terça-feira, 27 de maio de 2014

As crianças podem participar do Evangelho no Lar?



As crianças desde o berço podem e devem estar presentes no momento do Evangelho no Lar. Sua participação vai variar conforme a idade: desde bem pequenas podem ser incentivadas a participar, fazendo a prece, os comentários e as vibrações, e quando souberem ler, poderão realizar a leitura.
Quando houver crianças participando, a leitura e os comentários devem ser realizados com linguagem que permita o entendimento por parte delas. Podem ser utilizados livros com histórias de conteúdo moral, evangélico ou espírita. É interessante que os pais conheçam previamente os livros e as histórias que serão lidas naquele dia, facilitando, assim, os comentários após a leitura.
É de grande importância que os adultos incentivem a participação das crianças e expliquem a elas o que acontece naquele momento de estudo e reunião em família. 

Um roteiro de como explicar para as crianças o que é e quais as etapas do Evangelho no Lar.


O Evangelho é um livro onde podemos aprender sobre Jesus, as histórias que ele contava e as lições de paz e de amor que ele ensinou durante sua vida.
Para estudarmos o Evangelho de Jesus reunimos a família e fazemos o "Evangelho no Lar".
Devemos marcar um horário na semana, e convidar a família a estudar e trocar ideias. Tem a duração de aproximadamente 20 a 30 minutos.
Iniciamos o Evangelho no Lar com a prece do Pai Nosso ou outra prece simples e espontânea,  depois lemos um trecho escolhido ou aberto ao acaso do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo" ou de outro livro que contenha os ensinamentos do Mestre Jesus.
Após a leitura, conversamos e cada pessoa diz o que entendeu, ou qual a mensagem do texto, sempre evitando discórdia ou "cobranças" de atitudes dos familiares.
O próximo passo é fazer as vibrações. Vibração é um momento em que mandamos bons pensamentos e energias positivas para outras pessoas. Podemos vibrar pelos familiares, pelos amigos, pelos doentes e por todas as pessoas que achamos que necessitam de auxílio. Também podemos mandar boas vibrações para que as pessoas não briguem, não maltratem as crianças e os animais, que tenham emprego e saúde.
Neste momento podemos solicitar a magnetização da água. Magnetizar a água é colocar um pouco de água em um recipiente e solicitar, durante as vibrações, que os bons espíritos coloquem naquela água o remédio e os bons fluidos de que os participantes precisam naquele momento.
Terminamos o Evangelho no Lar com uma pequena prece.
Ao final, servimos a água magnetizada aos presentes, mantendo o clima de respeito e recolhimento.
O Evangelho no Lar promove a união da família, atrai a assistência dos bons espíritos e evangeliza encarnados e desencarnados que convivem conosco e na nossa casa.


Sugestões de livros que podem ser usados quando as crianças participam do Evangelho no Lar:


- A Cartilha do Bem, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Memei, Editora FEB;
- Pai Nosso, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Memei, Editora FEB;
- O Evangelho Segundo o Espiritismo para a Infância, de Maria Helena Fernandes Leite, Edições FEESP;
- Coleção Grãos de Mostarda - Um projeto do Grupo de Estudos Espíritas “Os Mensageiros”;
- Coleção Conte Mais – Um projeto da Federação Espírita do Rio Grande do Sul - FERGS;
- Não vale a pena mentir, psicografia de Raul Teixeira, Espírito Levy, Editora FRATER;
- Aprenda a Conversar com Seu Anjo, psicografia de  J. Raul Teixeira, Espírito Levy, Editora FRATER;

E muitos outros livros espíritas, com conteúdo evangélico-moral, que auxiliam a cultivar os valores eternos (amor, caridade, paz, amizade, perdão, etc).


- Jesus no Lar, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Néio Lúcio, Editora FEB;
- Caminho, Verdade e Vida, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Pão Nosso, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Fonte Viva, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Vinha de Luz, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito Emmanuel, Editora FEB;
- Agenda Cristã, psicografia de Francisco C. Xavier, Espírito André Luiz, Editora FEB;
- Luz no Lar, psicografia de Francisco C. Xavier, diversos espíritos, Editora FEB;
- Messe de Amor, psicografia de Divaldo Franco, Espírito Joanna de Ângelis, Editora LEAL.
Realizar o Evangelho no Lar é convidar Jesus a permanecer em nossa casa.


Conheça algumas questões de O Livro dos Espíritos que podem elucidar quanto à importância da participação das crianças na realização do Evangelho no Lar:


 Q.383. Qual, para este, a utilidade de passar pelo estado de infância?

“Encarnado, com o objetivo de se aperfeiçoar, o Espírito, durante esse período, é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo.”
Q.385. Que é o que motiva a mudança que se opera no caráter do indivíduo em certa idade, especialmente ao sair da adolescência? É que o Espírito se modifica?

“É que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era. Não conheceis o que a inocência das crianças oculta. Não sabeis o que elas são, nem o que foram, nem o que serão. Contudo, afeição lhes tendes, as acaricias, como se fossem parcelas de vós mesmos, a tal ponto que se considera o amor que uma mãe consagra a seus filhos como o maior amor que um ser possa votar a outro. Donde nasce o meigo afeto, a terna benevolência que mesmo os estranhos sentem por uma criança? Sabeis? Não. Pois bem! Vou explicá-lo.
As crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que não lhe possam imputar excessiva severidade, dá-lhes Ele todos os aspectos da inocência. Ainda quando se trata de uma criança de maus pendores, cobrem-se-lhe as más ações com a capa da inconsciência. Essa inocência não constitui superioridade real com relação ao que eram antes, não. É a imagem do que deveriam ser e, se não o são, o consequente castigo exclusivamente sobre elas recai.
Não foi, todavia, por elas somente que Deus lhes deu esse aspecto de inocência; foi também e, sobretudo, por seus pais, de cujo amor necessita a fraqueza que as caracteriza. Ora, esse amor se enfraqueceria grandemente à vista de um caráter áspero e intratável, ao passo que, julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. Desde que, porém, os filhos não mais precisam da proteção e assistência que lhes foram dispensadas durante quinze ou vinte anos, surge-lhes o caráter real e individual em toda a nudez. Conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas, sempre irisados de matizes que a primeira infância manteve ocultos.
Como vedes, os processos de Deus são sempre os melhores e, quando se tem o coração puro, facilmente se lhes apreende a explicação.
Com efeito, ponderai que nos vossos lares possivelmente nascem crianças cujos Espíritos vêm de mundos onde contraíram hábitos diferentes dos vossos e dizei-me como poderiam estar no vosso meio esses seres, trazendo paixões diversas das que nutris inclinações, gostos, inteiramente opostos aos vossos; como poderiam enfileirar-se entre vós, senão como Deus o determinou, isto é, passando pelo tamis da infância?
Nesta se vêm confundir todas as ideias, todos os caracteres, todas as variedades de seres gerados pela infinidade dos mundos em que medram as criaturas. E vós mesmos, ao morrerdes, vos achareis num estado que é uma espécie de infância, entre novos irmãos. Ao volverdes à existência extraterrena, ignorareis os hábitos, os costumes, as relações que se observam nesse mundo, para vós, novo. Manejareis com dificuldade uma linguagem que não estais acostumados a falar, linguagem mais vivaz do que o é agora o vosso pensamento.



Fonte: Lar Espírita Peixotinho

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