quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A Flor da Espiritualidade


Certa vez um casal recebeu um lindo vaso com um maravilhoso Girassol. Amarelo, grande, vivo!
Como o casal pouco se via durante a semana, devido ao trabalho, não conversou sobre como cuidar do Girassol; a noite, quando se via, acabava conversando sobre outros assuntos, esquecendo do Girassol.
Depois de alguns dias, aquela linda flor amarela, que no começo da semana estava no auge de sua beleza, estava sem sua cor exuberante, murcha e sem energia aparente.
Quando o casal se deu conta a, flor já não podia recuperar-se. O que tinha acontecido?
A esposa justificando-se indagou que por falta de tempo não pode molhá-la. O marido por falta de tempo deixou de colocá-la para tomar sol.
A falta de tempo e comunicação culminaram na morte do Girassol.
Na vida há quatro tipos de pessoas: as que não cuidam, as que molham, as que colocam para tomar sol e aquelas que fazem as duas coisas: molham e colocam para tomar sol.
A ESPIRITUALIDADE é como o Girassol.
Não basta acreditarmos em Deus, devemos mantê-lo VIVO dentro de nossos corações.
Não basta orarmos incessantemente, devemos orar e acreditar naquelas palavras que nossas bocas proferem.
Não basta pedirmos, devemos desejar que aquilo torne-se real pelas nossas próprias mãos. Se tivermos que pedir, que peçamos pelos nossos irmãos que não conhece o verdadeiro Deus de misericórdia e amor!
Por fim, não basta acreditar, orar, pedir.
Para bem cuidar do Girassol é necessário molhar, colocar no sol, retirar as pragas, cortar folhas secas, adubar.
Para mantermos a ESPIRITUALIDADE VIVA E RENOVADA dentro de nós, é preciso que nossas atitudes sejam as mesmas as quais nossas bocas e pensamentos desejam.
Se queres ser perdoado, perdoe.
Se desejas ser feliz, alegre-se.
Se queres ser ajudado, ajude um irmão.
Se queres que seu irmão seja ajudado, ore e ajude.
Se queres livrar-se da tentação, concentre-se.
Se queres livrar-se do mal, faça apenas o bem.
Se queres manter Deus VIVO dentro de você, ora e vigia.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo explica-se a óptica espírita acerca deste conselho de Jesus: orar é entrar em contato com o mundo espiritual, para pedir, louvar ou agradecer. Vigiar é tomar atenção à nossa própria conduta, tentando corrigir defeitos e apurar qualidades.
De nada adianta pedirmos em oração aquilo que contradiz nossas atitudes.


Amigo de luz

Comecemos Hoje


Não diga que você pratica as lições do Evangelho só por debater-lhe os problemas.
A palavra edificante é uma Bênção do Céu, mas há sonâmbulos do verbo notável, sem serem loucos. Falam de maneira brilhante, embora dormindo.
E todos podemos sofrer de tal calamidade.
Em nosso testemunho de aplicação com Jesus é preciso fazer algo.
Acorde, pois, trabalhando.
O próximo espera seu auxílio.
Mexa-se, de algum modo, para ajudar.
Guie um cego, na praça pública.
Garanta a higiene, onde você estiver.
Costure para os necessitados.
Dê um café aos filhos do infortúnio.
Destine a roupa supérflua ao andrajoso.
Não creia que o barulho de fora nos desperte. Entretanto, o ruído de nossas próprias mãos no trabalho construtivo renova-nos a mente.
Hoje, você enriquece o serviço do Senhor com alguma coisa. Amanhã, o serviço do Senhor será tesouro crescente, em seu caminho.

Médium: Francisco Cândido Xavier
Espírito: André Luiz
Livro: Mãos Marcadas (extrato) - Ed. IDE

PRECE DE EUSÉBIO


Senhor da Vida,
Abençoa-nos o propósito de penetrar o caminho da Luz!...
Somos Teus filhos, Ainda escravos de círculos restritos, mas a sede do Infinito Dilacera-nos os véus do ser.
Herdeiros da imortalidade,buscamo-Te as fontes eternas, esperando, confiantes, em Tua misericórdia.
De nós mesmos, Senhor, nada podemos, sem Ti, somos frondes decepadas que o fogo da experiência tortura ou transforma.
Unidos, no entanto, ao Teu Amor, somos continuadores gloriosos de Tua Criação Interminável.
Somos alguns milhares neste campo terrestre; e, antes de tudo, louvamos-Tea grandeza que não nos oprime a pequenez...
Dilata-nos a percepção diante da vida, abre-nos os olhos enevoados pelo sono da ilusão, para que divisemos Tua glória sem fim!...
Desperta-nos docemente o ouvido, a fim de percebermos o cântico de Tua sublime eternidade.
Abençoa as sementes de sabedoria que os teus mensageiros esparziram no campo de nossas almas; fecunda-nos o solo interior, para que os divinos germens não pereçam.
Sabemos, Pai, que o suor do trabalho e a lágrima da redenção constituem adubo generoso à floração de nossas sementeiras; todavia, sem Tua bênção, o suor enlanguece e a lágrima desespera... sem Tua mão compassiva, os vermes das paixões a as tempestades de nossos vícios podem arruinar-nos a lavoura incipiente...
Acorda-nos, Senhor da Vida, para a luz das oportunidades presentes; para que os atritos da luta não as inutilizem, guia-nos os pés para o supremo bem; reveste-nos o coração com a Tua serenidade paternal, robustecendo-nos.
Poderoso Senhor, ampara-nos a fragilidade, corrige-nos os erros, esclarece-nos a ignorância,
acolhe-nos em Teu amoroso regaço.
Cumpram-se, Pai Amado, os Teus desígnios soberanos, agora e sempre.
Assim seja.

André Luiz

TRIBULAÇÕES


Você costuma maldizer as tribulações que a vida lhe oferece?
Muitas vezes costumamos reclamar das adversidades pelas quais passamos, sem refletir nas lições de que são portadoras.
Aqueles que dizem crer em Deus jamais deveriam maldizer as situações que se apresentam no caminho, antes, deveriam aceitá-las como uma oportunidade de aprendizagem.
Uma semente, por exemplo, passa pela solidão, no interior da terra, para que a flor e o fruto possam surgir, enriquecendo a vida.
A fonte passa sobre o lodo e as pedras para que os campos não sejam reduzidos à esterilidade.
A lâmpada suporta a carga de força que gradativamente a consome, para dissolver as trevas.
Assim acontece também em todos os campos de edificação e do sentimento.
Se a criança não se desenvolvesse, transformando-se em adulto, a ingenuidade jamais daria lugar à experiência.
Se a cultura não crescesse, não haveria progresso.
Se a teoria não avançasse para a realização, nunca passaria de um montão de palavras.
Dessa forma, entendamos transposição, atrito, provas e desafios como condições de melhoria e aperfeiçoamento, ajuste e elevação.
À vista disso, aceitemos em paz as tribulações que a existência nos imponha.
Se as lutas e tropeços, conflitos e lágrimas não nos visitassem os corações, nosso Espírito se deteria preso na ilusão e na insensatez, nas sombras da ignorância e do primitivismo.
Agradeçamos os obstáculos que nos chegam em forma de alteração ou mudança, quebrando-nos a inércia e renovando-nos a vida.
Recordemos a águia recém-nascida.
Não fosse o rompimento do invólucro que a constringe, não desenvolveria as próprias asas para ganhar as alturas.
E sem os empurrões da águia mãe talvez o filhote não encontrasse coragem suficiente para se lançar penhasco abaixo e descobrir as maravilhas de poder voar, livre, pela imensidão dos ares.
Não fossem os tombos, na tentativa dos primeiros passos, não aprenderíamos a nos sustentar sobre as próprias pernas.
Sem as enfermidades que apodrecem a nossa tola vaidade, não desenvolveríamos a salutar humildade.
Se não existisse o sofrimento, que arrebenta a concha do nosso egoísmo, não encontraríamos o caminho que conduz à felicidade efetiva.
Observando a vida sob esse ponto de vista, não mais reclamaremos das tribulações, mas saberemos retirar de cada uma delas, as lições necessárias ao nosso crescimento.
*   *   *
O sol brilhará novamente amanhã, na seara onde você trabalha.
Procure receber todas as dificuldades com fervorosa confiança em Deus, que o identifica pelas qualidades de serviço, abnegação e renúncia.
Mantenha, assim, o ideal do bem hoje e sempre, acima de todas as vicissitudes, porquanto, se o corpo transitório marcha para o túmulo, o Espírito, nas lutas que o vitalizam, lentamente se renova no rumo da vida imortal.
Pense nisso!
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Redação do Momento Espírita com base no cap. 14, do livro Rumo certo, pelo
Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. Feb e no cap. 57, do livro Legado kardequiano, pelo Espírito 

Marco Prisco, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Verdadeira identidade




    Qual é sua identidade?
    Quando alguém lhe faz essa pergunta, é natural que você busque um documento de identificação e o apresente a quem o solicita, ou, então, decline o número que traz guardado na memória.
     Mas você já se deu conta de que esse documento de identidade é válido somente para o mundo físico?
    Quando você fizer a grande viagem de retorno ao mundo espiritual, deixará tudo o que diz respeito a este mundo na aduana do túmulo e seguirá apenas com os seus recursos pessoais.
    Suas obras serão a sua identificação. Elas falarão em seu favor ou contra você.
    Por essa razão, vale a pena pensar em tudo o que diga respeito aos verdadeiros valores da vida.
    Mesmo que você tenha um valioso relógio de ouro, o que falará em seu favor será o que tiver feito das suas horas.
    Ainda que ocupe um cargo importante junto aos homens, o que falará de você será sua autoridade moral.
     Pode possuir roupas de grife e esmerar-se na aparência, mantendo-se sempre impecável, sua testemunha de defesa será o sentimento com que reveste suas ações.
    Mesmo que possua os calçados mais caros e finos do mundo, sua identidade serão os seus passos.
    Ainda que se adorne das mais belas joias e enfeites raros, somente as ações no bem lhe garantirão a beleza da alma.
    Por mais que possua títulos e honrarias, a honradez será a virtude que lhe abrirá as portas da felicidade.
    Assim, entendemos que não serão as coisa que possuímos que se constituirão em nossa identidade no mundo espiritual, mas o que efetivamente tivermos realizado.
    Em verdade, os bens materiais não são obstáculos à conquista das virtudes, mas não podem ser confundidos com estas.
    Pensemos na grandeza das credenciais de madre Tereza de Calcutá, de irmã Dulce, de Dr. Bezerra de Menezes e de tantos anônimos que deixaram a terra em silêncio e foram recebidos com todas as honras no além.
    Madre Tereza, em sua simplicidade e humildade, jamais deixou de falar com firmeza dos ideais nobres que defendia diante de quem quer que fosse.
    As autoridade mundiais calavam-se ante aqueles dois olhos miúdos que traziam um brilho singular. Mais pareciam duas estrelas engastadas num rosto marcado pelas agruras da vida.
    Irmã Dulce, uma criaturinha franzina e de saúde frágil, era possuidora de uma fortaleza ímpar. Sua simples presença já dava notícias de sua grandeza moral.
    Dr. Bezerra de Menezes, conhecido como médico dos pobres, foi reconhecido político de nosso país, e jamais se deixou enredar nas malhas da indignidade e da insensatez. Dedicou-se com amor aos sofredores de toda ordem e fez da sua vida um exemplo de doçura.
    De volta ao mundo espiritual, será que estas pessoas precisaram apresentar sua identidade, ou será que suas obras falaram em seu favor?
    Considerando que todos teremos que fazer a viagem de volta, mais cedo ou mais tarde, seria oportuno que fizéssemos um pequeno balanço em nossa bagagem para verificar o quanto de bens eternos já temos guardado.
    Mas é importante lembrar que somente poderemos levar conosco as aquisições que tenham o selo dos bens eternos.
    Pense nisso!
    Os bens materiais são excelente meio de evolução para os homens, se usados com sabedoria e justiça.
    Mas sempre vale a pena lembrar as sábias palavras do Mestre de Nazaré: "de que adianta ao homem ganhar o mundo e perder a sua alma?"
    Pense nisso!

Fonte: Momento Espírita