domingo, 10 de maio de 2015

Os pequeninos grãos de areia



Somente foge da luz quem se cristaliza nas trevas.
 Quem nada faz, agrava a sombra da inutilidade em que jaz imerso.
 Eis porque, não basta apenas banir o mal.
 Estendamos o bem.
 Somos todos irmãos, iguais perante a Vida.
 Deus não tem enteados.
 E ninguém renasce na carne, para dormir simplesmente...
 O Universo inteiro proclama: – “Trabalhar! Trabalhar!...”
Espíritas! Não importa que a vossa tarefa ciclópica seja a de pequeninos grãos de areia resistindo à avalanche das trevas!
 Em Jesus temos o ponto inquebrantável de apoio.
 N’Ele, não sabemos o que mais admirar: se o Mestre da Manjedoura, se o Anjo do Tabor, se o Herói da Cruz, porque, em todas as posições, é invariavelmente o Mensageiro Divino glorificando o campo das horas.
 Tão vasta se nos apresenta a abnegação do Senhor, que a Sua personalidade profunda vige ainda inacessível ao nosso entendimento maior.
 Mas podemos vincular a nossa pequenez à Sua grandeza, quanto o canal singelo se une aos prodígios da fonte.
 Seremos pequeninos, sim, mas seremos fios do Seu amor.
 E quem poderá no mundo inventariar os tesouros de esquecido raio de sol?
 Assim, não exijais dinheiro para servir.
 Jesus, de si mesmo, não distribuiu sequer um vintém.
 Os Espíritos Benfeitores – Atalaias da Luz – não possuem moedas para dar...
 Por isso mesmo, nas fontes do Evangelho, não existem desenganados.
 Espalhemos as bênçãos da Doutrina Viva do Senhor.
 A prece nada custa...
 O passe é sempre grátis...
 A leitura edificante não pede esforço demasiado...
 A palestra consoladora nunca fatiga...
 A reunião fraternal não cobra ingresso...
 Valorizemos o templo espírita para que o irmão infortunado não se inquiete, julgando-se hóspede no domicílio da oração, mas, sim, que aí se reconheça na própria casa, – a casa de todos os lares da família humana.

Pelo Espírito Maria Celeste
VIEIRA, Waldo. “De Coração para Coração”. Rio de Janeiro, GB: FEB. 1962, cap. 39.

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