segunda-feira, 28 de julho de 2014

POEMA DIVINO



Pai nosso que está no céu, na terra, no fogo, na água e no ar.
Pai nosso que está nas flores, no canto dos pássaros, no coração a pulsar, que está na compaixão, na caridade, na paciência, e no gesto de perdão.
Pai nosso que está em mim, que está naquele que eu amo, naquele que me fere, naquele que busca a verdade.
Pai nosso que está naquele que caminha comigo, e naquele que já partiu, deixando a minha alma ferida pela saudade.
Santificado seja o teu nome por tudo que é belo, bom, justo e gracioso, por toda a harmonia da criação.
Seja santificado por minha vida, pelas as oportunidades tantas, por aquilo que sou, tenho e sinto, e por me conduzir à perfeição.
Venha a nós o teu reino de paz e justiça, fé e caridade, luz e amor. Reino que sou convocado a construir através da mansidão de espírito, reflexo da grandeza interior.
Seja feita a tua vontade, ainda que as minhas rogativas prezem mais o meu orgulho do que as minhas reais necessidades, ainda que muitas vezes eu não compreenda mais do que o silêncio e respostas as minhas preces, não te ouvindo assim dizer: “Filho, aguarda, tua é toda a eternidade”.
O pão nosso de cada dia me dar hoje e que eu possa dividir com o meu irmão. As condições materiais que hora tenho, de nada serve se não me lembro de quem vive na aflição. Pão no corpo, pão na alma, pão que é vida, verdade e luz, pão que vem trazer alento e alegria, é o Evangelho de Jesus.
Perdoa as minhas ofensas, os meus erros, as minhas faltas.
Perdoa quando se torna frio o meu coração, quando permito que o mal se exteriorize na forma de agressão.
Que mais do que falar, eu saiba ouvir, que ao invés de julgar, eu busque a colher, que não cultivando a violência, eu semeie a paz, que dizendo não as exigências em demasia, possa a todos agradecer.
Perdoa-me, assim como eu perdoar aqueles que me ofenderem, mesmo quando o meu coração esteja ferido pelas amarguras e dissabores da ingratidão.
Possa eu Senhor da Vida, lembrar de que nenhuma magoa é eterna, e de que o único caminho que me torna sublime, é a humilde estrada da reconciliação.
Não me deixe cair nas tentações dos erros, vícios e egoísmo, que me torna um escravo da minha malevolência, antes que tua luz esteja sobre mim, iluminando-me, para que eu te encontre dentro de minha alma, como parte que és de minha essência, e livra-me de todo mal, de toda violência, de todo infortúnio,  de toda enfermidade, livra-me de toda dor, de toda mágoa, e de toda desilusão, mas ainda assim, quando tais dificuldades se fizerem necessárias, que eu tenha força e coragem de dizer: “Obrigado Pai por mais essa missão.”
Tudo o que nos cerca é poesia divina, há um traço de Deus em cada ser da criação, busquemos por Ele no desabrochar das floras, no correr das águas, no canto do vento, no cintilar das estrelas, mas acima disso, busquemos por Ele em nosso interior, basta que por instante, fechemos os olhos e o sintamos, lá ele está, dando rima aos versos de nossas vidas.

Autor desconhecido


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