quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Carnaval - Nas Fronteiras da Loucura



Em plena madrugada de carnaval, em meio ao frenesi que provocava os desfiles das escolas de samba, um carro em alta velocidade subiu no passeio, se chocou contra a balaustrada rompendo a proteção e caindo nas águas lodosas do mangue.
Ocupavam o veículo cinco jovens que desencarnaram violentamente. O espírito da avó de um dos ocupantes, Fábio, de 17 anos, tenta insistentemente evitar a tragédia através da inspiração, não obtendo sucesso devido à mente juvenil entorpecida pelas drogas.
Esta e outras tragédias são narradas pelo Espírito Manoel P. de Miranda, no livro Nas Fronteiras da Loucura, psicografia de Divaldo Pereira Franco.
“Fortemente imantados aos corpos, os espíritos lutavam em desespero frenético, em tentativas inúteis de sobrevivência. Morriam e ressuscitavam remorrendo em contínuos estertores. Se gritavam por socorro, experimentavam a água pútrida dominar-lhes as vias respiratórias, desmaiando em angústias lancinantes.” O livro relata claramente as consequências que envolvem os foliões em busca de relaxamento e alegria inocente.
Na atualidade, tem a forma de “festa da alegria”, onde em 4 ou mais dias predomina o clima de “liberou geral”, aceita como linguagem rotineira entre as turmas jovens. Um período de permissividade total em nome do espairecimento das tensões acumuladas durante o ano... ou desde o último final de semana!
Paquera, caso, envolvimento, paixão, divertimento, dança, som, fantasias,  noitadas… são palavras que provavelmente você, que é jovem, se lembraria do último carnaval. Mais algumas para as suas lembranças: álcool, drogas, acidentes, crimes, abortos, assassinatos, desavenças conjugais e amorosas, saldo devedor no banco, suicídios, desencarnes prematuros.
Os jovens quando se preparam para a festa do carnaval, organizando fantasias e máscaras, considerados como oportunidades de extravasarem seus recalques, decepções, timidez, não imaginam onde foram buscar a inspiração para tal fim. É o que relata o autor espiritual da obra referida neste texto:
 “... muitos fantasiados haviam obtido inspiração para as suas expressões grotescas, em visitas a regiões inferiores do Além, onde encontravam larga cópia de deformidades e fantasias do horror de que padeciam os seus habitantes...”
Há nesses momentos de indisciplina sentimental a abertura dos canais mediúnicos, oferecendo grande  acesso às  forças das trevas nos corações e, às vezes, toda uma existência não basta para realizar os reparos de atos praticados numa hora de insânia e de esquecimento do dever.
Nesse período, quantas lamentáveis obsessões coletivas se instalam nos foliões do carnaval, disputando entre si as vítimas encarnadas vampirizadas que são telecomandadas, dando início assim, a processos obsessivos  prolongados, conforme a instrução de Bezerra de Menezes no livro Nas fronteiras da loucura.
Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento  vicioso quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, que se apresentam nos dias normais como discípulos de Jesus. São pessoas que , sujeitas às tentações que os prazeres mundanos  representam, também acreditam que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.

Que outras opções tem o jovem espírita para ocupar-se nestes dias de pseudo-alegria? 

Belas e felizes sugestões:

1. Alcançar a alegria verdadeira e pura no encontro com amigos, através do canto que vibra e contagia;
2. O socorro aos necessitados frequentando os Postos de Assistência;
3. A construção de moradias para desabrigados em forma de mutirão;
4. O atendimento a enfermos, crianças e idosos  levando alegria através das artes ou da palavra amiga;
5. Oferecer uma mensagem consoladora aos que estão desesperados;
6. Trocar experiências de estudos e trabalhos no bem, conhecendo novas metodologias; e tantas outras ações na prática da caridade e do amor.
7. Enfim, participar do maior encontro de voluntários do mundo, que acontece anualmente, sempre no período do carnaval: A CONCAFRAS-PSE. (Confraternização das Campanhas de Fraternidade Auta de Souza- Promoção Social Espírita)

A CONCAFRAS-PSE é um evento que traz luz,contrapondo-se as forças do bem às trevas do momento mais triste do nosso país. Acontece há mais de 50 anos, e já foi realizado em várias cidades porque não tem sede definitiva. A CONCAFRAS tem deixado nas cidades e em todos aqueles que participaram desse Encontro, centenas de Postos de Assistência  e Campanhas de Fraternidade Auta de Souza fundados, trabalhadores renovados cheios de vontade de servir no bem e muitos, mas muitos amigos!
Para saber mais entre no site www.concafras.com e participe desta turma onde predomina a fraternidade, o amor, a caridade e a alegria dos chamados caravaneiros do bem.

 “Nenhum espírito equilibrado em face do bom senso, que deve presidir a existência das criaturas, pode fazer a apologia da loucura generalizada que adormece as consciências, nas festas carnavalescas”.
(...) Enquanto há miseráveis que estendem as mãos súplices, cheios de necessidades e de fome, sobram às fartas contribuições para que os salões se enfeitem... Ação altamente meritória seria a de empregar todas as verbas consumidas em semelhantes festejos na assistência social aos necessitados de um pão e de um carinho”, escreveu Emmanuel.

(Psicografado por Francisco Cândido Xavier em Julho de 1939 / Revista Internacional de Espiritismo, Janeiro de 2001.)


Fonte:  Revista Auta de Souza 

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