terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

EVANGELIZAÇÃO INFANTIL - Respeito às religiões



- Tia, quem é espírita é “macumbeiro”?
 - O que você acha, Guilherme? Tia Paula devolveu a pergunta, enquanto fechava o livro que estava lendo.
         - Eu acho que não. Mas outro dia a Sara ficou “tirando uma da minha cara” porque eu sou espírita. Não sabia o que dizer.
         - Os espíritas não fazem “trabalhos espirituais”. As Sociedades Espíritas são lugares de oração e estudo da Doutrina Espírita. Alguma vez, no Centro Espírita, você viu ou ouviu algo que pudesse levar você a pensar como a sua colega Sara?

         - Não, muito pelo contrário. - respondeu Guilherme. Nas palestras as pessoas falam sobre Jesus, amor e caridade. Tem o passe, que auxilia as pessoas. Outro dia explicaram, na Evangelização, como os mortos se comunicam com os vivos, tinha um nome complicado.
         - Mediunidade, médiuns - completou a tia, enquanto o garoto sorria concordando. Nas reuniões mediúnicas os desencarnados se comunicam com os vivos em busca de auxílio e também para orientar e incentivar as pessoas a seguirem no bem.

         O garoto ouvia atento. A tia continuou:
         - Os espíritas seguem os ensinamentos de Jesus, se esforçando para praticar o bem e serem pessoas melhores. Além disso, muitas pessoas ainda não aprenderam algo que a Doutrina Espírita considera muito importante: o respeito e a tolerância pelas outras religiões.
         - Entendi tia. Da próxima vez que alguém pegar no meu pé porque sou espírita vou perguntar se ele conhece o Espiritismo e vou falar sobre as coisas boas que aprendi no Grupo Espírita.
         - Mas dê o exemplo, respeitando a religião da pessoa com quem você fala.
         - Legal tia. Valeu a força!
         Tia Paula sorriu e pegou novamente o livro que estava lendo. Ela mesma, como muitos outros espíritas, já passou por situação semelhante a que o garoto contou. Mas ela sabe que, aos poucos, a humanidade evoluirá, aprendendo, como Guilherme, que o amor e caridade pregados por Jesus incluem o respeito às crenças do próximo.

(Cláudia Schmidt)

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