quarta-feira, 13 de abril de 2016

A CONQUISTA DA SERENIDADE


 

Um dia amanhece glorioso, com a luz do sol atravessando as folhas. Silêncio que é quebrado pelo som dos passarinhos que acordam.
Murmúrio de regatos que cantam perfume de relva molhada pelo orvalho da noite. Será isso serenidade?
A natureza oferece ao homem a oportunidade do silêncio externo, o exemplo da calma. Mas sozinha, ela, a natureza, será capaz de trazer a paz interna?
Muita gente diz assim: Vou sair da cidade, a fim de descansar. Quero esquecer barulho, poluição, trânsito.
Essa é uma paz artificial. Em geral, depois de alguns dias descansando, a pessoa volta para a cidade e aos ruídos da chamada civilização. E ainda exclama ao chegar: Que bom é voltar para o conforto da cidade.
 E, nas semanas seguintes, enfrenta novamente os engarrafamentos de trânsito, o som constante das buzinas, a fuligem. A comida engolida às pressas e o estresse do cotidiano estão de volta.
 Então vem à pergunta: Será que realmente a serenidade existe em nossa alma? Se ela estivesse mesmo em nós, não teríamos de deixar o local em que vivemos para encontrar a paz, não é mesmo?
 A conquista da serenidade é gradativa. A natureza não dá saltos e as mudanças de hábitos arraigados ocorrem muito lentamente. Não se engane com isso.
 Muita gente acredita que a simples decisão de modificar um padrão de comportamento é suficiente para que isso aconteça. Mas não é assim.
 Um antigo provérbio chinês traduz muito bem essa dificuldade. Ele diz assim: "Um hábito inicia como uma teia de aranha e depois se torna um cabo de aço". O mesmo acontece em nossa vida.
 E a conquista da serenidade não escapa a essa lógica de criar novos hábitos, de reeducar-se. Sim, pois tornar-se pacificado é um exercício de autoeducação.
 A pessoa educa-se constantemente. Treina a paciência, o silêncio da mente. É uma conquista diária, um processo que vai se instalando e se fortalecendo.
 E por onde começar? O melhor é iniciar pelo dia a dia. Treinando com parentes, amigos, colegas de trabalho. Não se deixando perturbar pelas pequenas coisas do cotidiano.
 Das pequenas coisas que irritam, a pessoa passa a adquirir mais força para superar problemas mais graves, situações mais complexas.
 Aos poucos, suaviza-se o impacto que os outros exercem sobre nós. Acalma-se o coração, dominam-se as emoções, tranquiliza-se a mente.
 O resultado é o melhor possível. Com o passar do tempo, a verdadeira paz se instala. E mesmo em meio aos ruídos de todo dia, o homem pacificado não se deixa perturbar.
 É como um oásis em meio ao caos da vida moderna. Um espelho de água em meio a tempestades. Esse homem, em qualquer lugar que esteja, traz a serenidade dentro de si.
 Experimente começar essa jornada hoje mesmo. Vai torná-lo muito mais feliz.
 * * *
 A serenidade resulta de uma vida metódica, postulada nas ações dinâmicas do bem e na austera disciplina da vontade.
 Mantenhamos a serenidade e a nossa paz se espalhará entre todos.



Pelo Espírito Joanna de Ângelis

Psicografado por Divaldo Pereira Franco
Redação do Momento Espírita, e pensamentos do verbete Serenidade, do livro Repositório de sabedoria, Ed. Leal.

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