segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Eu Perdoo



Pai, quando me chamares para junto de Ti, quero partir com o coração aliviado de qualquer sentimento menor que possa reter-me ao vale de lágrimas onde me encontro hoje, impedindo-me de ser feliz amanhã!...
Quando eu me for, quero alçar voo como as águias a planar livres por sobre as misérias humanas, sem ater-se aos baixos da vida senão para buscar o alimento que as mantêm fortes nas alturas!...
Quando Tu cerrar-me os olhos à ilusão e à carne, que eu me distancie do mundo com a leveza das almas que Tu purificas gradativamente na forja das provas árduas, e das quais me libertarei entendendo, amando e perdoando!
Eu compreendo que a Terra é a escola onde Tu nos prepara para a angelitude!...
Eu compreendo que o sofrimento é a lição que nos faz avançar para a glória ou estacionar na senda de novas e mais dolorosas provas!...
Eu compreendo que tudo é seleção: os laços, a estrada, os acontecimentos...
De mim e de minhas atitudes dependem o bem futuro ou o mal que se abaterá sobre minha vida. De meus gestos, talharei o que serei amanhã e de que forma este amanhã se desenrolará aos meus pés, concedendo-me alegrias infinitas ou sofrimentos sem conta.
Por isso, Pai, desejo que, quando chegar minha hora, que nada do que vivi possa retardar-me o passo ou prender-me ao sofrimento outra vez. De todos os momentos experimentados, que eu carregue comigo apenas aqueles que me proporcionaram coisas úteis e felizes, sem que tropeços e mágoas passadas sejam peso em meu coração, impedindo-me de elevar-me nas alturas, para junto de Ti!...

As lágrimas que me fizeram verter - eu perdoo.
As dores e as decepções - eu perdoo.
As traições e mentiras - eu perdoo.
As calúnias e as intrigas - eu perdoo.
O ódio e a perseguição - eu perdoo.
Os golpes que me feriram - eu perdoo.
Os sonhos destruídos - eu perdoo.
As esperanças mortas - eu perdoo.
O desamor e a antipatia - eu perdoo.
A indiferença e a má vontade - eu perdoo.
A desconsideração dos amados - eu perdoo.
A cólera e os maus tratos - eu perdoo.
A negligência e o esquecimento - eu perdoo.
O mundo, com todo o seu mal - eu perdoo.

A partir de hoje proponho-me a perdoar e a esquecer, para que nada mais me retenha o passo e me impeça de tornar-me um verdadeiro vencedor!... Só assim, se um dia me fizeres renascer no mundo novamente, eu poderei me levantar forte e determinado sobre os meus pés e, não obstante todos os sofrimentos que experimentar, eu serei naturalmente capaz de amar acima de todo desamor, de doar mesmo que despossuído de tudo, de fazer feliz aos que me rodearem, de honrar qualquer tarefa que me concederes, de trabalhar alegremente mesmo que em meio a todos os impedimentos, de estender a mão mesmo que só e abandonado, de secar lágrimas ainda que aos prantos, de acreditar mesmo que desacreditado, e de transformar o mundo pela força de minha vontade, porque só o perdão cerra portas ao mal e estende o progresso do bem, modificando paisagens e banindo trevas! Perdoar é amar e amar é estar Contigo, hoje e sempre!

Assim seja!

Prece ditada por André Luiz
Instituto de Estudo, Pesquisa e Divulgação Espírita André Luiz
Curitiba, PR

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