sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Atentado de 11 de Setembro e o Espiritismo


Entrevista com Dr. Ricardo Di Bernardi 
Médico pediatra, homeopata, palestrante espírita internacional, autor de diversos livros.


1ª Questão: O ato terrorista de 11 de setembro de 2001 abalou não somente os Estados Unidos, ele abalou o mundo de uma maneira geral. Nesse acontecimento a Espiritualidade já estava ciente do que estava por vir? 

R: A espiritualidade tem consciência do que está no coração e na mente dos encarnados. Acompanha minuciosamente, as tendências de todos nós. Nossos ódios, nossos amores, nossos planos. Percebe quais as atitudes que estamos arquitetando em nossos espíritos.
No entanto, os espíritos não interferem em nosso livre-arbítrio. No último momento, os terroristas poderiam mudar suas decisões, dependeria apenas deles.

2ª Questão: O fato citado pode ter sido amenizado pela espiritualidade? 

R: Os fatos sempre são amenizados pela espiritualidade. Amenizados no sentido de que todos, inclusive os terroristas, tem seus protetores espirituais. É imprescindível, no entanto, que os assistidos abram sua mente e seu coração em sintonias energéticas capazes de assimilar as boas intuições.

3ª Questão: Por que os Espíritos não nos alertaram do evento de 11 de setembro? O mesmo para outros eventos do gênero- Eles podem ou devem interferir em nossos atos?

R: Se houvesse interferência total de espíritos, como de Jesus, Maria, ou mesmo de Deus, alterando o curso dos acontecimentos, não existiria estupros, ou crimes hediondos, pois Deus não permitiria. Não existe esta ação ou interferência direta. Há sol, mas quem se coloca à sombra não recebe o sol. Quem está mergulhando no lodo não percebe a luz do sol. É necessário colocar a cabeça para fora da lama para vê-lo. O sol existe e está disponível. A proteção espiritual também, desde que se sintonize com ela.

4ª Questão: Alguns dizem que este acontecimento, por mais abominável que seja, em longo prazo, vai trazer benefícios para a humanidade, pois fará com que o homem repense seu papel perante a vida, embora isto aconteça pelo caminho mais árduo. Existe, realmente, o “mal necessário”? 

R: “O mal é necessário que venha, mas ai daquele por intermédio do qual ele vem”. Palavras de um sábio. Mal necessário significa que: como estamos chafurdando no lodo a sujeira é inevitável, mas não deixa de se sujeira e... Continua valendo a orientação de banhar-se com nas águas do bom-senso. 

5ª Questão: Como são acolhidas essas pessoas que morreram de forma brutal? Há uma atenção especial da espiritualidade?

R: Sem dúvida. Situações excepcionais geram atendimentos excepcionais. Há multiplicação e deslocamentos das equipes de socorro no mundo espiritual.

6ª Questão: Sabemos que cada um tem suas “dívidas” e sabemos também que as provas e expiações são diferentes para cada um de nós. Mas, diz-se que essas pessoas que morreram no atentado teriam de certa forma, o mesmo nível evolutivo. Está correto? 

R: Não. Apenas tinham determinados pontos em comum. Da mesma forma, as características e consequências do desencarne delas também são individualmente diferentes.

7ª Questão: Em quase todo acidente percebemos que a espiritualidade de certa forma “retira” algumas pessoas dessa situação de risco: uns desistem de viajar na última hora, temos pessoas que se atrasam, pneus furam... Por que isso ocorre? 

R: Trata-se de pessoas que não tinham nenhuma sintonia com o evento. O automatismo da sintonia energética (Lei de Deus) as afasta.

8ª Questão: Há uma onda de ódio e sentimento de vingança no mundo devido a este atentado, como também a outros do mesmo padrão. Quais as consequências, para a humanidade, destas vibrações negativas? 

R: Dependerá da evolução deste sentimento. Poderá se diluir, poderá se acentuar. Poderá se regionalizar ou se estender. Conforme a evolução do mesmo poderão haver consequências correspondentes.


9ª Questão: Além do ódio, vemos também o medo de uma nova guerra ou de grandes catástrofes que toma conta do mundo inteiro. André Luiz em Nosso Lar relata uma situação semelhante quando da eclosão da Segunda Guerra Mundial. Como o medo pode agravar este cenário? 

R: Pode alimentar o inconsciente coletivo fornecendo energias ou fluidos para os obsessores.

10ª Questão: Para melhorar o nível das vibrações... Então... Por outro lado também há uma onda de solidariedade poucas vezes vista no globo, qual o efeito disto? 

R: São energias positivas que os mentores utilizarão para minorar sofrimentos de outros.

11ª Questão: Há cenas chocantes de pessoas que, ao perceber uma morte iminente em uma tragédia, se suicidam. Como é considerado este suicídio pela espiritualidade? 

R: É suicídio, embora com atenuantes. Cada caso tem uma repercussão específica. Depende do sentimento de cada um, depende do grau de informação e de muitos outros fatores. Não é possível colocar todos num mesmo grau de responsabilidade.

12ª Questão: Sabemos que o espírito sempre evolui e que não há atraso na evolução. Como encarar a atitude destes terroristas? 

R: Sempre evolui “em termos”. Você não está melhor hoje, sexta-feira, pois seu humor pode estar pior que ontem, quinta-feira. Ontem, você fez caridade, auxiliou pessoas, trabalhou muito etc. Hoje, se você está irritado e foi deselegante com sua irmã, não atuou com caridade, etc. Isto é involução? Não! Não se pode medir a evolução por fragmentos de uma encarnação, mas no todo. Nos fragmentos de uma vida pode existir uma aparente involução. Deve-se observar em um contexto mais amplo.

13ª Questão: Como podemos contribuir para mudar a situação do planeta?

R: Amando, trabalhando, pensando na Paz. Sentindo a Paz.


ANO APÓS ANO


Ninguém evolui num dia ou para um dia apenas.
Carecemos de tempo para entender o bem e praticá-lo diuturnamente, absorvendo-o em profundidade, na alma, para o eterno futuro.
Um só pensamento bom, um só ato digno, uma só lição assimilada, não nos bastam à melhoria.
Necessário repetir testemunhos de aprendizado e renovação.
A fraternidade há de avivar-nos o raciocínio, vincar-nos a memória, calejar-nos a mãos, modelar-nos a vida.
Eis porque o espírita, na experi6encia terrestre, precisa repisar atitudes, transpirar no dever e persistir no posto individual de trabalho, ano após ano, para só então se sentir realmente sintonizado com os Bons Espíritos e com os desígnios do Alto, mantidos a seu respeito.
No setor administrativo da instituição doutrinária, há de conhecer tão bem o seu mister, que nenhuma decepção não mais o surpreenda.
No estudo, há de desarticular tantas mesas, consumir tantas cadeiras e deformar tantos livros e material correspondente, sem perceber, que duvidará de semelhantes desgastes.
Na mediunidade, há de amar e compreender tanto os espíritos e os homens que qualquer incompreensão não mais lhe fará perder a paciência.
Na exemplificação da verdade, há de se familiarizar tanto com as necessidades das criaturas que penetrará os anseios do próximo, em muitas ocasiões, apenas por vê-lo.
Na assistência social, há de se inteirar tanto dos menores problemas que lhe dizem respeito, segundo as épocas do ano, as pessoas, os desfavorecidos e os sofrimentos, que se espantará ao perceber o quanto conhece de ciência mental e vida prática.
No culto do Evangelho, há de abordar tantos temas e lições, enfrentando tantos imprevistos e dificuldades, que o terá para si na condição de tarefa claramente imprescindível.
Na imprensa e na tribuna espíritas, há de se habituar tanto com o manejo e os efeitos das palavras que as cultivará e selecionará com devotamento espontâneo.
No campo das provas necessárias, há de exercitar tanto entendimento e tanta paciência diante da dor, que acabará sofrendo todas as humilhações e tribulações da romagem terrestre com o equilíbrio de quem atingiu inarredável serenidade.
Confronta o teu período de conhecimento espírita com o serviço que apresentas na existência humana.
Lógica disciplinando diretrizes, esperança enriquecendo ideais, entendimento clareando destinos, o Espiritismo faz o máximo por nós, sendo sempre o mínimo o esforço que fazemos por ele, nos empreendimentos que nos cabem em auxílio a nós mesmos, no seio da Humanidade.

ANDRÉ LUIZ
Francisco Cândido Xavier

"Sol nas Almas"

Homossexualidade à luz do Espiritismo


O espírito Ramatis através da mediunidade de Hercílio Maes faz pertinentes colocações a respeito da homossexualidade à luz do Espiritismo esclarecendo nas seguintes respostas ás perguntas a ele formuladas: 

Pergunta: — A tendência de buscar uma comunhão afetiva com outra criatura do mesmo sexo, conhecida por homossexualidade, implica em conduta culposa perante as leis Espirituais?

Resposta: — Considerando-se que o "reino de Deus" está também no homem, e que ele foi feito à imagem de Deus, evidentemente, o pecado, o mal, o crime e o vício são censuráveis, quando praticados após o espírito humano alcançar frequências muito superiores ao estágio de infantilidade. Os aprendizados vividos que promovem o animal a homem e o homem a anjo, são ensinamentos aplicáveis a todos os seres. A virtude, portanto, é a prática daquilo que beneficia o ser; nos degraus da imensa escala evolutiva. O pecado, a culpa, são justamente, o ônus proveniente de a criatura ainda praticar ou cultuar o que já lhe foi lícito usar e serviu para um determinado momento de sua evolução. A homossexualidade, portanto, de modo algum pode ofender as leis espirituais, porquanto, em nada, a atividade humana fere os mestres espirituais, assim como a estultícia do aluno primário não pode causar ressentimentos no professor ciente das atitudes próprias dos alunos imaturos. Pecados e virtudes em nada ofendem ou louvam o Senhor, porém, definem o que é "melhor" ou pior para o próprio ser, buscando a sua felicidade, ainda que por caminhos intrincados dos mundos materiais, sem estabilidade angélica. A homossexualidade não é uma conduta dolosa perante a moral maior, mas diante da falsa moral humana, porque, os legisladores, psicólogos, e mesmo cientistas do mundo, ainda não puderam definir o problema complexo dos motivos da homossexualidade, entretanto, muitos o consideram mais de ordem moral do que técnica, científica, genética ou endócrina.

Pergunta: — Mas o que realmente explica o fenômeno da homossexualidade?

Resposta: — É assunto que não se soluciona sobre as bases científicas materialistas, porque, só podereis entendê-lo e explicá-lo, dentro dos princípios da reencarnação.

Pergunta: — Que dizeis desse estigma de homossexualidade, quando as opiniões se dividem, taxando tal fenômeno de imoral, e outros de enfermidade?  

Resposta: — Sob a égide da severa advertência do Cristo, em que "não julgueis para não serdes julgados", quem julgar a situação da criatura homossexual de modo antifraterno e mesmo insultuoso, não há dúvida de que a Lei, em breve, há de situá-lo na mesma condição desairosa, na próxima encarnação, pois, também é de Lei "ser dado a cada um segundo a sua obra". Considerando-se nada existir com propósito nocivo, fescenino, imoral ou anormal, as tendências homossexuais são resultantes da técnica da própria atividade do espírito imortal, através da matéria educativa. Elas situam o ser numa faixa de prova ou de novas experiências, para despertar-lhe e desenvolver-lhe novos ensinamentos sobre a finalidade gloriosa e a felicidade da individualidade eterna. Não se trata de um equívoco da criação, porquanto, não há erro nela, apenas experimento, obrigando a novas aquisições, melhores para as manifestações da vida.

Para a Doutrina Espírita a homossexualidade é apenas um estágio evolutivo, assim como a heterossexualidade. Ser homossexual não fere as Leis Divinas e muito menos se trata de um equívoco do Criador.

Interessante ressaltarmos que a homossexualidade também não tem uma única causa. Ela pode ser uma prova, uma expiação, uma missão ou uma escolha do próprio Espírito reencarnante.  É leviano pensar que todos homossexuais viveram no sexo oposto na vida passada. Isso pode ocorrer, claro, mas é uma possibilidade dentre centenas. Cada caso é um caso.  Há, por exemplo, casos em que o Espírito é extremamente machista ou homofóbico e no planejamento reencarnatório pede propositalmente para nascer com tendências homossexuais, é nestas situações que muitas vezes o homossexual não se aceita. É uma prova que pediu para passar.
Enfim, para o Espiritismo o que vale é a reforma íntima, independente da orientação sexual. 


Postado por LETRA ESPIRITA 

A MORTE É O RETRATO DA VIDA QUE TIVEMOS



Depois da morte do corpo: A frase amiga que houvermos proferido no estímulo ao bem será um trecho harmonioso do cântico de nossa felicidade. A opinião caridosa que formulamos acerca dos outros se converterá em recurso de benignidade da Justiça Divina, no exame de nossos erros. O pensamento de fraternidade e compreensão com que nos recordamos do próximo transformar-se-á em fator de nosso equilíbrio. O gesto de auxílio aos irmãos de nosso caminho oferecer-nos-á farta colheita de alegria.
Mas, igualmente, além do túmulo:
A maledicência que partiu de nossa boca será espinheiro a provocar-nos dilacerações de ordem mental.
A nossa indiferença para com as amarguras do próximo nos aparecerá por geada desoladora.
A nossa preguiça surgirá por gerador de inércia.
A nossa possível crueldade exibirá, na tela de nossas consciências, a constante repetição dos quadros deploráveis de nossos delitos e de nossas vítimas, compelindo-nos à demora em escuras paisagens purgatoriais.
A morte é o retrato da vida.
A verdade revelará na chapa do teu próprio destino as imagens que estiveres criando, sustentando e movimentando no campo da existência.
Se desejas alegria e tranquilidade, além das fronteiras de cinza do sepulcro, semeia, enquanto é tempo, a luz e a sabedoria que pretendes recolher, nas sendas da ascensão espiritual.
Hoje - plantação, segundo a nossa vontade.
Amanhã - seara, conforme a Lei.
Se agora cultivamos a treva, decerto encontraremos, depois, a resposta respectiva.
Se, porém, semearmos o amor e a simpatia onde nos encontrarmos, indiscutivelmente, mais tarde, penetraremos a luz e a beleza da imortalidade vitoriosa.

EMMANUEL
Chico Xavier

Livro Plantão de Paz 

PAI MATA FILHO


Divaldo conta uma história real, que leu na revista Seleções, escrito pelo próprio autor da tragédia: O PAI.
Este contou que dava tudo ao filho. Mudou-se de casa para dar-lhe mais conforto, piscina, brinquedos, etc. Mas para proporcionar tudo isso teve que trabalhar mais e, consequentemente, ausentar-se mais.
O filho foi crescendo, e cada vez que o pai chegava de viagem, a esposa tinha uma novidade do filho. Mas o pai sempre achava que era “coisa” da esposa. Ela chegou a pegar droga no quarto do filho, e o pai dizia que era normal, que todos experimentam droga um dia.
E quando conversava com o rapaz, este sempre tinha uma desculpa. Ele dizia que experimentou, mas não gostou, ou dizia que a droga não era dele, enfim, “enganavam-se.”
Um dia, o pai ao voltar de viagem, soube que o filho estava na UTI de um hospital, porque havia tomado um over dose, ele era um toxicômano.
Então, após alguns dias, o rapaz recebeu alta hospitalar, mas a família foi alertada que, se o rapaz continuasse a usar drogas, morreria em poucos meses.
Os pais redobraram a vigilância e cuidado com o filho. Mas, um dia, o filho pediu a chave do carro. Os pais disseram que não dariam, pois ele não estava bem, e poderia matar alguém no trânsito. O filho começou a gritar, exigir e ameaçar. O pai correu até o quarto, pegou uma arma e voltou até onde estava a discussão. O filho correu até a cozinha, pegou uma faca e avançou sobre os pais. O pai gritou e disse para que o filho não avançasse, porque ele seria obrigado a atirar. O rapaz alterado disse para o pai matá-lo, mas antes mataria os dois e pegaria a chave do carro. Quando o rapaz avançou, o pai atirou. O filho caiu, e morreu.
O pai foi ao tribunal, e lá disse que matou porque se não matasse outros inocentes morreriam. Disse também que ele e a esposa mereciam morrer, pois não souberam educar, e que criaram um monstro. E por fim, afirmou perante o júri que estava triste, transtornado, mas não estava arrependido do que havia feito. Este pai foi absolvido unanimemente. Mas, até hoje ele se pergunta:
“Onde eu errei?”
Divaldo, então, disse:
O pai da história não era um pai, era um fornecedor, era uma empresa que dava coisas. Porque o pai e a mãe não são empregados dos filhos ou empresas fornecedores de coisas, são “educadores”. Deus confia a alma para a pessoa poder dignificá-la, para educá-la, para protegê-la de si mesmo (não deixando aflorar os erros, as falhas e vícios do passado, para que ela não erre novamente), e não para sobrecarregá-la de coisas vãs, que irão conduzi-la para um estado patético (como no caso do toxicômano).
Nessa narrativa, não se ouviu uma vez sequer o pai dizer o nome de Deus, ou que ele colocou o filho no colo e o ensinou a oração dominical, para que ele conhecesse o Pai dos pais. Não podemos nos atrever a dizer que o pai errou, mas podemos dizer que faltou no seu programa de educação a auto doação e a educação religiosa. Porque a família é um grupo social, onde aprendemos os nossos direitos e nossos deveres. Na família, os pais tem deveres para com os filhos e os filhos além de respeito para com os pais, tem deveres com eles, mesmo quando são injustos. Porque os filhos têm a tarefa de construir o seu porvir, e mais tarde ser o que o pai não foi para ele.

Divaldo Pereira Franco


A Morte Não é Nada


“... a morte não é nada.
Eu apenas passei para o outro lado:
É como se estivesse escondido no quarto ao lado.
Eu sou sempre eu, e tu és sempre tu.
O que éramos antes um para o outro ainda somos.
Liga-me com o nome que você sempre me deu, que te é familiar;
Fala-me da mesma forma carinhosa que tens usado sempre.
Não mude teu tom de voz, não assuma um ar solene ou triste.
Continua a rir daquilo que nos fazia rir,
Daquelas pequenas coisas que tanto gostávamos, quando estávamos juntos.
Reza, sorri, pensa em mim!
Que o meu nome seja sempre uma palavra familiar...
Diga-o sem o mínimo traço de sombra ou de tristeza.
A nossa vida conserva todo o significado que sempre teve:
É a mesma de antes, há uma continuidade que não se quebra.
Por que eu deveria estar fora dos teus pensamentos e da tua mente, apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe, estou do outro lado, na mesma esquina.
Fica tranquilo, está tudo bem.
Vou levar o meu coração,
Daí acharás a ternura purificada.
Seca as tuas lágrimas e se me amas, não chores mais,
O teu sorriso é a minha paz”. 

Henry Scott Holland


OS SANTOS NA VISÃO ESPÍRITA


André Luiz responde: “É um atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.”
Os santos são chamados pela Doutrina Espírita de socorristas, e estes trabalham e não querem outro pagamento a não ser adquirir vontade de serem bons e servos de Jesus. Trabalham por toda parte, nos umbrais, nos postos de socorro e também ajudam os encarnados e muitas vezes, atendem os chamados de fé em nome das diversas entidades conhecidas na Terra (Maria, Jesus, Expedito, etc.).
Há grande concentração de socorristas em lugares de romaria onde muitos oram e fazem pedidos. Estes abnegados trabalhadores atendem em nome de Nossa Senhora, dos diversos santos, de Jesus, etc. Os bons acodem sempre. Se os pedidos são mais complexos, são encaminhados a ministérios próprios e analisados pelos que lá trabalham. Para serem atendidos, são levados em conta alguns critérios como: “O que pede é bom para ele?” As vezes, pede-se uma graça que seria um bem no momento, e causa de dor no futuro; pedem fim de sofrimentos, doenças e às vezes não se pode interromper o curso de seu resgate; também é levado em conta, se ao receber a graça, a pessoa melhora se voltando mais ao “Pai”. Se aprovado, vão os socorristas e ajudam a pessoa, não importando a eles para quem foi feito o pedido, embora, há equipes que trabalham atendendo os pedidos a Nossa Senhora, santos do lugar, etc.. . .
Podemos também ser atendidos pelos próprios santos, que nada são que servos de Jesus.

André Luiz


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Grandes INVENÇÕES e DESCOBERTAS são ORIENTADAS pela ESPIRITUALIDADE?



Os Espíritos podem dar orientação, em pesquisas científicas e descobertas?
— A Ciência é obra do gênio; só deve ser adquirida pelo trabalho, porque é somente pelo trabalho que o homem avança no seu caminho. Que mérito teria se lhe bastasse interrogar os Espíritos para tudo saber? Qualquer imbecil poderia tornar-se sábio por esse preço. Acontece o mesmo no tocante às invenções e às descobertas industriais. Mas há ainda uma consideração: é que cada coisa deve vir no seu tempo e quando as ideias gerais estão maduras para a receber. Se o homem tivesse esse poder subverteria a ordem das coisas, fazendo os frutos nascerem antes do tempo.
Deus disse ao homem: Ganhará o pão com o suor do teu rosto, admirável figura que retrata a sua condição neste mundo. Ele tem de progredir em tudo pelo esforço no trabalho. Se as coisas lhe fossem dadas inteiramente feitas, para que lhes serviria a sua inteligência? Ele seria como um escolar cujas tarefas fossem feitas por outro.
29. O sábio e o inventor nunca são assistidos pelos Espíritos nas suas pesquisas?
— Oh, isso é bem diferente. Quando chega o tempo de uma descoberta os Espíritos incumbidos de lhe dirigir a marcha procuram o homem capaz de a levar a bom termo. Inspiram-lhe as ideias necessárias, com o cuidado de lhe deixar todo o mérito, porque essas ideias ele terá de elaborar e pôr em execução. Assim acontece com todos os grandes trabalhos da inteligência humana. Os Espíritos respeitam cada homem na sua esfera própria: aquele que só é capaz de cavar a terra não será feito depositário dos segredos de Deus, mas saberá tirar da obscuridade o homem capaz de realizar os seus desígnios. Não vos deixeis pois arrastar, pela curiosidade ou a ambição, por um caminho que não corresponda ao objetivo do Espiritismo e que resultaria, para vós, nas mais ridículas mistificações.


Fonte: Livro dos Médiuns / Allan Kardec

DOENÇA DE ALZHEIMER E ESPIRITISMO


Estaria o mal de Alzheimer relacionado a delicados processos expiatórios, ou esta doença seria de origem puramente orgânica, sem qualquer relação com o espírito?
É importante ressaltar que o tema que estamos debatendo ainda requer estudo mais aprofundado por parte dos pesquisadores do campo da ciência e também do espiritismo. Ainda não há em nenhuma das vertentes, estudos conclusivos acerca da doença.
As elucidações espíritas baseiam-se principalmente nas pesquisas realizadas pela Associação Médico Espírita (AME). Não existem registros específicos atribuídos inteiramente a espiritualidade que possam descrever a doença. As fontes dos estudos espíritas se apoiam nas obras do espírito de André Luiz, pela psicografia do médium Chico Xavier. Alguns de seus livros tratam das influencias do espírito sobre a matéria e vice versa.
Segundo os estudiosos do espiritismo, a doença de Alzheimer pode ter origem em conflitos do espírito refletidos na matéria, o que a psicologia chama de somatização. No livro "Nos Domínios da Mediunidade", psicografado por Chico Xavier, André Luiz explica que "assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que lhe degradam, com reflexos sobre as células materiais". Existem basicamente duas causas espirituais que podem estar atreladas ao desenvolvimento do Alzheimer. Vejamos:
Obsessão: Indivíduos envolvidos em processos obsessivos graves e por longos períodos podem sofrer consequências orgânicas provenientes da emanação do pensamento doentio tanto do obsessor, quanto dele mesmo, imprimindo na matéria as consequências dessas vibrações. Tal ocorrência poderia explicar a atrofia acentuada no encéfalo que é uma característica do Alzheimer. Lembramos que o cérebro é a sede do pensamento e por isso seria a estrutura material mais prejudicada pelas baixas vibrações espirituais.
Auto-obsessão: Esta parece ser a principal causa do Alzheimer atribuída à origens espirituais. A auto-obsessão é um processo nocivo desencadeado pelo próprio espírito, muito comum nas pessoas com rigidez de caráter, introspectivas, egocêntricas e portadoras de sentimentos doentios como o desejo de vingança, o orgulho e a vaidade. Invariavelmente o sentimento de culpa incutido inconscientemente no espírito e que as vezes se arrasta por várias reencarnações é o fator determinante. O espírito é chamado à ajustes com a própria consciência, necessitando de isolamento e esquecimento temporário de suas ações pretéritas.
Invariavelmente as pessoas com Alzheimer podem estar envolvidas nas duas situações acima, uma vez que o pensamento nocivo atrai espíritos do mesmo padrão vibratório que acabam por iniciar um processo de obsessão mútua, uma espécie de simbiose. É evidente que este processo deve se arrastar por muito tempo até desencadear uma patologia física, por isso o Alzheimer é tão comum na fase senil. Angústias e tormentos psíquicos que duram uma vida inteira, muitas vezes com origem em outras existências, sucumbirá no final da vida física traduzido em doenças diversas da matéria.
Independente da origem, a doença constitui grande oportunidade de aperfeiçoamento moral não somente para o paciente, mas também para todos aqueles que estão diretamente envolvidos com o processo do cuidar. Os familiares que estão novamente reunidos para resgatar débitos contraídos entre si enfrentam provações dolorosas com a doença, porém reparadoras. Aquele que cuida hoje, certamente foi algoz no passado e necessita reajustar sua conduta ou até mesmo desenvolver sentimentos que ainda não possui. Para os cuidadores terceirizados, o ensejo é de exercitar a paciência, desenvolver a compaixão e o amor ao próximo, executando a missão escolhida por ele mesmo na espiritualidade.
Prevenção
Não existem vacinas ou medicamentos para prevenção da doença, acredita-se que a adoção de hábitos saudáveis principalmente relacionados a saúde mental podem diminuir a probabilidade do aparecimento do Alzheimer. Pessoas com maiores níveis de escolaridade tem chances menores de desenvolver demência. Recomenda-se a prática da leitura, o exercício do raciocínio, o lazer e o estabelecimento de vínculos afetivos saudáveis. Qualquer atividade que mantenha as conexões neuronais ativas, contribuem para higiene mental.
Do ponto de vista espiritual, orienta-se a prática da caridade, o desenvolvimento do amor ao próximo, o exercício incansável do bem e o trabalho edificante como profilaxia para doenças do espírito. Retidão de caráter e elevação de pensamento, contribuem para o aperfeiçoamento do espírito e evita transtornos de todas as ordens. Não esqueçamos a recomendação do Cristo: "Orai e vigiai".


Milagres


Passam-se os dias acontecem às dificuldades e crava-se no peito a ansiedade.
Algumas coisas, por nós mesmos, podem ser resolvidas outras são entregues a Deus
e quem somos você e eu para mudarmos um destino que diante de nós vai se abrindo?
Fica, então, nas mãos do Pai a maior e mais concreta decisão enquanto que, na nossa mão,
resta apenas agarrar a fé.
Pois é... E aí, acontece o milagre, como na multiplicação dos pães.
Todos, a nossa volta, se transformam em nossas mães.
Seguram, amparam, afagam e Ele, lá do alto, apenas tem a nos dizer que milagres só pode realizar àqueles que fizeram por merecer e pela fé não se deixaram abandonar.


Silvana Duboc

COMPROMETIMENTO


    Se, quando a nota musical fosse convocada pelo artista para uma composição, ela dissesse: "não é uma nota que faz a música..." Não nasceriam sinfonias e o homem jamais poderia se extasiar com a música que lhe enche os ouvidos e a alma.
    Se, quando a palavra fosse convidada a ser escrita, dissesse: "não é uma palavra que faz uma página..." Não existiram  livros, que beneficiam tantas vidas.
    Se, quando o construtor buscasse a pedra, ela dissesse: "não há pedra que possa montar uma parede..." Não haveria casas, edifícios, construções tão espetaculares, que parecem desafiar o homem.
    Se, quando a gota caísse sobre a terra, dissesse: "uma gota d'água não faz um rio..." Não haveria rios, lagos, mares e oceanos.
    Se, nas mãos do semeador, o grão dissesse: "não é um grão que semeia um campo..." Não haveria colheitas abundantes e mesas fartas.
    Se, o homem simplesmente considerar que não é um gesto de amor que pode salvar a humanidade, jamais haverá justiça, paz, dignidade e felicidade na terra.
    Assim como as sinfonias precisam de cada nota, assim como o livro precisa de cada palavra, não sendo nenhuma dispensável; assim como as construções precisam de cada pedra no seu exato lugar; assim como os rios, lagos, mares e oceanos precisam de cada gota d'água; assim como a colheita precisa de cada grão, a humanidade precisa de você.
    Exatamente! De você! Onde estiver. Você é único, e, portanto, insubstituível.
    E Deus conta com sua participação ativa nesta sinfonia espetacular que é a vida para tocar com sua harmonia, a musicalidade da sua voz, os corações aflitos e lhes acalmar as dores.
    Deus conta com sua palavra de bom ânimo e encorajamento para erguer os caídos nas estradas do desespero.
    Deus conta com as pedras da sua construção ativa nas boas obras para que muitos dos seus filhos não morram de fome, nem padeçam frio, nas estreitas vielas da amargura e do abandono.
    Deus conta com a gota d'água da sua boa vontade para modificar os painéis de sofrimento nas estradas por onde seguem os seus pés.
    Deus conta com o grão especial da sua paciência para semear a serenidade no campo das lutas diárias dos homens que ainda não descobriram que suas vidas devem ser muito mais do que simplesmente dominar o mercado financeiro, vencer os adversários em um jogo ou ganhar na cotação da bolsa de valores.
    Deus conta com o seu gesto de amor, onde esteja, para falar e agir com justiça, para semear a paz, para viver com dignidade e mostrar que é possível ser feliz na terra, ainda hoje.
    A maior felicidade consiste em saber descobrir a felicidade nos olhos da gratidão alheia, na prece que brota da alma da criança a quem ensinamos a buscar a Deus, nas mãos envelhecidas no trabalho, que buscam as nossas para um aperto silencioso, significativo, sincero.
***
    O mundo precisa do nosso comprometimento para ser o mundo que todos queremos, desejamos e aguardamos.
    Não esperemos pelos outros.
    Doemos hoje, agora, a nossa nota de esperança, a nossa palavra de fé, a nossa gota de amor, a nossa semente de solidariedade.
    O mundo espera. As criaturas precisam, e Deus conta conosco.
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(Equipe de Redação do Momento Espírita, baseado em mensagem de autor desconhecido, intitulada "se".

Meu Senhor


Ensinai-me a ser dócil e amável em todos os acontecimentos da vida: nas contrariedades, no menosprezo dos outros, na insinceridade daqueles em quem confiava, na infidelidade daqueles nos quais acreditava.
Fazei-me esquecer de mim mesmo para pensar e fazer felizes os outros; esconder minhas pequenas penas e angústias, para sofrê-las em silêncio.
Ensinai-me a tirar proveito do sofrimento que atravessa meu caminho.
Fazei que eu saiba usá-lo de tal modo que me torne afável e não duro ou áspero; que me torne paciente, generoso no perdoar, não mesquinho, arrogante, intolerante.
Que ninguém seja menos bom por minha culpa, ninguém menos puro, menos sincero, menos gentil.
Enquanto procuro não perturbar os outros, fazei que sussurre, vez por outra, uma palavra de amor por Vós.
Que minha vida transcorra no sobrenatural, plena de força para o bem e forte no desejo de santidade.
Amém!


Dinorah Cantão

AUTISMO NA VISÃO ESPÍRITA


Conta Carlos Baccelli:
Um casal aproximou-se ao Chico, o pai sustentando uma criança de ano e meio nos braços, acompanhando por distinto medico espírita de Uberaba.
A mãe permaneceu a meia distância, em mutismo total, embora com alguma aflição no semblante.
O médico, adiantando-se, explicou o caso ao Chico: a criança, desde que nasceu, sofre sucessivas convulsões, tendo que ficar sob o controle de medicamento, permanecendo dormindo a maior parte do tempo, em consequência, mal consegue engatinhar e não fala.
Após dialogarem durante alguns minutos. O Chico perguntou ao nosso confrade a que diagnostico havia chegado.
- Para mim, trata-se de um caso de autismo – respondeu ele.
O Chico disse que o diagnostico lhe parecia bastante acertado, mas que convinha diminuir o anticonvulsivos mesmo que tal medida, a principio, intensificasse os ataques. Explicou, detalhadamente, as contra indicações do medicamento no organismo infantil. Recomendou passes.
- Vamos orar- concluiu.
O casal saiu visivelmente mais confortado, mas, segurando o braço do médico nosso confrade. Chico Explicou a todos que estávamos ali mais próximos:
- “o autismo”, é um caso muito sério, podendo ser considerado uma verdadeira calamidade. Tanto envolve crianças quanto adultos... Os médiuns também , por vezes, principalmente os solteiros sofrem desse mal, pois que vivem sintonizados com o mundo espiritual, desinteressando-se da Terra. É preciso que alguma coisa nos prenda no mundo, porque, senão, perdemos a vontade de permanecer no corpo...”.
E Chico exemplificou com ele mesmo:
-Vejam bem: o que é que me interessa na Terra? A não ser a tarefa mediúnica, nada mais. Dinheiro, eu só quero o necessário para sobreviver casa, eu não tenho o que fazer com mais de uma... Então, eu procuro me interessar pelos meus gatos e meus cachorros. Quando um adoece ou morre, eu choro muito, porque se eu não me ligar em alguma coisa eu deixo vocês...
Ele ainda considerou que, muitos casos de suicídios têm as suas raízes no “autismo”, porque a pessoa vai perdendo o interesse pela vida. Inconscientemente deseja retornar à Pátria Espiritual, e para se libertar do corpo, que considera uma verdadeira prisão, força as portas de saída...
E o Chico falou ao médico:
- È preciso que os pais dessa criança conversem muito com ela, principalmente a mãe. È necessário chamar o espírito para o corpo. Se não agirmos assim, muitos espíritos não permanecerão na carne, porque a reencarnação para eles é muito dolorosa.
Evidentemente que não conseguimos registrar tudo, mas a essência do assunto é o que está exposto aqui.
E ficamos a meditar na complexidade dos problemas humanos e na sabedoria de Chico Xavier.
Quando ele falava de si, ilustrando a questão do “autismo”, sentimo-lo como um pássaro de luz encarcerado numa gaiola de ferro, renunciando à paz da grande floresta para entoar canções de imortalidade aos que caíram, invigilantes, no visgo do orgulho ou no alçapão da perturbação.
Nesta noite, sem dúvida, compreendemos melhor Chico Xavier e o admiramos ainda mais.
De fato, pensando bem, o que é que pode interessar na Terra, a não ser o trabalho missionário em nome do Senhor, ao Espírito que já não pertence mais à sua faixa evolutiva?
O espírito daquela criança sacudia o corpo que convulsionava, na ânsia de libertar-se...
Sem dúvida, era preciso convencer o Espírito a ficar. Tentar dizer-lhe que a Terra não é cruel assim... Que precisamos trabalhar pela melhoria do homem.
 
OBSERVAÇÃO DE DIVALDO FRANCO: Precisamos considerar que “somos herdeiros dos próprios atos”. Em cada encarnação adicionamos conquistas ou prejuízos a nossa contabilidade evolutiva e, em determinados momentos, ao contrairmos débitos mais sérios, reencarnamos para ressarci-los sob a injunção dolorosa de fenômenos expiatórios, tais os estados esquizoides e suas manifestações várias. Dentre eles, um dos mais cruéis é o AUTISMO. No fenômeno do autismo estamos diante de um ex-suicida a qual, desejando fugir à responsabilidade dos delitos cometidos, envereda pela porta falsa da autodestruição. Posteriormente, reencarna com o drama na consciência por não ter conseguido libertar-se deles. São, também, os criminosos não justiçados pelas leis humanas ou Espíritos que dissimularam muito bem suas tragédias. Assim, retornam à Terra escondendo-se da consciência nas várias patologias dos fenômenos esquizofrênicos. Os pais devem esperar a criança dormir e conversar com ela. Pois a conversa é captada pelo inconsciente (Espírito). Fale devagar, pausadamente: Estamos contentes por você estar entre nós; Você tem muito que fazer na Terra; você vai ser feliz nesta vida; Nós te amamos muito; etc.



Compilação  de Rudymara

Maria, passa na frente


Maria, passa na frente e vai abrindo estradas e caminhos.
Abrindo portas e portões.
Abrindo casas e corações.
A Mãe vai na frente e os filhos protegidos seguem Seus passos.
Maria, passa na frente e resolve tudo aquilo que não podemos resolver.
Mãe, cuida de tudo o que não está ao nosso alcance.
Tu tens poder para isso!
Mãe, vai acalmando, serenando e tranquilizando os corações.
Termina com o ódio, os rancores, as mágoas e as maldições.
Tira Teus filhos da perdição, Maria!
Tu és Mãe e também a porteira.
Vai abrindo o coração das pessoas e as portas pelos caminhos.
Maria, te peço, passa na frente!
Vai conduzindo, ajudando e curando os filhos que necessitam de Ti.
Ninguém foi decepcionado por Ti depois de haver Te invocado e pedido a Tua proteção.
Só Tu, com o poder de Teu Filho, podes resolver as coisas difíceis e impossíveis.
Amém

Eu oro por você


Eu oro Pai, neste momento, para que o Senhor, com a força do Espírito Santo, venha tocar,
neste irmão, nesta irmã, que está triste, e que de tão amargurado, não se aceita, e por não se aceitar, não consegue se amar, e já não se cuida mais, por sentir-se só e
desamparado...
Pai querido, toca na alma ferida, no trauma mais profundo naquele lugar que só o Senhor sabe onde dói mais, remove essa "casca" que recobre a ferida mais dolorosa, e seca de vez essa marca que ainda sangra.
Toca Pai, toca no coração ressecado, angustiado, de quem já não acredita mais em si mesmo. Que perdeu as forças de tanto chorar, que foi abandonado (a) sem motivos, que foi vítima de injustiça, que não sabe a quem recorrer.
Tu Senhor, é juiz soberano, julga essa causa então, devolve a esse irmão, a essa irmã, a alegria, a esperança, o ressurgir do desejo de cuidar-se.
A capacidade de admirar-se e perceber, que dentro de cada um de nós, brilha uma chama maior que qualquer dor, a chama da tua mão, a chama da criação, a chama do amor.
Então, eu oro agora, pelos que querem te encontrar, pelos que te buscam e não acham,
pelos que tateiam no escuro da mágoa, os que vagam de hospital em hospital, sem achar a doença que os consome, inunda-os agora com o Teu Santo remédio, o teu poderoso amor.
Assim, saia curado neste dia, todo aquele, que mesmo não vendo, perceba, que mesmo não se achando merecedor, sinta, que a Tua maior grandeza está em reconhecer, em cada um de nós, mesmo os maiores devedores, uma chama única, um brilho, que somos amados como o único filho.
Eu oro então, para que agora, o elo seja refeito, a ligação restabelecida, e em cada um, brilhe a tua luz, refletindo na face, o doce sorriso do amado Jesus.


Paulo Roberto Gaefke

A calma que se precisa


 

O momento decisivo da evolução humana pede persistência, coragem, mas também calma.
Se pensarmos no alcance no final da conhecida expressão de Jesus: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei, podemos ampliar seu entendimento e entender seu divino convite.
Afinal o "como eu vos amei", como devemos entender?
Como é que Ele nos amou?
Em boa síntese didático-educativa, podemos entender que:

a) Ele sempre respeitou nossa posição evolutiva. Tanto que sempre valorizava quem dele sem aproximava. Às diferentes personalidades que o procuraram, da mulher adúltera ao doutor da lei, respeitou-lhes o estágio moral.

b) Nada pediu em troca pelos inúmeros benefícios que trouxe à humanidade. Isso é uma demonstração de amor. Ama e porque ama ampara, consola, conforta, orienta; Nada exigiu, aguarda nosso despertar.

c) Importou-se conosco. Esse importar-se conosco foi demonstrado na prática pelas expressivas manifestações de entendimento de nossa precária condição evolutiva, estendendo-nos seu divino amparo e orientação.

Daí a recomendação fraterna: "Amai-vos uns aos outros". Mas apresentou também a proposta de como fazê-lo, acrescentando o "como eu vos amei". Até porque - e hoje entendemos com mais exatidão - ele é o Modelo e Guia, referência mais alta que possuímos no planeta para seguir e nos esforçarmos como exemplo para incorporarmos ao comportamento.
Essa adoção de postura no comportamento é capaz de vencer obstáculos, extinguir contendas e dispensar mágoas, ressentimentos ou sentimento de vingança ou mesmo temores infundados, uma vez que estamos todos protegidos por sua grandeza e bondade.
É a calma, a resignação ativa, que trabalha, compreende e encontra outros caminhos que sejam de paz para superação dos imensos desafios da atualidade.


Orson Peter Carrara 

Bênção do lar


Deus, Pai de misericórdia, criador de todas as coisas, invocamos o teu Espírito Santo sobre este lar e seus moradores.
Assim como visitaste e abençoaste a casa de Abraão, de Isaac e de Jacó, visita-nos e guarda-nos na tua luz.
Guarda estas paredes de todos os perigos: do incêndio, da inundação, do raio, dos assaltos, de todo e qualquer mal.
Que venham teus anjos portadores de paz e cerquem esta casa com a energia do amor!
Suplicamos também a proteção e a saúde para todos os que aqui habitam.
Afasta-os da divisão e da falta de fé.
Abençoa e guarda este lar e todos os que o visitam.
Por Cristo Jesus, nosso Senhor.
Amém!


Paulo Roberto Gaefke

sábado, 8 de outubro de 2016

Evangelização - Humildade


“Bem- aventurados os  humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”                                                                                               Mateus, 5:3

Objetivo: Conscientizá-los da importância que a humildade tem na elevação da criatura humana e do fato de que todos têm sua relevância no universo. Ajudá-los a ver que não existe superioridade verdadeira de um sobre o outro, só por causa da função exercida, do dinheiro, da posição ou das aparências.


Incentivação: 


Certo dia duas pessoas foram ao templo para orar. Os dois entraram no templo e cada qual fez sua oração. O primeiro chegou diante do altar, ergueu suas mãos para o alto (era costume da época) e orou:
Oh! Senhor eu te agradeço porque não sou uma daquelas pessoas que não dão coletas, que vivem de negócios desonestos como, por exemplo este homem que se encontra ali no fundo do templo. Eu não sou ruim, duas vezes por semana eu me purifico e não como. Dou a décima parte de tudo que ganho para a igreja.
Assim continuou a apresentar a Deus tudo de bom que ele fez.
O segundo agiu de forma bem diferente do anterior. Não teve nem coragem de erguer as suas mãos. Nem sequer ergueu a cabeça. Ele estava certo que era pecador e que não tinha nada para se gabar diante de Deus. Só tinha condições de bater no peito e dizer:
Senhor, eu sou um pecador, minha vida está cheia de erros, tenho prejudicado o meu próximo, não sou merecedor de nada, mas tenha pena de mim e dá-me o teu perdão.
Com qual das orações Deus se alegrou?
O primeiro chegou diante do Senhor falando de sua vida e de como ele era bom e de quantas boas obras tinha feito. O segundo veio, com mãos vazias, confessou sua vida cheia de erros. Ele não tinha nada para apresentar. Somente uma coisa ele queria: perdão pelos seus pecados, e, salvação que só Deus pode dar.
Jesus disse que o segundo fez certo e orou corretamente. Ela demonstrou humildade e confiança total. Sua vida, cheia de faltas e enganos, não está certa. Mas a sua humildade e confiança de dizer isto ao Senhor e a certeza e confiança de que o Senhor pode dar ente perdão fez com Jesus concluísse dizendo: “Uma coisa é certa! Quem voltou para casa perdoado foi o publicano. Aquele que realmente veio para ser perdoado”.

Diálogo:

§  Alertar que quando ficamos contando vantagem sobre alguma virtude, freqüentemente queremos convencer a nós mesmos de que a temos. Quem é de verdade não precisa dizer: os outros simplesmente vêem.
§  Assim, quem é inteligente de fato não precisa dizer que é, porque qualquer um pode perceber isso; quem é honesto, responsável ou bondoso não necessita gritar isso, ou tentar convencer os outros de que é, muito menos desmerecer os méritos alheios para elevar os seus. Se as virtudes forem verdadeiras, elas se imporão por si.
§  Observar que, muitas vezes, aquele que faz propaganda de uma virtude tem pouco mais do que ela de que se orgulhar.

 Pedir que dêem exemplos de atitudes humildes
Após ouvi-los, dar alguns exemplos:
§  Reconhecer que nós também erramos. Há muitas pessoas que pensam que os outros erram, mas que elas estão sempre certas. Em uma discussão, raramente conseguem perceber que o outro pode ter alguma razão.
§  Em várias situações na vida, acham que a culpa pelos problemas é sempre de outras pessoas ou de Deus. Pedir desculpas, mesmo que não estiver totalmente convencido de que errou. Às vezes, erramos sem querer e não notamos, mas outras pessoas nos mostram nosso equívoco e é nosso dever moral pelo menos nos desculpar.
§  Tratar com respeito aqueles que, teoricamente, são inferiores a nós. Se, em uma matéria, somos muito melhores que um nosso colega, não é certo que fiquemos "jogando isso na cara dele". Não ficar falando para os outros que somos isso e aquilo de bom. Tratar os que têm menos que a gente com o mesmo respeito que gostaríamos de ser tratados pelos que têm mais.
§  Aceitar ajuda - ninguém consegue fazer tudo sozinho. Reconhecer que não sabemos alguma coisa. Ouvir o que os outros estiverem falando. Mesmo que, na nossa opinião, eles estiverem falando besteira, pode ser que algo de proveitoso tenham a expor.

Pedir que citem atitudes orgulhosas.
§  Todas as contrárias às que citamos no item acima, além de outras, tais como olhar com desprezo para uma pessoa mal vestida, não aceitar fazer um trabalho tido como inferior, como lavar vasos sanitários ou louças, não admitir críticas, não admitir nossa própria inferioridade
§  Não acreditar em Deus é um ato de extremo orgulho, porque faz com que a pessoa se julgue superior, sem ninguém acima dela. Querer que todos tenham a nossa opinião. Achar que nossa palavra não pode ser contestada, que os outros devem fazer tudo como nós fazemos ou mandamos. Tratar as pessoas como se não precisássemos delas. Achar que os outros não merecem ter coisas boas que nós temos.

Existe vantagem em ser humilde? Qual?

§  A pessoa humilde evolui mais depressa, porque reconhece seus defeitos e isso é o primeiro passo para os eliminar.
§  . A humildade leva a pessoa a cultivar outras virtudes, como o respeito, a paciência, a tolerância e a compreensão dos erros dos outros, esta porque sabemos sermos nós mesmos cheios de falhas.
§  O humilde aceita com mais facilidade a vontade de Deus, o que faz com que seja mais tranqüilo para ele cumprir sua missão aqui na Terra.
§  Por outro lado, o orgulhoso mente para si mesmo, porque se acredita muito melhor do que verdadeiramente é. Ele pode ofender muitas pessoas no caminho, porque seu orgulho não lhe permite ver que elas não são seres inferiores, que merecem ser tratados como tal. Aquele que alimenta o orgulho tem dificuldades na convivência com os outros, além de preparar para si mesmo momentos de sofrimentos, sendo vários deles ligados à percepção de quem realmente são, que muitas vezes vem de forma amarga.
§  Quem é humilde sabe servir ao próximo. Isso contribui não só para a evolução daquele que serve, mas também para a melhoria do planeta, para a paz na Terra.

 Pedir que citem o nome de alguma pessoa muito humilde que conheçam ou de quem já tenham ouvido falar

§Conduzi-los à percepção de que Jesus, além de ensinar a humildade através das palavras, exemplificou-a o tempo todo. Ele, o maior espírito que já passou pela Terra, não humilhou ninguém com seu poder, com sua superioridade. Poderia, certamente, ter escolhido nascer rico, em meio a ouro e roupas bonitas. Teria todas as possibilidades de assumir o poder, de mandar nas pessoas da época, se assim quisesse. Se fosse orgulhoso, não quereria andar no meio de pobres, prostitutas, cegos e estropiados.
§  Não trataria a todos como seus iguais. Não chamaria a todos de irmãos, nem se curvaria diante do que percebia ser a vontade do Pai.
§  O Mestre nos disse que "Bem-aventurados são os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus". Quis dizer com isso que a felicidade é para os humildes, aqueles que não procuram rebaixar os outros, que sabem se colocar na sua posição exata diante de Deus, de si e dos homens.
§  Jesus, ao pregar a humildade, sabia que ela é a mãe de outras virtudes muito importantes para o nosso crescimento.
§  Ele disse também que "Os exaltados serão humilhados e os humilhados serão exaltados". Isso significa que aqueles que buscam se elevar acima dos homens acabam se tornando os mais baixos diante de Deus, enquanto aqueles que fazem a vontade deste e aceitam servir ao semelhante elevam-se diante do criador.Contar-lhes a cena da Santa Ceia, em que Jesus lava os pés e as mãos dos doze apóstolos, que estavam com ele. Na época, essa tarefa era feita por escravos e, antes da chegada do nazareno, os seus companheiros discutiam à cerca de quem faria tão subalterna atividade. Após lavar-lhes os pés e as mãos, Jesus falou-lhes:"Aquele que quiser ser o maior dentre vós, seja o menor", deixando claro que a verdadeira virtude está na humildade.
Contar a historia de Francisco de Assis.

FRANCISCO DE ASSIS

     No dia 26 de setembro de 1182, em Assis, na Itália, nascia o filho de Pedro Bernardone, rico comerciante de tecidos, e dona Joana Bourlemont.
     Como Pedro Bernardone estivesse viajando na época do nascimento do filho, dona Joana, alma sensível e mansa, de profunda religiosidade, levou o pequenino para o batismo e lhe deu o nome de João. Ao voltar da viagem, Bernardone ficou furioso ao saber do nome do filho e disse:
     - Com autoridade de quem você batizou meu filho? Quem batiza sou eu! E ele se chamará Francisco.
     Joana teve a intuição certa ao fazer batizar seu filho com o nome de João, pois ele era, na realidade, a reencarnação do apóstolo João Evangelista, que Jesus fizera renascer no seio da Igreja Católica a fim de restaurar a pureza do Evangelho.
     Francisco foi crescendo e seu pai, homem de caráter forte e autoritário, desejava que o filho chegasse a ser um rico comerciante como ele. Não poupou esforços quando Francisco, ainda jovenzinho, pediu para ser cavaleiro. Sem relutância o rapaz alistou-se para defender sua gente numa guerra entre Assis e a Perúsia. Não houve o sucesso que se esperava e o vibrante soldado foi preso pelos inimigos. Privou-se da liberdade,mas foi nesse cárcere que pôde meditar profundamente sobre a complexidade da vida humana.
     Começava para ele uma grande revolução interior, o homem velho dava lugar ao novo. Agora Francisco percebia o verdadeiro sentido do seu destino. Não havia nascido por acaso. E seu coração estava preparado para realizar a vontade do Senhor.
     Na época havia muitas igrejas e conventos em ruínas, então Francisco ligou-se de imediato com o aspecto da igrejinha de São Damião, que estava a ponto de ruir. Ouviu uma voz que dizia:
     -Minha casa está caindo. Quero que você a reforme.
     Não pensou de pronto, que a casa a que se referia a voz era o corpo da Doutrina, o Evangelho de Jesus. Na possibilidade de oferecer algo de si, sua meta inicial foi reconstruir igrejas. Chegou mesmo a gastar algum dinheiro do pai nessas reformas, o que provocou frontal e escandaloso desentendimento. Seu pai ficou inconformado com o prejuízo material e com a opção de Francisco em ajudar a pobreza, indo contra todos os sonhos de vê-lo um cavaleiro e rico sucessor de seus bens.
     Francisco de Assis deixou a casa paterna, entregando ao pai tudo o que tinha, até mesmo as roupas que estava usando. Era abril de 1207, o rapaz tinha 25 anos. Nascia, então, Francisco de Assis, o “Profeta da pobreza”.
     Francisco de Assis dedicou-se integralmente a seu semelhante, aos doentes, pobres, órfãos e amou a todos, inclusive os animais e a natureza. Restaurou o Evangelho na sua pureza primitiva. Na figura do “Poverello”, relembrou aos homens, principalmente àqueles que estavam na direção da Igreja e que haviam adulterado os ensinamentos do Mestre, que o Evangelho deveria ser aplicado aos simples e necessitados.
     A todos chamava carinhosamente de “irmão”: irmão Sol, irmã Lua, irmão fogo, irmã Terra. Exemplificou assim a humildade diante da Criação de Deus.
     No dia 3 de outubro de 1226, em Santa Maria da Porciúncula, terminou a caminhada terrena deste homem cheio de misericórdia, sempre pronto a se compadecer e a perdoar.
     Aquele que viveu como Jesus e amou todas as criaturas pequenas e grandes, vivas ou inanimadas. No dia seguinte, 4 de outubro, foi sepultado em Assis, data em que passou a ser comemorado o Dia Universal da Natureza.
     Francisco de Assis é considerado o protetor dos animais e patrono dos “lobinhos”, ramificação do Escotismo que atende crianças de 7 a 10 anos, pelo amor que demonstrou à natureza.

Musica vagalume

Sou o vagalume
Que vive a piscar
A minha luzinha
É pequenininha,
Mas dá p’ra iluminar
Não me comparo ao sol
Lindo a brilhar
Nem me comparo à lua
Que no céu está

Mas lá na floresta
Quando está escuro
A minha luzinha
É pequenininha
Mas dá p’ra iluminar
Promover a reflexão para a formação dos conceitos:
§  O vagalume se achava tão brilhante quanto o sol?
§  Ele se achava tão brilhante quanto a lua?
§  Quando o vagalume piscava? Para quê?
§  Ele sabia que a sua luz era pequenina?
§  Ele sabia que sua luz só podia ajudar um pouquinho?
§  O vagalume gostava de ajudar?
§  Ele era humilde ou orgulhoso? Por quê?
§   Se eu precisasse de uma luz forte e só tivesse vagalume para iluminar o que eles poderiam fazer?

Concluir  que:
§  As crianças são como o vagalume: podem também ajudar, mesmo que a ajuda seja pequena.

Toda ajuda dada com amor, mesmo pequena, traz luz e felicidade ao coração. Todas as crianças juntas poderão dar uma grande ajuda, tal como os vagalumes fizeram uma grande luz. E Jesus espera isso de nós.