Mediunidade é instrumento vibrátil e cada
criatura consciente pode sintonizá-lo com o objetivo que procura.
Médium, por essa razão, não será somente aquele
que se desgasta no intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da
Espiritualidade.
Cada pessoa é instrumento vivo dessa ou daquela
realização, segundo o tipo de luta a que se subordina.
“Acharás o que buscas” - ensina o Evangelho, e
podemos acrescentar - “farás o que desejas.
Assim sendo, se te relegas à maledicência, em
breve te constituirás em veículo dos gênios infelizes que se dedicam à injúria
e à crueldade.
Se te deténs na caça ao prazer dos sentidos,
cedo te converterás no intérprete das inteligências magnetizadas pelos vícios
de variada expressão.
Se te confias à pretensa superioridade, sob a
embriaguez dos valores intelectuais mal aplicados, em pouco tempo te farás
canal de insensatez e loucura.
Todavia, se te empenhas na boa vontade para com
os semelhantes, imperceptivelmente terás o coração impelido pelos mensageiros
do Eterno Bem ao serviço que possas desempenhar na construção da felicidade
comum.
Observa o próprio rumo para que não te surjam
problemas de companhia.
Desce à animalidade e encontrarás a extensa
multidão daqueles que te acompanham com propósitos escuros, na retaguarda.
Eleva-te no aperfeiçoamento próprio e
caminharás de espírito bafejado pelo concurso daqueles pioneiros da evolução
que te precederam na jornada de luz, guiando-te as aspirações para as vitórias
da alma.
Examina os teus desejos e vigia os próprios
pensamentos, porque onde situares o coração aí a vida te aguardará com as asas
do bem ou com as algemas do mal.
Prática
Mediúnica
Tudo na vida é afinidade e comunhão, sob as
leis magnéticas que lhe presidem os fenômenos.
Tudo gravita em torno dos centros de atração e
sustentação de forças determinadas e específicas, no plano em que evoluímos
para a Ordem Superior.
A mediunidade não pode igualmente escapar a
semelhantes impositivos.
Almas ignorantes atraem criaturas ignorantes.
Doentes afinam-se com doentes.
Há entidades espirituais que se dedicam ao
serviço do próximo, em companhia daqueles que estimam a prática da
beneficência, tanto quanto existem inteligências desencarnadas que, em
desequilíbrio, se devotam a lamentáveis alterações da tranquilidade alheia, junto
das pessoas indisciplinadas e insubmissas.
Obsessores vivem com quem estima perseguir e
vampirizar e comunicantes irônicos somente encontram guarida nos companheiros
do sarcasmo.
Eis porque, acima da prática mediúnica,
examinada sob qualquer aspecto, situamos o imperativo da educação em nossos
círculos doutrinários.
Amontoam-se vermes onde se congregam frutos
desaproveitados ou apodrecidos, assim como a luz brilha onde encontra força ou
material que lhe sirvam de combustíveis.
O médium receberá sempre de acordo com as
atitudes que adota para si mesmo, perante a vida.
Se irado, sintoniza-se com as energias perturbadas
do desespero; se preguiçoso, vive à vontade com os desencarnados ociosos.
Quem deseje crescer para a Espiritualidade
Superior não pode menosprezar o alfabeto, o livro, o ensinamento e a
meditação.
Mediunidade não é exaltação da inércia ou da
ignorância.
O médium, para servir a Jesus de modo positivo
e eficiente, no campo da Humanidade, precisa afeiçoar-se à instrução, ao
conhecimento, ao preparo e à própria melhoria, a fim de que se faça filtro de
luz e paz, elevação e engrandecimento para a vida e para o caminho das
criaturas.
Jesus é o nosso Divino Mestre.
Eduquemo-nos com Ele, a fim de que possamos
realmente educar.
Espírito Emmanuel
Médium Francisco Cândido Xavier
Fonte: Livro: Mediunidade e Sintonia - Editora
FEB -
Associação Municipal Espírita de Caruaru - AME
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