sexta-feira, 18 de abril de 2014

Dize-me o que pensas e te digo com quem andas


Mediunidade é instrumento vibrátil e cada criatura consciente pode sintonizá-lo com o objetivo que procura.
Médium, por essa razão, não será somente aquele que se desgasta no intercâmbio entre os vivos da Terra e os vi­vos da Espiritualidade.
Cada pessoa é instrumento vivo dessa ou daquela realização, segundo o tipo de luta a que se subordina.
“Acharás o que buscas” - ensina o Evangelho, e podemos acrescentar - “fa­rás o que desejas.
Assim sendo, se te relegas à maledi­cência, em breve te constituirás em veí­culo dos gênios infelizes que se dedicam à injúria e à crueldade.
Se te deténs na caça ao prazer dos sentidos, cedo te converterás no intér­prete das inteligências magnetizadas pelos vícios de variada expressão.
Se te confias à pretensa superiorida­de, sob a embriaguez dos valores inte­lectuais mal aplicados, em pouco tempo te farás canal de insensatez e loucura.
Todavia, se te empenhas na boa vontade para com os semelhantes, imperceptivelmente terás o coração impelido pelos mensageiros do Eterno Bem ao serviço que possas desempenhar na construção da felicidade comum.
Observa o próprio rumo para que não te surjam problemas de compa­nhia.
Desce à animalidade e encontrarás a extensa multidão daqueles que te acompanham com propósitos escuros, na retaguarda.
Eleva-te no aperfeiçoamento pró­prio e caminharás de espírito bafejado pelo concurso daqueles pioneiros da evolução que te precederam na jornada de luz, guiando-te as aspirações para as vitórias da alma.
Examina os teus desejos e vigia os próprios pensamentos, porque onde si­tuares o coração aí a vida te aguardará com as asas do bem ou com as algemas do mal.

Prática Mediúnica

Tudo na vida é afinidade e co­munhão, sob as leis magnéticas que lhe presidem os fenômenos.
Tudo gravita em torno dos centros de atração e sustentação de forças deter­minadas e específicas, no plano em que evoluímos para a Ordem Superior.
A mediunidade não pode igualmente escapar a semelhantes impositivos.
Almas ignorantes atraem criaturas ignorantes.
Doentes afinam-se com doentes.
Há entidades espirituais que se de­dicam ao serviço do próximo, em com­panhia daqueles que estimam a prática da beneficência, tanto quanto existem inteligências desencarnadas que, em desequilíbrio, se devotam a lamentáveis alterações da tranquilidade alheia, jun­to das pessoas indisciplinadas e insub­missas.
Obsessores vivem com quem estima perseguir e vampirizar e comunicantes irônicos somente encontram guarida nos companheiros do sarcasmo.
Eis porque, acima da prática me­diúnica, examinada sob qualquer as­pecto, situamos o imperativo da educa­ção em nossos círculos doutrinários.
Amontoam-se vermes onde se con­gregam frutos desaproveitados ou apo­drecidos, assim como a luz brilha onde encontra força ou material que lhe sir­vam de combustíveis.
O médium receberá sempre de acordo com as atitudes que adota para si mesmo, perante a vida.
Se irado, sintoniza-se com as ener­gias perturbadas do desespero; se pre­guiçoso, vive à vontade com os desencarnados ociosos.
Quem deseje crescer para a Espiri­tualidade Superior não pode menospre­zar o alfabeto, o livro, o ensinamento e a meditação.
Mediunidade não é exaltação da inércia ou da ignorância.
O médium, para servir a Jesus de modo positivo e eficiente, no campo da Humanidade, precisa afeiçoar-se à instrução, ao conhecimento, ao preparo e à própria melhoria, a fim de que se faça filtro de luz e paz, elevação e engrande­cimento para a vida e para o caminho das criaturas.
Jesus é o nosso Divino Mestre.
Eduquemo-nos com Ele, a fim de que possamos realmente educar.

Espírito Emmanuel
Médium Francisco Cândido Xavier
Fonte: Livro: Mediunidade e Sintonia - Editora FEB -

Associação Municipal Espírita de Caruaru - AME

Nenhum comentário:

Postar um comentário