Todo
indivíduo que gosta de literatura certamente leu as obras notáveis de Leon
Tolstoi, o grande escritor russo de Guerra e Paz e Ana Karenina, ficando
profundamente tocado pela sua beleza mágica.
O
notável escritor, porém, escreveu muito mais obras que o destacaram na condição
de um dos maiores do seu país e, por extensão, do mundo.
Não
obstante, o livro pelo qual tinha mais consideração é O Reino de Deus Está em
Vós.
Trata-se
de uma obra criada após a sua conversão ao cristianismo ensinado e vivido por
Jesus. Após meditar demoradamente na doutrina cristã ortodoxa a que se
vinculara, por não concordar com a opressão que exercia sobre o povo sofredor
da Rússia, pelo luxo e apoio ao poder do czar Nicolau II, leu, em grego, os
originais do Evangelho e encontrou Jesus, Aquele que realmente modificara a
ética da humanidade para o amor sem limites.
Renunciou
à sua posição de nobreza, da condição de conde, e passou a cultivar as próprias
terras, com os humildes e esfaimados trabalhadores, vivendo de maneira
equivalente.
Escreveu
uma carta longa ao czar, pondo-se contrário à pena de morte e às injustiças
praticadas pelas suas forças armadas do exército e polícia, vaticinando que, se
ele persistisse na crueldade contra as massas, não fugiria à lei divina. Mais
tarde, a sua previsão tornou-se realidade durante a revolução de 1917, que o
retirou do poder, enviou-o ao exílio e o fuzilou, bem como à família real.
Causou
um tremendo escândalo a sua dedicação a Jesus na simplicidade do evangelho,
havendo sido responsável pela mudança de comportamento para melhor de
incontáveis criaturas.
Estimulou
Gandhi, enviando-lhe o livro, e ele começou a notável campanha da não violência
que, por sua vez, influenciou Martin Luther King Jr. na libertação do seu povo.
O exemplo, mais do que as palavras, é o que vale. Nestes dias tumultuosos, se
desejamos mudar o mundo, mudemos nossa conduta, especialmente aqueles que nos
dizemos cristãos.
Divaldo
Franco escreve quinta-feira, quinzenalmente.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 25-02-2016
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, em 25-02-2016
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