domingo, 10 de maio de 2015

Pornografia na visão espírita



DEFINIÇÃO: Figuras, fotografias, filmes, espetáculos, obras literárias ou de arte, etc., relativos à, ou que tratam de coisas ou assuntos obscenos ou licenciosos, capazes de motivar ou explorar o lado sexual do indivíduo. devassidão – libidinagem. Há algumas décadas, as produções pornográficas limitavam-se a pequenos “guetos”, onde as pessoas vinculadas a desvios sexuais, buscavam os espetáculos de sexo explícito, filmes e revistas.
Com o desenvolvimento tecnológico atual, a exploração do lado negativo da sexualidade rompeu fronteiras e através dos meios de comunicação, atingiu nossos lares sem qualquer dificuldade ou pudor. Nas novelas, o talento artístico e a trama envolvendo os personagens, cederam lugar à exibição de corpos desnudos e relacionamentos carregados de sensualidade, que dão a conotação de cenas de sexo explícito; nos programas vespertinos, destinados a um público entre infantil e adolescente, a expressão “ficar”, substituiu outras como namorar e noivar.
Os comerciais, ao invés de ressaltarem as qualidades ou vantagens do produto, exibem mulheres seminuas; os jornais, inclusive os mais conceituados, publicam em seus classificados, ofertas de homens e mulheres que mercadejam o sexo; nas TV’s a cabo existem canais que exibem filmes de sexo explícito 24 horas por dia.
Navegando pela INTERNET, não é incomum sermos surpreendidos, na tela em utilização, por anúncios pornográficos; além do que, convém ressaltar o enorme perigo das salas de batepapo, onde práticas de pedofilia e o chamado sexo virtual já causaram a morte de jovens, atraídos pelos maníacos que por lá “navegam”. No desfile de carnaval das escolas de samba do Rio de Janeiro, exibiu-se recentemente um Carro Alegórico cujos componentes simulavam a prática sexual, fato que criou polêmica e foi veiculado também em horários diurnos (o que nos reporta às descrições contidas no livro “Sexo e Obsessão” de Divaldo Pereira Franco – págs. 38 a 40).
A nossa intenção ao fazer as descrições acima, não foi a de trazer alguma novidade, ou fazer proselitismo ao falso pudor, mas a de convidar o leitor a uma reflexão em torno das causas e consequências e apresentar meios de combate a tão ignominiosa invasão em nossas mentes e lares. Qualquer medida nesse sentido deve antes passar pela visão que a doutrina espírita nos oferece em torno do sexo.
O sexo não deve ser analisado sob a ótica daqueles que o consideram pecaminoso e proibitivo, nem tampouco sob as impressões dos que desejam religá-lo ao plano da vulgaridade como mero atrito de células geradoras de prazer. O sexo é de origem divina e suas potentes energias que derramam no ser sob a forma instintiva não devem ser bloqueadas mas sim educadas no sentido de atingirem suas finalidades como força criadora que engendra o progresso espiritual da individualidade e o crescimento coletivo.
Não a castração mas sim a sublimação. Todos nós criaturas divinas, somos saturados desse potencial e convidados a aprender a administrá-lo. Já superamos as fases primárias, onde pela força bruta o homem das cavernas submetia a Pornografia êmea às suas necessidades; passamos pelas bacanais romanas, pelas “iniciações viris” dos gregos, pela poligamia e poliandria, pelos bordéis europeus, pelas proibições da religião e celibato tormentoso e porque não, pela hipocrisia da falsa virtude, até os dias atuais, onde se prega o “amor livre”.
Todas essas experiências reencarnatórias deixaram marcas incontestáveis em nosso ser e hoje se traduzem no nosso comportamento sexual.
Em matéria de sexo toda indulgência é necessária, pois nenhum de nós está em condições de atirar a primeira pedra. Porém, o momento é de finalizarmos as experiências negativas e acelerarmos o nosso crescimento espiritual, pois a carga de informações, vindas do alto, o relato de experiências de espíritos desencarnados infelicitados pelos desregramentos sexuais e o conhecimento das consequências dos nossos atos insanos não nos permite mais o adiamento da correta aplicação de nossas energias genésicas.
Essa transformação passa pelo dever de rejeitarmos todo e qualquer material pornográfico. De prepararmos aqueles espíritos que estão reencarnados sob os nossos cuidados, para modificarem as posturas de reencarnações anteriores. Sabemos que entre as funções da glândula pineal está a de bloquear os impulsos do subconsciente até determinada faixa etária, contendo também aqueles relacionados à sexualidade, o que nos permite a moldagem de uma nova visão. (vide A. Luiz – “Missionários da Luz” – Cap. 2 – pág. 20) Ideias como a de afirmação da masculinidade, geralmente passadas aos filhos por pais despreparados, devem ser combatidas e abolidas.
Nossos filhos devem crescer respeitando as mulheres, enxergando nelas, a própria mãe ou irmãs. Mais que isso, devem respeitar a si mesmos, vivendo cada fase da reencarnação e as experiências que elas oferecem, seguros de que a felicidade não está na busca incessante do prazer, mas nos ideais de amor, fraternidade, caridade e paz de espírito.
Nossas filhas devem ser educadas não segundo padrões castradores, mas conscientes dos ideais de amizade e respeito que devem ter por si, pelos pais e principalmente pelos dons divinos de que todo ser feminino foi saturado para que, através do sentimento enobrecido, possam mover as barreiras da força e do preconceito, exemplificando amor no exercício da maternidade e do sexo sadio.
Os jovens devem ser instruídos a não ceder às pressões exercidas pelas alterações hormonais ou pelas ilusões da atração física e promessas vazias, antes devem conhecer os infortúnios gerados pelo sexo extemporâneo. A realidade espiritual deve ser descortinada, as finalidades da existência, os compromissos que assumimos com os nossos atos, as companhias espirituais a que faremos jus, os processos obsessivos e vampirescos devem ser objeto de discussão no lar.
O nosso exemplo como pais, é de fundamental importância, pois jamais aconselharemos com autoridade se a nossa conduta for diversa daquilo que pregamos. Esse conhecimento não deve ser entesourado dentro de nossos lares, mas divulgado sempre que a situação permitir, respeitadas as convicções alheias.
Quanto à pornografia, é nosso dever sermos indulgentes com aqueles que a preconizam, entendendo que cada ser é criatura divina e seus potenciais de amor certamente desabrocharão no momento propício, sendo que essas manifestações de imperfeição são características do mundo de expiação e provas em que vivemos.
Devemos procurar orientar aqueles que nos buscam, mostrando as consequências infelizes do sexo em desvario, conforme nos mostra o espírito Manoel P. de Miranda através da psicografia de Divaldo Pereira Franco no livro “Sexo e Obsessão” que relata as condições do espírito que foi conhecido como Marquês de Sade, um dos precursores das práticas pornográficas.
Deve-se ressaltar que a pornografia não traz consequências apenas para aqueles que a professam, mas se constitui em fator de influenciação e causa para muitos dramas como a desagregação da família através das deserções, prostituições e vícios de toda sorte, levando os responsáveis, muitas vezes, a renascimentos em matéria disforme originados pelas lesões espirituais produzidas em seus perispíritos, como resultado dos danos causados a outrem.
E, como encerramento desse nosso artigo, pedimos licença para transcrever a primeira estrofe da oração contida no Capítulo I do livro “Sexo e Evolução” de Walter Barcelos, que exprime com fidelidade as nossas necessidades diante do sexo:

“SENHOR! EDUCA NOSSA SEXUALIDADE! Senhor Jesus! Mestre do Amor Perfeito Auxilia-nos, Na educação gradativa Do instinto sexual, Para que nós, humanos, Sejamos realmente felizes.” Roberto Lima


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