmã e, quase guiado por ela, os dois seguiam a pé, entrando, depois de percorrido determinado trecho, num pequeno prédio de dois ou três andares.
O tempo correu e, certo dia, o médium estava numa das reuniões semanais do Centro Espírita “Luiz Gonzaga”, em Pedro Leopoldo, quando já quase no encerramento, foi interpelado por um grupo de espíritas da Capital Mineira. Rodeado pelos demais, um deles, que Chico preferiu deixar em piedoso anonimato, tomou a palavra e disse-lhe sem rodeios:
— Chico, nós estamos aqui para lhe fazer uma fraterna advertência. Você tem sido visto, praticamente toda semana, em Belo Horizonte, em atitude suspeita e de muita intimidade com uma mulher, que sequer sabemos se é casada, ou não! Está certo que você é solteiro, mas o que está acontecendo não fica bem para a sua condição de médium. Em plena luz do dia, você trocando sorrisos com uma mulher e, de braços dados com ela, entrando num prédio de movimentada avenida!... Dizem que você, quando sai de lá, depois de quase duas horas, certamente para não ser reconhecido, tenta esconder o rosto com um lenço!
Constrangido com a situação, o jovem Chico, com pouco mais de 20 anos de idade, deixou que os confrades falassem à vontade, dando ao fato a interpretação e o colorido que só a maledicência humana sabe dar quando deseja.
Quando, por fim, terminaram, alguns deles fazendo girar nas mãos, pela aba, os chapéus bem cuidados, imaginando terem-se desincumbido de um alto dever que lhes fora, quiçá, conferido pela Espiritualidade Superior, ouviram o médium dizer-lhes, candidamente:
— Meus irmãos, eu creio estar havendo um engano. O prédio a que vocês se referem é onde fica o consultório do oftalmologista que se ofereceu para tratar, de graça, deste meu olho esquerdo, do qual, de algum tempo para cá, estou ficando cego. A senhora que lhes disseram andar de braços dados com muita intimidade comigo, é simplesmente minha irmã, que me guia como alguém que guia um cego pela rua. Quanto ao lenço com o qual eu cubro o rosto,um deles é este aqui – disse, retirando do bolso da calça um lenço todo amarrotado e manchado de sangue! –, porque, depois das aplicações com as injeções de corticóide diretamente no olho, as hemorragias pioram muito. De modo que eu não sei do que os senhores estão falando...

Carlos A. Baccelli

COMO É A NOSSA FÉ?
Certa vez, Chico Xavier chegou ao Centro Espírita e viu uma multidão na porta. Ele perguntou:
- O que estas pessoas querem?
- Eles vieram buscar passe. - respondeu um trabalhador da casa.
Chico respondeu:
- Eles não precisam de passe, precisam de "pá".
Os ensinamentos de Jesus pedem "pá", ou seja, trabalho no campo do espírito: sacrifício, renúncia, esforço, força de vontade, transformação moral, atitude ...
Precisamos aprender a não olhar para Deus e Jesus somente com interesse de pedir-lhes algo. Deveríamos nos desvincular da idéia de que frequentando uma casa religiosa e realizando liturgias, rituais, dogmas e pagando o dízimo já estamos agradando Deus. Por pensar assim, séculos de evolução foram perdidos. Pois, dentro da casa religiosa muitos seguem as exigências dos religiosos e fora dela transgridem as leis de Deus por acharem que já cumpriram sua obrigação dentro dela. Se cada vez que saíssemos de uma casa religiosa nos comprometêssemos, com nós mesmos, a praticar uma boa ação naquela semana, em nosso favor e/ou a favor do próximo, já estaríamos entendendo o propósito da vinda do Cristo à Terra. Em nosso favor é deixar de reclamar, cultivar bons pensamentos, boas palavras, boas atitudes, deixar de fazer comentários maldosos e humilhantes de alguém, é perdoar ou relevar uma ofensa, é diminuir ou eliminar o cigarro, a bebida alcoólica, é cuidar do corpo físico, etc. E em favor do próximo significa fazer o bem a alguém. Mas, infelizmente, muitas pessoas só buscam o centro espírita para solucionar problemas, para pedir algo, sendo que o Espiritismo explica a causa dos problemas, a necessidade da transformação moral, da prática da caridade com o próximo e com nós mesmos, etc. Querem atacar as causas de suas dores e aflições ao invés de atacarem os efeitos. É preciso agir na prevenção. Enfim, busquemos Jesus para aprender seus ensinamentos para colocá-los em prática onde estivermos. Porque Ele deixou bem claro que: “a fé sem obras é morta”, ou seja, acreditar Nele e não fazer o que Ele pediu é inútil. Então perguntemos: "Como é a nossa fé?" "Com ou sem obras?" Pensemos nisso!

Rudymara

VÁ COM DEUS
Eram oito horas da manhã de um sábado de maio. Chico levantara-se apressado. Dormira demais. Trabalhara muito na véspera, psicografando uma obra erudita de Emmanuel.
Não esperara a charrete. Fora mesmo a pé para o escritório da Fazenda.
Não andava, voava, tão velozmente caminhava.
Ao passar defronte à casa de D. Alice, esta o chama:
- Chico, estou esperando-o desde as seis horas. Desejo-lhe uma explicação.
- Estou muito atrasado, D. Alice. Logo na hora do almoço lhe atenderei.
D. Alice fica triste e olha o irmão, que retomara os passos ligeiros a caminho do serviço.
Um pouco adiante, Emmanuel lhe diz:
- Volte, Chico, atende à irmã Alice. Gastará apenas cinco minutos, que não irão prejudica-lo.
Chico volta e atende.
- Sabia que você voltava, conheço seu coração.
E pede-lhe explicação como tomar determinado remédio homeopático que o caroável
Dr. Bezerra de Menezes lhe receitara, por intermédio do abnegado Médium.
Atendida, toda se alegra. E despedindo-se:
- Obrigada, Chico. Deus lhe pague! Vá com Deus!
Chico parte apressado. Quer recobrar os minutos perdidos.
Quando andara uns cem metros, Emmanuel, sempre amoroso, lhe pede:
- Pare um pouco e olhe para trás e veja o que está saindo dos lábios de D.Alice e caminhando para você.
Chico para e olha: uma massa branca de fluídos luminosos sai da boca da irmã atendida e encaminha-se para ele e entra-lhe no corpo...
- Viu, Chico, o resultado que obtemos quando somos serviçais, quando
possibilitamos a alegria cristã aos nossos irmãos?
E concluiu: - Imagine se, ao invés de VÁ COM DEUS, dissesse, magoada, "vá com o
diabo". Dos seus lábios estariam saindo coisas diferentes, como cinzas, ciscos, algo pior...
E Chico, andando agora naturalmente, sem receio de perder o dia, sorri satisfeito com a lição recebida. Entendendo em tudo e por tudo o SERVIÇO DO SENHOR, refletindo nos menores gestos, com os nomes de Gentileza, Tolerância, Afabilidade, Doçura, Amor.

Extraído do livro "Lindos Casos de Chico Xavier" de Ramiro Gama

Caridade e Mudança de Vida

Em 1928, um mendigo cego sofreu um acidente ao cair de um viaduto, numa altura de quatro metros, e foi levado por algumas pessoas até o centro Luiz Gonzaga para que lhe dessem ajuda. Chico fez o que pôde pelo pobre homem, ajudando-o à noite (o período em que tinha tempo para isso). Apesar da assistência dada pelo médium, o acidentado precisava de cuidados durante o dia. Assim, Chico publicou uma nota no jornal semanal de Pedro Leopoldo pedindo ajuda, independentemente de serem católicos, espíritas ou ateus. Seis dias depois, surgiram no local duas conhecidas meretrizes da cidade, dizendo que tinham lido o pedido e estavam dispostas a ajudar. E o fizeram, ficando durante o dia com o enfermo e saindo quando Chico retornava. Antes de irem embora, oravam com ele. O cego ficou melhor depois de um mês e, quando Chico terminou uma oração de agradecimento, os quatro choraram, e uma das mulheres disse a ele que a prece havia modificado suas vidas. As duas estavam se mudando para Belo Horizonte para trabalhar. Uma foi trabalhar numa tinturaria, e a outra se tornou enfermeira.

Água da Paz

Uma das histórias mais conhecidas a respeito de Chico é a da Água da Paz. Dizem que era muito comum, antes de se iniciarem as sessões no centro espírita Luiz Gonzaga, ocorrerem algumas discussões a respeito de mediunidade, especialmente provocadas por pessoas pouco esclarecidas sobre o assunto. Essa situação começou a provocar certa irritação em Chico, que tentava explicar o que acontecia, mas nem sempre era compreendido.
Num dos momentos de irritação, sua mãe apareceu a ele mais uma vez e ensinou-lhe uma forma simples para acabar com essa situação. “Para terminar suas inquietações”, ela falou, “use a Água da Paz”. Chico ficou contente com a solução e começou a procurar o medicamento nas farmácias de Pedro Leopoldo – sem sucesso. Procurou em Belo Horizonte, e nada. Duas semanas depois, ele contou à mãe que não estava encontrando a Água da Paz, ao que ela lhe disse: “Não precisa viajar para procurar. Você pode conseguir o remédio em casa mesmo. Quando alguém lhe provocar irritações, pegue um copo de água do pote, beba um pouco e conserve o resto na boca. Não jogue fora nem engula. Enquanto durar a tentação de responder, deixe-a banhando a língua. Esta é a água da paz”. Chico entendeu o conselho, percebendo que havia recebido mais uma lição de humildade e silêncio.

Espíritos Brincalhões

Um caso bem-humorado era contado pelo próprio Chico, envolvendo um estudioso da doutrina, de Uberlândia que tinha o hábito de abrir O Evangelho Segundo o Espiritismo para encontrar as orientações adequadas, sempre que sentia necessidade – uma prática comum entre muitos espíritas. Certo dia, quando se encontrava em sua chácara, uma tempestade violentíssima desabou sobre a cidade, com muitos raios e relâmpagos, assustando a todos. Um raio caiu bem próximo de onde ele e outras pessoas se encontravam, chegando a matar um gato. O homem reuniu os parentes, avisando que o pior não tinha acontecido graças à proteção dos espíritos, e pegou o Evangelho, abrindo-o numa página ao acaso. A mensagem que leu começava assim: “Se fosse um homem de bem, teria morrido...” Foi o que bastou para que todos, apesar do clima de meditação, caíssem na gargalhada. Diz-se que os próprios espíritos providenciaram a brincadeira.

Pagamento na Hora Certa
Quando José – irmão de Chico que dirigia as sessões do centro – morreu, Chico ficou com a tarefa de cuidar da família e, além disso, também de uma dívida deixada pelo irmão referente a uma conta de luz, no valor de onze cruzeiros. Na época, a quantia era elevada para Chico, cujo ordenado mal dava para as necessidades básicas. Quando pensava em como faria para pagar a dívida, Emmanuel lhe disse para não se preocupar e esperar. Algumas horas depois, alguém bateu à porta. Chico atendeu e viu um senhor da roça que lhe disse ter sabido da morte de seu irmão José, e que estava ali para pagar uma dívida que tinha com ele, de uma bainha para faca que José havia feito para ele há tempos. O homem lhe deu um envelope e se foi. Quando Chico abriu, encontrou a quantia exata de onze cruzeiros.

A horta educativa

Quando dona Cidalia reuniu os filhos menores de dona Maria João de Deus, observou que eles precisavam do grupo escolar. O senhor João Cândido Xavier, pai de numerosa família, foi consultado.
Entretanto, a situação era difícil. 1918, a época a que nos referimos, marcara a passagem da gripe espanhola.
Tudo era crise, embaraço... E o salário, no fim do mês, dava escassamente para o necessário.
Não havia dinheiro para cadernos, lápis e livros. A madrasta, alma generosa e amiga, chamou o enteado e lembrou:
- Chico, vocês precisam ir á escola. E como não há recurso para isso, vamos plantar uma horta.
Adubaremos a terra, plantarei os legumes e você fará a venda na rua... Com o resultado, espero que tudo dê certo...
- A senhora pode contar comigo, - prometeu o menino.
A horta foi plantada.
Em algumas semanas, Chico já podia sair á rua com o cesto de verduras.
- Olhe a couve, a alface! Almeirão e repolho! E o povo comprava.
Cada molho de couve ou cada repolho valia um tostão.
Dona Cidalia guardava o produto financeiro num cofre.
Em dezembro de 1918, já haviam ajuntado trinta e dois cruzeiros.
Quando abriram o cofre, dona Cidalia, feliz, falou para o enteado:
- Você está vendo o valor do serviço? Agora vocês já podem freqüentar as aulas do grupo.
E foi assim que, em janeiro de 1919, Chico Xavier começou o ABC.

O Benzedor de Cobras

Quando o Chico estava na Comunhão Espírita Cristã, certo casal de jovens fazendeiros aproximou-se dele em público, buscando orientação tal, que, de primeiro momento, nos pareceu infantil, mas trazendo-nos, ao contrário, interessantes ensinamentos.
- Procuramos o senhor, porque estamos apavorados. Em nossas terras, em Ituiutaba, existe grande quantidade de cobras cascavel. Meu pai já foi ofendido sete vezes! Por sorte, ele não morreu... Está agora hospitalizado, em estado grave. Por isso viemos aqui.
Estimulado pela atenção que lhe era dispensada, prosseguiu:
- Será que não existe um jeito de espantar essas cobras? Nós já perdemos muitas reses e cavalos, picados por elas. Lá na fazenda, nós corremos sérios riscos...
O jovem, aguardando a resposta do médium, mal sabia do espanto que nos causava tal solicitação, mas o Chico, mostrando entender com naturalidade o drama exposto, respondeu:
- Coloquem nitrato de prata, aos montinhos, nos lugares mais comuns onde as cobras costumam aparecer. Isto, às vezes, dá resultado. Mas se não adiantar...(vimos, então, o médium de Pedro Leopoldo aprumar-se, num gesto muito seu, sorridente, observando-nos surpresos) procurem um benzedor!
- Alguém pode não acreditar - continuou - mas eu, que sou do interior de Minas Gerais, conheço inúmeros casos que deram bons resultados com a benzedura. Vocês vão encontrar algum - asseverou - Levem-no à fazenda. Mesmo se ele cobrar, paguem o que ele pedir. Quando ele fizer suas orações, as cobras irão embora.
”Como é que isso pode acontecer?” pergunta alguém.
- O benzedor, naturalmente é médium de fluidos materializantes. E, quando ele fizer suas orações, os espíritos que cuidam da Natureza utilizarão esses fluidos, tocando as cobras dali para uma região de menos perigo.
Percebendo, talvez, que desejariam pedir-lhe que fosse fazer tais orações na fazenda, antecipou bem humorado:
- Mas se o Chico Xavier for lá, não adiantará nada: elas não irão embora... A minha tarefa é com os livros!

José Silvério Horta - Chico Xavier
Pai Nosso, que estás nos Céus
Na luz dos sóis infinitos,
Pai de todos os aflitos
Neste mundo de escarcéus.
Santificado, Senhor,
Seja o Teu nome sublime,
Que em todo Universo exprime
Concórdia, ternura e amor.

Venha ao nosso coração,
O teu reino de bondade,
De paz e de claridade
Na estrada redenção.
Cumpre-se o teu mandamento
Que não vacila e nem erra.

Nos Céus, como em toda a Terra
De luta e de sofrimento.
Evita-nos todo o mal,
Dá-nos o pão no caminho,
Feito de luz, no carinho
Do pão espiritual.

Perdoa-nos, meu Senhor,
Os débitos tenebrosos,
De passados escabrosos,
De iniqüidade e de dor.
Auxilia-nos também,
Nos sentimentos cristãos,
A amar aos nossos irmãos
Que vivem longe do bem.

Com a proteção de Jesus
Livra a nossa alma do erro,
Neste mundo de desterro,
Distante da vossa luz.
Que a nossa ideal igreja,
Seja o altar da Caridade,
Onde se faça a vontade
Do vosso amor ...
Assim seja.

Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, ditada pelo Espírito Monsenhor José Silvério Horta, constante do livro "Parnaso de Além-Túmulo,(12ª Ed. - FEB).

 

O VENTO - Chico Xavier

Certa vez, uma senhora foi até Uberaba e lá, diante do Chico, começou a se queixar de que não conseguia nada do que precisava, mesmo trabalhando na Doutrina e orando dia e noite.
Ao ouvir suas queixas, Chico lhe disse:
- Quando a gente tem fé, quando confia, eles ajudam, minha filha!
Uma vez, em Pedro Leopoldo , eu ensinava catecismo às crianças, mas, um dia, me proibiram.
Eu ensinava catecismo para quarenta crianças... e fui proibido porque me tornara espírita. Fiquei em casa.
Mas as crianças queriam o tio Chico...
Então as famílias levaram as crianças lá em casa.
E eu fiquei com muita pena, porque na igreja elas tinham lanche. Já eram duas horas e eu só tinha água e uns pedacinhos de pão em casa.
Eram quarenta crianças... Como eu iria alimentar aquelas crianças?
Eu fiz uma prece e pedi a Deus que me ajudasse, porque elas não podiam ficar sem comer.
Como é que eu iria fazer?
Estávamos embaixo de uma árvore.
E, então, um vento muito estranho começou a balançar as folhas da árvore.
O vento uivava entre os galhos daquela árvore.
Uma vizinha saiu e perguntou:
— Chico, que é isso? Que barulho é esse?
— O vento...
— O vento?!... E essas crianças aí?
— Catecismo!...
— Você não deu nada para elas comerem?
— Não tenho!...
— Oh, Chico! Eu tenho, aqui, bolo e pão.
E a outra vizinha do lado também apareceu e perguntou:
— O que foi isso, Chico? Que vento foi esse?
— O vento...
— E essas crianças aí?
— O catecismo...
E assim, doze famílias se reuniram e passaram a oferecer o alimento, o lanche daquelas crianças, por causa do vento.

Do livro: Minuto com Chico Xavier.

Observação: Chico pediu ajuda à Deus, e Ele não veio trazer lanche para as crianças, mas achou um meio de chamar a atenção das pessoas para que elas ajudassem o Chico. Assim acontece conosco. Em todos os momentos estamos sendo chamados para ajudar alguém ou algum lugar. Mas não nos importamos. Geralmente só lembramos de nossos pedidos a Ele. Esquecemos que Ele também está pedindo algo para nós, todos os dias.

CHICO XAVIER NÃO FOI KARDEC – afirma J. Raul Teixeira

Porque é que há tanto mistério em torno de Allan Kardec? Nas «Obras Póstumas», que não faz parte da codificação, diz que ele voltaria para completar a sua obra. Uns dizem que o Allan Kardec poderia ter sido o Chico, outros dizem que podia ser o Divaldo Franco porque tem todo o perfil de educador, outros dizem que podia ser o Raul, outros dizem que ele está no mundo espiritual, se está porque é que ele não se comunica, se ele se comunica, se usa pseudônimos ou não usa, porquê tanto mistério quando as coisas são tão simples?

J. Raul Teixeira – Existem nessas suas abordagens algumas questões equivocadas. Há muitos anos, Chico Xavier disse-me, pessoalmente, numa conversa que tivemos em Uberaba, que a mensagem mais autêntica de Allan Kardec que ele tinha lido, tinha sido recebida pela médium brasileira D. Zilda Gama, professora, que se achava num livro chamado «Diário dos Invisíveis». Eu procurei esse livro, que está esgotado, encontrei-o e estava lá a mensagem de Allan Kardec. Depois disso, nós tivemos uma mensagem de Allan Kardec recebida por vários médiuns na França, no Brasil. Como é que nós podemos dizer que o Chico Xavier é Allan Kardec se ele dizia que a D. Zilda Gama recebera a mais autêntica mensagem? Se enquanto Chico estava encarnado outros médiuns receberam mensagens de Allan Kardec? O «Reformador» publicou essas mensagens. Então, não é que nós queiramos fazer complexidade, é que as pessoas ficam tirando proveito da ignorância alheia. Quanto menos o povo sabe, eu posso dizer as minhas tolices. Agora as pessoas dizem isso, alegam que era por ele ser humilde; então ele enganou-me, porque podia ser humilde e não dizer nada. Mas se ele me disse aquela mensagem, ele era merecedor de crédito, eu não podia duvidar do que falava. Se ele diz a outras pessoas a mesma coisa, ele não podia estar a fingir, senão eu perco o crédito que eu dava à mediunidade de Chico Xavier e ao homem que ele era. De modo que não existe confusão, existem exploradores. O Chico estando desencarnado, toda a gente fala dele o que bem entende, o que bem deseja, e ele não está aí para defender-se, de modo que nós, os espíritas é que temos de ter bom-senso, e bom-senso e água fluidificada não nos fazem mal jamais. Eu não posso acreditar em tudo o que dizem, eu tenho que ver aquilo que tem senso, que tem nexo, e se Allan Kardec estivesse aqui reencarnado, qual seria a vantagem disso para nós? O nosso problema é viver o Espiritismo e não Allan Kardec. Porque também já dizem que Jesus Cristo está aqui reencarnado, e no Brasil há um que diz ser Jesus Cristo.

Entrevista concedida pelo Dr. José Raul Teixeira ao Jornal de Espiritismo, da ADEP, Portugal, no 6º Congresso Espírita Mundial, Valência, Espanha, Outubro 2010)

CHICO XAVIER FALA SOBRE AS DROGAS

“Eu não sei como as autoridades competentes não resolvem o problema das drogas, que, em última análise, diz respeito a todos... Quem é que não tem hoje, próximo ou distante, um parente envolvido com elas?! Tenho escutado muitos pais, muitas mães, muitos avós... Nos Estados Unidos, as drogas praticamente estão comprometendo uma geração. Devemos combater, com veemência, este problema: nas escolas, nos ambientes de trabalho e, sobretudo, nos lares... Não podemos assistir, impassíveis, aos nossos jovens sendo vítimas de traficantes. A propaganda contra as drogas ainda é muito tímida. De meia em meia hora, a Televisão deveria combater o problema, o rádio, o jornal... Os livros escolares deveriam, no processo de alfabetização, já começar esclarecendo a criança contra o perigo das drogas – um “vírus” que tem matado mais gente que os agentes viróticos mais violentes. A propaganda contra o uso de drogas tem que ser maciça – nos intervalos dos “shows”, nas partidas de futebol, nas missas, nas reuniões espirituais...” 

CHICO XAVIER FALA SOBRE OBSESSÃO EM CRIANÇAS

"JÁ PRESENCIEI ALGUNS CASOS DE OBSESSÃO COM CRIANÇAS, MAS MUITO RARAMENTE ACONTECEM. NO PERÍODO DA INFÂNCIA, O ESPÍRITO CONTA COM A PROTEÇÃO NATURAL QUE O IMUNIZA CONTRA ATAQUES DE SEUS DESAFETOS DESENCARNADOS. MAS, QUANDO O ÓDIO É MUITO ENTRANHADO, QUANDO O COMPROMISSO É RECENTE, O ESPÍRITO OBSESSOR SE MOSTRA IMPLACÁVEL. ENQUANTO NÃO CONSEGUE OS SEUS OBJETIVOS DE VINGANÇA, ELE NÃO ABANDONA A VÍTIMA. POR ESTE MOTIVO, VEMOS CRIANÇAS MORREREM BARBARAMENTE OU, AINDA, SEREM ALVO DE SEQUESTROS, ESTUPROS, PANCADARIA POR PARTE DOS PAIS, COM SEQUELAS CEREBRAIS IRREVERSÍVEIS.”
Esta observação de Chico Xavier nos faz pensar que a criança, que julgamos inocente, nada mais é que um espírito encarnado que traz uma história de outra encarnação que pode ser de maldade, de abusos, de trapaças, vícios e outras mazelas. É apenas um espírito velho em um corpo novo. Aquele que foi lesado por este espírito poderá ter se tornado um obsessor que o acompanha buscando vingança. Quando não consegue atingi-lo diretamente, poderá influenciar os que convivem com ele para atingi-lo.

"OS ESPÍRITOS OBSESSORES, MUITOS DELES, SÃO ALTAMENTE TREINADOS NA TÉCNICA DE HIPNOTIZAR: QUASE SEMPRE ELES HIPNOTIZAM AS SUAS VÍTIMAS QUANDO ELAS SE RETIRAM DO CORPO NO MOMENTO DO SONO. POR ESTE MOTIVO, MUITA GENTE ACORDA MAL-HUMORADA E VIOLENTA. SE SOUBÉSSEMOS O QUE NOS ESPERA NO ALÉM, NÃO DORMIRÍAMOS SEM RECORRER AOS BENEFÍCIOS DA PRECE. OS ESPÍRITOS QUE SÃO NOSSOS DESAFETOS NOS ESPREITAM; SE NÃO TIVERMOS DEFESA, ELES FARÃO CONOSCO O QUE BEM ENTENDEREM. HÁ OBSESSÕES TERRÍVEIS QUE SÃO PROGRAMADOS DURANTE O SONO; TODA NOITE É UMA SESSÃO DE HIPNOSE. DE REPENTE, É UMA AGRESSÃO VIOLENTA DENTRO DE CASA, UM CRIME INEXPLICÁVEL.”
Esta outra observação de Chico Xavier nos mostra que, todos nós estamos sujeitos a este assédio. Não sabemos quem fomos ou quem foram nossos entes queridos. Não sabemos se fizemos um inimigo no passado que hoje nos assedia ou assediará. Sabemos apenas que todos temos débitos contraídos nesta ou em outra encarnação e que teremos que reparar. Ninguém que encarna neste planeta é inocente. Portanto, não julguemos as atitudes alheias.  Desconhecemos o que pode ter acontecido com aquela pessoa para que ela tenha cometido aquele ato. Não sabemos se nós ou um dos nossos cometeremos algo igual ou parecido. Aprendemos que os obsessores só conseguem nos influenciar através de nossas falhas morais ou nossa invigilância. E, como ainda somos espíritos imperfeitos, falíveis e muitas vezes invigilantes, não atiremos pedra no telhado dos outros porque o nosso é de vidro.

ANIMAL NO PLANO ESPIRITUAL

No livro "Testemunhos de Chico Xavier", de Suely Caldas Schubert, FEB, tem o seguinte depoimento de Chico:

"Em 1939, o meu irmão José deixou-me um desses amigos fiéis (um cão). Chamava-se Lorde e fez-se meu companheiro... Em 1945, depois de longa enfermidade, veio a falecer. Mas, no último instante, vi o Espírito de meu irmão aproximar-se e arrebatá-lo ao corpo inerte e, durante alguns meses, quando o José, em Espírito, vinha ter comigo, era sempre acompanhado por ele... A vida é uma luz que se alarga para todos..."

O EVANGELHO ESTÁ ULTRAPASSADO?

Chico Xavier disse que Emmanuel contou que de vez em quando ele vai ao plano espiritual assistir cursos de Evangelho e lá ele se sente pequeno. Por que? Porque o Evangelho está há pelo menos 20 bilhões de anos a nossa frente. Nosso olhar hoje para o Evangelho é um. Daqui um milhão de anos será outro e assim por diante.
Um companheiro espírita, certa vez, disse à Chico Xavier:
- Chico, o Evangelho está ultrapassado.
Chico respondeu:
- Emmanuel está aqui e pede para dizer a vocês que o Evangelho só vai ficar ultrapassado o dia em que toda a humanidade colocá-lo em prática.

CHICO XAVIER RECUSA DOAÇÃO DE DINHEIRO

Quando Frederico Figner (1866 – 1947), direto da Federação Espírita Brasileira, desencarnou, deixou para Chico Xavier , em testamento, um valor que aplicado lhe garantiria rendimento suficiente para deixar de trabalhar, a fim de dedicar-se exclusivamente à prática mediúnica.
Ao ter notícia da concessão, o médium, surpreso, comentou:
 - Senhor! O que será que esse dinheiro quer fazer comigo?
E recusou a doação, assim como muitas outras ao longo de seu apostolado.
Tentou devolve-la às filhas de Figner.  Estas se recusaram a receber, alegando cumprir o desejo do pai.
Chico resolveu o assunto, encaminhando o dinheiro ao departamento editorial da Federação Espírita Brasileira, a ser utilizado para divulgação do livro espírita. 

Histórias de Chico Xavier que nos ensinam

Narrou-nos, certa vez, Sr. Euclides, um grande amigo e fiel trabalhador do Espiritismo, diante de seus mais de noventa anos, uma história que muito nos comoveu. Trata-se do casamento de um sobrinho seu, de uma cidade do interior de Minas Gerais. Ele, espírita, atuante, orador...
Ela, católica, atuante, evangelizadora. Fizeram um acordo: nenhum imporia a sua religiosidade ao outro nem impediria as realizações das tarefas de que deveriam se desincumbir.
E assim se deu, em perfeito respeito mútuo. Chegavam as datas religiosas católicas. Ela pedia para ir até Aparecida e ele a levava fraternalmente, sem nenhum constrangimento.
Sentia ele vontade de visitar os trabalhos de Chico Xavier, em Uberaba; ela o acompanhava sem nenhum questionamento. E foi em uma dessas visitas, quando estavam na periferia da cidade participando do trabalho de assistência social, que o médium mineiro ali realizava há anos, junto das famílias mais carentes, levando o agasalho, o alimento e, algumas vezes, alguma ajuda monetária, que se deu o fato que ele nos contou.
No final da tarde, quando se aproximava a hora de partirem, o marido espírita se surpreendeu ao ver sua esposa, católica e pregadora, conversando tranquilamente com Chico. Assim que ela voltou daquele encontro, ele perguntou sobre o que falavam. Ela, pedagoga, estudiosa e sempre interessada em aprender mais, disse ter-se aproximado do médium para perguntar como podiam trabalhar daquela forma, com tanta gente, mais de quinhentas pessoas, fora os que vinham de fora só para conhecer o trabalho? Como era feita a organização naquele espaço simples, num terreno baldio, a céu aberto? Como mantinham aquelas pessoas ali?
Chico respondeu:
“Nós não organizamos nada, minha irmã, é a fome, é a necessidade quem organiza tudo”.
E, então, ela voltou a questionar:
“E essa moedinha que vejo você tirar do bolso do paletó, para dar a alguns mais pobres, de que adianta isso?
E ouviu do dedicado servidor:
“É o amor, minha irmã. Aqui eles sabem que são amados. Não dar as costas àqueles que nos pedem é uma dádiva dos ensinos de nosso Senhor”.
Então, Euclides, emocionado, voltou os olhos para longe, como quem recorda um passado de luz e nos diz, num tom de exclamação, para concluir aquele caso: “Hoje ela é uma pregadora espírita.”

( Jornal “O Imortal” - JOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULA)


O NATAL DE CHICO XAVIER

A distribuição natalina que Chico Xavier promove, juntamente com diversos amigos, há vários anos, desde os tempos de Pedro Leopoldo, tem inspirado diversos grupos espíritas de todo o Brasil. As chamadas "repartições" de Natal constituem hoje o cartão de apresentação do trabalho assistencial desenvolvido pelos espíritas.
No mês de Dezembro, jamantas carregadas de viveres, bolas, bonecas, roupas, doces, enxovais para recém-natos, etc., chegam a Uberaba, procedentes de São Paulo, para a grande festa da fraternidade.
Cerca de 4.000 pessoas, entre adultos e crianças, são beneficiadas pela distribuição sem que haja qualquer tumulto ou acontecimento deprimente.
O próprio Chico fazia questão de entregar simbolicamente, algum dinheiro aos irmãos que têm, igualmente, as suas mãos osculadas por ele.
Mas quem imagina que o Natal de Chico Xavier se restringe a essa grande distribuição que muitos interpretam erroneamente, estão equivocados.
Na véspera de Natal, na noite do dia 24, sem que ninguém o veja, Chico sai com reduzido número de amigos para visitar aqueles que nem sequer podem se locomover de seus barracos ...
Acobertado pelo manto da noite, percorre vários bairros carentes de Uberaba, visitando pessoalmente, em nome de Jesus, os doentes, as viúvas, os filhos do infortúnio oculto ...
Além de levar algum presente para cada um, Chico conta casos, sorri com eles, lembra a sua infância, toma café e, depois de orar, segue em frente ...
Poucas pessoas sabem que Chico passa o Natal peregrinando. Enquanto muitos se reúnem em torno da mesa faustosa, sem qualquer crítica a eles, ou a nós, esse verdadeiro apóstolo de Jesus na Terra caminha quase solitário, levando um pouco de alegria aos lares e aos corações dos que enfrentam rudes provas.
Para muitos, Chico é um verdadeiro pai. Ainda há pouco tempo, uma senhora já bastante velhinha nos disse:
-    O sêo Chico tem sido nem sei o que pra mim ... Deus é que vai abençoá ele pro resto da vida... Quando o meu marido morreu, mandei avisá ele ... Nóis num tinha dinheiro nem pro enterro ... Ele feiz tudo e mandô me dize que vai me interrá tumém ...
Chico não é só o médium missionário que conhecemos, cuja produção mediúnica não encontra similar no mundo inteiro, seja em volume ou em variedade de temas de incontestável qualidade; ele reconhece que não basta estar empunhando lápis ou falando aqui e acolá ou tendo o seu nome nas páginas dos jornais... Na simplicidade de suas atitudes está a grandeza do seu Espírito.
Se a vida de Chico nas páginas abertas é bonita, nas páginas que ninguém conhece, naquelas que só o Senhor pode ler, ela é muito mais, porquanto o seu amor pelo Cristo é algo que transcende, se perdendo na noite insondável dos séculos ...
O Natal de Chico Xavier é assim ...

Do livro CHICO XAVIER mediunidade e coração, de CARLOS ANTÔNIO BACCELLI


Meu amigo, não te esqueças,
Pelo Natal de Jesus,
De cultivar na lembrança
A paz, a verdade e a luz.

Não esqueça a oração
Cheia de fé e de amor,
Por quem passa, sobre a Terra,
Encarcerado na dor.

Vai buscar o pobrezinho
E o triste que nada tem . . .
O infeliz que passa ao longe
Sem o afeto de ninguém.

Consola as mães sofredoras
E alegra o órfão que cai
Pelas estradas do mundo
Sem os carinhos de um pai.

Mas escuta: Não te esqueças,
Na doce revelação,
Que Jesus deve nascer
No altar do teu coração.

(Do livro Antologia Mediúnica do Natal – pelo espírito Casimiro Cunha – pelo médium Chico Xavier)

Conversando com o Chico


Pergunta:  “Chico, ante as lutas que surgiram ao longo do tempo, algumas vez chegou a pensar em viver a sua própria vida, deixando a mediunidade?”

Resposta:  “No princípio das tarefas, estranhei a disciplina a que devia submeter-me. Fiquei triste ao imaginar que eu era uma pessoa rebelde e, nesse estado de quase depressão, certa feita me vi, fora do corpo, observando um burro teimoso puxando uma carroça que transportava muitos documentos. Notei que o animal, embora trabalhando, fitava com inveja os companheiros da sua espécie que corriam livremente no pasto, mas viu igualmente que muitos deles entravam em conflitos, dos quais se retiravam com pisaduras sanguinolentas. O burro começou a refletir que a vida livre não era tão desejada como supusera, de começo. A viagem da carroça seguia regularmente, quando ele se reconheceu amparado por diversas pessoas que  lhe  ofereciam  alfafa  e água  potável. Finda a visão-ensinamento, coloquei-me na posição do animal e compreendi que, para mim, era muito melhor estar sob freios disciplinares, do que ser livre no pasto da vida, para escoicear companheiros ou ser por eles escoiceado”.

Anuário Espírita (1988)

UM  CONTO  DE  CHICO  XAVIER

Conta o médium Divaldo em uma de suas palestras, um belo caso de Francisco Xavier:
"Chico Xavier tinha o hábito de visitar famílias que moravam sob uma velha ponte. Um dia esta ponte ruiu deixando aquelas famílias ainda em piores condições. Chico Xavier, sua irmã Luísa e alguns amigos da cidade de Pedro Leopoldo se reuniram, a fim de conseguir víveres para serem doados àquelas famílias. Os colaboradores, todos muito pobres, com salários deficientes mas com muita boa vontade, coletavam os excedentes de legumes e verduras das feiras para distribuírem, anonimamente, no Sábado, à noite, aos necessitados da ponte.
Houve um dia, porém, em que ele, Luísa e seus auxiliares não tinham absolutamente nada. Ficaram preocupados, porque aquela gente estava faminta.
Apareceu-lhe Dr. Bezerra de Menezes e disse-lhe:
coloque algumas bilhas d'água, pois vamos magnetizá-las e você distribuirá essa água às famílias da ponte. Ao menos você levará alguma coisa. E usando o seu ectoplasma, o de Chico Xavier e das pessoas, a água adquiriu suave odor.
Então, depois da reunião convencional do Sábado, eles se dirigiram para a ponte. Quando lá chegaram haviam umas duzentas pessoas entre carentes e doentes.
Não tinham como expressar a sua angústia, o seu constrangimento por não terem nada para lhes oferecer, a não ser a água magnetizada que levavam.
O povo não entendeu o que é água magnetizada e não sabe da sua importância . . .
Chico Xavier subiu numa parte da ponte e com muito carinho falou àquelas pessoas:
Meus irmãos, hoje não tenho nada para lhes oferecer.
As pessoas ficaram de mau humor, porque acostumaram-se que sempre lhes eram oferecidos donativos e alimentos. Não aceitaram o fato de Chico Xavier estar de mãos vazias, não tendo nada para lhes oferecer.
Foram desrespeitosos e Chico Xavier começou a chorar.
De repente uma mulher se levantou e falou:
Alto lá, esse homem e essas mulheres vêm sempre aqui nos ajudar. Hoje eles não tem nada para nos oferecer e cabe-nos dar-lhes a nossa alegria. Vamos cantar!
Enquanto ela estava falando, chegou um caminhão e o motorista gritou do outro lado da estrada:
Quem é Chico Xavier?
O nosso Chico foi até lá e o motorista o interrogou:
Chico, você se lembra do Dr. . . .
E declinou-lhe o nome. Era um casal que havia perdido o filho e Chico compareceu-se muito da sua dor. Numa das suas reuniões o filho desencarnado veio acompanhado por Dr. Bezerra e deu-lhe uma bonita mensagem.
Um dia Chico, eu hei de retribuir-lhe de alguma forma - disse-lhe o pai comovido.
E o homem ficou muito grato, também, a Dr. Bezerra de Menezes.
Eu estou trazendo esse caminhão de alimentos - continuou o motorista - mandado pelo Dr. . . .  que me deu o endereço lá do Centro Espírita. Tive um problema na estrada e me atrasei. Quando passei na porta do Centro estava tudo fechado e apareceu-me então um senhor de idade, de barba branca e perguntou-me: "O que você deseja meu filho?" Eu respondi-lhe que estava procurando pelo senhor Chico Xavier. Ele então orientou-me, dizendo: "Siga em frente, ande por essa estrada até uma ponte caída, chegando lá, chame por Chico Xavier e diga-lhe que fui eu quem lhe mandou."Então perguntei-lhe: "Quem é o senhor?"  E ele respondeu: "Sou Bezerra de Menezes".
Chico muito contente exclamou, olhando para o povo:
- Gente, chegou!

CHICO  E  A  IGREJA

Contou-nos o Prof. Lauro Pastor, residente em Campinas, amigo de Chico Xavier desde Pedro Leopoldo, que, certa vez, ao visitá-lo, caminhando em sua companhia pelas ruas da cidade, se depararam com uma procissão... A igreja-matriz de Pedro Leopoldo ficava, como fica, na mesma rua onde se ergueu o Centro Espírita “Luiz Gonzaga”; à época, os católicos organizavam algumas procissões ditas de desagravo contra os espíritas...
Observando que a procissão, com diversos acompanhantes e andores, se aproximava, o Prof. Lauro sugeriu a Chico que apressassem o passo, pois, caso contrário, não poderiam depois atravessar a rua – a menos que cortassem a procissão pelo meio, o que seria uma afronta.
Pedindo ao amigo que não se preocupasse, Chico parou na esquina e, enquanto a procissão seguia o seu roteiro, manteve-se o tempo todo em atitude de respeito e de oração, ainda convidando o amigo para que ambos se descobrissem, ou seja, tirassem o chapéu – sim, porquanto, naqueles idos de 1950, Chico também usava chapéu.
O Prof. Lauro, disse-nos que nunca mais pôde esquecer aquela lição de tolerância religiosa que lhe foi dada por Chico, enfatizando ainda que foi dessa maneira que, aos poucos, o médium venceu a resistência de seus opositores da Doutrina.
A narrativa do Prof. Lauro,  me fez  recordar  um  outro  episódio  digno  de nota. Minha avó materna, Dona Rola, como era carinhosamente conhecida por todos, havia desencarnado. Chico compareceu ao enterro conduzido por um táxi. Quando o féretro parou na igreja de São Benedito, para que, segundo a tradição católica, o vigário lhe “encomendasse a alma”, Chico apeou e ... entrou na igreja. Eu, neto, espírita convicto, que estava lá fora, sem querer entrar, até um tanto constrangido com aquela situação, não tive outra alternativa – afinal, como ser mais realista do que o rei, não é?...
Exemplos de Chico Xavier que, nem sempre, em nossa atual condição evolutiva, temos assimilado; fazemos da religião uma paixão clubística, sem atinarmos que Jesus não hesitava, inclusive, de comparecer às sinagogas dos judeus, sem significar, todavia, que lhes endossasse a ritualística em que, “a pretexto de longas orações, devoravam as casas das viúvas”...

A Flama Espírita - Uberaba, Agosto de 2000


CHICO XAVIER E O AMOR AOS ANIMAIS

De quando em vez, Chico nos fala dos animais. Ficamos admirados do seu amor por tudo que se refira à Natureza, crescendo sempre mais o nosso respeito por esse espírito de escol...
Sem dúvida, é preciso ter-se uma sensibilidade muito grande para "dialogar" com os animais, sim, pois Chico "conversa" com os seus gatos, com o seu cachorro "Pretinho", com o seu coelho...
Talvez muita gente vá pensar que estar envolvido com animais é falta de tempo, ou até mesmo desequilíbrio, mas não há o que estranhar, porque esses é quase certo que não amem nem os semelhantes...
Há algum tempo um confrade, veterinário, nos contou que Chico chorou feito criança abraçado a um gatinho de estimação que morrera envenenado.
Foi o próprio Chico que nos contou o que se segue. A sua casa era freqüentada por um gato selvagem que não deixava ninguém se aproximar... Todos os dias o Chico colocava num pires alguma alimentação para ele. Numa noite, quando retornava de uma das reuniões, um amigo avisou que o gato estava morrendo estendido no quintal. Babava muito, mas ainda mantinha a cabeça firme em atitude de defesa contra quem se aproximasse. O Chico ficou bastante penalizado, pensando que ele poderia estar envenenado. O amigo explicou que horas antes o vira brincando com uma aranha e que, provavelmente, ele a engolira. E sugeriu que o Chico transmitisse um passe no felino...
O gato, apesar de agonizante, estava agressivo. Ficando à meia distância, o nosso querido amigo começou a conversar com ele...
- Olha - falou o Chico - você esta morrendo. O nosso amigo pediu um passe e eu, com a permissão de Jesus, vou transmitir... Mas você tem que colaborar, pois está muito doente... Em nome de Jesus, você fique calmo e abaixe a cabeça, porque quando a gente fala no nome do Senhor é preciso muito respeito...
O gato teve, então, uma reação surpreendente. Esticou-se todo no chão, permaneceu quieto até que o Chico terminasse o passe...
Depois, tomando-o no colo, esse admirável medianeiro do Senhor pediu que se trouxesse leite e, com um conta-gotas, colocou o alimento na sua boca...
O gato tornou-se um grande amigo e ganhou até nome.

Carlos A, Baccelli no livro Chico Xavier mediunidade e coração.

QUEM DERA QUE VOCÊ FOSSE O CHICO

Numa livraria de Belo Horizonte, servia um irmão que, pelo hábito de ouvir constantes elogios ao Chico Xavier, tomou-se de admiração pelo Médium. Leu, pois, com interesse, todos os livros de Emmanuel, André Luiz, Néio Lúcio, Irmão X e desejou, insistentemente, conhecer o psicógrafo de Pedro Leopoldo. E aos fregueses pedia, de quando em quando:
-          Façam-me o grande favor de me apresentar o Chico, logo aqui apareça.
Numa tarde, quando o Aloísio, - pois assim se chamava o empregado - reiterava a alguém o pedido, o Chico entra na Livraria. Todos os presentes, menos o Aloísio, se surpreendem e se alegram. Abraçam o Médium, indagam-lhe as novidades recebidas. E depois, um deles se dirige ao Aloísio:
-          Você não desejava ansiosamente conhecer o nosso Chico?
-          Sim, ando atrás desse momento de felicidade....
-          Pois aqui o tem.
Aloísio o examina; vê-o tão sobriamente vestido, tão simples, tão decepcionante. E correspondendo ao abraço do admirado psicógrafo, com ar de quem falava uma verdade e não era nenhum tolo, para acreditar em tamanho absurdo:
-          Quem dera que você fosse o Chico, quem dera!...
E Chico, compreendendo que Aloísio não pudera acreditar que fosse ele o Chico pela maneira como se apresentava, responde-lhe, candidamente:
-          É mesmo, quem me dera...
E, despedindo-se, partiu com simplicidade e bonomia, deixando no ambiente uma lição, uma grande lição, que ira depois ser melhormente traduzida por todos, e, muito especialmente, pelo Aloísio . . .

Casos extraídos do livro "Lindos Casos de Chico Xavier" - Ramiro Gama - 17ª ed. São Paulo, Lake – 1995

BATI NA PORTA

Muita gente procurava Chico em seu emprego e isto começou a causar-lhe problemas.
Certa vez uma senhora, em adiantado estado de perturbação, foi procurá-lo. O chefe não queria que ele atendesse ninguém em seu ambiente de trabalho, então, foi dito à senhora que o Chico estava em casa. Para lá se dirigiu ela, sendo informada que o Chico estava trabalhando. Voltou, novamente, ao emprego e disseram que o nosso amigo saíra, a serviço.
Ela resmungou qualquer palavrão e se foi.
À noite, quando as portas do Centro se abriram, ela avançou sobre ele e deu-lhe inúmeros bofetões no rosto.
Quando acabou de desabafar, através da agressão, falou com voz nervosa e trêmula:
- Está pensando que tenho tempo para andar atrás de você para cima e para baixo? E, agora, já para aquela sala que você vai me dar um passe, cachorro.
A senhora sentou-se numa cadeira e ficou esperando.
O Chico começou a pensar:
“Senhor Jesus, para se transmitir um passe precisamos estar calmos, com o coração voltado para o amor ao próximo. O Senhor sabe todas as coisas e sabe que não estou com raiva dela, mas ela me deixou num estado meio diferente. Ajude-me, Senhor”.
Então, o espírito de Emmanuel lhe aparece e diz:
- Para ajudá-la é preciso alcançar-lhe o coração. Converse com ela.
E o Chico, falou para a irmã em sofrimento:
- Minha irmã, a senhora me perdoe ser uma pessoa tão ocupada. Não pude atendê-la em meu emprego porque meu chefe não permite. A senhora compreende, estou ali para servir porque tenho muitos irmãos para ajudar.
Foi conversando... conversando, e a mulher se acalmando, para, em seguida, começar a chorar. O Chico, então, transmitiu-lhe o passe e ela foi devolvida à razão.
Depois de sua saída, o médium perguntou ao espírito de Emmanuel:
- Emmanuel, eu não estou com a razão?
A resposta foi esta jóia da caridade cristã:
- Você está com a razão, mas ela está com a necessidade.
No outro dia, quando o Chico chegou ao serviço, estava com o rosto todo inchado. Seu chefe indagou o que ocorrera. E ele respondeu:
- Bati na porta.
Ele, então, olhou-o por sobre os óculos e perguntou, novamente:
-        Mas, dos dois lados?

Do livro: Chico, de Francisco.

Evolução Lenta

Em 1952, quando o Chico psicografava o livro “Ave Cristo”, certa noite visitou-o um espírito que viveu na época de Moisés.
Tentou conversar com o Chico mentalmente, mas o Chico olhou para Emmanuel e lhe disse:
-  Não entendi nada do que ele quis me dizer.
Então o bondoso guia explicou-lhe:
- Ele está dizendo que não vem à Terra aproximadamente há 4.000 anos. Que achou as construções um pouco diferentes, mas que a evolução moral foi muito pequena.

Livro: Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira

CHICO XAVIER FALA DA  EUTANÁSIA

Chico visitou durante muitos anos um jovem que tinha o corpo totalmente deformado e que morava num barraco à beira de uma mata. O estado de alienado mental era completo. A mãe deste jovem era também muito doente e o Chico a ajudava a banhá-lo, alimentá-lo e a fazer a limpeza do pequeno cômodo em que morava.
O quadro era tão estarrecedor que, numa de suas visitas em que um grupo de pessoas o acompanhava, um médico perguntou ao Chico:
-      Nem mesmo neste caso a eutanásia seria perdoável?
Chico respondeu:
-      Não creio doutor. Esse nosso irmão, em sua última encarnação, tinha muito poder. Perseguiu, prejudicou e com torturas desumanas tirou a vida de muitas pessoas. Algumas o perdoaram, outras não e o perseguiram durante toda sua vida. Aguardaram o seu desencarne e, assim que ele deixou o corpo, eles o agarraram e o torturaram de todas as maneiras durante muitos anos. Este corpo disforme e mutilado representa uma bênção para ele. Foi o único jeito que a providência divina encontrou para escondê-lo de seus inimigos. Quando mais tempo agüentar, melhor será. Com o passar dos anos, muitos de seus inimigos o terão perdoado. Outros terão reencarnado. Aplicar a eutanásia seria devolvê-lo às mãos de seus inimigos para que continuassem a torturá-lo.
-      E como resgatará ele seus crimes? – Perguntou o médico.
-      O irmão X costumava dizer que Deus usa o tempo e não a violência.

CHICO XAVIER FALA SOBRE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Alguns espíritas recusam-se a autorizar, em vida, a doação de seus próprios órgãos após o desencarne, alegando que Chico Xavier não era favorável aos transplantes. Isso não é verdade! É preciso esclarecer que Chico Xavier quando afirmou "a minha mediunidade, a minha vida, dediquei à minha família, aos meus amigos, ao povo. A minha morte é minha. Eu tenho este direito. Ninguém pode mexer em meu corpo; ele deve ir para a mãe Terra", fez porque quando ainda encarnado Chico recebeu várias propostas (inoportunas) para que seu cérebro fosse estudado após sua desencarnação. Daí o compreensível receio de que seu corpo fosse profanado nesse sentido; depois pela sua idade, Chico não poderia doar seus órgãos; e se pudesse, o receptor dos órgãos, talvez fosse idolatrado.
Em entrevista à TV Tupi em agosto de 1964, Francisco Cândido Xavier comenta que o transplante de órgãos, na opinião dos Espíritos sábios é um problema da ciência muito legítimo, muito natural e deve ser levado adiante. Os Espíritos, segundo Chico Xavier - não acreditam que o transplante de órgãos seja contrário às leis naturais. Pois é muito natural que, ao nos desvencilharmos do corpo físico, venhamos a doar os órgãos prestantes a companheiros necessitados deles, que possam utilizá-los com proveito.

 "SEREMOS UMA ESTRELA DE 5 RAIOS"

Quando psicografava o maravilhoso livro Paulo e Estevão, do Espírito Emmanuel, o Chico, via, ao seu lado, um sapo feio, gorduchão, que o amedrontava muito...
No princípio, distava-lhe alguns metros. Depois, à proporção que a grande obra chegava ao fim, o sapo estava quase aos pés do médium.
Isto lhe dava um mal-estar intraduzível.
Emmanuel, observando-lhe o receio, diz-lhe:
-   O sapo é um animal inofensivo, um abnegado jardineiro, que limpa os jardins dos insetos perniciosos. Não compreendo, pois, sua antipatia pelo pobre batráquio... Procure observá-lo mais de perto, com simpatia, e acabará sentindo-lhe estima.
Após ponderação justa de seu Guia, o Chico começou a ter simpatia pelo sapo, e achar-lhe até certa beleza, particular utilidade, um verdadeiro servidor.
Terminou a recepção do formoso livro e Emmanuel, completando o acerto, pondera-lhe, bondoso:
-    O homem, Chico, será um dia, uma Estrela de Cinco Raios, quando possuir os pés, as mãos, e a cabeça levantados, liberados. Já possui três raios: as mãos e a cabeça, faltando-lhes os dois pés, os quais serão libertados quando perder a atração da Terra.
Existem, no entanto, germens, animais, seres outros, com os cinco raios voltados para baixo, para a Terra, sugando-lhe o seio, vivendo de sua vida.
Assim é o sapo, coitado, que luta intensamente para levantar um raio, pelo menos a cabeça. O boi já possui a cabeça levantada, já que progrediu um pouco.
É preciso, pois, que o Homem sinta a graça que já guarda e lute, através dos três raios já suspensos, pela aquisição dos outros dois.
Que saiba sofrer, amar, perdoar, renunciar, até libertar-se do erro, dos vícios, das paixões, e, desta forma, terá livres os pés para transformar-se numa Estrela de Cinco Raios e participar da vida de outras Constelações, em meio das quais brilha uma Estrela Maior, que é Jesus.

(do livro Chico Xavier na intimidade, de Ramiro Gama)


CARINHO AOS REEDUCANDOS

Chico visita um presídio e participa de uma reunião, na hora de sair da sala, Chico disse ao diretor:
Eu quero, antes de sair daqui, beijar e abraçar a todos.
Deus me livre. – disse o diretor – Não, senhor. Você não vai abraçar, nem beijar ninguém.
Então, Chico disse a ele:
Não senhor doutor, eu não viria aqui fazer prece, para depois me distanciar dos nossos irmãos. Não está certo. Haverá tempo, o senhor disse que só precisará do salão daqui a uma hora e tanto... sendo assim... eu lhe peço licença para abraçar.
Chico, - explicou o diretor - nesse salão, no outro dia, mataram um guarda de 23 anos. Afiaram a colher até virar punhal. Mataram e não se sabe quem matou. Aqui tem criminosos com sentenças de 200 a 300 anos, eles podem te matar . . .
Pouco importa, - disse Chico - vim aqui para o encontro e o senhor não me permite abraçar?
Então você vai abraçar através da mesa. Ficam só duas senhoras tomando nota porque seus encontros serão rápidos e nós vamos colocar 18 baionetas armadas em cima. Se houver qualquer coisa você poderá morrer também.
Chico ficou na frente da mesa e começou a abraçar os 542 presos. Ele abraçava e beijava; muitos falavam comigo, um segredinho, podia falar assim, meio minuto. Dos 542, só um, de uns 40 anos, chegou perto dele e ficou impassível como uma estátua. O diretor estava ali perto, e Chico pediu às duas senhoras que dessem a cada um, uma rosa; quando aquele chegou e ficou parado Chico disse a ele:
O senhor permite que eu o abrace?
Perfeitamente, - respondeu-me. Então eu o abracei, mas ele estava ereto.
O Sr. deixa que eu o beije?
Pode beijar.
Ele beijou de um lado, de outro, beijou quatro vezes, aí duas lágrimas rolaram dos olhos dele. Então ele disse:
Muito obrigado.
E foi embora. Foi o único que ficou ereto, e o único que chorou...
Mas todos receberam o abraço carinhoso de Chico.

OBSERVAÇÃO: Quem estuda as obras de André Luiz percebe claramente que os Espíritos orientadores jamais usam adjetivos depreciativos.
Não dizem:
Fulano é um cafajeste, um vagabundo, um pervertido, um mau caráter, um criminoso, um monstro . . .
Vêem o  irmão em desvio, o companheiro necessitado de ajuda, o enfermo que precisa de tratamento . . .
Consideram que todo julgamento é assunto para a Justiça Divina.
Só Deus conhece todos os detalhes.
Mesmo quando lidam com obsessores, tratam de socorrê-los sem críticas, situando-os como irmãos em desajustes.
Por isso, Chico Xavier, que viveu esse ideal evangélico de fraternidade autêntica, não pronunciava comentários desairosos.
Se alguém comete maldades, não diz tratar-se de um homem mau.
É apenas alguém menos bom.
Faz sentido!
Somos todos filhos de Deus.
Fomos criados para o Bem.
O mal em nós é apenas um desvio de rota, um equívoco, uma doença que deve ser tratada.

RETRATO  DE  MARIA

Algum tempo após tomarmos conhecimento de um novo quadro de Maria, Mãe de Jesus, divulgado num programa da TV Record, de São Paulo, com a presença de Francisco Cândido Xavier, procuramos esse médium amigo para colher dele maiores esclarecimentos sobre a origem do mesmo.
Contou-nos então, Chico Xavier, no final da reunião pública do Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, na noite de 1º de dezembro de 1984, que, com vistas ás homenagens do Dia das Mães de 1984, o Espírito Emmanuel ditou, por ele, um retrato falado de Maria de Nazaré ao fotógrafo Vicente Avela, de São Paulo. Esse trabalho artístico foi sendo realizado aos poucos, desde meados de 1983, com retoques sucessivos realizados pela grande habilidade de Vicente, em mais de vinte contatos com o médium mineiro, na Capital paulista.
Em nossa rápida entrevista, Chico frisou que a fisionomia de Maria, assim retratada, revela tal qual Ela é conhecida quando de Suas visitas às esferas espirituais mais próximas e perturbadas da crosta terrestre; como, por exemplo, disse-nos ele, na Legião dos Servos de Maria, grande instituição de amparo aos suicidas descrita detalhadamente no livro Memórias de um Suicida, recebido mediunicamente por Yvonne A Pereira. *
E, ao final do diálogo, atendendo nosso pedido, Chico forneceu-nos o endereço do fotógrafo-artista, para que pudéssemos entrevistá-lo oportunamente, podendo assim registrar mais algum detalhe do belo trabalho realizado.
De fato, meses após essa entrevista, tivemos o prazer de conhecer o sr. Vicente Avela, em seu próprio ateliê, localizado na Rua Conselheiro Crispiniano, 343, 2º andar, na Capital paulista, onde nos recebeu atenciosamente.
Confirmando as informações de médium de Uberaba ele apenas destacou que, de fato, não houve pintura e sim um trabalho basicamente fotográfico, fruto de retoques sucessivos num retrato falado inicial, tudo sob a orientação mediúnica de Chico Xavier.
Quando o sr. Vicente concluiu a tarefa, com a arte final em pequena foto branco-e-preto, ele a ampliou bastante e coloriu-a com tinta a óleo (trabalho em que é perito, com experiência adquirida na época em que não havia filmes coloridos e as fotos em branco-e-preto eram coloridas a mãos).
Nesse encontro fraterno, também conhecemos o lindo quadro original à vista em parede de seu escritório, e ao despedirmo-nos, reconhecidos pela atenção, o parabenizamos por esse árduo e excelente trabalho, representando mais uma notícia da vida espiritual de Maria de Nazaré, que continua amparando com imenso amor maternal a Humanidade inteira.

* D. Ivonne Pereira (um dos mais belos médiuns do século XX, que psicografou Memórias de um Suicida, entre outras obras monumentais), descreve no seu livro mediúnico referido a Legião dos Servos de Maria, constituída pelos Espíritos que, no Além-túmulo, se dedicam a socorrer os suicidas, levando-os para os hospitais espirituais. Em um desses nosocômios há uma grande composição artística retratando a Mãe do Mestre. Portanto não sabemos se Chico conheceu Maria pessoalmente ou apenas viu o quadro que retrata sua fisionomia.

Do livro: Anuário Espírita 1986

A CARIDADE E A ORAÇÃO

"O Centro Espírita Luiz Gonzaga" ia seguindo para a frente...
Certa feita, alguns populares chegaram à reunião pedindo socorro para um cego acidentado.
O pobre mendigo, mal guiado por um companheiro ébrio, caíra sob o viaduto da Central do Brasil, na saída de Pedro Leopoldo para Matozinhos, precipitando-se ao solo, d
e uma altura de quatro metros.
O guia desaparecera e o cego vertia sangue pela boca.
Sozinho, sem ninguém...
Chico alugou pequeno pardieiro, onde o enfermo foi asilado para tratamento médico.
Caridoso facultativo receitou, graciosamente.
Mas o velhinho precisava de enfermagem.
O médium velava junto dele à noite, mas durante o dia precisava atender  às  próprias obrigações na condição de caixeiro do Sr. José Felizardo.
Havia, por essa época, 1928, uma pequena folha semanal, em Pedro Leopoldo.
E Chico providenciou para que fosse publicada uma solicitação, rogando  o  concurso de alguém que pudesse prestar serviços ao cego Cecílio, durante o dia, porque à noite, ele próprio se
responsabilizaria pelo doente.
Alguém que pudesse ajudar.
Não importava que o auxílio viesse de espíritas, católicos ou ateus.
Seis dias se passaram sem que ninguém se oferecesse.
Ao fim da  semana, porém, duas  meretrizes  muito conhecidas na cidade se apresentaram e disseram-lhe:
- Chico, lemos o pedido e aqui estamos. Se pudermos servir...
- Ah! Como não? - replicou o médium - Entrem, irmãs! Jesus há de abençoar-lhes a caridade.
Todas as noites, antes de sair, as mulheres oravam com o Chico,ao pé do enfermo.
Decorrido um mês, quando o  cego  se  restabeleceu, reuniram-se  pela  derradeira vez, em prece, com o velhinho feliz.
Quando o Chico terminou a oração de agradecimento a Jesus, os quatro choravam.
Então, uma delas disse ao médium:
- Chico, a prece modificou a nossa vida. Estamos a despedir-nos. Mudamo-nos para Belo Horizonte, a fim de trabalhar.
E uma  passou  a  servir numa tinturaria, desencarnando anos depois e a outra conquistou o título de enfermeira, vivendo, ainda hoje, respeitada e feliz.

A  SURRA  DE  BÍBLIA

Lutando no tratamento das irmãs obsidiadas, José e Chico Xavier gastaram alguns meses até que surgisse a cura completa.
No princípio, porém, da tarefa assistencial houve uma noite em que José foi obrigado a viajar em serviço da sua profissão de seleiro.
Mudara-se para Pedro Leopoldo um homem bom e rústico, de nome Manuel, que o povo dizia muito experimentado em doutrinar espíritos das trevas.
O irmão do Chico não hesitou e resolveu visitá-lo, pedindo cooperação. Necessitava ausentar-se, mas o socorro às doentes não deveria ser interrompido.
"Seu" Manuel aceitou o convite e, na hora aprazada, compareceu ao "Centro Espírita Luiz Gonzaga", com uma Bíblia antiga sob o braço direito.
A sessão começou eficiente e pacífica.
Como de outras vezes, depois das preces e instruções de abertura, o Chico seria o médium para a doutrinação dos obsessores.
Um dos espíritos amigos incorporou-se, por intermédio dele, fornecendo a precisa orientação e disse ao "seu" Manuel entre outras coisas:
-        Meu amigo, quando o perseguidor infeliz apossar-se do médium, aplique o Evangelho com veemência.
-        Pois não, - respondeu o diretor muito calmo, - a vossa ordem será obedecida.
E quando a primeira das entidades perturbadas assenhorou o aparelho mediúnico, exigindo assistência evangelizante, "seu" Manuel tomou a Bíblia de grande formato e bateu, com ela, muitas vezes, sobre o crânio do Chico, exclamando, irritadiço:
-        Tome Evangelho! Tome Evangelho! . . .
O obsessor, sob a influência de benfeitores espirituais da casa, afastou-se, de imediato, e a sessão foi encerrada.
Mas o Chico sofreu intensa torção no pescoço e esteve seis dias de cama para curar o torcicolo doloroso.
E, ainda hoje, ele afirma satisfeito que será talvez das poucas pessoas do mundo que terão tomado "uma surra de Bíblia" . . .

Do livro: Lindos Casos de Chico Xavier
De: Ramiro Gama

ISSO  TAMBÉM  PASSA

O Chico passava por grandes dificuldades. Problemas gigantescos se avolumavam sobre sua cabeça. E tão gigantescos que ele perguntou ao espírito Emmanuel se não era possível rogar às esferas superiores um conselho de Maria de Nazaré, que ajudasse naqueles dias tão difíceis.
Alguns dias se passaram, quando o espírito de Emmanuel lhe disse que o generoso espírito de Maria havia atendido ao seu pedido, enviando-lhe a seguinte frase:

Isso Também Passa.

Disse-nos Chico:
-        A frase foi para mim como anestesia sobre uma dor imensa. Fez-me tanto bem que a escrevi num papel e o coloquei sobre a cabeceira de minha cama. Todas às noites e todas as manhãs eu lia, sentindo grande consolo. Certo dia, um amigo ao entrar em meu quarto, achou a frase muito interessante, e disse;
-        Chico, vou fazer o mesmo; colocar esta frase sobre a cabeceira de minha cama.
-        Faça isso mesmo, meu filho, mas não se esqueça de que o espírito Emmanuel também me disse que ela serve tanto para os momentos tristes, como para os momentos alegres.

Do livro: Kardec Prossegue 
De: Adelino da Silveira


TESTE  DE  VALOR

Não te prendas a dor,
Por mais que a dor te aflija . . .

Verifica o que ela
Deseja te ensinar.

Ausculta o sofrimento
Sem revolta na alma.

O desespero agrava
Qualquer situação.

Toda prova que surge
É um alerta da vida.

Problema que aparece
É teste de valor.


Do livro: Pão da Alma – psicografia Carlos A Baccelli – pelo espírito Irmão José.


Um Ato de Amor e Fé

Nosso querido amigo Chico há muito claudicava (mancava). Doía-lhe um pé. Dr. Rocha, médico vizinho e amigo, já lhe ministrara medicamentos, sem, contudo, minorar seu sofrimento. Dr. Rômulo, um admirável gerador magnético, já lhe havia aplicado assistência fluido terápica. Tudo de pouca valia! As dores persistiam, fazendo Chico manquitolar horrivelmente.
Uma tarde, Chico e seus companheiros, retornavam às suas casas após o serviço servindo-se de uma charrete. O veículo adentrava a cidade por uma rua onde se localizava, então, o meretrício. E, ao passarem pelo “Biriba” - designação vulgar dada ao logradouro - foram abordados por uma das moças que habitava o lugar. E, dirigindo-se ao Chico, ela disse:
- Venha até a minha casa. Preciso lhe falar.
Gracejos, motejos, risadas e comentários infelizes fizeram-se ouvir. Chico desceu do carro com dificuldade, acompanhando a moça até a sua residência.
Todas as meretrizes que lá viviam receberam-no com profundo respeito, oferecendo-lhe uma cadeira, na qual Chico assentou-se.
A moça que o abordara trouxe uma pequena bacia com água limpa. Humildemente, pediu-lhe permissão para descalçá-lo dos sapatos, colocando seu pé doente dentro da bacia. Segurando raminhos de flores do campo, a moça rezou e todas as outras a acompanharam, contritas. Ela molhava os raminhos e os batia, delicadamente, no pé de Chico, repetidamente, por várias vezes. Em seguida, enxugou-o, beijou-o e o calçou novamente.
Dois dias depois, chorando de emoção, Chico contou-nos o que presenciara na casa de encontros. Através de sua vidência, registrou que o líquido da bacia foi ficando escuro e lodoso, à medida que a mulher banhava-lhe o pé, fazendo com que a dor se esvaísse lentamente.
Para todos os presentes, a água manteve-se inalterada, límpida, nada mudara.
Chico nunca mais sentiu dor. A pobre meretriz, no ato humilde, no gesto simples, na bacia insignificante e nos raminhos de mato, mais do que nós todos, colocara em sua oração algo sublime e operador de maravilhas: o AMOR!

Do livro: Chico Xavier, Mandato de Amor

MESA DE  CR$ 15,00

O CHICO ESTAVA EMPREGADO NA VENDA DO Sr. JOSÉ FELIZARDO.
GANHAVA CR$ 60,00 POR MÊS. MAL DAVA PARA AJUDAR A FAMÍLIA.
APENAS LHE SOBRAVA, QUANDO SOBRAVA, MEIA DÚZIA DE CENTAVOS.
UMA DAS SUAS IRMÃS, QUE O AUXILIAVA NO EXPEDIENTE DO LAR, FALOU-LHE,CERTA VEZ, DA NECESSIDADE QUE ESTAVAM DE UMA MESA PARA A SALA DE JANTAR, POIS A QUE POSSUÍAM ERA PEQUENA E ESTAVA VELHA, A PEDIR SUBSTITUIÇÃO. E ALVITROU-LHE :
  -A VIZINHA DO LADO TEM UMA QUE NOS SERVE. VENDE-A POR CR$ 15,00.
-MAS, COMO PAGAREMOS SE NÃO POSSUO E NEM ME SOBRA ESTA QUANTIA, NO FIM DE CADA MÊS ?
A VIZINHA, DONA DA MESA, SOUBE DAS DIFICULDADES DO CHICO E, DESEJANDO AJUDÁ-LO, PROPÔS-LHE VENDER O ENTRESONHADO MÓVEL À RAZÃO DE 1 CRUZEIRO POR MÊS, EM QUINZE PRESTAÇÕES MENSAIS.
O CHICO ACEITOU E A MESA FOI COMPRADA.
PAGOU-A COM SACRIFÍCIO.
FICOU SENDO UMA MESA ABENÇOADA.
E FOI SOBRE ELA QUE, MAIS TARDE, ENTENDEU COM EMMANUEL A LIÇÃO DO PÃO E DOS DEMAIS ALIMENTOS, VERIFICANDO EM TUDO A FELICIDADE DO POUCO COM DEUS.

TERAPIA   DO    TRABALHO

Conta, Terezinha Pousa Paiva, que certa vez, quando estava no Grupo Espírita da Prece, em Uberaba, chegou uma mulher bem vestida e elegante, demonstrando tratar-se de pessoa bem situada socialmente. Contudo, seu olhar vagava, às vezes, perdido, demonstrando uma certa alienação mental. Essa mulher, aproximando-se do Chico, pediu-lhe uma orientação. E, ele, atendendo-a, relatou a seguinte história:
Havia uma mulher, que tinha vários perseguidores, que a molestavam constantemente, nunca a deixando em paz. Aconteceu que essa mulher, por orientação de alguém, passou ao trabalho, de manhã à tarde, durante todos os dias da semana, inclusive nos feriados, fins de semana e dias santos, confeccionando roupas para os desvalidos.
De vez em quando, seus perseguidores compareciam ao local de seu trabalho, a fim de verificarem se ela ainda continuava trabalhando, ou se já o havia abandonado, na intenção de retomar a possessão. Mas encontravam-na sempre nas tarefas, com a mente toda ocupada no serviço.
E o tempo corria.
De quando em quando, um dos perseguidores convidava os outros:
–    Como é, pessoal, vamos ver como está a fulana?
E quando lá chegavam, encontravam-na sempre no trabalho.
E assim fizeram por várias vezes.
Escoaram-se dez anos. Seus obsessores, ao se aproximarem, mais uma vez, constataram que ela permanecia fiel ao trabalho e ao compromisso assumido, com a mente absorvida no capricho da agulha e da idéias renovadas.
Um deles, adiantando-se, falou:
–    Essa não tem jeito, não! Desistamos! Deixemo-la, rapazes! Vamos embora!
E lá se foram e nunca mais voltaram...
Esta história, é um alerta para o cuidado que temos que ter com a hora vazia.

Extraído do livro "Chico Xavier – Casos Inéditos", de Weimar Muniz de Oliveira – 1ª Edição 1998

HORA  VAZIA

Cuidado com a hora vazia, sem objetivo, sem atividade.
Nesse espaço, a mente engendra mecanismos de evasão e delira.
Cabeça ociosa é perigo a vista.
Mãos desocupadas facultam o desequilíbrio que se instala.
Grandes males são maquinados quando se dispõe de espaço mental em aberto.
Se, por alguma circunstância, surge-te uma hora vazia, preenche-a com uma leitura salutar, ou uma conversação positiva, ou um trabalho que aguarda oportunidade para execução, ou uma ação que te proporcione prazer . . .
O homem, quanto mais preenche os espaços mentais com as idéias do bem, mediante o estudo, a ação ou a reflexão, mais aumenta a sua capacidade e conquista mais amplos recursos para o progresso.
Estabelece um programa de realizações e visitas para os teus intervalos mentais, as tuas horas vazias, e te enriquecerás de desconhecidos tesouros de alegria e paz.
Hora vazia, nunca!

(Joanna de Ângelis – do livro: Episódios Diários – psicografado por Divaldo P. Franco)


CHICO XAVIER FALA DO AUTISMO

Certa vez, um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba. A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante. O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico:
- A criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de AUTISMO – respondeu ele.
O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico Explicou a todos que estávamos ali mais próximos:
- “o AUTISMO”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos...
E o Chico falou ao médico:
- É preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. É necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permaneceram na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa. Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto aqui.
O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se (desencarnar)...
Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.

OBSERVAÇÃO DE DIVALDO FRANCO: Precisamos considerar que “somos herdeiros dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizóides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente, reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles. São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; Nós te amamos muito; etc.

CHICO XAVIER FALA DE MENINO MUTILADO

Chico Xavier comentou, certa vez, sobre uma criança que nasceu sem braços e cega.
Seu mentor Emmanuel disse que aquele Espírito vestia aquele corpo mutilado porque em várias encarnações matou e matava-se. Então, para não enxergar objetos que o tentasse cometer assassinato e suicídio, pediu para nascer cego e sem as mãos para manipular tais objetos.



UMBANDA

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
Pergunta: Quem são os “pretos-velhos”, “exus” e “pombas-giras” que incorporam na Umbanda? Se são espíritos de luz, por que há necessidade de cigarro, cachaça e sons barulhentos?
Resposta: Para espíritos de luz, ou seja, espíritos superiores e puros, não existem necessidades materiais. Os espíritos que trabalham nos terreiros, em sua grande maioria, são aqueles que ainda guardam grandes necessidades das sensações terrenas e por isso usam os médiuns para absorvelas; quando não têm, fazem-no através dos despachos. São, na classificação da Doutrina Espírita, chamados de espíritos mais simples. É claro que existem aqueles outros que, mesmo tendo condição moral mais elevada,
manifestam-se nos terreiros de Umbanda, guardando os procedimentos ali adotados.
Da Obra “Plantão De Respostas “ – Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.

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CANDOMBLÉ

Emmanuel/Francisco Cândido Xavier
Pergunta: Qual a diferença entre as entidades de luz da Doutrina Kardecista e os orixás do Candomblé, que são reverenciados em seus templos com bons pratos, roupas tradicionais e músicas? Isso não seria prendê-los ao materialismo?
Resposta: Primeiro; devemos esclarecer que a Doutrina não é Kardecista e sim dos Espíritos. Allan Kardec foi o codificador dessa Doutrina, ou seja, através de método científico, reuniu e compilou, com a ajuda de vários médiuns, as informações que hoje conhecemos editadas nos livros básicos da Doutrina Espírita.
Quanto à diferença entre “entidades de luz”, ou seja, espíritos de luz e os orixás do Candomblé; esta reside no fato de que os espíritos de luz encontram-se em elevada condição de evolução moral, estando, portanto, livres das sensações materiais.
Sem dúvida que as oferendas que recebem os “orixás” os prendem à matéria.

Respostas sobre UMBANDA É CANDOMBLÉ dadas pelo médium mineiro CHICO XAVIER no programa Pinga Fogo de 1971

Da Obra “Plantão De Respostas “ – Emmanuel E Francisco Cândido Xavier.

CHICO XAVIER FALA DE SEUS BENS MATERIAIS

“Partirei desta vida sem um níquel sequer... Tudo o que veio a mim, em matéria de dinheiro, simplesmente, passou por minhas mãos. Graças a Deus, a minha aposentadoria dá para os meus remédios... Roupas?! Os amigos, quando acham que eu estou malvestido, me doam... Sapatos, eu custo a gastar um par... Em casa, a nossa comida é simples... Não tenho conta bancária, talão de cheques, nenhuma propriedade em meu nome, a não ser esta casa que eu já passei em cartório para outros, tenho apenas o usufruto... Nunca tive carros, nem mesmo uma carroça... De modo que, neste sentido, nada vai me pesar na consciência. Fiz o que pude pelos meus familiares, se não fiz mais, é porque mais eu não podia fazer... Nunca contei o dinheiro que trazia no bolso, mesmo aquele que alguns amigos generosos colocavam no meu paletó...”

CHICO XAVIER FALA SOBRE ALIENÍGENAS

O texto que publico abaixo é da autoria de Geraldo Lemos Neto baseado em suas conversas com Chico Xavier. Segue sua publicação na íntegra:

"Há muito que tencionava relatar este caso de nossas conversas com o Chico, e que não vi ninguém mais registrar até agora. Pois bem, aproveito a oportunidade de seu próximo aniversário em 2 de Abril para o registro que farei por seu intermédio... 
Em nossas conversas nas madrugadas em sua casa, muitas vezes eu perguntava ao Chico sobre o Universo, as galáxias e suas nebulosas e estrelas com os planetas que se movimentam em seu derredor. Ele me falava com muita vivacidade sobre o assunto, inclusive sobre a existência de humanidades muito mais avançadas que a nossa, espalhadas pelo sem fim dos Multiversos. 
Chico Xavier inclusive nos contou que já havia estado com visitantes de outros orbes, e ao expressar a ele a minha vontade de também um dia vir a conhecê-los ele foi enfático : 

"Você deve ter muito cuidado Geraldinho, porque embora a maioria das civilizações que já desvendaram os segredos das viagens interplanetárias serem de grande evolução espiritual e votadas ao Bem e à Fraternidade Geral, há também aqueles outros que somente se desenvolveram no campo da técnica, enregelando sentimentos mais nobres no coração. Representantes dessa outra turma também têm nos visitado mas com objetivos escusos. Para eles nós somos tão atrasados que eles não prestam nenhuma atenção às nossas necessidades e sentimentos. São eles que raptam pessoas e animais para experiências horrorosas em suas naves. Quanto a esta turma nós devemos ter muito cuidado. Uma vez eu estava indo de Uberaba a Franca para visitar a irmã de Vivaldo, Eliana, que havia passado por uma cirurgia no coração naquela cidade. Dr. Elias Barbosa foi dirigindo o automóvel na companhia de Vivaldo e eu, que fiquei no banco de trás. Pois bem, íamos lá pelas 3 horas da manhã, na madrugada, para evitar o trânsito, e a meio caminho uma luz meio baça, na cor alaranjada envolveu o automóvel e passou a segui-lo. Dr. Elias achou por bem encostar o carro e esperamos os três para ver o que ia acontecer. Intuitivamente comecei a orar, pedindo aos amigos que me acompanhassem na prece. O espírito de Emmanuel se fez presente e nos solicitou redobrada vigilância. A nave apareceu então no pasto ao lado iluminando toda a natureza em torno com a sua luz alaranjada e baça. Ela pairou no ar sem tocar o solo e do meio dela saiu uma luz mais clara ainda de onde desceu uma entidade alienigena. Ela tinha uma aparência humanóide, mas muito mais alta com cerca de 3 metros de altura, esquelética.
Senti um medo instintivo e roguei ao Senhor que nos afastasse daquele cálice de amarguras, que pressentia com o auxílio de Emmanuel. Subitamente a entidade parou e desistiu de nós, retornando para a sua nave. Depois o veículo interplanetário elevou-se do solo e eu vi perfeitamente uma vaca sendo levada até o seu interior como se levitasse até lá. Em seguida a nave desapareceu de nossas vistas com velocidade espantosa.
O espírito de Emmanuel me revelou então que estes irmãos infelizmente não eram vinculados ao Bem e ao Amor, eram sociedades que pilhavam planetas em busca de experiências genéticas estranhas. De vez em quando abduzem homens e animais para suas aventuras laboratoriais. Segundo Emmanuel somente não fazem mais porque
Nosso Senhor Jesus estabeleceu normas e guardiães para proteger a Humanidade Terrestre ainda tão ignorante quanto às realidades siderais, em sua infância planetária.
Então meu filho, se você avistar alguma entidade com as características que eu lhe dei, 3 metros de altura e corpo humanóide esquelético, corra, Geraldinho... Pernas pra que te quero !!! - E riu-se o Chico com seu modo característico.
Não contive a pergunta : Mas eles são minoria não é Chico ? E como serão os alienígenas bonzinhos ?
Ao que ele me respondeu : Ah! São magníficos. Os que eu conheci são criaturas de muito baixa estatura, de cerca de 1 metro apenas. São grandes inteligências e por isto mesmo têm uma cabeça de tamanho avantajado em relação à nossa, com grandes olhos amendoados e meigos, capazes de divisar todas as faixas de vida nos diversos planos de matéria física e espiritual. Não possuem narizes, orelhas e sua boca é apenas um pequeno orifício. Seus sistemas fisiológicos são muito diferentes dos nossos e já não possuem intestinos. Toda a sua alimentação é apenas líquida. São de uma bondade extraordinária e protegem a civilização terrena assumindo um compromisso com Jesus de nos guiar para o Bem. Um dia, Geraldinho, que não vai longe, eles terão permissão para se apresentarem a nós à luz do dia, trazendo-nos avanços tecnológicos, médicos e científico nunca dantes imaginados.
Fiquei imaginando como o Universo deve ser vasto, e o quanto o Chico sabia sobre ele e ficava calado!
Tempos depois dessa conversa perguntei ao Chico sobre Hitler. Onde estaria o espírito de Hitler ? Chico então me contou uma história muito interessante. Segundo ele, imediatamente após a sua desencarnação, o espírito de Hitler recebeu das Altas Esferas uma sentença de ficar 1.000 anos terrestres em regime de solitária numa prisão espiritual situada no planeta Plutão. Chico explicou-me que esta providência foi necessária não somente pelo aspecto da pena que se lhe imputara aos erros clamorosos, mas também em função da Misericórdia Celeste em protegê-los da horda de milhões de almas vingativas que não o haviam perdoado os deslizes lamentáveis. Durante este período de 10 séculos em absoluta solidão ele seria chamado a meditar mais profundamente sobre os enganos cometidos e então teria nova chance de recomeçar na estrada evolutiva.
Quando o espírito de Gandhi desencarnou, e ascendeu aos Planos Mais Altos da Terra pela iluminação natural de sua bondade característica, ao saber do triste destino do algoz da humanidade na II Grande Guerra Mundial, solicitou uma audiência com Jesus Cristo, o Governador Espiritual da Terra, e pediu ao Cristo a possibilidade de guiar o espírito de Hitler para o Bem, o Amor e a Verdade. Sensibilizado pelo sacrifício de Ghandi, Nosso Senhor autorizou-o na difícil tarefa e desde então temos Gandhi como dos poucos que se aproximam do espírito de Hitler com compaixão e amor...
Impressionado perguntei ao Chico : Então Chico, o Planeta Plutão é uma planeta penitenciária ?
E ele me respondeu : É sim, Geraldinho. Em nosso Sistema Solar, temos penitenciárias espirituais em Plutão, em Mercúrio e na nossa Lua terrena. Eu soube por exemplo que o espírito de Lampião está preso na Lua. É por isso que alguns astronautas que lá pisaram, sentindo talvez um frio na alma, voltaram à Terra meio desorientados e tristes. Soube de um até que se tornou religioso depois de estar por lá !
Como vemos o nosso Chico era capaz de desvendar muitos mistérios em torno da organização da vida mais além ! E com que simplicidade e naturalidade ele nos falava dessas coisas ..."

Todos os créditos para Geraldo Lemos Neto 




Amigo e amigas que admiram Chico Xavier e seguem nosso blog (GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC), esta apostilas contem, apenas, algumas de muitas histórias de Chico Xavier. Assim que encontrarmos mais, acrescentaremos aqui. Portanto, esta apostila não está acabada. Ela é apenas um presente do GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC à memória de Chico Xavier. Que hoje, 02 de abril, lembramos a data de seu nascimento.
Um forte abraço a todos!