segunda-feira, 31 de março de 2014

Existem espíritos?




Esta questão abre o Capítulo I de "O Livro dos Médiuns" e o leitor deve encarar este livro, portanto, como um tratado superior de fenomenologia paranormal. O Livro dos Médiuns apresenta a solução dos problemas em que ainda colhem as pesquisas atuais e convida os estudiosos a avançar. Mas tudo isso com critério e métodos científicos, segundo o próprio Charles Richet o reconheceu ao se referir a Kardec no Tratado de Metapsíquica. Ainda no capítulo I de "O Livro dos Médiuns" existem argumentos interessantes que demonstram por raciocínio lógico a existência dos espíritos, trecho o qual transcrevemos abaixo:

“4. A existência de Deus e da alma, consequência uma da outra, constitui a base de todo o edifício do Espiritismo. Antes de aceitarmos qualquer discussão espírita, temos de assegurar-nos se o interlocutor admite essa base. Se ele responder negativamente às perguntas: 'Crê em Deus? Crê na existência da alma? Crê na sobrevivência da alma após a morte?' ou se responder simplesmente: 'Não sei; desejava que fosse assim, mas não estou certo', que geralmente equivale a uma negação delicada, disfarçada para não chocar bruscamente o que ele considera preconceitos respeitáveis, seria inútil prosseguir. Seria como querer demonstrar as propriedades da luz a um cego que não admitisse a existência da luz. As manifestações espíritas são os efeitos das propriedades da alma. Assim, com semelhante interlocutor, se não quisermos perder tempo, só nos resta seguir outra ordem de ideias. Admitidos os princípios básicos, não apenas como probabilidade, mas como coisa averiguada, incontestável, a existência dos Espíritos será uma decorrência natural.

5. Resta saber se o Espírito pode comunicar-se com o homem, permutar pensamentos com os encarnados. Mas por que não? Que é o homem, senão um Espírito revestido de corpo material? Qual o motivo por que um Espírito livre não poderia comunicar-se com um Espírito cativo, como o homem livre se comunica com o prisioneiro? Admitida a sobrevivência da alma, seria racional negar-se a sobrevivência das suas afeições? Desde que as almas estão por toda parte, não é natural pensar que a de alguém que nos amou durante a vida venha procurar-nos desejando comunicar-se conosco, e se utilize dos meios que estão ao seu dispor? Quando viva na Terra, não agia ela sobre a matéria do seu corpo? Não era ela, a alma, que dirigia os movimentos corporais? Por que, pois, não poderia ela, após a morte, servir-se de outro corpo, de acordo com o Espírito nele encarnado para manifestar o seu pensamento, como um mudo se serve de uma pessoa que fala, para fazer-se compreender?"

Sabemos, como nos informa a questão 23 de "O Livro dos Espíritos", que Espírito é o princípio inteligente do Universo. Sabemos também que os espíritos nada mais são do que as almas daqueles que já deixaram o corpo físico e ainda se relacionam conosco. E a resposta à questão 87 de "O Livro dos Espíritos" nos diz o seguinte: “Os Espíritos estão por toda parte; povoam ao infinito os espaços infinitos”. Há os que estão sem cessar ao vosso lado, observando-vos e atuando sobre vós, sem o saberdes; porque os Espíritos são uma das forças da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para o cumprimento de seus desígnios providenciais; mas nem todos vão a toda parte, porque há regiões interditadas aos menos avançados. "
Portanto, muitos destes espíritos são profundamente elevados e conhecem os nossos pensamentos, porém outros muitos estão no mesmo nível que nós ou ainda menos elevados, sendo assim necessitam ainda da palavra articulada para poderem nos ouvir. Desta forma, meus amigos, espero que vocês estejam lendo este jornal em voz alta para que possam compartilhar com eles este conhecimento.


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