POR QUE JESUS FALAVA POR PARÁBOLAS?
“E
chegando-se a ele os discípulos, perguntaram-lhe: Por que lhes falas por
parábolas?
Respondeu-lhes
Jesus: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles
não lhes é isso dado. Pois ao que tem, darse-lhe-á e terá em abundância; mas ao
que não tem, até aquilo que tem ser-lhe-á tirado. Por isso lhes falo por
parábolas, porque vendo não veem; e ouvindo não ouvem e nem entendem”. (Mateus, XIII, 10-13).
“Todas essas coisas falou Jesus ao povo em
parábolas, e nada lhes falava sem parábolas; para que se cumprisse o que foi
dito pelo profeta: Abrirei em parábolas a minha boca, e publicarei coisas
escondidas desde a criação”. (Mateus,
XIII, 34-35).
A
sublime doutrina ensinada pelo Mestre Jesus revelou, à humanidade, princípios
básicos de moral insistentemente reafirmados em suas falas. Com efeito, o
Cristo nos chamava a atenção para a conquista da vida eterna, bem como
ressaltava a importância do amor ao próximo, da caridade, da abnegação e do
desinteresse pelas coisas terrenas, em detrimento do interesse pelas coisas
espirituais.
Era
comum, portanto, que o Mestre recorresse às parábolas, que nada mais eram do
que simples narrativas, alegorias com preceitos de moral, cujo maior fim era o
de transmitir verdades indispensáveis de serem compreendidas, que, sob a forma
alegórica, prendiam a atenção de todos aqueles que ouviam.
A
simbologia presente nas parábolas auxiliava na guarda e na reprodução do
ensino, permitindo que Jesus transmitisse mensagens que, de outra maneira,
dificilmente seriam aceitas pelo povo daquela época. Além disso, contando
parábolas, Cristo evitou que, no futuro, seus preciosos ensinamentos viessem a
ser deturpados, seja pela ignorância ou pela má fé dos Homens.
O uso
contínuo das parábolas que Jesus fez, durante sua jornada, tinha por fim tornar
os seus ensinamentos mais claros, o que fazia por meio de comparações entre os
fatos da vida terrena e as matérias de ordem moral e espiritual.
Dessa
forma, não podendo ainda o Homem compreender as coisas divinas, Cristo, a fim
de facilitar o entendimento de todos aqueles que o ouviam, resumia a sua
profunda e valiosa doutrina em singelas parábolas, apontando-nos, com elementos
terrenos e exemplos cotidianos, valiosíssimos preceitos de conduta moral.
Àqueles
que ouviam ansiosamente, procurando entender a verdadeira mensagem compreendida
no discurso do Mestre, as parábolas serviam como um excelente meio elucidativo
dos temas e das exortações do Cristo. Se, por outro lado, havia aqueles que não
buscavam nas parábolas compreender as ideias contidas por detrás
das
alegorias, ao menos a doutrina cristã conservava-se oculta dentro deles, como a
noz dentro da casca.
Dessa
forma, Jesus, de um jeito simples, falou e ensinou a todos, de maneira que seus
ensinamentos atravessaram as eras até os dias de hoje, e ainda se mantêm como
modelo ideal para que atinjamos a nossa perfeição intelectual, moral e
espiritual. Basta, para tanto, que tenhamos olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Esforcemo-nos,
pois, nesse sublime caminho em direção ao Altíssimo, haurindo, dos ensinamentos
do Mestre, os verdadeiros princípios da conduta moral e espiritual que Ele nos
legou, os quais adquiriremos apenas com os esforços no amor, na caridade e no
trabalho incessante em favor do bem!
Por:
Ariel Telo
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