sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O CENTRO ESPÍRITA

O CENTRO ESPÍRITA ::: TEXTO PARA ESTUDO E REFLEXÃO :::
Durante a semana, ao buscar as fontes para este trabalho, deparei-me com várias e com um material tão extenso que, quase não o faço devido vários itens mas fiz o possível para que o mesmo não ficasse tão longo.

Não é intenção de falar ou analisar os diversos centros ou casas de orações, mas apenas neste estudo, colocarei tópicos que achei interessante:

A Colocação dos Médiuns: na mesa, intercalar homem e mulher, nada tem a haver porque os espíritos se comunicam de acordo com as afinidades direta que tem com o médium e também é bobagem o fato de separar parentes na mesa pensando que os parentes possa manter fluidos idênticos etc. Não tem fundamento. Quando há enfermos ou pessoas perturbadas e o dirigente coloca um determinado médium perto com a alegação de que o médium tem vibração mais intensa, também é bobagem porque dirigente algum tem condição de saber se no dia da sessão um individuo está em melhores ou não condições etc. O trabalho será de bom resultado, se a harmonia do conjunto estiver à altura.

Tem dirigente que coloca os médiuns mais produtivos perto dele e segue depois em escala decrescente, dizendo que ele precisa estar cercado de boas vibrações. Isto também nada tem a haver porque a influência dos bons médiuns sob os enfermos ou sobre o dirigente é estabelecida através do pensamento e para isso, a distância, nada representa.

ESCALA DOS MÉDIUNS PARA RECEBER COMUNICAÇÃO: 

Alguns dirigentes determinam que os espíritos se comuniquem começando da direita da mesa para a esquerda ou vice versa, como se isso fosse ordem na sessão. Não existe essa coisa no espiritismo. Pode até existir, mas isso não é coisa de Kardec. Outra coisa, nenhum espírito está subordinado ao dirigente da mesa, eles se comunicam por afinidade com o médium. Num trabalho de bases kardecista, bem orientada, quem determina a manifestação dos espíritos, são os mentores altamente credenciados, que examinam previamente a condição, tanto do médium como do espírito manifestante. O controle é feito na realidade, do lado espiritual.

DETERMINAÇÃO PARA QUE OS GUIAS SE MANIFESTEM: 

Alguns dirigentes de sessões costumam determinar que os guias (espírito orientador) dos médiuns se manifestem primeiro para em seguida serem recebidos os espíritos sofredores e às vezes também usando o sistema de ser da direita para a esquerda da mesa etc. Vejam isso não tem cabimento, se os atrasados não devem passar por isto, imaginem então os Guias (até porque muitos que se apresentam com esse titulo de guia, é atrasado e foi atraído pelo médium) Às vezes você observa numa sessão onde tem 20 médiuns, apresentar-se um numero igual de guias que apenas saúdam os presentes e “ficam ao lado direito do aparelho” como se nada mais tivessem a fazer. É só colocar a lógica e a análise para ver que isso é bobagem e nada tem a haver com uma boa sessão

É comum verificar que dirigente de sessão diz mais ou menos assim: Irmão, fulano, receba o seu guia! Imediatamente o médium se contorce ou respira mais ofegantemente e o guia fala saudando os presentes e anunciando a sua permanência como sentinela ao lado do médium. Verdadeiras sessões espíritas são desprovidas dessas formalidades e de preocupações em determinar quem vem primeiro ou vice versa... É Absurdo ver o dirigente mandar o guia se manifestar, como se isso quem determina é o dirigente...

PASSAGEM DE UM ESPIRITO DE UM MÉDIUM PARA O OUTRO: 

Alguns dirigentes de sessões usam o sistema de determinarem a passagem de um espírito incorporado em um médium para outro médium, dando a impressão de possuírem autoridade sobre os espíritos. Essa prática é desaconselhável por vários motivos: 1) Os espíritos se comunicam por um médium, seguindo ordem expressa dos mentores espirituais e nunca pela imposição do dirigente. 2) Quando os mentores dão preferência a determinados espíritos sofredores, é porque o espírito indicado ou necessitado de se manifestar possui afinidade com determinado médium, não devendo, portanto, sofrer imposição do dirigente. 3) Dirigente algum possui conhecimento tão completo a ponto de analisar a possibilidade de um médium e determinar se ele está ou não em condições de receber os espíritos que se aproximam.

OS DIRIGENTES E OS MENTORES: 

É justo que se confie nos mentores espirituais, quando eles realmente comprovam a sua evolução, contudo mesmo essa confiança tem que ser limitada. Mesmo que os mentores sejam evoluídos, o médium que o recebe às vezes não está à sua altura e pode não passar exatamente o que o mentor estaria dizendo, é preciso sempre usar da lógica e do bom senso.

PASSE NOS MÉDIUNS EM DESENVOLVIMENTO: 

o médium novato sente certa dificuldade em transmitir a ideia do espírito, por não ser ainda dócil a influencia do mesmo. A primeira preocupação do dirigente pouco conhecedor dos assuntos mediúnicos é a de aplicar nele o passe para que haja o envolvimento mais rápido. Vejam os inconvenientes disto: 1) o desenvolvimento da mediunidade não deve ser forçado. 2) o médium precisa se educar no sentido de harmonizar seus fluidos com as vibrações dos espíritos que dele se aproximam. 3) o entrosamento entre espírito e médium se realiza por afinidade vibratória, as quais obedecem às simpatias recíprocas. Quando o médium se acostuma com os passes ou a eles se sujeita, nada consegue, depois, sem que alguém lhe imponha as mãos. Existe realmente o médium que necessita ser assistido com passe, mas apenas para se ajustar na harmonia fluídica e nunca para abreviar uma incorporação de um espírito.

NOVENAS: 

Nas bases kardecista, não existe isso. Idolatrar fotos de espíritos desencarnados, medalhas, enfim coisas deste gênero... Mesmo que venha sugerido pelo mentor da casa ou outro espírito etc.

IDENTIFICAÇÃO DOS ESPIRITOS: 

Quando o dirigente num centro tem por norma identificar o espírito comunicante, fazendo perguntas etc. na verdade, quase sempre não identifica nada porque o espírito pode responder o que ele quiser. Não há vantagem alguma nisso. Se o espírito quiser se identificar espontaneamente é outra coisa. O objetivo ali é outro. O dirigente nunca deve forçar nada.

A VIDÊNCIA: 

esse seria um processo ótimo se tivéssemos realmente videntes perfeitos e de absoluta confiança, mas isso é difícil, portanto nenhum dirigente deve se basear simplesmente no vidente que durante a sessão diz que está vendo isso ou aquilo etc. a única maneira de identificar a qualidade do espírito, é procurar saber se é bom ou mau, sincero, evoluído ou mistificador, analisando o que ele diz.

EXIBICIONISMO PREJUDICIAL: 

Entre as muitas práticas que não devem ser usadas nas sessões espíritas, inclui-se também o exibicionismo, adotado por muitos dirigentes e médiuns: 1) Há dirigentes que costumam fazer alusões a entidades que entram na sala das sessões, aproximando-se dos assistentes, e o fazem, para impressionar aqueles que ainda não estão familiarizados com os fenômenos espíritas, fanatizando a outros; 2) outros há que tem pretensão de adivinhar o pensamento dos frequentadores, expondo de público o que lhes parece ter notado durante a sessão. Uns dizem que percebem telepaticamente o pensamento da assistência, outros afirmam que os mentores lhes transmitem ocorrências particulares verificadas no íntimo dos assistentes. 3) há os que descrevem os espíritos obsessores envolvendo as pessoas, colados em seus corpos, ou ainda, figuras de espíritos acompanhando a uns e maldizendo a outros. Tudo isto é exibicionismo e são coisas destituídas de qualquer principio de edificação. Não há nenhum interesse, nenhuma vantagem nessas revelações.

MÉDIUM PARA CONSULTA: 

os médiuns para consulta, ainda que possuídos de boa vontade e empenho em servir ao trabalho mediúnico, geralmente se perde por vaidades corrriqueiras, que constituem verdadeira desmoralização do trabalho mediúnico: Vejam, tem certo médium que mal se aproxima do enfermo, antes mesmo de qualquer concentração e sem investigar coisa alguma, já fazem um diagnóstico detalhado da enfermidade. Uns diagnosticam de pronto, enfermidades imaginárias, em flagrante contradição com a realidade e até mesmo com os comprovados diagnósticos da medicina terrena. Há espíritos e supostos espíritos que recomendam aos consulentes que mais tarde ou em outro dia, entendam-se com o médium do qual se servem, para receberem instruções especiais sobre a sua enfermidade e orientações para o tratamento.

Outros submetem o doente a um longo interrogatório, que constitui uma verdadeira devassa na sua vida, para depois recomendarem o tratamento. Tais práticas não são recomendadas pelo Espiritismo, não passando de criações dos próprios médiuns. Quando o espírito aconselha ao enfermo a se instruir com o médium sobre a sua enfermidade, demonstra que: Ou o espírito comunicante é leigo no assunto, ou o médium está simulando a incorporação. Por isto tudo, é preciso tomar muito cuidado a se submeter a um médium qualquer.

ALTARES E IMAGENS: 

São vistos em alguns centros espíritas, mas não tem a mínima ligação com as práticas do espiritismo. Kardec não usa, não recomenda e nem aceita essa prática. Respeita os espíritos, mas não adota o ritual e nem a adoração das imagens.

VELAS, INCENSOS E UNIFORMES: 

O uso de velas é destituído de qualquer significado no espiritismo. Incenso também nada tem a haver assim como também o uniforme branco que os médiuns usam em determinados centros, não exerce influência alguma sobre o êxito dos trabalhos. Os espíritos não distingue médium pelo vestuário e sim pela afinidade. Nada disto, vela, incenso ou roupa é produtivo nas sessões.

Bom, realmente ainda tem muitos aspectos da sessão para ser analisado, mas vou parar por aqui e indico a todos as seguintes fontes: O Centro Espírita, de J. Herculano Pires... Diálogo de Divaldo Pereira Franco e por último Dirigentes de Sessões e Práticas Espíritas, de Emilio Manso Vieira.


Estudo elaborado por PEDRO OZÓRIO
Casa Branca - SP

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