terça-feira, 29 de outubro de 2013

OS IRMÃOS EM SOFRIMENTO



Não julgueis, oh! Não julgueis absolutamente, meus caros amigos, porquanto o juízo que proferirdes ainda mais severamente vos será aplicado e precisais de indulgência para os pecados em que sem cessar incorreis. Ignorais que há muitas ações que são crimes aos olhos do Deus de pureza e que o mundo nem sequer como faltas leves considera?
"A verdadeira caridade não consiste apenas na esmola que dais, nem, mesmo, nas palavras de consolação que lhe aditeis. Não, não é apenas isso o que Deus exige de vós. A caridade sublime, que Jesus ensinou, também consiste na benevolência de que useis sempre e em todas as coisas para com o vosso próximo. Podeis ainda exercitar essa virtude sublime com relação a seres para os quais nenhuma utilidade terão as vossas esmolas, mas que algumas palavras de consolo, de encorajamento, de amor, conduzirão ao Senhor supremo." 

Evangelho Segundo o Espiritismo - CAP. 11 "AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO" 50 Jesus lhe disse: «Amigo, faça logo o que tem a fazer.» Então os outros avançaram, lançaram as mãos sobre Jesus, e o prenderam. 
Nesse momento, um dos que estavam com Jesus estendeu a mão, puxou da espada, e feriu o empregado do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha. 

Jesus, porém, lhe disse: «Guarde a espada na bainha”. Pois todos os que usam a espada, pela espada morrerão. Mt - 26

É do amor-doação que precisa o doutrinador. Do amor que, segundo o Cristo, devemos sentir, com relação aos nossos próprios inimigos. É isto bem verdadeiro, no caso da doutrinação de Espíritos conturbados, porque, ao se apresentarem diante de nós, vêm com a força e a agressividade de inimigos implacáveis. Se respondermos à sua agressividade com a nossa, o trabalho se perde e desencadeamos contra nós a reação sustentada da cólera, do rancor, do ódio. Sem nenhuma figura de retórica, é preciso ter, no trabalho de desobsessão, a capacidade de amar os inimigos.

 “A humildade é necessária, também, quando não conseguimos convencer o companheiro infeliz”. Precisamos estar preparados para a derrota, em muitos casos. Nada de pretensões tolas de que o trabalho foi cem por cento positivo.

Claro que positivo, em sentido genérico, ele sempre o é. Mesmo naquele que não conseguimos demover de seus propósitos, se tivermos tido habilidade e tato, teremos realizado, no seu coração, a sementeira da verdade. Um dia — não importa quando — ele vai lembrar-se do que lhe dissemos e conferi-lo com a realidade. Não contemos, porém, com o êxito total da conversão imediata e definitiva, ao amor, de todos os Espíritos que nos são trazidos. Muitos daqueles dramas, que se desenrolam diante de nós, arrastam-se há séculos. Não se ajustam em minutos de conversa. Humildade, pois, para aceitar esses casos e continuar lutando. Não somos super-homens, nem semideuses."

HERMÍNIO C. MIRANDA - DIÁLOGO COM AS SOMBRAS

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