domingo, 17 de julho de 2016

COMO ORAS?


        A oração é recurso iluminativo de que todos nos devemos utilizar, no transcurso da jornada evolutiva. No entanto, a maioria dos aprendizes das variadas escolas de fé, recorre-lhe ao concurso, objetivando conseguir favores da Vida Mais Alta com os quais se desobrigaria mais facilmente os seus compromissos de redenção.
        Orar é ato de abrir-se a Deus, apresentando-se em estado de receptividade para poder plenificar-se com s superiores aspirações, alimentando-se com as forças que fluem do Seu amor.
        Jesus ensinou-nos, na prece dominical — a oração perfeita — a louvar, agradecer e pedir.
        Na singeleza e profundidade da sua formulação  encontram-se expressos os mais importantes anseios do homem e as raízes vigorosas da sua origem que são exaltadas em cântico de graças ao Criador. Entretanto, repedidas vezes, o Mestre nos conclamou a rogar auxílio, apoio e orientação.
        João, no Capítulo dezesseis, versículo vinte e quatro do Evangelho, anotou esta sábia assertiva, que merece meditada, informando: Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi, e recebereis, para que o vosso gozo se cumpra.
        Há pessoas que se apresentam desiludidas com o resultado das suas orações, em face das respostas recebidas.
        Rogaram tranquilidade e viram-se a braços com lutas continuadas.
        Pediram saúde e as enfermidades se sucederam no lar.
        Solicitaram comodidades e foram conduzidas a problemas e testemunhos.
        Apresentaram planos de riqueza e os mesmos foram dissolvidos, renteando com as necessidades mais ásperas.
        Propuseram construir um ninho de ternura e receberam animosidades e asperezas.
        Afervoraram-se nas preces e morte não foi impedida de entrar-lhes no recinto doméstico, roubando-lhes entes queridos.
     Resolveram deixar de elevar-se nas rogativas, porque os resultados foram decepcionantes e dolorosos.
        O Pai não se nos apresenta, porém, como um servo que deve atender as paixões subalternas dos enganados filhos terrestres.
        As respostas, aparentemente diversas, dos pedidos insensatos constituem prova do supremo amor, que atende conforme é de melhor para o peticionário e não de acordo com o capricho deste.
        Quem anela por tranquilidade, que não se recuse à peleja.
        Quem deseja saúde, que produza bens do espírito, superando os desajustes orgânicos.
        Quem aspira comodidades, que estabeleça um programa de harmonia íntima.
        Quem busca riqueza, que entesoure paz no coração e sabedoria na conduta.
        Quem procura afeto, que desdobre os valores morais no campo do amor sem fronteira.
        Quem confia na vida, jamais se rebele com a transitória mudança física ante a presença da morte.
        Orar é dispor de entendimento para compreender e aceitar a divina vontade que nos impele ao crescimento espiritual, fazendo-nos galgar os degraus da evolução com passo firme e sentimento renovado.
        Quando te entregares à bênção da prece, observa o que pedes, como pedes e para que pedes.
        Nem tudo quanto te parece bom, representa o melhor para ti.
        Verifica se o que solicitas constitui uma necessidade legítima para o teu ser imortal ou uma aspiração vaidosa para a tua apresentação no mundo.
        Não imponhas o teu querer como se o Senhor tivesse obrigação de servir-te.
        Abre-Lhe a alma com humildade e confia no resultado da tua rogativa.
        Acima de tudo, observa para que desejas aquilo cuja falta te atormenta e, desde que se prenda ao quadro de valores terra-a-terra que ficarão, supera esta inquietação e acalma-te no refrigério da oração, sabendo pedir em nome de Jesus, a fim de que tudo quanto te seja concedido se transforme em plenitude e gozo.


Joanna de Ângelis

(De “A PRECE SEGUNDO OS ESPÍRITOS” (Coletânea Mediúnica Ilustrada), de Divaldo Pereira Franco – Diversos Espíritos — Org. por Washington Luiz Nogueira Fernandes)

Ando devagar porque já tive pressa


Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de ter tantas coisas, de chegar a tantos lugares, pressa do ter, do parecer.
Mas hoje ando a passo lento, pois já entendo que a vida é uma busca de si mesmo, do ser: Ser melhor, ser amável, ser amigo, ser sensível, ser compassivo, ser caridoso...
Hoje compreendo que é preciso paz para poder sorrir, pois o sorriso verdadeiro, a felicidade autêntica, vem da paz de espírito, a paz de consciência, de quem segue o caminho do bem a todo custo.
Entendo também que as chuvas são bem-vindas, e que sem elas não há floradas, pois é preciso chuva para florir.
A dor nos esculpe a alma, quando bem entendida, quando bem absorvida nos passos diários da lida.
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa do sucesso a qualquer custo, pressa de ser popular, de ser o primeiro, de agradar a todos...
Mas hoje ando tranquilo, percebendo mais as manhas e as manhãs, o sabor das massas e das maçãs, absorvendo a vida em toda sua plenitude.
O viver pode ser o mesmo, as circunstâncias podem permanecer inalteradas, mas minhas lentes são outras. Enxergo tudo de outra forma.
E o mais importante de tudo: descobri que para cumprir a vida, para cumprir meu papel, minha missão aqui, preciso compreender minha própria marcha.
Sêneca, antigo sábio, afirmou que nenhum vento é a favor para quem não sabe para onde ir. Então, compreender a marcha é fundamental. Precisamos saber para onde estamos indo, precisamos saber o que é nossa marcha, nossa vida.
Só então posso ir tocando em frente, com simplicidade e devoção, com alegria e coração.
Pois todos temos talento, todos carregamos o dom de ser capaz e ser feliz.
A felicidade não é para poucos, não, é para todos. E cada um a vai encontrando no seu tempo, no seu momento, da sua forma.
Ando devagar porque já tive pressa... Pressa de partir, já quis desistir de tudo, em alguns momentos, mas hoje ando como que em câmera lenta, com a coragem de quem quer ficar e ver tudo até o fim.
Carrego esse sorriso porque já chorei demais, mas isso não quer dizer que não voltarei a derramar alguma gota dos olhos. Significa apenas que os sorrisos serão a regra. A lágrima, exceção.
Ando devagar no passo curto dos meus filhos, pois se resolver andar acelerado os deixarei para trás.
Ando devagar para perceber o sabiá cantador, pois se torno minha vida uma bomba-relógio, passo a não perceber a vida que passa ao largo de meus passos, e assim, os sabiás passam a não existir mais.
Ando devagar para ainda conseguir olhar onde piso, e não esmagar nada, nem ninguém com minha desatenção ou deselegância.
Ando devagar para pensar um tanto mais antes de agir, para escolher as palavras certas, para digerir uma ideia nova, para escolher um caminho, para silenciar a mim mesmo por alguns instantes.
Ando devagar... Porque já tive pressa.

*   *   *
A vida é especialmente rica para que se passe por ela, às pressas, sem atentar para os detalhes.
O mundo é pleno de belezas para que se o percorra aos saltos, sem nos determos a descobrir as belezas das flores, o segredo das matas, o encanto das fontes.
Pensemos nisso!

 Redação do Momento Espírita, com base na canção Tocando em frente, de Almir Sater

PERDOA-TE


A palavra evangélica adverte que se deve ser indulgente para com as faltas alheias e severo em relação às próprias.
Somente com uma atitude vigilante e austera no dia-a-dia o homem consegue a autorealização.
Compreendendo que a existência carnal é uma experiência iluminativa, é muito natural que diversas aprendizagens ocorram através de insucessos que se transformam em êxitos, após repetidas, face aos processos que engendram.
A tolerância, desse modo, para com as faltas alheias, não pode ser descartada no clima de convivência humana e social.
Sem que te acomodes à própria fraqueza, usa também de indulgência para contigo.
Não fiques remoendo o acontecimento no qual malograste, nem vitalizes o erro através da sua incessante recordação.
Descobrindo-te em gravame, reconsidera a situação, examinando com serenidade o que aconteceu, e regulariza a ocorrência.
És discípulo da vida em constante crescimento.
Cada degrau conquistado se torna patamar para novo logro.
Se te contentas, estacionando, perdes oportunidades excelentes de libertação.
Se te deprimes e te amarguras porque erraste, igualmente atrasas a marcha.
Aceitando os teus limites e perdoando-te os erros, mais facilmente treinarás o perdão em referência aos demais.
Quando acertes, avança, eliminando receios.
Quando erres perdoa-te e arrebenta as algemas com a retaguarda, prosseguindo.
O homem que ama, a si mesmo se ama, tolerando-se e estimulando-se a novos e constantes cometimentos, cada vez mais amplos e audaciosos no bem.

Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco
Livro: Filho de Deus

Amarás servindo


Ainda mesmo quando te vejas absolutamente a sós, no trabalho do bem, sob a zombaria dos que se tresmalham temporariamente da navegação e do egoísmo, não esmorecerás. Crendo na misericórdia da Providência Divina e nas infinitas possibilidades de renovação do homem, seguirás Jesus, o Mestre e Senhor, que, entre a humildade e a abnegação, nos ensinou a todos que o amor e o serviço ao próximo são as únicas forças capazes de sublimar a inteligência para que o Reino de Deus se estabeleça em definitivo nos domínios do coração.


Emmanuel

Amanhã


“Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã.”
Diz o preguiçoso: “amanhã farei”.
Exclama o fraco; “amanhã, terei forças”.
Assevera o delinquente: “amanhã, regenero-me”.
É imperioso reconhecer, porém, que a criatura, adiando o esforço pessoal, não alcançou, ainda, em verdade, a noção real do tempo.
Quem não aproveita a bênção do dia, vive distante da glória do século.
Alma sem coragem de avançar cem passos, não caminhará vinte mil.
O lavrador que perde a hora de semear, não consegue prever as consequências da procrastinação do serviço a que se devota, porque, entre uma hora e outra, podem surgir impedimentos e lutas de indefinível duração.
Muita gente aguarda a morte para entrar numa boa vida, contudo, a lei é clara quanto à destinação de cada um de nós.
Alcançaremos sempre os resultados a que nos propomos.
Se todas as aves possuem asas, nem todas se ajustam à mesma tarefa, nem planam no mesmo nível.
A andorinha voa na direção do clima primaveril, mas o corvo, de modo geral, se consagra, em qualquer tempo, aos detritos do chão.
Aquilo que o homem procura agora surpreenderá amanhã, à frente dos olhos e em torno do coração.
Cuida, pois, de fazer, sem delonga, quanto deve ser feito a benefício de tua própria felicidade, porque o Amanhã será muito agradável e benéfico somente para aquele que trabalha no bem, que cresce no ideal superior e que aperfeiçoa, valorosamente, nas abençoadas horas de Hoje.


Emmanuel

Amor pela dor


Em nome do amor há crianças desamparadas, velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes
privações, e almas feridas entre pesadelos e aflições irremediáveis...
Em nome do amor, há quem abandone o santuário doméstico, relegando os vínculos da sua redenção a temporário esquecimento...
Em nome do amor, há quem se confie a tragédias passionais, investindo contra o objeto da própria devoção afetiva, através da delinquência e da morte...
Em nome do amor, há quem provoque separação e desespero, portas a dentro do lar, convertendo-o em inferno de lágrimas a quatro paredes...
Em nome do amor, há quem menospreze o próprio corpo, arrojando-se a despenhadeiros de remorso e sofrimento, pelo desvão do suicídio...
Em nome do amor, há crianças desamparadas, velhinhos sem teto, doentes sitiados em rudes
privações, e almas feridas entre pesadelos e aflições irremediáveis...
Entretanto, semelhantes delitos, em nome da luz que equilibra o Universo, são perpetrados pela violência e pelo ciúme, pela cegueira e pela incompreensão do egoísmo - o apego desvairado a nós mesmos - , em cuja concha de trevas habitualmente nos ocultamos, fugindo à
excelsitude do amor genuíno pelo amor de sofrer.
Aceitemos a luta por instrutora de nossa existência, como quem sabe que nada existe sem preço. Adquiramos o tesouro do amor pelo aproveitamento da dor.
Recebamos as lições da renúncia e o próprio sacrifício por jorros de claridade celeste, nas sombras de nosso "eu", e, aprendendo que mais vale dar que receber, o amor transformará a face de nossos destinos, porque tomará nosso coração por trono de sua glória e, ensinando-nos a entender e ajudar a todos, fará de nossa vida o santuário resplandecente e sublime da Vontade Justa e Misericordiosa de Deus.

Emmanuel

Aos quase Suicidas


Sim. É a dor fulminativa, a dor largamente suportada, aquela que se te acumulou no coração, qual represa de fogo e fel, e aquela outra que sempre temeste e que chegou, e por fim, à maneira de tempestade, arrasando-te as forças. São elas essas agonias indizíveis, para as quais os dicionários humanos não te fornecem palavras adequadas à necessária definição, que, muitas vezes, te fazem desejar a morte, antes do momento em que a morte aparece a cada criatura terrestre, à feição de anjo libertador.
Ainda assim, compreendendo-te os ápices de angustia, em nome de todos aqueles que te
amam, aquém das fronteiras de cinzas, dos quais te despedistes na grande separação, rogamos-te paciência e coragem.
Ergue-te, acima dos escombros das próprias ilusões, e contempla os caminhos novos que a
infinita Bondade de Deus te reserva.
Se amarguras te azedaram os sonhos, espera pelo tempo cujos filtros não funcionam debalde; se desenganos te buscaram, observa que ensinamentos te trazem; se dificuldades repontaram da estrada, estuda com elas qual a melhor solução aos teus problemas de paz e segurança; se provações surgiram, atribulando-te as horas, enumeras as lições de que se façam portadoras, em teu beneficio; se prejuízos te dilapidaram a existência, recorda que o trabalho nunca nos cerra as portas; e se alguém te deixou a alma vazia de afeição, pensa no amor infinito que sustenta o universo, na certeza de que outras almas te virão ao encontro, abençoando-te o dom de amor e de servir.
Nunca esmoreças, ante as dificuldades que te surjam no caminho para a vanguarda.
Quando estiveres a ponto de ceder à pior rendição de todas – aquela de recusar o dom da vida- detém-te a refletir em Deus que te criou para a sabedoria e para o amor. E Ele, cujo poder arranca a erva da semente sepultada no chão para o esplendor solar, te arrebatará igualmente a qualquer tribulação, a fim de que sobrepaires, além de todos os fracassos e de todas as crises, de modo a que brilhes e avances para a frente, aprendendo e trabalhando, servindo e amando, em plenitude de vida imperecível.


Emmanuel 

Algo para nós


Não digas que a grandeza de Deus te dispensa do bem a realizar.
Deus é a Luz do Universo, mas podes acender uma vela a clarear o caminho para muita
gente dentro da noite.
Deus é o Amor, entretanto, onde a necessidade apareça, aguardas o privilégio de oferecer a migalha de socorro que comece a restaurar o equilíbrio da vida.
Lembremo-nos de que Deus pode fazer tudo, mas reservou-nos algo para realizar, por nós
mesmos, de modo a sermos dignos de Seu nome.

Emmanuel

Ajuda o teu filho


Ajuda o teu filho, enquanto é tempo.
A existência na Terra é a vinha de Jesus, em que nascemos e renascemos.
Quantos olvidam seus filhos, a pretexto de auxílio ao próximo, e acabam por fardos pesados a toda gente!
Quantos se dizem portadores da caridade para o mundo e relegam o lar ao desespero e ao abandono?!
Não convertas o companheirinho inexperiente em ornamento inútil, na galeria da vaidade, nem lhe armes um cárcere no egoísmo, arrebatando-o à realidade, dentro da qual deve marchar 
em companhia de todos.
Dá-lhe, sempre que possível, a bênção dos recursos acadêmicos; mas, antes disso, abre-lhe
os tesouros da alma, para que não se iluda com as fantasias da inteligência quando procura agir sem Deus.
Ensina-lhe a lição do trabalho, preparando-o simultaneamente na arte de ser útil, a fim de
que não se transforme em alimária inconsciente.
Os pais são os ourives da beleza interior.
O buril do exemplo e a lâmpada sublime da bondade são os instrumentos de tua obra.
Não imponhas á formação juvenil os ídolos do dinheiro e da força.
A bolsa farta na alma vazia de educação é roteiro seguro para a morte dos valores espirituais.
O poder, sem amor, gera fantoches que a verdade destrói no momento preciso.
Garante a infância e a juventude para a vida honrada e pacífica. Que seria do celeiro se o
lavrador não preservasse a semente?
Quem despreza o grelo frágil é indigno do fruto.
Faze de teu filho o melhor amigo, se desejas um continuador para os teus ideais.
Que será de ti se, depois de tua passagem pela vida física, não houver um cântico singelo de
agradecimento endereçado ao teu espírito, por parte daqueles aos quais deves amor?
Que recolherás na seara da vida, se não plantares o carinho e o respeito, a harmonia e a solidariedade, nem mesmo no canteiro doméstico?
Não reproves a esmo.
A tua segurança de hoje lança raízes na tolerância de teu pai e na doçura das mãos enrugadas e ternas da tua mãe.
Esqueça a cartilha da violência.
Que seria de ti sem a paciência de algum velho amigo ou de algum mestre esquecido, que te ensinaram a caminhar?
O destino é um campo restituindo invariavelmente o que recebe. Ama teu filho e faze dele o teu confidente e companheiro. E, quanto puderes com o teu entendimento e com o teu coração, auxilia-o, cada dia, para que não te falte à visão consoladora da noite estrelada na hora do teu repouso e para que te glorifiques, em plena luz, no instante luminoso do despertar.


Emmanuel

A grande pergunta



Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito. O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz.
É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças.
Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam às atividades a que se ajustam
Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus.
É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos
os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de
atender, sinceramente, às recomendações
do seu verbo sublime.

Emmanuel

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Aflição Vazia


Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros,
mas igualmente a favor de nós mesmos.
Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.
No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.
Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da
lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.
Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita à casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária... Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.
Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.
Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da
natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidade do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho.
E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.

Emmanuel

Adversários e nós


Muita gente indaga, com inquietação, sobre a maneira justa de se aplicar o ensinamento de Jesus, no que tange ao amor pelos inimigos.
Aquele companheiro ter-nos-á ferido, impondo-nos prejuízos graves, outro nos terá deixado o espírito em chaga aberta, a golpes de ingratidão. De que modo expressar-lhes amor, segundo os princípios do Evangelho?
Urge, porém observar que Jesus nos pede amor pelos adversários, mas não nos recomenda
aceitar ou amar aquilo que eles fazem.
Determinada pessoa agiu contra nós e, claramente, não lhe aplaudiremos as diretrizes, no entanto, ser-nos-á possível acolhe-la no clima da fraternidade, compreendendo-lhe a posição de criatura que haverá adquirido com isso pesada carga de lutas íntimas, a detrimento de si própria. Podemos, além disso, amar perfeitamente os que erram contra nós, entendendo que as falhas deles hoje serão talvez nossas, amanhã, atentos que devemos estar às qualidades falíveis de nossa condição.
Por símile, imaginemos o enfermo e a enfermidade. Deixaremos de amar os nossos doentes,
porque estejam doentes e, quando falamos em amar os doentes estaremos ensinando o amor pelas enfermidades?
Amar os adversários será respeitar-lhes os pontos de vista e abençoá-los, sempre que tomem caminhos diferentes dos nossos. E, toda vez que tombem conscientemente nas trevas de espírito, recordemos o próprio Cristo e entreguemo-lo a Deus, rogando para eles paz e misericórdia, porque, realmente, não sabem o que fazem.


Emmanuel

A Escola do Coração


O lar, na essência, é academia da alma.
Dentro dele, todos os sentimentos funcionam por matérias educativas.
A responsabilidade governa.
A afeição inspira.
O dever obriga.
O trabalho soluciona.
A necessidade propõe.
A cooperação resolve.
O desafio provoca.
A bondade auxilia.
A ingratidão espanca.
O perdão balsamiza.
A doença corrige.
O cuidado preserva.
A renúncia liberta.
A ilusão ensombra.
A dor ilumina.
A exigência destrói.
A humildade refunde.
A luta renova.
A experiência edifica.
Todas as disciplinas referentes ao aprimoramento do cérebro são facilmente encontradas nas universidades da Terra, mas a família é a escola do coração, erguendo entes amados à condição de professores do espírito.
E somente nela conseguimos compreender que as diversas posições afetivas, que adotamos na esfera convencional, são apenas caminhos para a verdadeira fraternidade que nos irmana a todos, no amor puro, em sagrada união, diante de Deus.


Emmanuel

A escora infalível


Quando estiveres sob o eclipse total da esperança, não te deixes vencer pela sombra.
Segue adiante, fazendo o bem que possas.
É possível que pedras e espinhos te firam na estrada, quando estejas tateando na escuridão.
Conserva, porém, a serenidade e a coragem, porque os agentes contrários à tua marcha são elementos que te analisam as conquistas de humildade e paciência.
Sofre, mas serve e segue.
Se te falharam todos os recursos de proteção do mundo, não te esqueças de que tens contigo a escora infalível de Deus.


Emmanuel

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Evangelização - A VIÚVA INOPORTUNA

A VIÚVA INOPORTUNA




ATIVIDADE INTRODUTÓRIA

 DESCOBRIR O TEMA DA AULA

   A   V I Ú V A  I N  O  P O R T U N A
    1   2 3 4 2 1   3 5  6  7  6  8 9 4  3  1

Contar a parábola e explicar o significado  das palavras que eles não conhecem (inoportuna,iníquo,etc.)

DESENVOLVIMENTO
   Quando vocês querem que seus pais deem algo para vocês, o que vocês fazem?
(nós pedimos).

Será que os nossos pais sabem de tudo o que a gente quer? Muitas vezes, se nós nunca pedirmos, eles nunca vão saber o que queremos, não é?

 E Deus, será que Ele sabe de tudo o que a gente precisa?
 Então se Ele sabe todas as coisas, para que devemos pedir a Ele?(deixar que as crianças respondam).
Deus, que  é nosso Pai amoroso sabe de todas as nossas necessidades, mas devemos pedir a Ele em oração porque isso o agrada. Deus gosta muito quando conversamos com Ele e lhe contamos nossos problemas e nossos males, porque isso mostra a nossa fé nele.

   Jesus enfatiza que Deus atende aqueles que o procuram.
   Se um juiz iníquo promove a justiça em favor de uma mulher insistente, tanto mais Deus, em sua grandeza nos ajudará de pronto, não porque o importunemos, mas porque Ele é nosso Pai, de infinito amor e misericórdia.
Deus atende às nossas orações, mas fazendo justiça, isto é dando-nos de conformidade com nossos méritos e necessidades. Deus age como um Pai que não dá tudo o que o filho pediu. Apenas o que será realmente proveitoso.
Se nossa visão espiritual se dilatasse e pudéssemos conhecer  o passado, verificaríamos que nossos males têm a sua razão de ser. Estão associados aos nossos desatinos do pretérito. Surgem não como castigo, mas como medida educativa.
Deus abrandará nossas dores, mas não as eliminará, porquanto são indispensáveis à nossa renovação.

RESUMINDO:

Pedimos o que queremos.
Deus nos dá o que precisamos.
A propósito vale lembrar a oração de um atleta americano que ficou paralítico aos vinte e quatro anos, em plena vitalidade, belo e forte, cheio de planos para o futuro.

   Pedi a Deus força para executar projetos grandiosos,

   Ele me fez fraco para conservar-me humilde.

    Pedi a Deus saúde para grandes feitos.

    Ele me deu a doença para compreendê-Lo melhor.

    Pedi a Deus riqueza para tudo possuir,
    Ele me deixou pobre para não ser egoísta.

    Pedi a Deus poder para que os homens
    Precisassem de mim.

    Ele me fez humilde para que Dele Precisasse.

    Pedi a Deus tudo o que me permitisse desfrutar a vida,
    Ele me ensinou a desfrutar a vida com tudo o que tenho.

    Senhor, não recebi nada do que pedi,
    Mas deste-me tudo de que eu precisava.
    E, quase contra a minha vontade,
     As preces que não fiz foram ouvidas.

     Louvado sejas ó meu Deus!
     Entre todos os homens, ninguém tem mais do que eu!
  
Fonte: Histórias que trazem felicidade- Richard Simonetti


Blog Pelos Caminhos da Evangelização

Evangelização - O FESTIM DAS BODAS

O FESTIM DAS BODAS



Nesta parábola, Jesus comparou o Reino de Deus a um Rei que fez as bodas de seu filho, mandando seus servos chamar os convidados, mas ninguém o atendeu. Estavam todos ocupados, chegando até a maltratar os enviados. Como os convidados não atenderam aos convites mandou que os servos chamassem os que se viam nas ruas, bons ou maus.

“O Rei foi verificar como estava a festa e viu que um homem não vestia a túnica nupcial, e deu ordem para que  o levassem embora, dizendo: ‘Por que são muitos os chamados e poucos os escolhidos” (Mateus, XXII - 1 a 4)

Por que  somente o homem sem a veste nupcial foi mandado embora?

Era costume antigo usar roupa especial para cada cerimônia que assistia. Utilizando essa exigência social, Jesus demonstrou a necessidade de nossa transformação moral.

O que devemos fazer para que essa transformação ocorra?

A mudança dos pensamentos que ocupam nossa mente e moldam a nossa vida para o bem e para o mal.

Quer dizer que eu posso escolher o tipo de pensamento que quero ter?

- Claro que sim! Pode ser difícil, mas não impossível, romper o hábito de ter maus pensamentos.

Nós temos o livre-arbítrio para escolher o caminho a seguir.
Por mais que demore, inevitavelmente o caminho nos levará à evolução e ao conhecimento de Deus.

O ESPIRITISMO VEM DAR CUMPRIMENTO ÀS PALAVRAS DE JESUS CRISTO, NO SENTIDO DE RENOVAR A FÉ, ESPERANÇA NA VIDA FUTURA E NA CONSTRUÇÃO DO REINO DE DEUS, DENTRO DE NÓS.

Questionário

1- A que Jesus comparou o Reino de Deus nesta Parábola?

2- O que quer dizer a veste nupcial?

3- Podemos escolher os nossos pensamentos  ?Como?

4- Por que muitos são chamados e poucos são os escolhidos?

5- Como podemos fazer a nossa transformação espiritual?





PARÁBOLA DO FESTIM DAS BODAS

Evangelização - Você Sabia?


Você Sabia?

Que o Trabalho é uma das leis  de Deus?



1)      COM QUAIS VIRTUDES PODEMOS COMBATER A PREGUIÇA?

Resp:



            2) JESUS DISSE: “ MEU PAI TRABALHA O TEMPO TODO E EU TAMBÉM TRABALHO.” O QUE ACONTECERIA COM O MUNDO SE DEUS E JESUS SENTISSEM PREGUIÇA?

Resp:



            3) QUE TIPO DE TRABALHO UMA CRIANÇA PODE FAZER?

 Resp:




Blog Pelos Caminhos da Evangelização

domingo, 10 de julho de 2016

A Cura do Mal


Quando Jesus nos ensinou a perdoar, concedeu-nos o máximo de poder imunológico Para frustrar o contágio do ódio e do desequilíbrio, em nosso relacionamento recíproco.
Perdoa a quem te persegue ou calunia, no veículo do silêncio, e situarás o agressor, na cela íntima do arrependimento, na qual se lhe transformarão os sentimentos para a cura espiritual que se lhe faz precisa.
Perdoa, sem comentários, a quem te ofende e a breve e tempo, te conscientizarás dos males que evitastes e das esperanças com que renovaste muito dos corações que te partilham a vida. Se alguém, te feriu, perdoa e silencia.
Se alguém te prejudicou, silencia e perdoa sempre. Quando todos nós praticarmos o perdão que o Cristo nos legou, teremos afastado do mundo as calamidades da própria guerra, que, na essência, é a cristalização do mal que nos induz a apoiar, voluntária ou involuntariamente, o extermínio de milhões de pessoas.


Emmanuel

A Cura Própria


Cura a catarata e a conjuntivite, mas corrige a visão espiritual de teus olhos.
Defende-te contra a surdez; entretanto retifica o teu modo de registrar as vozes e solicitações variadas que te procuram.
Medica a arritmia e a dispneia; contudo não entregues o coração á impulsividade arrasadora. Combate à neurastenia e o esgotamento; no entanto cuida de reajustar as emoções e tendências.
Persegue a gastralgia, mas educa teus apetites á mesa.
Melhora as condições do sangue; todavia não o sobrecarregues com os resíduos de prazeres inferiores.
Guerreia a hepatite; entretanto livra o fígado dos excessos em que te comprazes. Remove os perigos da uremia; contudo não sufoques os rins com venenos de taças brilhantes. Desloca o reumatismo dos membros, reparando, porém, o que fazes com teus pés, braços e mãos.
Sana os desacertos cerebrais que te ameaçam; todavia aprende a guardar a mente no idealismo superior e nos atos nobres.
Consagra-te á própria cura, mas não esqueças a pregação do Reino Divino aos teus órgãos, eles são vivos e educáveis.
Sem que teu pensamento se purifique e sem que a tua vontade comande o barco do organismo para o bem, a intervenção dos remédios humanos não passará de medida em trânsito para a inutilidade.


Emmanuel

As crianças


Levantará o homem o próprio ninho à plena altura, estagiando no tope dos gigantescos
edifícios de cimento armado...
Escalará o fastigio da ciência, povoando o espaço de ondas múltiplas, incessantemente convertidas em mensagens de som e cor.
Voará em palácios aéreos, cruzando os céus com a rapidez do raio...
Elevar-se-á sobre torres poderosas, estudando a natureza e movimento dos astros... Erguer-se-á, vitorioso, ao cimo da cultura intelectual, especulando sobre a essência do Universo...
Entretanto, se não descer, repleto de amor, para auxiliar a criança, no chão do mundo,  debalde esperará pela humanidade melhor.
Na infância, surge, renovado, o germe da perfeição, tanto quanto na alvorada recomeça o fulgor do dia.
Estende os braços generosos e ampara os pequeninos que te rodeiam.
Livra-os, hoje, da ignorância e da penúria, da preguiça e da crueldade, para que, amanhã,
saibam livrar-se do crime e do sofrimento.
Filha de tua carne ou rebento do lar alheio, cada criança é vida de tua vida.
Aprende a descer para ajudá-la, como Jesus desceu até nós para redimir-nos.
Sem a recuperação da infância para a glória do bem, todo o progresso humano continuará oscilando nos espinheiros da ilusão e do mal.
Não duvides que, ao pé de cada berço, Deus nos permite encontrar o próprio futuro, de nós depende fazê-lo trilho perigoso para a descida à sombra ou estrada sublime para ascensão à luz.


Emmanuel 

sexta-feira, 8 de julho de 2016

Eutanásia e Vida


Amigos da terra perguntam frequentemente pela opinião dos companheiros desencarnados,
com respeito à eutanásia. E acrescentam que filósofos e cientistas diversos aderem à ideia
de se apoiar longamente a morte administrada seja por imposição seja por imposição de
recursos medicamentosos ou por abandono de tratamento. Declaram-se muitos deles
confrangidos diante dos problemas das crianças que surgem desfiguradas no berço, ou à frente dos portadores de enfermidades supostas, muitas vezes em estado comatoso nos recintos
de assistência intensiva.
Alguns chegam a indagar se os pequeninos excepcionais devem ser considerados seres humanos seres humanos e se existe piedade em delongar os constrangimentos dos enfermos interpretados por criaturas semimortas, insensíveis a qualquer reação.
Entretanto imaginam isso pela escassez dos recursos de espiritualidade de que dispõem
para dilatar a visão espiritual para lá do estágio físico. É preciso lembrar quede deformação, os complexos de culpa determinam inimagináveis alterações no corpo espiritual.
O homem vê unicamente o carro orgânico em que o espírito viaja no espaço e no tempo, buscando a evolução própria, mas habitualmente não enxergam os retoques de aprimoramento ou as dilapidações que o passageiro vai imprimindo em si mesmo. para efeito de avaliação de mérito e demérito, quando se lhe promova desembarque na estação do destino.
a vista disso, o homem comum não conhece a face psicológica dos nossos irmãos suicidas
conscientes, ou daqueles outros que conscientes fazem pesadelos ou flagelos de coletividades inteiras.
Devidamente reencarnados, em tarefas de reajuste, não mostram senão o quadro aflitivo
que criaram para si próprios, de vez que todo descende das próprias obras e revela consigo
aquilo que fez de si próprio,
Diante das crianças em provas ou dos irmãos!
Ninguém, por agora, do mundo físico, pode calcular a importância de alguns momentos ou
de alguns dias para o espírito temporariamente
internado num corpo doente ou disforme.
Perante todos aqueles que se abeiram da desencarnação compadece-te e ajuda-o quanto
puderes. Recorda que a ciência humana é sempre um fato admirável, em transformação
constante, embora respeitável pelos benefícios que presta. No Entanto, não se esqueça de que a vida é sempre formação Divina, e, por isso mesmo, em qualquer parte será sempre
um ato permanente de amor.

Emmanuel


quinta-feira, 7 de julho de 2016

Abrigo seguro


Diante de quaisquer provações da vida; quando tudo te pareça incompreensão, barrando-te os passos; se as circunstâncias do mundo te arrebatarem a presença de criaturas queridas;
no momento em que todos os recursos se te afigurem extintos; perante os sofrimentos que
te alcancem os seres amados; ou à frente de inibições orgânicas que julgues irreversíveis,
ilhando-te nos problemas da enfermidade; não desanimes.
Pensa em Deus, refugia-te em Deus, espera por Deus e confia em Deus, porquanto, ainda
mesmo quando te suponhas a sós, em meio de tribulações incontáveis, Deus está conosco
e com Deus venceremos.


Emmanuel

Abençoe o dinheiro


Abençoa o dinheiro para que o dinheiro te abençoe.
Em verdade, não temos nele a vida, mas em si mesmo se erige por valioso sustentáculo do
progresso sobre o qual a vida se aperfeiçoa.
Não é o amor, entretanto, suscita a simpatia e o reconhecimento em que, muitas vezes,
o amor aparece em fontes de luz.
Não é saúde, todavia assegura o medicamento que combate a enfermidade.
Não é a paz, contudo, é fator de equilíbrio, promovendo o trabalho ou extinguindo muitos
dos débitos que atormentam o espírito.
Não é a felicidade, no entanto, pode criar a felicidade a nosso favor, através do bem que
é capaz de esparzir.
Talvez, dirás com amargura de quantos viste no resvaladouro da delinquência por não saberem usufrui-lo com segurança e proveito.
De nossa parte, porém, tomamos a liberdade de perguntar se conheces todo o inventário:
Das dores que o dinheiro suprime;
das lágrimas que enxuga;
das aflições que desfaz;
das empresas culturais que sustenta;
do reconforto que espalha;
das esperanças que semeia;
das boas obras que realiza;
das vidas que salva,
dos suicídios e delitos outros que consegue
evitar; das indústrias que incentiva e mantém;
das inteligências que aprimora;
ou das bênçãos de alegria que distribui.
Não censures a fortuna amoedada e nem condenes aqueles que a conservam.
Carregando responsabilidades e dirigindo-se a fins que ignoramos.
Na Terra, o dinheiro é uma alavanca que a Divina Providência nos coloca nas mãos;
Manejando-a, tanto se pode marginalizar o coração nas trevas quanto edificar o luminoso
caminho para a Vida Maior.
Dinheiro, em suma, vem de Deus, mas é forçoso reconhecer a aplicação dele vem de nós.


Emmanuel 

Aborto Delituoso


Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tragédias que agitam a opinião.
Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...
Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vigilância...
Assassínios, conflitos, ludíbrios e assaltos de todo jaez criam a guerra de nervos, em toda
parte; e, para coibir semelhantes fecundações de ignorância e delinquência, erguem-se
cárceres e fundem-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e em algumas nações a própria lapidação de infelizes é praticada na rua, sem qualquer laivo de compaixão.
Todavia, um crime existe mais doloroso, pela volúpia de crueldade com que é praticado,
no silêncio do santuário doméstico ou no regaço da Natureza...
Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para suplicar piedade e nem braços robustos
com que se confie aos movimentos da reação.
Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais inconscientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência, antes que possam sorrir para a bênção da luz.
Homens da Terra, e, sobretudo vós, corações maternos chamados à exaltação do amor e
da vida, abstende-vos de semelhante ação que vos desequilibra a alma e entenebrece o
caminho! Fugi do satânico propósito de sufocar os rebentos do próprio seio, porque os
anjos tenros que rechaçais são mensageiros da Providência, as soantes no lar em vosso próprio socorro, e, se não há legislação humana que vos assinale a torpitude do infanticídio, nos
recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos contemplam
do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos expurgue da consciência a falta indesculpável que perpetrastes.


Emmanuel

domingo, 3 de julho de 2016

Abolição do mal


Quem se refere às perseguições e calunias rixas e desgostos, na maior parte das  circunstância está destacando a influência do mal. Quantos milhares de caminhos, entretanto, para equilíbrio e restauração, alegria e esperança se todos nos empenhássemos a extinguir impressões negativas no nascedouro!
Determinado amigo terá incorrido no erro de que o acusam, todavia se nos afastamos da censura que o envolve, anotando-lhe unicamente as qualidades nobres de filho de Deus, com
possibilidades de recuperação iguais às nossas mais depressa se verá liberto da inquietação
na sombra para adquirir a tranquilidade de consciência. Certo acontecimento menos feliz
haverá sido indiscutivelmente um desastre social, no entanto, se nos abstemos de
comentá-lo nos aspectos destrutivos, teremos cooperado para que se lhe pulverizem os
destroços morais, sem piores consequências.
Aquela injúria assacada contra nós efetivamente nos haverá queimado as entranhas do Ser,
entretanto desaparecerá nas correntes profundas do tempo, se nos consagrarmos a olvida-lo, sem comunicar-lhe o fogo devorador aos entes queridos, através de alegações menos edificantes.
Essa confidência amarga ter-nos-á atingido o coração, por farpa invisível, mas não ferirão
outros, se nos dispusermos a esquecê-la.
Reflitamos na contribuição da paz a que todos somos chamados e para a qual todos
somos capazes com segurança e eficiência.
Para começar, porém, de maneira substanciosa e definitiva, é preciso que o mal cesse de agir,
tão logo nos alcance, encontrando em cada um de nós uma estação terminal das trevas.


Emmanuel