Diz Emmanuel no livro O Consolador:
"dentre os mundos inferiores, a Terra pertence
à categoria dos de expiações e provas, porque ainda existe predominância do mal
sobre o bem. Aqui, o homem leva uma vida cheia de vicissitudes por ser ainda
imperfeito, havendo, para seus habitantes, mais momentos de infelicidades do
que de alegrias. A provação é a luta que ensina ao discípulo rebelde e
preguiçoso a estrada do trabalho e da edificação espiritual. A expiação é a
pena imposta ao malfeitor que comete um crime.”
Diante de tal explicação, concluímos que não
nascemos para ser completamente felizes. Aqui, neste planeta, alegria e
tristeza se revezam. Moramos num vale de lágrimas, ou seja, ora choramos de
alegria, ora de tristeza. Estes são ensinamentos básicos na Doutrina Espírita,
mas muitos de nós espíritas, mesmo sabendo de tudo isso, quando passamos por um
momento difícil, sentimos pena de nós mesmos. Basta encontrarmos com um
conhecido para desabafarmos nossas amarguras nos colocando na condição de
“coitadinho” ou “vítima” de uma situação. Temos também o hábito de
responsabilizar os outros pela nossa dor: um amigo (a), um espírito, a macumba,
os pais, a inveja, o olho gordo, a herança genética, etc. Quando na verdade
somos vítimas de nós mesmos. O plantio é livre, mas a colheita obrigatória.
Portanto, estamos colhendo o que plantamos, nesta vida ou em na anterior.
Portanto, não somos coitadinhos.
Rudymara
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